Vermicomposteira e a reciclagem de orgânicos

Grande parte dos resíduos domésticos são materiais de embalagens, que podem ser recolhidos pela coleta seletiva. Outra parte dos resíduos é orgânico, ou seja, são restos de comidas, frutas e folhas que geralmente vão para o lixo de não recicláveis.

Uma pena, pois esse lixo orgânico todo é material rico em nutrientes que podem servir para adubar plantas. Para não queimar as raízes das plantas, não atrair insetos ou produzir cheiros, os resíduos de alimentos devem passar antes por um processo de compostagem.

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Créditos: Flickr Mr. Bsod

Há algum tempo, construi uma vermicomposteira que fica na varanda do apartamento. Os materiais necessários para a construção são extremamente simples e fáceis de se encontrar. Tanto os materiais quanto o modo de fazer, foram descritos antes, neste post.

Existem vermicomposteiras prontas para se vender, que já vem, inclusive com as minhocas, pelo correio. É o caso das minhocasas. Mas, se você, como eu, prefere construir com as próprias mãos ou não tem recursos suficientes para comprar uma pronta, fica a dica do post sobre vermicompostagem.

É importante tomar algumas dicas:

– A minhocasa comercial tem, na última caixa, (a que não tem furos), uma torneira. A torneira não é necessária – o que é necessário é explicar a função dessa última caixa. Ela serve como depósito de xorume, um líquido extremamente nutritivo que é liberando pelos alimentos no processo de decomposição. O xorume deve ser recolhido nessa caixa a parte para regular a umidade dentro da vermicomposteira. O excesso de água no solo das minhocas e torna o ambiente desagradável a elas. A torneirinha da minhocasa comercial serve para ajudar a retirar o xorume, mas ela é dispensável se você não se importar em colher o xorume de outra maneira, com a ajuda de copos ou virando a caixa e recolhendo o xorume em outro recipiente. O que eu costumo fazer é recolher o xorume em um recipinte com um spray e aplicar nas plantas que cultivo na varanda, como nos meus tomates (nas folhas e no solo).

– Depois de construir a estrutura da vermicomposteira, é hora de colocar as minhocas! Claro, as minhocas não podem ficar sozinhas na caixa – minhocas não vivem em caixas, afinal. Vivem no solo. Portanto é extremamente necessário colocar antes das minhocas um substrato, onde as minhocas vão viver. Melhor dos mundos é colocar o próprio substrato onde as minhocas já viviam antes. Outra possibilidade é colocar húmus de minhoca, comprada em algum lugar (foi o que eu fiz) e outra possibilidade ainda é colocar solo que você mesmo pode coletar, mas é importante que ele não seja muito pobre em nutrientes, senão as minhocas vão sofrer.

– Antes de colocar qualquer resíduo para a reciclagem, as minhocas vão precisar de umas duas semanas para se acostumarem com a nova casa. Esse tempo também é interessante para equilibrar o ambiente dentro das caixas. É o tempo que todo um conjunto de organismos associados às minhocas, bactérias por exemplo, precisam para crescer e se multiplicar. Esses outros organismos, assim como as minhocas, são essenciais para a decomposição dos alimentos, e para a velocidade da decomposição deles também (quanto mais rápido, melhor – a demora em decompor pode emitir cheiro e não vai ser bom…). É nesse período também que você vai precisar estar bastante atento a umidade dentro da caixa e colocar mais água se o substrato estiver muito seco e colocar folhas secas, papel picado ou serragem caso o substrato estiver muito molhado.

– Minhocas, organismos associados e substrato equilibrado, pode-se começar a colocar os resíduos. Os resíduos devem ser enterrados no substrato, aumentando a possibilidade de contato deles com um ambiente agradável para as minhocas. Reserve um lado da caixa para não colocar resíduo nenhum, para as minhocas retornarem para o ambiente a qual já estão acostumadas, caso seja necessário. Prefira colocar os alimentos picados, pois isso facilita a decomposição e aumenta a velocidade do processo (e evita cheiros).

