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Tudo sobre água

12072009312.jpgAi, que sede… Minha amiga que escreve o blog Saúde e bem estar recebeu um documento sobre água e, fofa, repassou para mim. E, yo, publico para você! Reflita sobre esses dados interessantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb):

  • Na água surgiu a primeira forma de vida do planeta há milhões de anos. Dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie e continua a manter toda a diversidade que conhecemos;
  • 3/4 da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada e, apenas, 3% doce;
  • Do percentual da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, outra é gasosa e um pouco líquida – representada pelas fontes subterrâneas e superficiais
  • Os rios e lagos, nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente;
  • Há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 3% da população atual, enquanto o volume de água permanece o mesmo;
  • Desde 1950, o consumo de água, em todo o mundo, triplicou. O consumo
  • médio de água, por habitante, foi ampliado em cerca de 50%;
  • Para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem resultam 10.000 litros de água poluída (ONU, 1993);
  • No Brasil, mais de 90% dos esgotos domésticos e cerca de 70% dos efluentes industriais não tratados são lançados nos corpos d’água;
  • O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água;
  • O gotejamento de uma torneira chega a um desperdício de 46 litros por dia;
  • Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de
  • 3.200 litros por dia, o que corresponde a mais de três caixas d’água;
  • Cerca de 70% do oxigênio do ar é proveniente de microscópicas algas habitantes da água.

Obs.: A foto foi tirada no Núcleo Pedra Grande do Parque Estadual da Serra da Cantareira, em São Paulo. Quem gosta de caminhada, natureza e paisagem belíssima, tem que conhecer o lugar.

Sabia que o mar brilha a noite?

Noite dessas, estava na praia com amigos. Parênteses: amo ir à praia a noite, observar as estrelas e sentir a brisa fria vinda do oceano. É outra vibe. Fecha parênteses. Estávamos em uma praia do litoral norte, com poucas luzes artificiais, onde é possível avistar um monte de estrelas cadentes – ou meteoro, se não quiser fazer pedidos.
A gente sofre com a poluição luminosa – luz excessiva e desnecessária – nas nossas praias. Até as tartarugas marinhas apresentam problemas na desova. Por causa da violência, falta de costume, entre outros, apontam-se um monte de refletores para as praias mais visitadas no Brasil. Triste. O que impede as pessoas de se encantarem com um fenômeno fantástico da natureza: a bioluminescência. Quando um ser vivo, como o vaga-lume, produz luz.
Eu parecia uma doida. Da beira da água, falava alto: “Venham ver o mar brilhar”. Acho que as pessoas não acreditavam em mim. Eu completava: “É cientificamente verdade”. Até que o primeiro foi conferir… e os outros, relutantes, acompanharam.
Foi uma catarse. Todos ficaram encantados com aquele brilho verde que parecia fluorescente. Quanto mais as pessoas se mexiam na água, mais ela brilhava. É fantástico. Lindo. Incrível. Até que surgiu a dúvida: “Por que o mar está brilhando?”
Algumas espécies de plânctons – “bichinhos” minúsculos – se autoiluminam ao serem incomodadas. Pelo que pesquisei por aí, ainda é incerto o porquê de “acenderem”. Uma das ideias é de que os plânctons “brilham” quando um peixe pequeno se alimenta deles. O que atrairia peixes maiores que comeriam os pequenos – leia aqui e outra história bacana aqui, do vizinho Rainha Vermelha.
Se tiver a oportunidade, mergulhe “de cabeça” com os plânctons – cuidado com o mergulho, trata-se de um modo de falar.

Nem toda planta que vive na água é alga

IMG_0304.JPGOuvi no rádio uma colega falando de um helicóptero: “As algas do rio Pinheiros se espalharam para outros lugares”. Porém, nem toda planta que vive na água é alga. Sei que não posso atirar uma pedra porque cometi o mesmo erro. Essas plantas se chamam macrófitas. Acredite, se puder.
Observe a foto ao lado. Parece que o veleirinho está navegando na grama, correto? Mas toda essa plantaiada é a tal da macrófita aquática. Ou, tais. Aí, onde há verde, deveria estar visível a água da represa Guarapiranga.
Apurando uma matéria, descobri que existem mais de 80 espécies de macrófitas aquáticas habitando a represa. Algumas chegam a atingir 12 metros de comprimento. Olhando de perto, é meio nojento. Porque o lixo da represa fica preso nessa rede natural.
Mas, ao contrário do que se pensa, em número controlado, a fonte disse que elas fazem bem por oxigenar a água. Elas crescem bastante em ambientes com muito nutriente – seriam as chuvas que levam nutrientes para as águas? Ou tudo?
Na represa Guarapiranga e no rio Pinheiros, elas formam bancos de plantas que flutuam para um lado e para o outro de acordo, geralmente, com o vento. Se eu fosse você, nem mexeria com elas.

