Rio de Janeiro proíbe queimadas para colheita de cana-de-açúcar
Após o apagão elétrico que atingiu todo o Espírito Santo e mais de 20 municípios do Rio de Janeiro em setembro deste ano, o Ministério de Minas e Energia solicitou a suspensão das queimadas no processo de colheita de cana-de-açúcar no norte do Estado fluminense. A decisão, que vale a partir de ontem (segunda-feira, 08 de outubro) reforça uma lei estadual que proíbe as queimadas em municípios do Rio de Janeiro desde 22 de dezembro de 1992 e que não vinha sendo cumprida.
Campos, Quissamã, São João da Barra, Cardoso Moreira e São Francisco de Itabapoana serão os principais municípios a terem que cumprir a nova medida. Quem desobedecer a ordem estará sujeito a uma pena de até cinco anos de prisão. As colheitas devem ser continuar sendo feitas manualmente, mas sem a utilização do fogo, o que dificulta o trabalho dos cortadores, mas é melhor tanto para o meio ambiente, quanto para as subestações de energia elétrica e fios de alta voltagem da região.
O secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc esteve reunido com todos os envolvidos no processo, dos produtores e trabalhadores rurais aos órgãos fiscalizadores, para discutir formas de minimizar as perdas para os agricultores. A colheita de cana-de-açúcar vai de abril a novembro, o que significa que o restante da plantação (cerca de 15%) deverá ser cortada segundo as novas determinações.
Esta é uma ótima oportunidade para que apareçam na região projetos de MDL substituindo a queimada por outras técnicas de colheita, seja manual ou mecânica. Vale lembrar que as queimadas para colheita de cana-de-açúcar eram até pouco tempo atrás uma das principais fontes de emissão de gás carbônico no interior do Estado de São Paulo. Só na última safra de 2006 foram queimados em São Paulo mais de 2,5 milhões de hectares de cana, o que teria lançado na atmosfera cerca de 750 mil toneladas de material particulado.
Saiba mais:
Agência Brasil
Inova – UNICAMP
Lucro para empresas e para o meio ambiente
Notícia via UOL
Ótimo texto pro pessoal preocupado em entender créditos de carbono e um pouco mais dos processos de MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo). Eu tomei a liberdade de adicionar ao texto alguns links, do próprio blog ou não, para quem quer se informar mais. Aquecimento global é assunto mais que recente e tem boas chances de ser tema de redações por aí. Boas dicas pro vestibular! E tem tudo a ver com o Rastro de Carbono!
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Por Manuela Martinez*
Em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, empresas e governos de países em desenvolvimento encontraram no combate à poluição uma fonte alternativa para aumentar as suas receitas e reduzir as emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta.
Isto é possível devido ao Protocolo de Kyoto, documento assinado pela maioria dos países da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1997, como mecanismo de controle da interferência humana no clima do mundo. O protocolo prevê uma redução, até 2012, de 5,2% na emissão de gases do efeito estufa, em relação aos níveis registrados em 1990.
Pelo acordo, os países que não estão dispostos a reduzir a poluição podem comprar o excedente de outras nações. A operação de compra e venda é simples: indústrias e países que não conseguem reduzir a quantidade de poluentes que despejam no ar precisam adquirir créditos de carbono. Por outro lado, as empresas e nações que poluem menos do que a cota estabelecida pelo Protocolo de Kyoto ganham o direito de negociar a diferença no mercado internacional.
Crédito de carbono
Para facilitar as transações, foi criada uma moeda, o crédito de carbono. Uma tonelada de CO2 (dióxido de carbono) equivale a um crédito de carbono, que pode ser negociado no mercado internacional, como qualquer ação de uma empresa.
Em 2006, as transações envolvendo créditos de carbono atingiram US$ 25 bilhões, sendo que os principais negociadores foram países da Europa e o Japão. A Austrália e os Estados Unidos, considerado o maior poluidor do mundo, não participam do acordo. Para estes países, cumprir o Protocolo de Kyoto significa diminuir o desenvolvimento econômico. Além disso, a Austrália e Estados Unidos também defendem a inclusão de países poluentes em desenvolvimento no acordo, como a China.
Bolsa de valores
Na América Latina, o primeiro leilão para a venda de créditos de carbono aconteceu em setembro de 2007, na Bolsa de Mercadorias e Futuros, no Brasil. O banco belgo-holandês Fortis pagou à Prefeitura de São Paulo R$ 34 milhões pelas emissões evitadas em um aterro sanitário.
