A natureza da irresponsabilidade ou A ignorância infinita de Palin

Ainda não tivemos oportunidade de congratular o povo americano pela mundialmente desejada eleição do candidato democrata Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. Aproveitamos para fazer isto agora. Esperamos, como a maior parte do mundo, que a política destrutiva americana seja revertida, que os ideais iluministas que guiaram a fundação daquela nação pelos “founding fathers” sejam não apenas relembrados, mas retomados. Enfim esperamos que o novo presidente e o povo americano conscientizem-se que o mundo não é o playground de empresas e donos de poços de petróleo e de que as mudanças climáticas globais são um fato científico e não palavras de ordem vazias de uma esquerda liberal anti-americana, o que quer que isto signifique. O mundo emocionou-se não apenas com a vitória de Obama mas também com a dignidade do derrotado McCain. Um belo discurso de reconhecimento da vitória de Obama ele fez, realmente tocante. Mas, sinceramente, o risco a que McCain expôs o mundo, ao escolher Sarah Palin como candidata a vice é quase imperdoável. Palin é quase um arquétipo do ultrarreligioso fundamentalista americano, uma pessoa cuja visão estreita do mundo não pode ser imputada apenas à educação deficiente, mas também a uma inteligência limitada, talvez de cunho genético. Sua ignorância é de agora em diante proverbial. Ontem um jornalista americano revelou que a quase vice-presidente da nação mais influente do mundo desconhecia que a África era um continente! Acreditem nisso, ela achava que a África era um país, esta pessoa que se dizia gabaritada para a política externa porque governara um estado próximo à Rússia. Vejam por si mesmos:

É um absurdo. Foi sem dúvida uma irresponsabilidade digna de um republicano herdeiro de Bush expor o mundo a tal indizível risco.

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