– Teoricamente, qualquer alimento pode ser colocado na vermicomposteira. Eu, particularmente, optei por fazer algumas restrições. Por exemplo:

  • Evito colocar frutas cítricas em excesso. Isso torna o substrato muito ácido, e como não quero adicionar nada para neutralizar a acidez, prefiro contralar não colocando cítricos.
  • Não gosto de colocar restos de alimentos que tenham muita gordura, como alimentos que foram fritos ou cozidos com muito óleo ou manteiga e gordura animal.
  • Também não coloco carnes. Elas são de difícil decomposição e produzem muito cheiro.
  • Alguns outros vegetais produzem cheiros com os quais eu não me incomodo, mas podem ser incômodos para algumas pessoas, como brócolis, repolho e couve-flor.
  • Não tive uma experiência muito boa colocando pães… eles acabaram fungando e as minhocas se recusaram a comê-los. Tive que tirar com a mão (usando luvas sempre, claro!)
  • Sementes não são uma boa ideia também. Elas adoram o ambiente cheio de nutrientes e germinam. Como não tem luz na caixa, germinam brancas (estioladas é a palavra). Elas germinam e obviamente começam a absorver nutrientes do substrato, o que não é uma boa ideia se você quer usá-lo como fertilizante para as plantas depois.

E vocês? Tem alguma dica ou tiveram alguma experiência interessante? Gostaria de fazer uma vermicomposteira também e tem alguma dúvida?

O que fazer com garrafas PET?

Ontem fui no 12 Festival do Japão. Adorei. Nunca tinha ido e achei o máximo. Fora as comidas deliciosas – comi um prato de Gyudon, que nunca tinha comido – um festival de arte, música, dança, culinária, tudo do bom e do melhor, organizado pela Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil.

Enfim… se você só ficou sabendo dessa festança hoje, esqueça. Hoje é o último dia e acaba em meia hora. Mas o ano que vem deve ter mais.

Esse post é na verdade para mostrar um trabalho bem legal que vi por lá, com garrafas PET. Estava mais a passeio do que a trabalho então não anotei altas informações, mas a barraca chamava-se UTSUMI e, por sorte, tem site na internet. Clicando em “artesanato” há fotos muito melhores do que as que eu tirei. As que eu tirei, seguem abaixo. Legal, né?

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Fala leitor: Recicoleta

Este post é, na verdade, um comentário do leitor Paulo Ribeiro a um outro post, o “Dá pra reciclar embalagem TetraPak?”
Devido a importância do tema e às buscas sobre esse assunto no Rastro de Carbono, com a autorização do Paulo, vou publicar o comentário dele aqui.
Fala leitor!
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Somos uma unidade para recebimento exclusivo de embalagens longa vida (leite, suco, massa de tomate, achocolatado, milho, outros) no RJ e ES.
Trabalhamos na conscientização, sensibilização e comercialização destas embalagens.
Nossa finalidade é aumentar a coleta destas embalagens e sensibilizar a população sobre a reciclagem, evitando sua destinação inadequada para aterros sanitário e lixões.
Recebemos as embalagens em qualquer quantidade, solto ou prensado, armazenamos e depois enviamos para o reciclador.
Pagamos um preço justo e igual para todos os envolvidos neste trabalho, além de dar todo apoio e ferramentas ( big bags, folhetos, faixas, palestras) que ajudem na divulgação deste trabalho.
Estamos também fazendo um trabalho de responsabilidade social, no qual podemos incluir igrejas, escolas, projetos sociais, associações, e outros, que é a troca de embalagens por caixa de leite, telhas ecológicas feitas a partir dos resíduos das embalagens longa vida, cadernos, canetas, e outros.
Visite nosso site www.recicoleta.com.br e saiba mais sobre este projeto.
Divulgamos também para a população o trabalho dos envolvidos neste projeto no site www.rotadareciclagem.com.br . Onde a pessoa coloca seu endereço e no mapa aparecem todas as cooperativas, comércios e pontos de entrega voluntária que trabalham com as embalagens longa vida próximo aquele endereço.
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Então é isso! Se você mora no Espírito Santo ou no Rio de Janeiro, colabore com esse projeto enviando suas caixinhas, divulgando a Recicoleta, se voluntariando ou usando sua criatividade para ajudar o Paulo!
Se você tem alguma dúvida sobre esse projeto, escreva para o Paulo, lá pelo site da Recicoleta!
E, se você tem um projeto parecido e quer divulgá-lo aqui, sinta-se à vontade para usar esse espaço!

Pegada 25: Enquete – o que você achou desse vídeo?

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Via: Felipe Epaminondas