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Feliz 2012!

Este é o primeiro post de dois mil e doze. Para começar o ano no Xis-xis escolho a foto da Pedra do Baú, formação rochosa localizada em São Bento do Sapucaí (SP), como ritual de passagem do blog. Depois de cerca de 15 anos, retornei a um dos meus lugares preferidos perto da famosa Campos do Jordão em um dos últimos dias de 2011 – quando fotografei a bela paisagem. Além da panorâmica, gosto de ambientes altos onde vejo como somos pequenos neste mundinho afora (solo, Terra, universo). É lá, na ponta do despenhadeiro, que respiro profundamente a força da natureza na qual estamos inseridos – um belo, e que belo, clichê.

Sem deixar a pieguice de lado, desejo para você em 2012 o mesmo que para mim: a cada dia tentar ser uma pessoa melhor. Se estresse menos com qualquer problema que apareça, seja consciente de seus atos para escolher os melhores e curta cada momento a sós, com sua família, com seus amigos ou com seu namorado. Tudo isso sem pressa. Aproveite este ano bissexto, a sexta-feira 13 que está por vir e o dia 21 de dezembro. Carpe diem. 

Feliz Ano Novo com uma única meta!

Era comum fazer aquelas exploradas listas de metas para o Ano Novo. Para 2012, nada disso. Quero deixar uma única mensagem intuitiva que há anos um amigo me aconselhou: “Faça o que sonha. Seja quem quer ser”. Parece óbvio, simples, bobo, autoajuda. Mas pare para pensar.

Quantas vezes você realmente realizou o que queria? Quantas vezes deixou um sonho por inúmeros listáveis – e muitas vezes fúteis – motivos? Quantas vezes não usou meras desculpas para justificar essa falta consigo? Valeu a pena?Sempre, quando tenho uma grande dúvida sobre qual caminho seguir ou um sonho que parece inalcançável, paro: “Qual a minha verdadeira vontade?” Faça esse exercício e veja que será mais feliz e deixará os que estão a sua volta mais contentes. Sério. Sua realização poderá estimular amigos, parentes, colegas, vizinhos, conhecidos.

Graças a esse meu amigo hoje, por exemplo, entre tantas coisas, ando de bicicleta. Era uma antiga vontade. Vários motivos, entre eles o bairro em que eu morava completamente pensado para carros, desestimulava minha locomoção sobre duas rodas. Atualmente, me atrevo – como desejei observando as pessoas em Paris, Barcelona e Amsterdã – a usar a bicicleta como meio de locomoção.

Estou no começo, mas pedalando no caminho rumo ao que sempre sonhei.

Inscrições de ONGs no Programa Itaú Ecomudança

Você conhece, trabalha ou dirige uma ONG que tem projetos nas áreas de eficiência energética, energias renováveis, florestas ou manejo de resíduos? O Programa Itaú Ecomudança vai investir R$ 437 mil em projetos ligados a esses temas. Para inscrever, clique aqui. Aliás, atenção: as inscrições devem ser feitas apenas até o dia 15 de dezembro (quinta-feira).


A análise das inscrições será realizada em quatro etapas. A seleção final feita por um conselho de especialistas do mercado e da área de sustentabilidade, dirigentes de renomadas instituições e do Itaú Unibanco.

Conheça os selecionados da edição passada: Projeto Saúde & Alegria (PA) em ação para recuperação de sistema de energia solar; Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (PE), que destinou os recursos para instalação de 80 fogões à lenha eco-eficientes; Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (AM) e Iniciativa Verde (SP), para implantação de sistemas agroflorestais e Conselho Indígena Cinta Larga (RO), para construção de um viveiro de mudas.

Desde 2007 foram investidos mais de R$ 1,7 milhões em dez projetos e uma parceira institucional. Todos os agraciados fomentam projetos de organizações sem fins lucrativos com foco na redução de emissões de gases de efeito estufa.

 

Aliás, há cinco anos os clientes do banco têm a possibilidade de aplicar seus recursos financeiros nos Fundos Itaú Ecomudança (fundos DI e RF) que revertem 30% da sua taxa de administração a projetos de redução de emissões de CO2. Gostou? Clique aqui e saiba mais.

Obs.: Este é um publieditorial.

Brinquedos científicos, tecnológicos e sobre a conservação do meio ambiente

Em poucas palavras: detesto esta época em São Paulo. O que deveria ser um mês de paz, acompanhado pelo tal “espírito natalino”, na realidade, é uma réplica de um dos círculos do inferno de Dante Alighieri. Pessoas brigam na rua, no carro, na chuva, na fazenda. O trânsito é um caos, multiplica-se o tempo necessário para se deslocar na cidade.

