Ferro, Lítio, Zinco, Astato e Alumínio para todos!
Aos meus estimados leitores e queridas leitoras;
São esses os votos do molibdênio para o cálcio magnésio que se aproxima.
Divirtam-se.
[Aviso] Nota de repúdio a algumas organizações ditas numéricas (sic)
(sic)
O blogue 42. vem, por meio desta, declarar que não reconhece as seguintes entidades como representantes da resposta fundamental para a vida, o universo e tudo mais – sequer os consideramos como entidades matemáticas: “HOUAISS – Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa“, “Wiki-PT“, “Desciclopédia“, “MALBA TAHAN – O Homem que Calculava” e “MATEMÁGICA – Testes de QI“. Não possuímos qualquer ligação, compromisso, parceria, irmandade, solidariedade com as tais. Repudiamos todas as suas manifestações (escritas, audiovisuais ou de qualquer outra natureza) quando pretendem falar em nome do número 42. Não reconhecemos como representantes dos calculistas brasileiros os senhores (as): Pasquale Cipro Neto, a Zebra da Loteca, Júlio César de Melo e Sousa e Oswald de Souza, dentre outros.
(sic)
O blogue 42. vem, por meio desta, declarar a todos os irmãos brasileiros que a resposta fundamental é simplesmente 42, como se pode facilmente deduzir do próprio termo “fundamental”, do latim “fundamentum”. Alertamos a todos para as distorções que os grupos anteriormente mencionados têm feito com relação ao significado do número 42. Do fato de não acreditarmos em outras respostas, não decorre sermos contrários ao seu cálculo, à sua soma, aos bons resultados, à sua família numérica, à teoria de conjuntos, à rigidez matemática ou ao total.
(sic)
O blogue 42. desaprova, desaconselha, repudia e combate todas as formas de antinumeralidade e antijuros compostos. Entendemos ser o direito a contar nos dedos e a usar calculadoras, como sendo inalienáveis. Bem como o direito a calcular de cabeça.
(sic)
O blogue 42. apela a todos os membros da matriz computacional desavisados que não promovam as organizações mencionadas. E convida a todos os verdadeiros mochileiros a que se unam num protesto contra estas organizações que têm tentado vincular a busca pela pergunta para a resposta fundamental (simples presença da palavra “fundamental”) às suas ideologias pessoais e visões de mundo.
(sic)
Não há qualquer vínculo do número 42 à apologia gramática, à agenda sociológica, ao criacionismo, ao número de estradas que um homem deve andar, à militância pela descriminalização das caronas por naves Vogon ou à vogonidade secular.
(sic)
Boa viagem a todos!
P.S. o mundo já é idiota suficiente sem que eu precise criar algo tão estúpido e tão gramaticalmente pobre.
Curso de Capacitação DAIME PARA TODOS
Recebi um email com o assunto que entitula este texto e, antes de apagar e mandar para a pasta de spam, pensei “isso é muito ridículo para permanecer não-compartilhado”.
Portanto, ei-lo, compartilhado e comentado:
O participante terá acesso completo a todas as informações sob a ótica médica, jurídica, biológica, histórica e espiritual da ayahuasca, através de aulas teóricas e vivências práticas com profissionais de cada área.
Tirando o fato de que “acesso completo a todas as informações” é uma afirmação um tanto quanto grandiosa (e uma promessa dificilmente cumprível), notem que eles oferecem informações jurídicas num “curso” para o consumo de um entorpecente. Legal, né?
Percebam também a estrutura da frase: “O participante terá acesso (…) a todas as informações (…) através de aulas teóricas e vivências práticas com profissionais de cada área“. Acesso a informação através de vivência prática? Com profissionais? Quer dizer que os participantes vão ter uma aula teórica e em seguida vão compartilhar o chá alucinógeno com médicos, advogados, biólogos, historiadores e xamãs (este último não sendo exatamente uma “profissão”)? Uau!
Este curso poderá propiciar ao participante a afiliação ao Céu Nossa Senhora da Conceição, e a partir disto, ser beneficiado recebendo gratuitamente todo mês como cortesia 1 litro de nossa forte ayahuasca para seu uso religioso e individual no altar de sua casa.
