Essa é clássica!

Um dia desses eu Vivaldi enchendo a Kara de Chopin com “muita Schumann“, como se referiu ao colarinho com a voz já arrastada. Quando fica assim, ele Mahler a conta antes de pagar, mas ele Paganini, quer nem saber. Já pagou até Champagne e Comes para os outros. Lógico, quando ele descobre que tiraram proveito dele ele fica meio zangado, o que é totalmente justificado. Quem não ficaria May Brahe com isso, né?

Nesse dia, ele saiu do Bach dirigindo e acordou numa Kammel de SchopStrauss, com o Holst todo cortado. Segundo o médico, ele vai precisar passar um tempo andando com um Capuzzi na cabeça para proteger os Cortés e até desinchar os Gallus. Tem uns bem feios e um perto da Bochsa que vão precisar de uma Liszt imensa de remédios e pomadas para curar. Valdir também vai ter que tomar banho de Baldi por um tempo, para não molhar o curativo na Testi. Já pensou se os pontos Storace?

Ele ficou também com dor nas Coste por causa da batida. Acho que fraturou alguma Costeley quando foi jogado em Cima do volante mas ele não me disse Nadia a respeito.

No outro dia ele foi pra casa porque o hospital tava Schein demais e ele já estava estabilizado, mas eu acho que aquele Cabezón dele ficou sequelado.

Como eu sou do tipo que mantém Lassus fortes com meus amigos, dormi essa primeira noite na casa dele e notei umas coisas: antes do acidente ele não tinha hipermetropia mas agora está com dificuldade em Verdi perto, e ele disse que tudo que comeu na enfermaria tinha um gosto ruim, tipo um Hänsel de coisa velha, e se queixou muito de estar sentindo um cheiro Fossa. Eu não notei nada diferente.

Eu armei uma Haydn no quarto dele e ficamos papeando. A conversa Handel até bem tarde da noite até que Mendelssohn e eu fui dormir.

De manhã, ele disse que estava com tanta Fomin que poderia Dvořák um cavalo! Não tinha cavalo mas tinha Bacon, então fiz um sanduíche bem Grandi e com bastante Ceballos e Champion. Pensei em fazer um Suchoň de frutas mas não achei nenhuma fresca, Sollima concentrada (daquelas de lata), aí tive que fazer um refresco bem Aguado porque aquele troço é muito Amargós e poderia piorar a dor nos Dentice que ele tava sentindo, sei lá.

Depois de um Bomtempo, não sei se por causa da batida, da ressaca, dos remédios, do sanduíche ou sei lá o que, ele chega pra mim e diz: “Cara, eu não sou Gay, você sabe que meu negócio é Müller, mas quero Tyāgarājar!”

Ficou um vazio de alguns segundos, aí Caimo na risada!

Até hoje eu encho o saco dele com isso!

Gerrit van Honthorst – O Violinista Feliz

Categorias