Você vai decidir ver esse video? (vídeo)
Será que você veio parar nesse vídeo por causa do título dele? Ou por que você estava de bom humor hoje e saiu clicando em todos os links que viu? Ou por causa da imagem que você viu do vídeo? O tema do vídeo de hoje é como processamos informações de maneira automática ou controlada e como isso impacta as nossas ações, desde a nossa simples percepção de linhas até como dirigimos de volta para casa.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/sFJPEjAN2pk”]
A sua própria decisão de ver esse vídeo pode ter sido influenciada pelo processamento automático da imagem do vídeo, já que ela é considerada um tipo de imagem que chama mais a atenção das pessoas. Embora isso talvez não seja surpreendente para você, normalmente não estamos totalmente conscientes desses fatos nos influenciando antes de tomarmos uma decisão – nós simplesmente realizamos as ações e temos quase sempre a impressão de que nossas decisões são tomadas de maneira racional, embora muitas vezes isso não seja verdade.
Referências recomendadas
Mlodinow, L. (2012). Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas. Rio de Janeiro: Zahar.
Nesse livro, o autor descreve como o processamento automático influencia muitos outros aspectos de nossas vidas. Além de descrever os estudos sobre provadores de vinho, ele também fala sobre a automaticidade envolvida na percepção visual (algo que ilustramos no início do vídeo). Eu publiquei aqui no blog uma resenha que fiz desse livro.
Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar: Duas formas de pensar. São Paulo: Objetiva.
Quando o assunto é processamento automático e controlado, esse deve ser o livro mais recente e importante sobre o assunto. Um dos maiores nomes da psicologia que se debruçou por anos sobre essa questão descreve a sua trajetória profissional e as descobertas científicas sobre como a nossa mente funciona.
Ver para crer ou crer para ver? (vídeo)
Você vê para crer ou crê para ver? A segunda opção, embora não seja tão popular quanto a primeira, descreve algo que ocorre conosco todos os dias, das ações mais cotidianas às mais complexas. Nossas crenças moldam aquilo que vemos, prestamos atenção, damos importância e nos lembramos. O vídeo de hoje do Minutos Psíquicos trata sobre algo conhecido na psicologia como viés de confirmação. Veja o vídeo abaixo (se o player estiver com problema, veja aqui o vídeo).
[youtube_sc url=”http://youtu.be/LJ9L7aVTmmE”]
Referências recomendadas
Nesse texto do site Why We Reason, é feita uma ótima descrição do que é o viés de confirmação.
Nickerson, R. S. (1998). Confirmation bias: A ubiquitous phenomenon in many guises. Review of General Psychology, 2(2), 175–220. doi:10.1037//1089-2680.2.2.175
Nesse trabalho acadêmico de revisão, os autores discutem o conceito de viés de confirmação e descrevem as pesquisas até aquela época que identificaram essa propensão humana (clicando aqui, você tem acesso ao pdf do artigo).
Por que o juiz sempre rouba mais pro time adversário? (vídeo)
Você já achou que o juiz estava roubando pro time adversário? Ou quando alguém discordou de você sobre um assunto do qual você entende, já teve a impressão de que essa pessoa estava teimosamente discordando de você sem razão, já que obviamente você estava certo sobre aquele partido político, time de futebol ou artista? O vídeo de hoje do Minutos Psíquicos discute algo que Continue lendo…
A sua memória é boa?
Você já teve a experiência de lembrar vividamente de um acontecimento, e depois acabou descobrindo que, na verdade, as coisas aconteceram de um jeito diferente do que você lembrava? Ou então uma situação na qual você e outra pessoa passaram por uma mesma experiência (ex: observaram duas pessoas discutindo agressivamente), mas depois vocês discordaram quanto a algum detalhe do que realmente havia acontecido? Ou você já lembrou de ter dito algo que, na verdade, não tinha dito a outra pessoa?