A mensalidade de filiação ao Céu Nossa Senhora da Conceição é de apenas 10 reais ao mês.
Viram a evasiva palavra “poderá”? E a tergiversação convoluta do “recebendo gratuitamente todo mês como cortesia” seguido de “A mensalidade (…) é de apenas 10 reais ao mês“? O produto é gratuito, você só paga pela “mensalidade”. Certo.
O CONAD (Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas), na Resolução nº 1, de 25.01.10, considerando uma ruma de coisa, resolveu que o ayahuasca é legal (concordo 100% com a decisão, que fique claro desde agora). No entanto, o relatório final do Grupo Multidisciplinar de Trabalho (GMT – Ayahuasca) ressalva e aconselha o seguinte (editado e grifado para maior efeito):
V – CONCLUSÃO:
b. Considerando que o GMT, após diversas discussões e análises, onde prevaleceu o confronto e o pluralismo de idéias, considerou como uso inadequado da Ayahuasca a prática do comércio, (…), a propaganda, e outras práticas que possam colocar em risco a saúde física e mental dos indivíduos;
—
O Grupo Multidisciplinar de Trabalho aprovou os seguintes princípios deontológicos para o uso religioso da Ayahuasca:
5. Ressalvado o direito constitucional à informação, recomenda-se que as entidades evitem a propaganda da Ayahuasca, devendo em suas manifestações públicas orientar-se sempre pela discrição e moderação no uso e na difusão de suas propriedades;
Eu não pedi para ser contactado pela Céu Nossa Senhora da Conceição (aliás, que nomezinho mais contraditório) e não considero a prática de spam como “discrição e moderação no uso e na difusão“. Logo, acho que a entidade está abusando de seus direitos, manobrando as considerações e sugestões do GMT para promover, para todos os fins e efeitos, comércio através de propaganda, apesar do trecho “para seu uso religioso e individual” estar devidamente grifado na mensagem original.
Minha reclamação, no entanto, é questão de premissa. Eu posso fazer uso do chá no “altar” de minha escolha, mas devo (minha interpretação) eu mesmo procurar entidades organizadas e me afiliar a elas, e não o contrário.
Agora, a melhor parte de todo o email:
“Cabresto é coisa que se põe em burros, não se põe cabrestos em HOMENS! Quem AMA… Liberta!!!”
Xamã Gideon dos Lakotas
Agora sim! Agora que o xamã Gideon (sério, esses nomes são muito contraditórios) tirou essa frase do bolso declamou essa profunda verdade, eu me sinto inclinado a usar tal “mediador de realidade”! Não quero ser burro, quero ser homem! Especialmente agora que vi que a frase termina com tantas exclamações!!
Ops… peraí… O que essa frase tem a ver com as calças? Quem está colocando cabresto em quem? De onde saiu tanta energia defensiva? E como assim “quem ama, liberta”? Quem ama o quê liberta quem de onde por qual motivo (e de que horas)?
Essa frasezinha de efeito é totalmente vazia sob o mínimo escrutínio. Parece estar dizendo “use o daime e seja livre” ou algo assim, mas não faz o menor sentido. Quem incluiu essa citação (que, sem a mais fina sombra de dúvida, não é original daquele sujeito) deve ter contratado muito os serviços da minha agência de viagens favorita, a Non-SequiTur.
Finalizando esta escaramuça, eis o restinho da mensagem:
Duração do Curso: 09 dias na fazenda sede
Contribuição: 180 reais. Está incluso nos 09 dias todas as refeições (café da manhã, frutas, almoço e janta) alojamento, aulas, fogueiras e vivências com ayahuasca em rituais nas matas.
Ufa! Ainda bem que não vou precisar pagar por fora pelas fogueiras!
Resenha – Por Que as Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas
– Pode ser que seja uma mulher…
– Ora essa, e o que mais podia ser?
– Há mais coisas entre o céu e a terra… Se é uma mulher, por onde é que ela entra?
