Hora do planeta

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Pois bem… chegou o dia da Hora do Planeta (ou a Hora do Apagão, segundo a senhora minha mãe).
A Hora do Planeta foi concebida com a intenção de chamar atenção das pessoas para o consumo consciente de energia – internacionalmente (no Brasil, ainda não – mas se depender do Minc e do Luiz Bento…), a produção de energia é a maior causa de emissão de gases do efeito estufa – e, portanto, (até onde rezam os relatórios do IPCC), do aquecimento global.
Aí, vamos discutir mais ou menos nesses termos:
Céticos: Mas vai adiantar apagar algumas luzes durante uma hora, num sábado?
Rastro de Carbono: Óbvio que não!
Céticos: Mas então, por que fazer?
Rastro de Carbono: Para conscientizar e mostrar para as pessoas como é fácil fazer ações que reduzam o nosso rastro de carbono.
Céticos: Mas nada garante que o cara que participar da hora do planeta hoje vai mudar seu estilo de vida, ou vai transformar alguma ação pessoal em algo mais limpo.
Rastro de Carbono: Bingo!
Céticos: Bingo?
Rastro de Carbono: É, a campanha está errada porque não ensina como continuar a ação de uma hora. Não dá dicas de como transformar seu estilo de vida, nem sequer pede para que você se preocupe com consumo de energia. Tanto que tem gente dizendo: vou twittar durante a hora do planeta pelo meu celular… ou vou aproveitar que não posso ligar o microndas para jantar fora… ou qualquer baboseira similar. E nessas, toda a ideia já se perdeu, toda a chance de conscientização em massa virou demagogia, ficou “para inglês ver”.
Céticos: Então você está dizendo que preferia que a Hora do Planeta não existisse?
Rastro de Carbono: Não… estou dizendo que queria que existisse mas que houvesse conscientização real, com educação ambiental de qualidade.
E, nesse diálogo fictício, mas absolutamente possível, vou dizer que minha casa vai ficar com todas as luzes desligadas durante a hora do planeta, por que estou na casa da minha mãe (HERESIA!!!). Mas, que na casa da minha mãe todas as lâmpadas são fluorescentes, que estaremos conversando altos papos na sala, e que – muito provavelmente – estaremos com todas as outras lâmpadas da casa desligadas. E, porque falamos demais, é bem provável que a televisão e o rádio também estejam desligados e, também por isso, meu computador e celular devem permanecer em silêncio absoluto.
Hora do Planeta pra mim, é igual Dia Internacional da Mulher e Dia do Índio – tem que ser todos os dias, senão não tem valor nenhum, nem como simbologia.
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Saiba mais:
WWF – Hora do Planeta
Earth Hour
Earth Hour no Flickr – veja como as pessoas estão participando ao redor do mundo

Pegada 20 – Frase da semana

“Resolver o problema da crise é resolver o problema da imigração. Porque nós também não temos o direito de permitir que sejam os pobres, que viajam o mundo a procura de uma oportunidade, de um emprego, de um salário, de uma renda, que sejam os primeiros a pagar a conta de uma crise feita pelos pelos ricos. Que não foi causada por nenhum negro, nenhum índio e por nenhum pobre. Uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise pareciam que sabiam tudo e que agora demonstram não saber nada.”

 

Lula, durante a visita de Gordon Brown ao Brasil, antes da reunião do G-20 que deverá arrecadar fundos para conter a crise econômica. 16 mar. 2009.

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Saiba mais:

Brazil’s Lula raps ‘white’ crisis – BBC News

‘Blue-eyed bankers’ to blame for crash, Lula tells Brown – The Guardian

Meio ambiente e educação 1 – O caso das bolinhas de papel

Resolvi estrear hoje uma série que está na minha cabeça há muito tempo. Muitas pessoas chegam a esse blog procurando no Google sobre como falar de meio ambiente nas escolas, sobre aulas de meio ambiente, sobre como falar sobre meio ambiente e sustentabilidade para alunos de todas as idades.

Outro dia mesmo recebi o encaminhamento de um e-mail, no qual a pessoa buscava desesperadamente uma maneira de fazer os alunos se interessarem por meio ambiente e sustentabilidade. Eu respondi apenas: Mas eles se interessam!

E então percebi que na verdade o que os professores estão buscando é ideias de como falar sobre meio ambiente e sustentabilidade, ideias diferentes das trazidas geralmente pelos livros didáticos, projetos que possam ser desenvolvidos pelos alunos, problematizações, etc, etc, etc.

Pois bem… hoje estava dando minha corriqueira espiadela pelos blogs de meio ambiente que eu assino e achei um video sensacional no blog Vivo Verde. O vídeo foi produzido na Escola Municipal Uruguai, no Rio de Janeiro.

Obviamente, para um processo ensino aprendizagem efetivo, o melhor mesmo seria fazer um video na sua escola (fica a dica se você é professor ou professora) – não simplesmente passar esse vídeo pronto. É necessário fazer os alunos vivenciarem o aprendizado, é necessário usar todo o conhecimento e curiosidade que eles tem sobre computadores e internet e canalizar para algo mais interessante que o orkut (se bem que acho que o orkut é potencialmente uma ferramenta pedagógica – mas também sei que essa é uma opinião polêmica).

