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7 de maio de 2014

Você já teve a experiência de lembrar vividamente de um acontecimento, e depois acabou descobrindo que, na verdade, as coisas aconteceram de um jeito diferente do que você lembrava? Ou então uma situação na qual você e outra pessoa passaram por uma mesma experiência (ex: observaram duas pessoas discutindo agressivamente), mas depois vocês discordaram quanto a algum detalhe do que realmente havia acontecido? Ou você já lembrou de ter dito algo que, na verdade, não tinha dito a outra pessoa?
Não importa se você tem uma memória muito boa ou muito ruim, provavelmente você já viveu alguma experiência similar a essas e é sobre esse assunto que o Minutos Psíquicos traz orgulhosamente hoje um vídeo sobre uma das funções cognitivas mais complexas do cérebro e importantes para as nossas vidas – a memória. Veja ele primeiro (abaixo) Continue lendo…
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7 de abr de 2014

Mais um vídeo do canal Minutos Psíquicos está no ar! Essa semana, o vídeo explora os perigos envolvidos na solidão e porque ela pode nos afetar de uma maneira muito mais profunda do que imaginamos. Se gostar, curta e compartilhe o vídeo por ai!
[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=iEmR_Ez1dVE”]
Referências:
Cacioppo, J. T., Hawkley, L. C., Norman, G. J., & Berntson, G. G. (2011). Social isolation. Annals of the New York Academy of Sciences, 1231, 17–22. doi:10.1111/j.1749-6632.2011.06028.x
Nesse trabalho, um dos maiores estudiosos da solidão e da neurociência social, o psicólogo social John T. Cacioppo revisa os principais achados sobre a pesquisa da solidão.
Cacioppo, J. T., & Patrick, W. (2011). Solidão: A natureza humana e a necessidade de vínculo social. Rio de Janeiro: Record.
Nesse livro traduzido para o Português, John Cacioppo descreve de maneira descomplicada o que a pesquisa sobre a solidão tem revelado sobre o ser humano e sobre algumas das nossas motivações básicas.
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25 de mar de 2014
É com grande prazer que divulgo aqui o novo vídeo do canal Minutos Psíquicos! Agradeço por todos os comentários e sugestões feitas! Agora o canal está contando com uma equipe super talentosa de produção e arte que vai mudar bastante a qualidade dos vídeos! Sigam as páginas do canal nas redes sociais (Facebook, Twitter, Google+)
Segue a desrição do vídeo:
Hoje veremos o que cabos de guerra e emergências tem em comum e como isso pode diminuir a chance de que alguém seja ajudado em uma situação de emergência.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/bdecI888YIE”]
Segue aqui também, depois do vídeo, uma lista de trabalhos de referência para quem se interessar pelo assunto abordado no vídeo.
Referências:
Darley, J. M. & Latané, B. (1968). Bystander intervention in emergencies: Diffusion of responsibility. Journal of Personality and Social Psychology, 8, 377-383.
Esses é o artigo clássico no qual dois psicólogos sociais, Darley e Latané, descrevem pela primeira vez o efeito do espectador e ajudaram a praticamente inaugurar o estudo do comportamento prosocial na psicologia.
Fischer, P., Krueger, J. I., Greitemeyer, T., Vogrincic, C., Kastenmüller, A., Frey, D., … Kastenmu, A. (2011). The bystander-effect: A meta-analytic review on bystander intervention in dangerous and non-dangerous emergencies. Psychological Bulletin, 137(4), 517–37. doi:10.1037/a0023304
Essa é uma meta-análise recente que revisa diversos estudos feitos ao longo dos últimos anos sobre o efeito do espectador, as variáveis que influenciam na força do efeito do espectador em diferentes situações e as principais conclusões que esses anos de pesquisa nos permitiram concluir sobre ajuda em situações de emergência.
E nesse link, o efeito do espectador e a difusão de responsabilidade são descritos e ilustrados por meio de vídeos. Você vai poder ouvir um explicação do efeito do espectador dada por um dos maiores psicólogos sociais de todos os tempos: Phillip Zimbardo.