– Não sei.
– Pois é. Nem eu. Mas se for outra coisa… Ora, qual, para um prático homem de negócios no fim do século dezenove, essa espécie de conversa é um tanto ridícula.
Ele parou por aí, mas eu vi que o assunto o preocupava mais do que ele queria dar a parecer. A todas as velhas histórias de fantasmas de Thorpe Place, uma nova se estava acrescentando bem sob os nossos olhos.
No conto “A caixa de charão” (The Jappaned Box – 1899), dois personagens discutem acerca de uma voz feminina que surge sem explicação num quarto trancado onde ninguém é visto entrar ou sair.
Notem que a incredulidade expressa acima por um dos interlocutores é acompanhada de uma auto-recriminação, visto que “essa espécie de conversa é um tanto ridícula” já “no fim do século dezenove“. E por que pessoas práticas acreditam em coisas estranhas?
O conto citado acima foi escrito pelo criador do detetive que é (discutivelmente) o símbolo máximo do ceticismo, Sherlock Holmes. E mesmo assim, Arthur Conan Doyle, que tanto pregava a racionalidade em seus escritos, acreditava em fadas. Então, por que pessoas inteligentes acreditam em coisas estranhas?
Michael Shermer descreve casos, discute estudos, apresenta evidências e nos transporta para dentro da mente das pessoas que acreditam; tanto em coisas “comuns”, quanto em coisas “estranhas” (ou seja, todos nós).
Com uma bibliografia impressionante (quase vinte páginas só de referências), este livro, dividido em capítulos auto-contidos, é prazeroso e divertido de ler. Pelo menos para o verdadeiro cético, já que muitos conceitos e pré concepções são desafiados e demonstrados à luz da evidência científica, fazendo dele um volume bastante revelador em alguns pontos, que certamente são bem interessantes para os céticos de carteirinha (mas sinta-se à vontade para duvidar desta minha afirmação).
Eu notei alguns erros de tradução (como o uso de “desvio” em lugar do mais comum “viés” e o mais literal e confuso “sistema de endereçamento público” quando um simples “caixa de som” resolveria) e uma certa desatualização (como quanto ao consenso do início da vida na Terra), culpa da demora do lançamento nacional, quase dez anos depois da edição revisada e quase quinze depois do lançamento original.
Fora algumas besteiras que meu pedantismo não deixa passar, todo o livro se mantém fresco e revigorante.
Por que o fenômeno de “caça às bruxas” ocorre mesmo frente à impossibilidade das alegações? Como uma filosofia que prega o racionalismo e a individualidade absoluta se desvirtua e se transforma num movimento com aspectos de seita (onde discutem-se até se homicídio é justificável em casos de desrespeito ao líder)? Por que pessoas inteligentes defendem, com todos os seus recursos, ideias absurdas e apoiam a negação pura e simplesmente insustentável de fatos científicos e históricos, como a evolução e o holocausto nazista?
Algumas das pistas que Shermer nos dá para respondermos a essas (e outras) perguntas tão difíceis são: gratificação imediata; simplicidade, e; moralidade e sentido. Ou seja, algumas vezes, crer em absurdos é mais reconfortante, mais fácil e ainda transfere a responsabilidade para algo maior.
Teorias conspiratórias, seitas, religiosismo (e até livros de auto-ajuda) podem ser criaturas de simples falhas de pensamento crítico (como seria o caso das fadas de Conan Doyle, que não escapa de ser mencionado no último capítulo).
Dedicado a Carl Sagan, com prefácio de Stephen Jay Gould e com inúmeras referências a Martin Gardner, “Por Que as Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas” tem um público certo que, sem dúvida, vai se identificar com as palavras do editor da revista Skeptic, Michael Shermer (e de Pope, Hume, Eddington, Malinowski, Randi, Pinker e outros tantos citados).
Excelente livro que irá residir ao lado do meu Mundo Assombrado Pelo Demônios (assim que a reforma aqui em casa acabar) por sua capacidade em ser, ao mesmo tempo, tanto uma leitura introdutória quanto de aprofundamento. Se você se interessa pela maquinaria do pensamento humano e gosta de ter seu próprio status quo interno desafiado, eu o recomendo fortemente.