As empresas interessadas em ingressar nesse mercado precisam desenvolver projetos que promovam a redução dos gases causadores do efeito estufa e realizar a sua inscrição na Bolsa de Valores. No pregão eletrônico, as empresas vão repassar os créditos, chamados de “Reduções Certificadas de Emissões”, a outras empresas. Aterros sanitários, usinas de álcool, indústrias siderúrgicas e centrais hidrelétricas são exemplos de potenciais empresas que podem realizar transações deste tipo.
Os gases do efeito estufa atuam retendo o calor do sol junto à terra, aumentando a temperatura global. O principal deles é o dióxido de carbono (CO2), emitido por veículos movidos a petróleo, usinas termelétricas a carvão, por exemplo.
IPCC
O CO2 é um dos gases responsáveis pela manutenção da temperatura terrestre. Porém, o seu excesso impede a saída de calor da atmosfera, provocando o aquecimento do planeta, denominado de efeito estufa. Segundo a ONU, o CO2 emitido pela queima de combustíveis fósseis representa mais de 80% dos gases do efeito estufa produzidos pelo homem.
A preocupação com o equilíbrio ambiental aumentou depois que o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), da ONU, divulgou um relatório revelando que, se a emissão de poluentes seguir no ritmo atual, a temperatura média do Planeta irá aumentar entre 1,8°C e 4° C, até 2100, o que provocaria danos irreparáveis ao meio ambiente. Com base nos resultados preliminares do Protocolo de Kyoto, que tem prazo de validade até 2012, os países já estudam outras fórmulas para reduzir a poluição no mundo.
*Manuela Martinez é jornalista e publicitária.
Divulgação de Livro On-Line
Conseqüências das mudanças globais para a América do Sul
Livro contém análises e conclusões de encontro de 600 especialistas
Foi lançada em agosto a versão digital do livro “A Contribution to Understanding the Regional Impacts of Global Change in South America”, que reúne os trabalhos apresentados na II Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul, evento realizado pelo IEA em novembro de 2005 com a participação de cerca de 600 especialistas. O volume é organizado pelos professores Pedro Leite da Silva Dias (IEA, IAG/USP e Procam/USP), Wagner Costa Ribeiro (Procam/USP e FFLCH/USP) e Lucí Hidalgo Nunes (IG/Unicamp), tem 418 páginas e está disponível gratuitamente em www.iea.usp.br/iea/artigos/globalchangeinsouthamerica.pdf.
O livro faz parte do trabalho de refexão sobre as mudanças globais empreendido pelo IEA, em parceria com diversas instituições, desde o final dos anos 80. O trabalho terá continuidade com a III Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul, que acontecerá de 4 a 8 de novembro, em São Paulo.
CONTEXTO
As mudanças globais ganharam importância no final do século 20 e passaram a ser alvo da política externa de países e pauta de reuniões diplomáticas com o objetivo de controlar o aquecimento do planeta. Apesar das dificuldades políticas, o Protocolo de Kyoto foi implementado antes da data prevista.
A ordem ambiental internacional, com todas as fragilidades que se possam apontar, começa a dar sinais de aplicação prática. “Talvez isso ocorra porque os impactos associados ao aquecimento global já podem ser observados; e eles passarão a ocorrer com maior freqüência no futuro, mas de forma diferenciada pelo planeta”, destacam os organizadores do livro.
Países do Hemisfério Sul poderão sofrer mudanças significativas na oferta de chuva, por exemplo, que pode afetar as cadeias produtivas de alimentos: “Isso certamente gerará novos fluxos de migrantes do campo à cidade, agravando ainda mais o desigual quadro social das metrópoles da América do Sul”.
Além disso, “parte expressiva da população que mora junto à costa terá que conviver com a elevação do nível do mar e as parcelas que vivem junto à Cordilheira dos Andes poderão encontrar dificuldades para conseguir água, cuja principal fonte é o degelo lento de geleiras”.
O livro lançado pelo IEA visa subsidiar o debate sobre essas questões por parte de cientistas, empresários e profissionais de áreas relacionadas, bem como por outros setores determinantes para a discussão pública dessas questões e adoção de políticas públicas pertinentes, como legisladores, jornalistas e representantes de organizações governamentais e não-governamentais.
CONTEÚDO
O livro é dividido em duas partes: “Modelagem e Mudança Climática Regional em Ecossistemas Terrestres e Aquáticos” e “Impactos Sociais das Mudanças Climáticas Regionais”.