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12 de mar de 2014
Muitas coisas acontecem bem na nossa frente sem que tenhamos consciência. Isso acontece porque existe muito mais informação no nosso ambiente do que nossa mente é capaz de captar e perceber conscientemente. Mas quando se trata das nossas próprias ações, é claro que temos consciência do que estamos fazendo e das razões pelas quais estamos realizando uma ação, certo? Bom… nem sempre, pois também podemos operar “no piloto automático”, mesmo quando realizamos ações complexas, como dirigir de volta para casa, por exemplo.
O livro Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas descreve como o inconsciente influencia as nossas ações e pensamentos, para o bem e para o mal. “Uau, alguém falando de psicanálise nesse blog, finalmente hein féra!” CALMA, muita calma! Não é o inconsciente do qual Freud falava. A nova concepção de inconsciente na psicologia e na neurociência, também explorada no livro Rápido e devagar: Duas formas de pensar, de Daniel Kahneman, é que captamos e usamos informações do ambiente basicamente de duas maneiras: de uma maneira mais automática e inconsciente ou de uma maneira mais controlada e consciente. Quando nossa “mente inconsciente” está no comando, ela preenche lacunas no nosso conhecimento e usa alguns truques bacanas para guiar nossas ações sem que a gente perceba, permitindo-nos assim realizar feitos incríveis, considerando a pouquíssima quantidade de esforço exigida (mas, infelizmente, também pode nos levar a erros igualmente “incríveis” e indesejáveis).
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27 de jan de 2014
No nível da pós-graduação, métodos quantitativos são provavelmente o único treinamento comum entre as subdisciplinas da psicologia; sua sequência de treinamento estatístico no primeiro ano provavelmente incluiu alunos de psicologia biológica, social, clínica, cognitiva, do desenvolvimento e da personalidade. Enquanto todos nós somos treinados no básico da análise de variância (ANOVA) e regressão múltipla, construir uma ciência psicológica mais forte exige que melhoremos as ferramentas analíticas dos psicólogos. Aqui estão sete razões convincentes do porquê todos deveriam buscar um treinamento adicional:
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29 de nov de 2013

Será que os psicólogos já podem comemorar? Só um pouquinho (Foto: Pixabay).
Vem chegando o clima natalino, as festas de ano novo, os fogos de artifícios… mas os psicólogos ao redor do mundo andavam meio para baixo nos últimos meses… sem muitos motivos para comemorar. Isso porque diversas polêmicas acerca da falta de replicabilidade de pesquisas na psicologia e casos envolvendo fraudes em publicações andaram manchando a imagem da área e levantando suspeitas acerca das suas pesquisas (para saber mais sobre isso, ver aqui e aqui). Mas os resultados que acabam de ser divulgados do projeto de replicação ManyLabs (“vários laboratórios”) indicaram que talvez a coisa não seja tão ruim quanto alguns pensaram (e afirmaram). Por isso, agora os psicólogos podem preparar as suas champanhes para o fim do ano e comemorar (só um pouco)! Mas então o que é o tal do projeto e o que ele mostrou?
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30 de set de 2013
Foi com muito entusiasmo que vi na revista Science esses dias uma matéria sobre meditação e compaixão (ambos temas centrais no meu mestrado \o/). A matéria explorava a pesquisa da professora Tania Singer, uma das mais importantes pesquisadoras atualmente no campo da neurociência social da empatia. Ela está conduzindo um estudo de grande porte para testar se a compaixão pode ser treinada e cultivada por meio da meditação. Ela também pretende entender o que ocorre no nosso cérebro enquanto realizamos meditação. Foi nessa matéria também que descobri que ela editou um livro com Matthias Bolz sobre a prática e a ciência da compaixão e disponibilizou o livro online para qualquer pessoa no mundo fazer o download totalmente de graça. O livro parece ser interessante tanto para praticantes iniciantes quanto avançados de meditação, bem como para pesquisadores ou apenas curiosos pelo tema da compaixão. Portanto, se você quer saber um pouco mais sobre a ciência da compaixão e da meditação ou apenas deseja conhecer um pouco mais dessa prática, esse parece um ótimo livro para começar! Ainda não o li, mas em breve estarei comentando sobre ele por aqui! Você pode baixar o livro aqui.