Agora, vamos para o sorteio
Kentaro, editor do Ceticismo Aberto, está sorteando um volume entre todos que responderem à pergunta abaixo:
Participem. E, para a maioria que não ganhar, o livro pode ser adquirido diretamente pela página da editora.
Rapidinha: o caso @TAMAirlines
Longo, muito longo. Enquanto os vivia, meus momentos pré e pós lua-de-mel foram longos demais. Similarmente, minha detalhada descrição dos eventos pré-aéreos que arrodearam meu pós-matrimônio é bastante extensa mas pertinente. A TAM Linhas Aéreas tem um poder de penetração maior que o meu, então me valho deste espaço para divulgar meu descontentamento mais amplamente (e para um público mais diferenciado), pois algumas reclamações pedem plataformas maiores.
Meu outro blogue já é bem visitado, mas a qualidade de visitas dos leitores deste é mais alta, então aqui vai: De como a @TAMAirlines quase estragou minha lua-de-mel e perdeu dois clientes.
Compadeçam-se ou divirtam-se schadenfreudemente. Da minha parte, não me resta muito a fazer.
Prometo que em breve volto aqui com algo que preste e que seja de interesse coletivo.
A mais nerd das piadas?
Considerando, paradoxal e lateralmente, que Russell e de Bono tivessem constituído família, qual membro de sua prole teria mais chances de conseguir emprego numa barbearia?
A filha.
“Se meu pai fosse mulher, eu tinha duas mães.“
Valadares
Corram! Falta pouco!
As inscrições de novos blogues para o Science Blogs Brasil acaba em cinco (ou seis) dias!
Se você quer escrever para o maior condomínio do mundo de blogues científicos em língua portuguesa com a página inicial mais bonita que há, se inscreva AGORA, clicando neste link que leva para nosso blogue interno, o Raio-X, onde se encontra o formulário.
Para quem ainda está em dúvida, o maior incentivo que eu consigo imaginar é a lista interna de emails, onde um mundo inacreditável de ideias será entregue todos os dias, em sua caixa de entrada.
O tempo que eu passo não-blogando eu gasto lendo o que meus scibligns colegas escrevem.
Pense bem. Vale a pena.

Dia do Mol
É incrivelmente difícil escrever sobre o mol. Até para mim, que não tenho muito compromisso com coisas fazendo sentido.
No entanto, Kentaro (responsável pela administração da nossa página inicial) compartilhou um dado interessante na nossa lista interna (da qual você também pode participar, se inscrevendo aqui): um mol (6,02… x 10²³) é um número bem semelhante ao fatorial de vinte e quatro (6,20… x 10²³), o que imediatamente chamou a minha atenção, já que 24 é o resultado do fatorial de 4, que por sua vez é o número de letras no meu primeiro nome[1].
I G O R = 4 letras
4! = 24
24! ~ mol
Ou seja, eu estou a duas exclamações (e uma deserção paterna) de representar a quantidade de átomos em cento e noventa e quatro gramas de trimetilxantina.
24 é o número atômico do cromo, muito admirado por quem gosta de coisas brilhantes (excetuando-se o navegador, que é uma porqueira sem tamanho).

O Chrome é uma televisão. O máximo que você pode fazer é assistir ao que ele mostra.
(Isso e “24” é “42” escrito ao contrário.)
O nome completo do número “mol” é “seiscentos e dois sextilhões e uns quebrados”.
Dizer que um sextilhão equivale a duas vezes e meia um bilhão não é dizer muito (como aquelas comparações de telejornais que insistem em usar a distância daqui para a Lua como se nós conhecêssemos intimamente a medida). Alternativamente, recomendo meu texto antigo sobre números grandes, 1.000.000.000 (foi um dos meus primeiros textos publicados quando eu ainda não sabia que teria público. Sejam gentis).
Eu disse que era um assunto difícil, não foi?
—
[1] É esse o tipo de informação que eu guardo na minha cabeça.