Bom, nem era isso que queria dizer. Foi apenas um desabafo e uma deixa para falar sobre presente de Natal. Esses dias, fui comprar um brinquedo para um parente bebê lindinho. Como prefiro os brinquedos educativos e artesanais, entrei em uma dessas lojas especializadas. Adoro!

 

Depois de escolher o presente, fui passear com calma pela loja. Relembrei da minha infância, quando brincava com aqueles quebra-cabeças e carrinhos de madeira, fantoches e livrinhos de pano, saquinhos das cinco-marias (aqueles de areia) e mais um montão de coisas. Tudo simples, mas tão divertido!

 

Viajei pelo passado… até chegar ao futuro. Eu não conhecia os novos brinquedos (fotos) que unem ciência, tecnologia e conservação do meio ambiente. Imagine você mesmo montar um robô-tiranossauro-rex movido a energia solar? E criar um gerador eólico? Ai, que máximo. Fiquei procurando uma desculpa para ganhar esses brinquedos! Mãe, eu quero!

Ah, um detalhe importante: o preço era proporcional à minha empolgação. Está disposto a desembolsar cerca de R$ 100? As brincadeiras de hoje em dia são muito caras.

Pensou em subir o morro do bondinho a pé?

Este post é para quem gosta de apreciar mar, montanha, pássaros, flores, espécies em extinção, tudo junto e misturado. A Pista Cláudio Coutinho, mais conhecida como Trilha da Urca, é um dos meus pontos preferidos no Rio de Janeiro – outros são o Arpoador, Museu da Chácara do Céu, Parque das Ruínas, Aterro do Flamengo, Prainha, Grumari, Lagoa, afe, lista extensa. A trilha une prática de esportes ao ar livre, caminhada ou corrida, com a contemplação de paisagens de tirar o fôlego. O melhor: tudo com a segurança de um terreno do exército.

Seus 2.500 metros podem ser feitos a pé por pessoas de todas as idades, pois o caminho ligeiramente íngreme possui chão de asfalto. Durante o agradabilíssimo passeio, é possível ver pau-brasil recém-plantado e espécies em extinção como, por exemplo, orquídea-da-gávea, bromélia-da-urca, velózia-branca e roxa. Entre os pássaros, podem ser avistados: tiê-sangue, gavião-carijó, saí-azul, sanhaços e tesourão. Claro que os saguis também dão pinta por lá – veja o vídeo com mais informações clicando na primeira imagem deste post.

 

Agora, a cereja do bolo é a trilha que dá acesso ao topo do Morro da Urca, onde fica a primeira parada do bondinho. Sim, é possível subir os cerca de 220 metros do Morro da Urca com seus próprios pés! O caminho que dá acesso ao topo está sinalizado à esquerda nos primeiros metros da Pista – fique atento. Alguns degraus de madeira improvisados são o começo da árdua subida. Prepare-se.

O caminho exige do corpinho – em alguns trechos, usei até as mãos para me equilibrar devido à inclinação… Para piorar ou aumentar a adrenalina, quando fui tinha acabado de chuviscar. A terra estava molhada e escorregadia. Como o clima entre as árvores é sempre úmido, talvez essa seja uma condição constante do solo.

Durante a subida, estava ansiosa para ver a paisagem. O que não foi possível porque a mata fechada impedia, inclusive, a entrada dos raios solares. De certa maneira, não poder apreciar a Baía de Guanabara aumentou ainda mais a ansiedade, a inquietação, a euforia. O que viria à frente?

Apenas ao chegar quase no topo da trilha é possível avistar parte da Praia de Botafogo (foto ao lado) – o outro lado do Morro, já que o acesso à Pista se dá pelo cantinho da Praia Vermelha, no bairro da Urca (foto à esquerda). Bom, seguindo trilha adentro alguns metros para a esquerda… Tcha-nan! Um portão é a dica de que chegou a primeira parada do bondinho! Cerca de uma hora e pouco de subida, você está na primeira parada do bondinho! Do bondinho!

É emocionante atingir o topo com seu próprio esforço. Lá em cima, a tão almejada vista é de tirar o fôlego – se é que sobrou algum. Vale cada gota de suor. Suspiro.

