A caminho do Recife

É com muita alegria que comunico aos leitores e amigos que a partir da próxima semana, se Deus quiser, estarei assumindo um cargo de bolsista PRODOC-CAPES (um tipo de bolsa de pós-doutorado) junto ao Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Recife, onde desenvolverei atividades de pesquisa, e possivelmente ensino, na área de Física do Solo. Daqui a duas semanas completar-se-ão oito anos que cheguei a Viçosa para fazer mestrado. Foram (quase) oito anos excepcionais, de muito aprendizado, muitas amizades, muito trabalho, muitas tristezas e muitíssimas alegrias. Em Viçosa casei e me nasceram os dois filhos, mestrei-me e doutorei-me, criei o Geófagos. Foi uma época crucial e inesquecível de minha vida, mas agora parto para outra fase. Tenho muito a agradecer a uma quantidade grande de pessoas e às forças reguladoras universais e aproveito este espaço para fazê-lo: amigos, familiares meus e de minha esposa, professores e outros profissionais que tornaram este período tão enriquecedor pessoal e profissionalmente. Aos companheiros Geófagos, um grande abraço e a esperança que continuemos colaborando virtualmente apesar da distância. Obrigado a todos. Recife, aqui vou eu.

Vírus que infecta vírus…

Provavelmente testemunharemos uma “mudança de paradigmas” na biologia. Através deste post no blog Living the Scientific Life tomei conhecimento deste artigo publicado hoje pela Nature. Resumidamente, pesquisadores franceses do CNRS UMR, em Marseille, descobriram em 2003 um vírus gigante, chamado mimivirus, com um genoma maior até mesmo do que o de algumas bactérias. Recentemente, descobriram um vírus ainda maior, mamavírus, e junto deste uma estirpe de vírus de tamanho convencional (Sputnik) parasitando…o próprio mamavírus! A grande surpresa é que até hoje se acreditava que só organismos celulares (os vírus não são células e a maioria dos cientistas não os consideram como seres vivos verdadeiros, mas algo intermediário entre minerais e seres vivos) poderiam ser infectados por partículas virais.  Assim, a idéia de que os vírus não seriam seres vivos fica comprometida basicamente porque têm a “capacidade” de ficar doentes.

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