Inspeção veicular: a sua hora vai chegar

Confesso que resmunguei um bocado para fazer a Inspeção Ambiental Veicular. Vulgo levar o carro para a Controlar. Primeiro, porque temos que pagar mais uma taxa, de R$ 56,44, que não veremos de volta. Segundo, por levar o carro até eles.
O único horário “bom” para mim e para meu trabalho era 7h36 da manhã – sorte que existe uma Controlar perto de casa. Delícia, hein? Fui com aquele bom humor, mesmo sendo extremamente bem humorada pelas manhãs.
Duvidei do horário britânico que os caras disponibilizaram. Mas não é que cheguei e fui atendida rapidamente? É tipo uma produção em série. Um drive-thru.
Ao entrar no lugar, pela placa do carro a recepcionista diz seu horário. Em seguida, fala para você seguir para um dos locais de análises – no caso, eram oito. Lá, você sai do carro e senta em uma cadeira em frente a ele.
Como aquelas propagandas que, supostamente, se passam em fábrica de carros alemães, os funcionários de jaleco e máscara colocam uma espécie de mangueira no veículo. Aceleram de diversas maneiras, enquanto a mangueira passa as informações para um computador. Cola um adesivo no para-brisa. Depois, fala baixo que seu carro passou no teste – meu caso. Entrega um papelzinho com a medição dos gases.
Tudo isso levou menos de 10 minutos. Dei o braço a torcer. Se ajudar a reduzir, principalmente, os caminhões, ônibus e motos que chamam chuva*, será um alívio para o meu nariz. De acordo com o Instituto Akatu, “uma pessoa que vai para o trabalho de carro contribui para o aquecimento global, em dois dias, o mesmo que se tivesse feito essa trajetória de metrô durante um mês inteiro”.
*Sei que explicar a piada perde a graça. Mas… “chamam chuva” porque emitem sinais de fumaça. Pegou?

Vote Xis-Xis como melhor blog de sustentabilidade


Foi dada a largada! Rola uma votação na irternê para o melhor, entre outros, blog de sustentabilidade. O Xis-Xis foi indicado! Em seguida cadastrei e ele está concorrendo. Quer fazer uma pessoa feliz? Sua boa ação do dia? Clique aqui e vote no Xis-Xis.
Haverá o vencedor eleito pelo público e pelo júri. O concurso se chama Top Blog Prêmio e foi criado, em 2008, pela empresa MIX Mídia Digital. Simples, assim. Obrigada desde já. Que seja recompensado na mesma moeda!

Como saber se a madeira é proveniente de desmatamento?

Ando mergulhada nas certificações – florestais, da agricultura, orgânicas… O que é útil para os leitores que saberão distinguir o melhor, para mim que aprendo a cada pauta e para os próximos – coitados, ouvem querendo ou não novas dicas a cada matéria por mim apurada.
Certo é: depois que escrevi esta matéria “Aprenda a identificar a procedência da madeira usada para construção ou reforma” há umas semanas, fiquei um téquinho mais ecochata. Comerciantes de madeira se preparem, porque aí vou eu.
Leu a matéria indicada no link? Então, agora tome nota desse resumo. Fiz um roteirinho para metralhar com perguntas a loja onde está adquirindo madeira bruta ou o produto final feito dela. Veja o que exigir na hora de comprar, em ordem decrescente:

  • Cheque se a madeira possui o selo FSC (Forest Stewardship Council, em inglês) – se tiver, vai fundo e esqueça os passos a seguir;
  • Solicite o Documento de Origem Florestal (DOF) ou a Guia Florestal (GF) – uma espécie de RG da madeira;
  • Para quem mora em São Paulo, confira se a loja possui o selo “Madeira Legal”;
  • Veja se a madeira possui a Certificação do Manejo Florestal pelo Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor);
  • Na dúvida, compre móveis feitos de MDF ou outros aglomerados de madeira;
  • Independente de qualquer ação acima, exija sempre a nota fiscal – ela torna o sistema da ilegalidade mais caro.

Transgênicos: estarei no Roda Viva, TV Cultura, hoje

3531255558_62c2db987c.jpgHoje, às 22 horas, na TV Cultura, estarei no programa Roda Viva como “tuitera”. No centro do fogo cruzado, contamos com o jornalista norte-americano Jeffrey Smith. O programa foi gravado, por isso posso dizer que é imperdível. Pegou fogo.
O jornalista sabatinado é radicalmente contra os transgênicos – se quer minha opinião, ainda estou em cima do muro, mas não gosto de nenhum extremo. Durante o programa, ele foi acusado de citar pesquisas científicas que não existem em seu livro. Além disso, os cientistas brasileiros super o questionaram.
Se você quer entender um pouco mais sobre as discussões que envolvem o tema, não deveria perder o programa. No pouco tempo que vai ao ar, o Roda Viva conseguiu se aprofundar o possível no assunto. E jogar no ventilador os dois lados da moeda.