Não importa se você tem uma memória muito boa ou muito ruim, provavelmente você já viveu alguma experiência similar a essas e é sobre esse assunto que o Minutos Psíquicos traz orgulhosamente hoje um vídeo sobre uma das funções cognitivas mais complexas do cérebro e importantes para as nossas vidas – a memória. Veja ele primeiro (abaixo) Continue lendo…
Os perigos da solidão (vídeo)
Mais um vídeo do canal Minutos Psíquicos está no ar! Essa semana, o vídeo explora os perigos envolvidos na solidão e porque ela pode nos afetar de uma maneira muito mais profunda do que imaginamos. Se gostar, curta e compartilhe o vídeo por ai!
[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=iEmR_Ez1dVE”]
Referências:
Cacioppo, J. T., Hawkley, L. C., Norman, G. J., & Berntson, G. G. (2011). Social isolation. Annals of the New York Academy of Sciences, 1231, 17–22. doi:10.1111/j.1749-6632.2011.06028.x
Nesse trabalho, um dos maiores estudiosos da solidão e da neurociência social, o psicólogo social John T. Cacioppo revisa os principais achados sobre a pesquisa da solidão.
Cacioppo, J. T., & Patrick, W. (2011). Solidão: A natureza humana e a necessidade de vínculo social. Rio de Janeiro: Record.
Nesse livro traduzido para o Português, John Cacioppo descreve de maneira descomplicada o que a pesquisa sobre a solidão tem revelado sobre o ser humano e sobre algumas das nossas motivações básicas.
Mais pessoas = mais ajuda? (vídeo)
É com grande prazer que divulgo aqui o novo vídeo do canal Minutos Psíquicos! Agradeço por todos os comentários e sugestões feitas! Agora o canal está contando com uma equipe super talentosa de produção e arte que vai mudar bastante a qualidade dos vídeos! Sigam as páginas do canal nas redes sociais (Facebook, Twitter, Google+)
Segue a desrição do vídeo:
Hoje veremos o que cabos de guerra e emergências tem em comum e como isso pode diminuir a chance de que alguém seja ajudado em uma situação de emergência.
[youtube_sc url=”http://youtu.be/bdecI888YIE”]
Segue aqui também, depois do vídeo, uma lista de trabalhos de referência para quem se interessar pelo assunto abordado no vídeo.
Referências:
Darley, J. M. & Latané, B. (1968). Bystander intervention in emergencies: Diffusion of responsibility. Journal of Personality and Social Psychology, 8, 377-383.
Esses é o artigo clássico no qual dois psicólogos sociais, Darley e Latané, descrevem pela primeira vez o efeito do espectador e ajudaram a praticamente inaugurar o estudo do comportamento prosocial na psicologia.
Fischer, P., Krueger, J. I., Greitemeyer, T., Vogrincic, C., Kastenmüller, A., Frey, D., … Kastenmu, A. (2011). The bystander-effect: A meta-analytic review on bystander intervention in dangerous and non-dangerous emergencies. Psychological Bulletin, 137(4), 517–37. doi:10.1037/a0023304
Essa é uma meta-análise recente que revisa diversos estudos feitos ao longo dos últimos anos sobre o efeito do espectador, as variáveis que influenciam na força do efeito do espectador em diferentes situações e as principais conclusões que esses anos de pesquisa nos permitiram concluir sobre ajuda em situações de emergência.
E nesse link, o efeito do espectador e a difusão de responsabilidade são descritos e ilustrados por meio de vídeos. Você vai poder ouvir um explicação do efeito do espectador dada por um dos maiores psicólogos sociais de todos os tempos: Phillip Zimbardo.
O novo inconsciente na psicologia – Resenha do livro “Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas”
Muitas coisas acontecem bem na nossa frente sem que tenhamos consciência. Isso acontece porque existe muito mais informação no nosso ambiente do que nossa mente é capaz de captar e perceber conscientemente. Mas quando se trata das nossas próprias ações, é claro que temos consciência do que estamos fazendo e das razões pelas quais estamos realizando uma ação, certo? Bom… nem sempre, pois também podemos operar “no piloto automático”, mesmo quando realizamos ações complexas, como dirigir de volta para casa, por exemplo.