Na primeira parte o leitor encontrará textos que abordam algumas conseqüências das mudanças globais que já podem ser aferidas na Amazônia, na Patagônia e no cerrado. Além disso, conhecerá modelos utilizados pelos pesquisadores para medir alterações e projetar cenários futuros decorrentes das mudanças regionais resultantes do aquecimento global. Nessa parte também estão incluídos os artigos sobre possíveis impactos na agricultura.
Na segunda parte estão os trabalhos que analisam: os impactos na saúde humana, no abastecimento hídrico em cidades e para a geração de energia; as relações internacionais na perspectiva de um regime internacional sobre mudanças climáticas; a percepção da sociedade sobre as mudanças globais; a vulnerabilidade e o risco em áreas urbanas; e as dimensões econômicas, inclusive oportunidades geradas pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto.
Ao final, encontram-se as conclusões e recomendações do evento que originou o livro, entre as quais destacam-se a incerteza em relação às conseqüências das mudanças globais, a necessidade da realização de mais pesquisas e, principalmente, estimulo ao debate junto à sociedade para que as alterações possam ser comprendidas e assimiladas sem maiores transtornos sociais.
Fonte do texto: IEA-USP
Agenda – 09 a 11 de outubro
O que: Feira Internacional de Agroenergia, Biocombustíveis e Energias Renováveis – Enerbio
Onde: Brasília
Quando: de 09 a 11 de outubro de 2007
Objetivo: O evento reúne as cadeias produtivas dos biocombustíveis e das energias: a Conferência Internacional de Biocombustíveis, a Conferência Internacional de Energia e a Conferência Internacional de Transportes. A programação inclui o Seminário de fomento a micro-produtores de etanol e biodiesel.
Temas:
+ “Arranjos tecnológicos e produtivos em agroenergia: saltos de competitividade e produção de matérias-primas”
+ “Cenários e perspectivas de matérias-primas para etanol”
+ “Perspectivas de matérias-primas usuais para biodiesel”
+ “Proálcool 30 anos: desafios e perspectivas”
+ “Inovação tecnológica em bioenergia”
+ “A Nova fronteira agrícola e industrial”
+ “Os cenários mundiais para a energia”
E outros
Mais informações:
Agência FAPESP
Notícias, Notícias, Notícias
Como fiquei fora muito tempo, não vou conseguir comentar todas as notícias que ficaram pendentes estas semanas. Mas acho válido colocar os links aqui. Semana que vem, se o pessoal da Net deixar, voltaremos à programação normal.
1) Próximos passos – Agência FAPESP – 03/10/2007
2) Álcool em abundância – Agência FAPESP – 02/10/2007
3) EUA querem fixar limites voluntários nas emissões – Agência CT – 28/09/2007
4) Nobel critica biocombustívis em novo estudo – Jornal da Ciência – 28/09/2007
5) O boom da cana – Agência FAPESP – 25/09/2007
6) Brasil tem saldo positivo após 15 anos da Rio-92, diz Miguez – Agência CT – 19/09/2007
7) Oposição britânica propôe zerar emissões de CO2 até 2050 – Carbono Brasil – 18/09/2007
1)Próximos passos – Agência FAPESP – 03/10/2007
Discussão ponderada sobre as perspectivas e estratégias do uso do etanol como combustível, a estrutura necessária para pesquisa e desenvolvimentos de tecnologia para a produção, além de projeção dos impactos causados pelo uso de etanol sobre o uso de gasolina.
2)Álcool em abundância – Agência FAPESP – 02/10/2007
O aumento das vendas de veículos flex, impulsionado pelo preço do etanol frente ao petróleo é promissor e muda o cenário energético do país. A estimativa é a expansão da produção brasileira dos atuais 430 milhões de toneladas de cana para mais de 1 bilhão de toneladas em 2020, com a expectativa de que o aumento da produção de etanol seja suficiente para que não haja necessidade de aumento de área plantada. Mas até 2020 é esperado um aumento de 6,3 para 14 milhões de hectares cultivados, com produção saltando de 18 para 65 bilhões de litros por ano.
Segundo Marcos Jank, “Hoje são produzidos 8 mil litros de álcool por hectare de cana, comparado a 3 mil litros do etanol a partir do milho, cultivado para essa mesma finalidade nos Estados Unidos. E os estudos científicos apontam ser possível chegar a 14 mil litros de álcool por hectare com a aplicação das tecnologias que estão em fase de desenvolvimento”.
3) EUA querem fixar limites voluntários nas emissões – Agência CT – 28/09/2007
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice defendeu que seja estabelecida uma meta global de longo prazo para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, mas pediu que os interesses nacionais de cada um sejam levados em consideração na busca por esse objetivo. Ainda é egoísta, mas já é um começo.