Como foi a sua Hora do Planeta?

horadoplaneta.jpgMuita gente diz que vai aderir ao protesto, mas depois não sabemos o que houve… Pois, então. Este ano, combinei de receber uns amigos antes de irmos para um aniversário de outro. O encontro estava marcado às 20h00. Meia hora antes da Hora do Planeta!
Conforme as pessoas chegavam, eu pensava: “e agora”? Seria muita má educação pedir licença e apagar as luzes do apartamento? Bom, como estávamos entre amigos, estávamos em casa. Não tive dúvidas, perguntei para um que horas eram e… já era a hora de apagar as luzes!
Todos toparam – ao menos, educadamente, não resmungaram. E, eu, assumi minha parte ecochata mesmo. É melhor falar a verdade, né? No começo, foi até engraçado. E estranho. Alguns contaram como foi sua Hora do Planeta no ano passado. Enquanto isso, a gente conversava sem enxergar o rosto um dos outros. Até que nos sentamos mais perto. E os nossos olhos começaram a se acostumar com a escuridão.
Peraí, escuridão em São Paulo? Impossível. Com o tempo, a luz que vinha de fora passou a iluminar a sala inteira. Até comentamos que nosso céu estava verde. Quando não reflete uma luz alaranjada. Só não dava para ver o rosto de quem estava de costas para a janela.
Alguém reclamava que outros apartamentos não aderiram. Paciência. Apagar a luz não nos impediu de conversar, rever os amigos, dar risadas, contar “estórias”, matar a saudade e bebericar algo.
E assim, entre amigos, sem que percebêssemos, passou uma hora. Quando nos demos conta, acabou a Hora do Planeta. Mas já estávamos tão acostumados com a luz indireta, que acendemos apenas luminárias – e a luz da varanda.
Só tenho que agradecer. Foi um sábado maravilhoso como, com eles, sempre é. I love my friends.
E você? Como foi a sua Hora do Planeta?

Reciclagem na praia

junduelixeira.jpgUma imagem para o sabadão. A cidade de São Sebastião espalhou lixeiras na beira e nos condomínios das praias – uma obrigação que todas as cidades deveriam cumprir. Agora, uma dúvida surgiu. Além da lixeira para materiais orgânicos, ela colocou algumas para a reciclagem de plástico. Poderia inserir de outras coletas seletivas. De qualquer maneira, a imagem é instigante.
Obs.: Olhe o Jundu em volta da lixeira aí, minha gente!

Ecoblogs comemora dois anos!

redeecoblogs cópia.jpgQuando a Rede Ecoblogs nasceu, o Xis-Xis ainda era um embrião! E, hoje, ela completa dois anos de existência! Para quem não sabe, faço parte da Rede Ecoblogs – um blog no estilo pioneiro de tratar o meio ambiente. Ele é escrito por seis blogueiros – Denise Rangel, Lúcia Freitas, Rodrigo Barba, Victor Vasques, Carol Costa e yo – , além dos nossos fantásticos administradores.
O assunto da pauta? Bem… O nome do blog já diz. O mais bacana dessa história, na realidade, é que cada participante tem uma pegada. O pessoal é fera. Alguns manjam de construir soluções mais sustentáveis, enquanto outros estão atentos às novidades que poupam mais o meio ambiente. Um complementa o outro.
Desde que comecei a escrever o Xis-Xis, em abril de 2008, eu xeretava o Ecoblogs. Lia, curtia, colocava algumas ideias em prática… Até que não resisti e me ofereci – cara de pau que eu sou – para fazer parte da rede. Na época, lembro-me que a Lu Freitas e acho que o Rodrigo também me explicaram, simpáticos, que não cabia mais um. Entendi. Mas acreditei na promessa de que logo, logo poderia pintar uma vaga. E… cá estamos!
No meu caso, mais “ecochata” do que nunca. Mas, como sempre, procurando argumentos científicos para fundamentar as ações a favor do meio ambiente. Só tenho que agradecer por fazer parte de um projeto que busca preservar a natureza e, consequentemente, a nossa vida. Sozinho, é muito difícil explicar como é importante preservar o meio ambiente. Unidos é mais fácil espalhar – como os passarinhos – as sementes “verdes” por todo o mundo. Parabéns a todos que fazem parte!