O lixo tecnológico no Campus Party

Já que o problema com o lixo tecnológico é real, fui pesquisar o que as pessoas do Campus Party estão fazendo com ele. E como o esperado, a maior parte ou fez doação de equipamentos ou mantém lixo tecnológico em casa.
Durante a busca, tive a sorte de encontrar um cara sensacional. Apresento na foto ao lado o Rodrigo Cabral, de 17 anos, que veio de Cabo Frio/RJ, mostrar um trabalho incrível que ele faz com lixo tecnológico. O cara, desafiado por um amigo do colégio, começou a produzir robôs incríveis, que têm desde chaves de ignição até mp3 player e rádio. Se a edição da TV Cultura ajudar, o Rodrigo deve aparecer na TV amanhã as 20:00. Aproveitem algumas fotos dos robôs dele:

E o lixo tecnológico?

Clique o primeiro ESC quem não tem em casa peças de computadores antigos, baterias de celulares e todo o tipo de material tecnológico que já não usa mais! Óbvio que todo mundo (com consciência) tem e não jogou no primeiro lixo orgânico que apareceu.
Segundo o Greenpeace, são produzidas 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano. Fato é que pouco se sabe sobre como reduzir, reutilizar ou reciclar este tipo de lixo. Muitos contém em sua composição metais pesados altamente tóxicos. Fora que, um simples microship de 32 Megabytes, requer em média 72 gramas de produtos químicos, 700g de gases elementeares (principalmente nitrogênio), 32 litros de água e 1.200g de combustíveis fósseis.
O impacto, tanto o uso de recursos como na quantidade e falta de procedimentos para gestão correta dos resíduos é imenso. Espero ver gente trabalhando em soluções para isso em breve!
Recomendo:
Lixo Tecnológico

Meio ponto para o Campus Party

Rastro de Carbono manda uma palma para a organização do Campus Party

Pelo menos agora a lixeirinha é para plástico.
Mas fica a pergunta: Vale ação sem informação?

Ache o erro – Gestão do lixo no Campus Party


O Rastro de Carbono confirma: NÃO É CULPA DO NERD!!! Ele tá até usando garrafinha… Mas olha a lixeira!!!!!

Campus Party e a (des)sustentabilidade na gestão do lixo II

Num evento como o Campus Party, separar lixo orgânico de não-orgânico é, pra dizer o mínimo, uma obrigação. Uma porque o evento não é um eventinho de 200 participantes. Ele é um mega-evento de 3000 participantes, com organização bi-nacional (Brasil e Espanha) e tem, nada mais nada menos, o Al Gore como sócio da Associação E3 Futura, idealizadora da festa.
Já postei aqui sobre a falta de planejamento que envolveu a coleta seletiva. Se não tem planejamento, o fracasso é óbvio. E então, lá fui eu tirar foto do lixo. E não é do lixinho de coleta seletiva de metal. É o mega-container de 15m3 de lixo que tem do lado de fora da Bienal.
Com vocês, a (des)sustentabilidade da gestão do lixo:

Quem viu papelão e alfaces?
Madeira com cocos? – Sendo que ambos podem ser reutilizados ou re-processados?
E a minha favorita: O container de 15m3 de “lixo orgânico” e ao lado, a caçamba de lixo reciclável. Alguém viu metal, vidro, papel e plástico separados ou foi só impressão minha que tudo ficou misturado no final?

Campus Party e a sustentabilidade na gestão do lixo I

É segundo dia de atividades intensas no Campus Party, terceiro dia de evento em si. Por aqui já foram produzidos quase 50m3 de lixo e o pior, que não foi destinado a reciclagem. – E nem vou escrever sobre a destinação e produção de lixo durante a montagem do evento…
A Campus Party até se propôs a comprar algumas lixeiras para a coleta seletiva, mas elas se encontram muito mal distribuídas. O lixo que é produzido num canto dificilmente vai se encontrar com as lixeiras que estão em um lugar completamente diferente.
Pela foto ao lado dá pra ter uma idéia de que, pelo tamanho das lixeiras adquiridas, mesmo que todos os participantes estivessem informados sobre a coleta seletiva, elas certamente não dariam conta do recado, a menos que o staff da limpeza aumentasse muito a frequência de coleta. E também da pra ver que a lixeixa não está onde o lixo está. A foto é de um conjunto de lixeiras da coleta seletiva e da Clau Chow, do Sustentabilidade.
Faltam também placas e informativos sobre o processo de coleta seletiva, onde encontrar as lixeiras, que tipos de materiais podem ser e que outros não podem ser colocados lá. Considerando que o evento é internacional, todas estas informações deveriam ser encontradas não só em português, mas também em espanhol e inglês, pelo menos.
Vou postar também a foto do conteúdo que encontrei na lixeira de METAIS. Dá pra ver, além das latinhas de refrigerante, que estão no lugar certo, pilhas, embalagens plásticas, e mais todo tipo de lixo.
A pergunta da vez é: Os nerds não sabem separar lixo ou a organização falhou em informar sobre a gestão do lixo?