4)Nobel critica biocombustívis em novo estudo – Jornal da Ciência – 28/09/2007
Este certamente merece um post mais longo. Aguardem os próximos capítulos!
5)O boom da cana – Agência FAPESP – 25/09/2007
“Em um ano, um aumento de 12,3% na área cultivada com cana-de-açúcar e disponível para colheita no Centro-Sul do país. Só em São Paulo, responsável por 68% da cana cultivada na região, o total subiu de 3,04 milhões para 3,35 milhões de hectares entre as safras 2005/2006 e 2006/2007.” As informações estão disponíveis na internet por meio de mapas temáticos com a distribuição espacial da cana, além da localização de usinas e destilarias. Saiba mais: www.dsr.inpe.br/canasat
6) Brasil tem saldo positivo após 15 anos da Rio-92, diz Miguez – Agência CT – 19/09/2007
Espero fazer uma discussão melhor sobre a Conferência Rio+15 dentro em breve.
7)Oposição britânica propôe zerar emissões de CO2 até 2050 – Carbono Brasil – 18/09/2007
“O partido liberal democrata fez barulho no Parlamento Britânico ontem ao propor que as emissões de CO2 do Reino Unido sejam zeradas até 2050, considerando inclusive o fim de carros movidos a combustíveis fósseis até 2040.” Vamos ver se é só declaração de oposição ou se, no governo, as coisas acontecem do mesmo modo…
Óleo de cozinha – Utilidade Pública
A presença de óleos e gorduras na rede de esgoto gera graves problemas de higiene e mau cheiro.
O óleo descartado pelas residências acumula nos encanamentos e retém outros resíduos como plásticos e papel, entupindo as redes de esgoto e impedindo o fluxo de águas residuais, tornando um ambiente propício para a atração e procriação de baratas e ratos.
A destinação correta do óleo de cozinha é indispensável para evitar a poluição das águas e demais problemas decorrentes. O óleo de cozinha deve ser guardado dentro de garrafas PET e descartado em coletores previamente instalados em local apropriado para coleta.
A Eco-Óleo Reciclagem de Óleos fornece gratuitamente coletores e coletam óleos usados na região de Jundiaí, SP. O e-mail para contato é: eco-oleo@globo.com e os telefones: (11) 4522-0233 e (11) 9910-7774
Outros postos, via Carbono Zero:
Santos
Núcleo Bandeirante Ponta da Praia: Rua Jurubatuba, 157, próximo ao Complexo Rebouças. Às quintas-feiras e sábados, das 15h às 17h.
Colégio Sênior, Zona Noroeste: Av. Jovino de Melo, 358.
São Vicente
Estacionamento no Centro: Rua Martim Afonso, 214. De 2ª a sábado, das 7h às 22h.
Cubatão
3º DP: Av. Nações Unidas, 311. De segunda a sexta, das 8h às 20h.
Saiba mais:
Vale Verde
Conhece algum posto de coleta de óleo de cozinha perto da sua casa? Divulgue nos comentário e faremos um post com todos os endereços!
Primeiro Leilão de Créditos de Carbono gera R$ 34 milhões
Do Projeto Brasil
A Prefeitura de São Paulo arrecadou hoje R$ 34 milhões com a venda de 808.450 créditos de carbono do Aterro dos Bandeirantes, zona norte da Capital. Após o leilão, o Prefeito Gilberto Kassab anunciou um pacote de projetos para a área do entorno do aterro, com investimento total de R$ 48 milhões.
Ao todo, 14 empresas internacionais participaram do leilão. O Fortis Bank NV/AS, da Holanda, arrematou por €16,20 a tonelada de carbono equivalente, o que representou um ágio de 27,5% sobre o preço mínimo, de €12,70, fixado pela Prefeitura. A negociação foi realizada pela internet pela BM&F (Bolsa de Mercados e Futuros).
Via: – Blog do Nassif
Saiba mais:
Gazeta Mercantil
Agência Brasil
As nove estratégias para negar as mudanças climáticas
Um dos maiores problemas para quem informa e discute sobre mudanças climáticas e aquecimento global são as barreiras que o público-alvo ergue frente às críticas e novas informações. As vezes, estas barreiras são trazidas com experiências passadas ou com pré-conceitos estabelecidos com informações errôneas ou superficiais, com crenças ou ideais que o público sempre traz “na bagagem”. Para melhor lidar com elas, melhor conhecê-las.