Obs.: Quem preferir, pode fazer o caminho inverso. Descer o Morro da Urca pela trilha. Ou subir e descer. No meu caso, voltei usando o bondinho como meio de transporte – você pode comprar a passagem só de descida lá em cima, mesmo. Há mais de 15 anos não passeava nele…

Diminuindo o sal da comida

Vergonha alheia é bobagem. Como já disse por aqui, estou fazendo um curso diário chamado “Locução – Apresentação de Televisão”. A atividade de hoje era falar sobre saúde de improviso e entrevistar algumas pessoas dentro do Mercado da Lapa. Como neste blog também gosto de abordar o tema saúde, compartilho o vídeo com você. Só peço que não repare na pequena gafe: eu disse que coloco sal na salada, mas não! Queria contar que tempero a salada com limão. Porém, como o sal estava na minha cabeça… Bom, veja o mais recente vídeo post do Xis-xis:

 

 

Obs.: Claro que aproveitei o “passeio” para comprar sal marinho, que não encontro em qualquer lugar, e quitutes para beliscar como amêndoa defumada (não conhecia, é uma delícia).

Um saboroso aquário em São Paulo


Hoje, depois de dormir mais de dez horas, acordei cedo e – já que… – aproveitei o domingão para ir à feira! Mas não qualquer uma: para a Feira de Produtos Orgânicos do Parque da Água Branca. Recomendo. Os produtos naturebas e hortaliças são mais carinhos, mas, mais saborosos. A Laura do blog “Comer Comer” fez um post bacana e ilustrado sobre o lugar – leia aqui. Sempre que possível, prefiro esse tipo de alimento, já basta respirar poluição o dia todo.

Carregada com as compras, não aguentei a curiosidade. O Parque da Água Branca possui várias atrações, além dos “bichos da fazenda” soltos pelo lugar como a pavoa deixando seus ovos sozinhos para bicar os pintinhos da galinha. Entre elas, estão os museus e um aquário. Aquário, eis a palavra mágica. Nem preciso dizer que adoro o ambiente aquático em geral. Resolvi conhecer.

Paguei dois reais pela entrada inteira, girei a catraca como solicitado e a luz já diminuiu. Em minha frente, apareceu um corredor lotado de gente empolgada com os bichinhos e de espécies separadas em pequenos aquários dispostos em ambos os lados. O local é simples, não espere um ambiente sofisticado como o Aquário de São Paulo. O que não deixa de ser bacana. Aliás, foi uma viagem para minha infância, quando frequentava museus e parques públicos de apresentação simples.O aquário é mantido pelo Instituto de Pesca do estado de São Paulo. Lá, todos os peixes são de água doce e usados na alimentação. A maioria é natural da Bacia do Paraná, onde está localizado o estado, mas há também indivíduos do Norte como o gigante – e fofo – Pirarucu e de outros países como bagres. Os peixes estão dispostos, praticamente, em apenas dois corredores e os aquários, na altura dos olhos de um adulto. Próximos à saída, estão os simpáticos – e com feição de sábios – sapos.

Vale a visita! Os peixinhos parecem ser bem tratados, apesar de algumas espécies se espremerem em um aquário muito pequeno. Bom, independente do tamanho do expositor, as crianças piravam ao ver os peixes. Quanto mais estranhos – como a Tilápia – ou maiores – Pacu – mais a criançada se divertia. Baixinho entre nós: os adultos também… Agora, um detalhe, quando conhecer o aquário não deixe de ler as placas com as informações sobre as espécies! São uma atração à parte.

Em Bonito (MS), realmente como vende a propaganda, me senti dentro de um aquário natural ao praticar flutuação nos rios da região. É bonito de mais – piada besta. Fiquei encantada pela vida fluvial, pelos peixes em busca de alimentos nas pedrinhas ao fundo, pelas plantas se movendo lentamente, etc. Terminado o passeio, perguntaram: “Depois de ver os peixinhos ‘pastando’, dá dó comer peixe, né?”.

 

“Não”, respondi. Poxa, nunca vi uma infinidade de peixe carnudo de tudo quanto é tipo… São “gracinhas” – não preciso dizer que amo e defendo a proteção dos animais aquáticos, certo? – , mas deliciosos. Parece que a mesma água na boca sentiu a pessoa que escreveu as informações sobre as espécies do aquário do Parque da Água Branca. Só faltou dar a receita completa, porque em vários casos estava escrito algo como, “ele é muito saboroso frito” ou “fica gostoso assado” (clique na imagem da placa para aumentar). Sério. Às vezes, a placa indicava até a bebida de acompanhamento. Tudo depois de uma breve explicação sobre a biologia ou ecologia do peixe. Imperdível.

Obs.: Obrigada a minha tia e a meus pais que colheram no sítio dela mais hortaliças orgânicas! Esta semana será recheada de salada e de frutas, bora comer para não estragar.