O livro Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas descreve como o inconsciente influencia as nossas ações e pensamentos, para o bem e para o mal. “Uau, alguém falando de psicanálise nesse blog, finalmente hein féra!” CALMA, muita calma! Não é o inconsciente do qual Freud falava. A nova concepção de inconsciente na psicologia e na neurociência, também explorada no livro Rápido e devagar: Duas formas de pensar, de Daniel Kahneman, é que captamos e usamos informações do ambiente basicamente de duas maneiras: de uma maneira mais automática e inconsciente ou de uma maneira mais controlada e consciente. Quando nossa “mente inconsciente” está no comando, ela preenche lacunas no nosso conhecimento e usa alguns truques bacanas para guiar nossas ações sem que a gente perceba, permitindo-nos assim realizar feitos incríveis, considerando a pouquíssima quantidade de esforço exigida (mas, infelizmente, também pode nos levar a erros igualmente “incríveis” e indesejáveis).
Como nossas expectativas influenciam as pessoas (vídeo)
As suas expectativas inconscientes podem influenciar consideravelmente as pessoas que estão ao seu redor por meio de um fenômeno conhecido como “profecia auto-realizadora”.
O vídeo abaixo fala sobre o que são profecias auto-realizadoras e como elas ocorrem no cotidiano. É o primeiro vídeo do canal Minutos Psíquicos. Para acompanhar os próximos vídeos, inscrevam-se no canal, curtam e compartilhem em suas redes sociais! Espero que gostem!
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O beijo gay do Félix e como a mídia pode ajudar quem precisa
Ontem, o personagem Félix, de uma novela famosa, deu um beijo em seu companheiro homossexual. Até onde ouvi, a cena de um beijo entre homens em uma novela popular foi algo inédito (ou foi pelo menos bem raro até hoje). Esse “ocorrido” foi recebido de maneira otimista, porém nem tanto, por membros da comunidade LGBT, como é um exemplo o deputado Jean Wyllys que escreveu uma reflexão crítica sobre o tema. Entretanto, esse tipo de exposição “positiva” de membros de grupos que são alvos de preconceito pode ter consequências muito mais interessantes do ponto de vista psicológico do que o ibope de um canal de televisão, as quais eu comentarei daqui há pouco.
Um outro exemplo mais intencional e direto disso é o projeto internacional It Gets Better (“vai ficar mais fácil”). Esse projeto tem o objetivo de dar suporte e esperança a jovens LBGTs ao redor do planeta que sofrem discriminação. No site do projeto, é possível encontrar mais de 50.000 vídeos de pessoas com diferentes orientações sexuais encorajando os jovens a acreditar que “vai ficar mais fácil” (entre essas pessoas, o presidente norte americano Barack Obama marcou presença com um vídeo. Também vale a pena ver o relato de um vereador do Texas sobre a sua experiência pessoal).
A exposição favorável do Félix ocorrida na novela e esse projeto são dois exemplos de como a mídia pode, mesmo que não intencionalmente, oferecer suporte a grupos enfrentando discriminação. Mas como será que esses jovens percebem esse tipo de mídia? Será que eles se sentem realmente mais apoiados e esperançosos? A princípio, tudo indica que sim, mas será que algumas formas de comunicar esse suporte podem ser mais benéficas do que outras?
Resultados de replicação colaborativa em psicologia são otimistas (mas nem tanto)
Vem chegando o clima natalino, as festas de ano novo, os fogos de artifícios… mas os psicólogos ao redor do mundo andavam meio para baixo nos últimos meses… sem muitos motivos para comemorar. Isso porque diversas polêmicas acerca da falta de replicabilidade de pesquisas na psicologia e casos envolvendo fraudes em publicações andaram manchando a imagem da área e levantando suspeitas acerca das suas pesquisas (para saber mais sobre isso, ver aqui e aqui). Mas os resultados que acabam de ser divulgados do projeto de replicação ManyLabs (“vários laboratórios”) indicaram que talvez a coisa não seja tão ruim quanto alguns pensaram (e afirmaram). Por isso, agora os psicólogos podem preparar as suas champanhes para o fim do ano e comemorar (só um pouco)! Mas então o que é o tal do projeto e o que ele mostrou?