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15 de ago de 2013
Autor: Maurício Miranda Sarmet (autor convidado)*
No último dia 06/08, foi publicada no site da Folha de São Paulo a informação que o jovem suspeito pela morte dos pais, avó e tia utilizava, em seu perfil da Facebook, imagens do jogo Assassin’s Creed. Rapidamente, várias mensagens nas redes sociais criticaram a notícia, uma vez que ela associava – mesmo que indiretamente – o jogo a um comportamento violento. Várias piadas do tipo “Se o jogo influenciasse o comportamento, eu seria um encanador por jogar Mário” ou “Jogo jogos violentos desde pequeno e nunca saí matando ninguém” circularam (e ainda circulam) por aí. Além das piadas, circula a preocupação de que o jogo possa, de alguma forma, ter algum papel nesta história trágica.
Essa não foi a única (nem a última) matéria desta natureza a ser divulgada nos meios de divulgação de massa. Assim como foi com o rádio, o cinema e a televisão, especula-se o tipo de influência que o videogame pode ter na mente e no comportamento de crianças, jovens e adultos expostos a eles. No entanto, mais do que uma questão comercial ou ideológica, trata-se de uma questão cuja resposta passa por um raciocínio empírico. Ou seja, é necessário um conjunto de estudos sistemáticos sobre o tema para chegarmos a alguma conclusão. A boa notícia é que já existem vários estudos sobre consequências positivas e negativas da exposição a jogos eletrônicos. A má notícia… bem, essa eu comentarei ao longo do texto, e nem é tão má assim (pelo menos no meu ponto de vista).
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20 de maio de 2013

World Congress on Brain, Behavior and Emotions
Divulgo aqui um congresso muito importante que ocorrerá em São Paulo no mês que vem. É o World Congress on Brain, Behavior and Emotions (Congresso Mundial de Cérebro, Comportamento e Emoções), que acontece de 26 a 29 de junho de 2013, em São Paulo, com sua segunda edição prevista para os dias 6 a 9 de abril de 2014, em Montreal no Canadá.
O congresso terá quatro dias de atividades intensas, reunindo os mais importantes nomes das áreas envolvidas nas relações entre mente e cérebro. A programação científica integra a ciência à área clínica, proporcionando uma interface entre as especialidades de neurologia, psiquiatria, neurocirurgia, neuropsicologia, psicologia, geriatria, sono e neurociência básica, promovendo um debate interdisciplinar sobre inovações tecnológicas, estudos e controvérsias, sendo uma boa forma de se atualizar na área.
Nesse ano, o evento conta com participação de mais de 150 conferencistas ilustres de diversas partes do mundo, como os pesquisadores Adrian Raine, Andres Lozano, Antoine Bechara, Eurípedes C. Miguel, Gustavo Turecki, Hanna Damasio, Howard Steiger, Ivan Izquierdo, Jaderson C. da Costa, Jair Mari, Jorge Moll Neto, Ley Sander, Paulo Caramelli, Ricardo Nitrini, Richard E. Tremblay, Roger Mcintyre, Stephen Suomi, Valentim Gentil e como convidado especial o neurocientista Antonio Damasio (sim, o Antonio Damasio mesmo!). Os principais pesquisadores brasileiros da área também estarão presentes no congresso, como o Vitor Haase (que já foi entrevistado aqui no blog). Esse congresso é uma ótima oportunidade, espero poder encontrar alguns de vocês por lá! Para mais informações sobre o congresso, consulte o site aqui e a página do facebook do evento.
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8 de mar de 2013
Recentemente, a psicologia tem sido colocada a teste por um número crescente de cientistas na sua área. Eles querem saber o quão realmente replicáveis são os seus resultados, considerando a dificuldade que muitos deles tem vivido ao tentar repetir os procedimentos dos seus colegas e encontrar as mesmas coisas.
Liderando este movimento, o professor Brian Nosek da Universidade da Virginia tem conduzido o Open Science Framework (OSF), uma iniciativa que tem como objetivo produzir dados sobre a replicabilidade de pesquisas recentes na psicologia. E é com uma grande honra que hoje eu trago a vocês uma entrevista exclusiva com o próprio Brian Nosek que, apesar da sua agenda totalmente lotada, gentilmente aceitou responder a algumas perguntas sobre os seus esforços entusiasmados em investigar perguntas ainda não respondidas sobre o valor das pesquisas recentes na psicologia.
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