Debate sobre proteção ambiental no Rio


Esta semana, quinta-feira (20), vou ao Rio de Janeiro participar de um debate sobre “A proteção ambiental como imperativo cultural”, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). O evento faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2011 que este ano tem como tema “Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de risco”. As inscrições gratuitas devem ser feitas pelo e-mail imperativo.cultural @ gmail.com e a organização oferece certificado de participação.

No evento, farei uma pequena exposição sobre “O Papel da Divulgação via Blog e Mídias Sociais na Proteção Ambiental”. O engenheiro Raymundo de Oliveira (Fundação Universitária José Bonifácio – FUJB) falará sobre “A Proteção Ambiental: A Política no Desenvolvimento da Tecnologia”; a filósofa Valéria Wilke (Escola de Filosofia da Unirio), “Discutindo Tecnologia e Natureza”; e, a engenheira Cládice Diniz (Escola de Engenharia de Produção Unirio), “A Cultura na Proteção Ambiental: Da Ideia ao Estabelecimento Político”. A moderadora será a engenheira Leila Andrade (Escola de Informática Aplicada).

 

Serviço:
“A proteção ambiental como imperativo cultural”
Quinta, dia 20 de outubro, das 19h às 21h
Auditório novo do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (Unirio)
Av. Pasteur, 458, Urca, Rio de Janeiro (RJ)
Todas as informações estão disponíveis na página do evento no Facebook.
Obs.: Semana passada, dei uma entrevista para o movimento @MudaRock. Falamos sobre esse evento, mídias digitais, divulgação ambiental, entre outros. Bem bacana! Dê uma olhada aqui.

Adote a fauna da cidade

Resolvi que minha varanda seria verde quando compramos o apartamento – há quase um ano. Mas não sabia que cuidar das plantas vicia. De madrugada, 5°C, está a Isis lá fora como uma estátua sorridente observando as filhinhas. Logo ao acordar, vai a doida de pijama amarelo e pantufas vermelhas regar as mudinhas. Antes de sair para trabalhar, uma última contemplada. Resultado? Em três meses, temos: dois cactos (última aquisição), dois “bambus-da-sorte”, uma carnívora, árvore da felicidade, pimenteira, três violetas, rosa trepadeira (a bebê), mini rosa, jardineira com várias marias-sem-vergonha, orquídea, brinco-de-princesa e lavanda.

Cultivar plantas surgiu da tentativa de tornar o concreto mais aconchegante e em ajudar minimamente a capturar carbono. Porém, depois do “reflorestamento”, uma discussão sobre ter ou não – e qual – um ser animado de estimação inspirou outra ideia. Um problema para adotar um gato, cachorro ou cacatua é ficar o dia todo fora de casa e, sempre que possível, viajar aos finais de semana. O bichinho poderia sofrer ao permanecer sozinho no apartamento por muito tempo. A solução deveria ser mais livre, mais “Era de Aquário”. Propus: vamos adotar a fauna da cidade. O marido topou.

O brinco-de-princesa foi pendurado para atrair beija-flor. Ainda não vi nenhum sugando suas flores, mas um da espécie visitou – numa tarde dessas de domingo – a varanda de cima. Que feliz! Pode ser que ele tenha ido até a nossa quando estávamos fora de casa. Outras plantas que atraem borboletas e abelhas também serão cultivadas na “gigante” varanda. Estou analisando quais seriam mais adequadas à iluminação e ao espaço. Mesmo assim, ainda é insuficiente. Beija-flor, borboleta e abelhinha não fazem primavera. Quero mais… quero maritacas!

Dei mais essa sugestão. Já no dia seguinte, empolgados compramos semente de girassol – dizem que essas aves pequenas, ruidosas e bagunceiras a-do-ram. Prendi na grade um pote leve de plástico, que guardava na gaveta da cozinha, e tasquei um monte de sementes dentro. Nada. Coloquei mais um pouco. O vento derrubou as sementes lá em baixo. Nada. Compartilhei meu mal resultado com meus colegas de redação. Eduardo Cesar, fotógrafo da revista Pesquisa Fapesp, emprestou sua habilidade para a marcenaria e fez um comedouro de bambu. Ficou perfeito. Há cerca de um mês, o refeitório está preso à grade.

Nada. Dizem que as maritacas demoraram cerca de dois meses para perceberem que colocamos o alimento. Tudo bem, serei paciente. Agora, além de observar as plantas e as flores de casa, todo dia chego correndo à varanda para saber se tivemos visitas. Quem sabe elas virão amanhã?

Obs.: Obrigada amigos que nos presentearam com plantinhas!