Douglas Adams: frases aleatórias
“É dificilmente uma coincidência o fato de nenhuma língua no planeta jamais ter produzido a expressão “bonito como um aeroporto”.”
D.N.A
A latrina dos deuses (ou, a cólonização do espaço)
Recentemente, cientistas espaciais completaram uma análise de detritos orbitais, recuperados depois de circular a Terra durante vários anos, e descobriram que a maior parte deles estava revestida por uma fina película do que foi elegantemente descrito como “matéria fecal”, proveniente do desleixo que astronautas têm com seu saneamento.
Isso pode resolver um dos mistérios da origem da vida no nosso planeta, que parece ter brotado quase que imediatamente após o surgimento de condições favoráveis, e não após os bilhões de anos de tentativa e erro molecular necessários para o que Isaac Asimov chamou de “trabalho visionário da probabilidade”.
Obviamente, formas de vida organizadas precisariam ter ocorrido apenas uma vez nesta galáxia caso a primeira civilização a desbravar o espaço fosse tão descuidada com o meio ambiente como nós somos.
Anos atrás, Hoyle e Wickramasinghe sugeriram que a vida tinha origem cósmica e não terrestre. Eles podem estar certos, embora não exatamente da maneira que imaginaram.
É uma ideia humilhante a de que podemos ser fruto de esgoto despejado. O primeiro capítulo do Gênesis certamente exigiria uma revisão drástica.
Por outro lado, se (como alguns filósofos sugerem) a Terra, de fato, abriga a única vida no Universo, esta questão deplorável vem sendo corrigida. Pelo menos podemos nos conformar (eu evitaria dizer “inspirar”) com o fato de que nossos descendentes já estão a caminho das estrelas.
No entanto nós certamente não iríamos reconhecê-los.
E seria indelicadeza perguntar como exatamente eles chegaram lá.
Arthur C. Clarke, para a revista Ad Astra, edição de janeiro/fevereiro de 1999.
—
A NASA confirma que a urina dos primeiros astronautas era ejetada imediatamente (hoje em dia eles guardam líquidos por mais tempo para criar espetáculos luminosos belíssimos), enquanto os detritos sólidos eram comprimidos e estocados para remoção em terra, sendo liberados para o espaço apenas os gases produzidos pelas fezes (se um saco libera gás e não há meio para propagação das ondas sonoras, o peido faz barulho?). Aliás, o problema com dejetos intestinais é tão complexo que antes dos primeiros lançamentos espaciais os astronautas faziam uma dieta “pobre em resíduos” por até duas semanas antes da viagem e, algumas vezes, se submetiam até a enemas.
E pensar que toda criança já quis ser astronauta.

No espaço, todo dia é dia de exame de fezes!
Não posso, porém, dizer o mesmo dos russos quanto ao seu saneamento orbital. Não consegui achar informações oficiais negando, mas correm boatos (o que seríamos sem eles?) de que os primeiros cosmonautas não armazenavam lixo por muito tempo. Um dos casos mais divulgados é o de um saco de lixo da estação espacial MIR que teria colidido com um satélite indonésio, cobrindo-o de fezes.
Há também o caso do cosmonauta que foi proibido de usar o banheiro americano da Estação Espacial Internacional devido aos efeitos cóloncolaterais da rica dieta soviética que “aumenta os custos de armazenamento e reciclagem“.
Pois é. O espaço, que já foi chamado de “a fronteira final”, hoje é pouco mais que uma cidadezinha do interior com carnaval tradicional onde foliões precisam pagar para obrar no banheiro dos outros. Com a diferença que o proprietário do bojo não cobra armazenagem em sua fossa séptica.
Por isso, proponho, de hoje em diante, outro lema:
Espaço: a fronteira fecal.

Satélite indonésio após o incidente, segundo relatos de testemunhas.
Outra coisa que não consegui confirmar: a veracidade dos fatos relatados no texto de Clarke.
Mas o mundo seria tão mais legal se fosse tudo verdade mesmo, não é?
E vocês, o que acham?