1)A metáfora do compromisso deslocado – quando alguém diz “Eu protejo o ambiente de outros modos”
2) A condenação do acusador – quando alguém diz “Você não tem o direito de me cobrar”
3) A negação da responsabilidade – “Não sou causa desse problema”
4) A rejeição da culpa – “Não fiz nada de errado”
5) A ignorância – “Eu não sabia de nada”
6) A sensação de falta de poder individual – “Eu não faço nenhuma diferença” ou “O que adianta eu fazer se o outro não faz?”
7) Limitações genéricas – “Há muitos impedimentos”, “As dificuldades são tantas”
8) Pessimismo – “A sociedade é corrupta”, “O governo não se preocupa com este setor”
9) O apego excessivo ao conforto – “É muito difícil para mim mudar meu comportamento” ou “Não deixo de lado a praticidade”
Diante de tantas barreiras, o que fazer? Podemos reconhecer essa tendência à negação, encorajar respostas emocionais e desenvolver uma cultura de engajamento, que seja visível, imediata e urgente”, disse Marshall.
Outras estratégias já vividas por mim:
10) A religiosa – “Deus criou o mundo para que usufruíssemos dele e tirássemos tudo o que fosse da nossa necessidade”
11) A economica – “Mudar agora seria muito caro para as nações desenvolvidas” ou “Nenhuma nação vai parar seu desenvolvimento em pról do meio ambiente”
As 9 estratégias foram apresentadas por Suzanne Stoll-Kleemann, Tim O´Riordan e Carlo Jaeger em 2001 na revista Global Environmental Change. O texto foi modificado de “Prontos para Agir”, de Carlos Fioravanti, para a Revista FAPESP de agosto de 2007.
The future in our hands – 62ª Assembléia Geral da ONU
Acontece hoje a maior reunião de chefes de Estado já realizada para discutir o aquecimento global. É a 62ª Assembléia Geral da ONU, que acontece em Nova York e que conta com a participação de representantes de 150 membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre o Clima (UNFCCC, sigla em inglês). Mais de 70 chefes de estado estarão presentes.
O momento é favorável para o comprometimento e a construção de pilares importantes para as negociações sobre o novo acordo internacional, que extenderá o Protocolo de Quioto, a partir de 2012. O evento de hoje é um importante precedente para a Convenção em Bali que ocorrerá de 3 a 14 de Dezembro deste ano.
Segundo Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, as negociações de hoje devem trazer um avanço na agenda do combate às mudanças climáticas em vários frontes, incluindo adaptação, mitigação, desenvolvimento de tecnologias limpas, desmatamento e mobilização de recursos. “Deve existir uma resposta política para os mais recentes relatórios científicos do IPCC. Todas as nações devem fazer o máximo para finalizar um acordo pós-Quioto até 2009.”, acrescenta Ban Ki-moon.
As consequências
De acordo com as piores previsões feitas pelo IPCC, caso nenhuma ação for realizada para diminuir a emissão dos gases do efeito estufa, a temperatura da Terra poderá aumentar 4,5ºC ou mais.
Os efeitos desta mudança climática já podem ser sentidos, de acordo com o Painel. O Ártico está aquecendo duas vezes mais rápido que a média global e os efeitos de atividades humanas nestas mudanças foram documentadas. Em outras regiões,como na África, são observadas secas severas, desertificação e instabilidade do abastecimento de comida. Regiões que dependem do suprimento de água das geleiras, estão com o abastecimento em risco. Já em outras partes são esperados alagamentos e aumento do nível dos oceanos, caso nenhuma atitude seja tomada. As mudanças climáticas são ainda mais intensas em regiões mais pobres do mundo, segundo o IPCC.
Isto torna as negociações entre os chefes de estado urgentes. “O tempo para ações decisivas em escala global chegou” disse o secretário geral da ONU.
O encontro de hoje intitulado “O futuro em nossas mãos: direcionando as lideranças para os desafios climáticos” apresentará uma sessão aberta, seguida por quatro plenárias simultâneas, com foco nos seguintes temas: adaptação, mitigação, tecnologia e finanças. As plenárias podem ser seguidas por webcasts, clicando AQUI.
Mais informações:
Folha de São Paulo
The Future in our Hands: Addressing the Leadership Challenge of Climate Change – Site oficial do encontro, em inglês.
Pausa
Caros,
O Rastro de Carbono ficará sem atualizações até a semana que vem. Estou me mudando, então espero a compreensão de todos. Acredito que até o meio da semana que vem estarei de volta com as postagens.
Paula