Campuseiros Verdes!!! Reuni-vos!!!

Todos já pudemos perceber que a Campus Verde está um pouco cinza. E isto está acontecendo basicamente porque a Coordenadora do Campus Verde está trabalhando sozinha. E, obviamente, ela não está dando conta. Por isso, todos os campuseiros verdes que querem “salvar” esta parte que consideramos tão importanto no evento, estão CONVOCADOS para, por enquanto, tentarem se organizar durante três eventos principais.
1) A estréia do BarCamp que acontece AGORA, as 20:00hs, no estande do BarCamp!
2) BarCamp amanhã às 11:00hs da manhã
3) Visita livre – Tecnologia Limpa: Estação de Tratamento da Água do Lago do Ibirapuera. Evento off-line do Campus Party
Campuseiros verdes! Reuni-vos!
Divulguem esta idéia!

Campus Party responde sobre a neutralização de carbono

Em resposta ao post “Campus Party e a neutralização de carbono” publicado ontem, a organização do Campus Party, através da coordenadora da área Campus Verde, Maira Begalli, informa que o plantio de árvores se dará em caráter simbólico, de uma árvore por pessoa envolvida no evento, sejam eles participantes, palestrantes, organizadores ou todo o pessoal responsável pela limpeza, infra-estrutura e segurança. Isto dará um número maior do que 3000 árvores, mas o número exato ainda é desconhecido e independe do cálculo de emissão de gases do efeito estufa, não se tratando, portanto, de um projeto de neutralização de carbono.
O Campus Party deverá doar, em dinheiro, quantia equivalente ao número de mudas que deverão ser plantadas para a S.O.S Mata Atlântica ou para o Click Árvore, que deve ficar responsável pela escolha do local de plantio, bem como a escolha das espécies de árvores e cuidados com a muda. As negociações com a empresa que ficará responsável pelo plantio ainda não foram feitas e alguns ajustes no planejamento ainda podem ocorrer.
Assim que eu tiver mais informações, posto aqui. A Maira deve postar em breve maiores informações no site oficial do evento, assim como no blog do evento, trazendo mais transparência à discussão.
UPDATE: A Maira já fez uma publicação no blog. Aparentemente o plantio de árvores não é o único problema de sustentabilidade que o evento enfrenta.

Campus Party e a neutralização de carbono

Há o que eu chamo de “desinformação” no Campus Party, quando o assunto é a neutralização de carbono do evento.
Todo mundo sabe que minha opinião sobre neutralização de carbono se apóia, principalmente, em dois fatos:
1) A árvore plantada hoje demorará uns 20 anos para neutralizar as emissões de um evento. É um ser vivo, que pelo simples fato de crescer, acumula carbono em sua estrutura. Para isso, haja fotossíntese. Isso sem mencionar o fato de que não há garantia que a árvore plantada hoje sobreviva por 20 anos sem cuidados maiores como adubação e regas frequentes – uma vez que muitas das vezes só se menciona o “plantio” de árvores e não a conservação delas.
2) Tenho uma idéia bem parecida com a que já postei aqui, do Cheat Neutral. A neutralização de carbono não redime o poluidor da responsabilidade pela emissão de gases do efeito estufa. O que pode ser feito é, simplesmente, não poluir.
A Campus Party colocou no texto de início do Campus Verde: “A Campus Party @ Campus Verde realizará o plantio de uma muda para cada participante do evento.”, portanto, se comprometeu e uso como propaganda para o evento, a neutralização de carbono.
Agora, em post recente no blog oficial do evento, a coordenação desconversa. Diz que a Campus Verde, em parceria com a Software Livre, vai elaborar uma calculadora de carbono, na qual os próprios participantes de evento vão poder planejar suas emissões e neutralizá-las com o plantio de árvores, de acordo com sua consciência. Diz ainda, que os 3000 campuseiros estariam de qualquer modo conectados em outro lugar, assim como fazem em outros dias, mas se esquecem da emissão de gases do efeito estufa relacionados com outros processos, como som, banners, transporte dos campuseiros até o lugar do evento, lixo produzido, e outros processos que certamente não aconteceriam se cada campuseiro estivesse conectado nos locais de sempre.
Esperamos uma posição mais clara sobre este assunto até amanhã.

Sacolas reutilizáveis do Rastro de Carbono na Campus Party!

Incomodada com o uso de sacolas plásticas em supermercados e comércio em geral, pesquisei e descobri uma cooperativa de mulheres no Campo Limpo que produz sacolas de ráfia a partir de materiais que são normalmente considerados lixo.
As sacolas têm a tarefa socio-economico-ambiental tripla:
1) Reduz o lixo – já que a ráfia vira sacolas
2) Ajuda financeiramente a cooperativa de mulheres de Campo Limpo
3) Estimula o não-uso de sacolas plásticas
Adquira já a sua e leve esta idéia para além do Campus Party!
Qualquer um pode conseguir sua sacola por apenas R$6,00. É só entrar em contato comigo!