Coisas que um casal cético conversa ao caminho do trabalho: orgulho branco
Minha mulher parou de blogar para poupar os punhos mas o phasmatis blogus não a deixa parar de blogar. As ideias são muitas e o tempo curto, então ela usa o trajeto ao trabalho para gravar vídeos. Virou uma videoblogueira (tudo bem, eu sou baterista. Os dois se equilibram).
Esta manhã, resvalou em mim. Estávamos papeando e quando o assunto “orgulho branco” surgiu ela aproveitou para gravar.
Eis o que temos a dizer (em cinco minutos, ao som de Tower of Power):
Ah, se for ouvir perto de alguém sensível, lembre-se que eu participo falando. Logo, existe um pouco de linguagem forte (mais especificamente, a palavra “arrombado”).
Comentem. Vai que a gente se anima e grava mais alguns.
Pedofilia nem sempre é crime
Apesar da lei brasileira não especificar o termo pedofilia em sua letra, o Artigo 217-A da seção “crimes sexuais contra vulnerável” do Código Penal dá uma descrição razoável:
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos.
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
O que as pessoas normalmente não se dão conta é que pedofilia não é um crime em si. Como somos aficcionados por metonímia, temos a forte tendência de confundir “pedofilia” com “crime de pedofilia”. Enquanto este é o que vemos na mídia e com razão condenamos, aquela é uma entidade psiquiátrica, um distúrbio.
Classificado atualmente como uma parafilia, o assunto é bem mais extenso do que temos vontade de admitir, pois nem todo pedófilo é criminoso e mesmo aqueles que são, geralmente não são os únicos culpados.
Assistam ao vídeo a seguir (por Meire Gomes, do Bule Voador) e entendam do que estou falando.
Sintam-se à vontade para discutir aqui nos comentários.