É necessário também que você professor ou professora busque situações que são problema na sua escola – se não há problemas com bolinhas de papel por lá, esse vídeo, que deve ser o produto final de um projeto, não vai causar grande efeito. Ainda assim, talvez ele te ajude a ter uma ideia sobre uma outra problemática, que será recebida mais efetivamente pela sua escola.

Eu achei o vídeo absolutamente sensacional. Parabéns aos alunos, professores e direção envolvida. Divirtam-se!

Mulheres na Ciência 6 – SIA no Flickr

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Smithsonian Institution Archives (SIA) disponibilizou no Flickr a coleção Women in Science – imagens de mulheres que, em sua maioria, foram pioneiras em seus campos de atuação, ou as primeiras mulheres a se formarem em algum campo antes dominado pelos homens.

São bibliotecarias, escritoras, ativistas políticas, engenheiras, pilotas, fisicistas, médicas, jornalistas, entre outras, que contribuiram de maneira significativa para a Ciência ou para a divulgação científica.

Uma coleção simplesmente sensacional!

Uma das minhas favoritas:

Jacqueline Cochran

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Description: During her aviation career, from the 1930s through the 1960s, Jacqueline Cochran (d. 1980) set more speed and altitude records than any contemporary pilot, male or female, and was the first woman to break the sound barrier. During World War II, she was instrumental in formation of the Women’s Air Force Service Pilots (WASPs). This photograph was taken ca. 1962 when she received the Harmon Trophy for establishing eight World Class records in jet planes.

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Vi no Women in Science

Pesquisas científicas me fazem rir!

Tenho problemas com generalizações. Fato.

O primeiro caso público foi aquele famigerado estudo da professora Luisa Lobo, que dizia que todos os blogs femininos eram diários. Veja bem. O meu problema com isso é com o “todos”, não com o “femininos”, menos ainda com o “diários”. O caso terminou na rádio CBN, onde Tania Morales, entre outras coisas, me fez falar – indignada – sobre a entrevista da semana anterior, que tinha sido com a professora. Saiba mais aqui.

O segundo caso é recentíssimo. A generalista da vez é a jornalista, mestre em mídias pela London School of Economics com o trabalho Ethics versus the need to sell or the Tabloidization of the British press, que eu traduzo como “Ética versus a necessidade de vender ou A tabloidização da imprensa britânica”.

Atualmente diretora da sucursal da revista Época no Rio de Janeiro, a jornalista acaba de afirmar que “O besteirol na ciência é melhor que no Senado” – isso, obviamente, analisando quatro pesquisas científicas e citando alguns indicados para o prêmio IgNobel – não sem se sentir penalizada pelo mau uso das estatísticas.

Difícil mesmo é tentar contrariar as conclusões da nossa generalista: “Ler sobre pesquisas científicas de universidades respeitadas é uma receita certa para dar risada”. Não consegui mesmo chorar frente às novas descobertas sobre o vírus HPV – e a produção da vacina para homens e mulheres. Também não consegui chorar frente aos estudos sobre células-tronco, e as possíveis esperanças que isso traz para milhares de portadores de distrofia muscular. Não consegui chorar frente aos avanços com os estudos sobre bioenergia, nem sobre a que diz respeito ao levantamento da biota brasileira

Diga-se de passagem, também não consigo chorar quando meu computador funciona, nem quando a internet me permite pesquisar e escrever. Não choro quando alguém me oferece comida aquecida no microndas, nem quando posso acessar um acervo incrível de obras raras à distância de um clique. Não choro se posso visitar museus on line, não choro quando vou de carro flex para o trabalho, nem quando o ar condicionado do trem está ligado quando o calor lá fora é imenso.

Enfim… difícil mesmo é não dar risada e agradecer como a vida é boa com tanta pesquisa científica de qualidade! 

Pena, que – sem contrariar as estatísticas – nem toda produção é sensacional, e em algumas situações, os investimentos não dão retorno. Funciona mais ou menos como pagar salário para um jornalista, que, vez ou outra, escreve um besteirol em cadeia nacional.

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[UPDATE] 

Leia mais sobre esse assunto no SBb:

Brontossauros em meu Jardim – Cara Ruth de Aquino,

100nexos – “Mas isso eu já sabia”

Rainha Vermelha – Ciência e o óbvio

Geófagos – É muito fácil ser um jornalista frívolo

n-Dimensional – Nunca é tarde para uma autocrítica

Ecce medicus – Conselho de Darwin para Ruth

Psicológico – Sobre pesquisa em psicologia

RNAm – Analisando a polêmica “palhaçada científica” de Ruth

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22 de março – Dia Mundial da Água

468x60banner.gifwww.worldwaterday09.info

O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1992, no Rio de Janeiro, durante a Eco-92. O dia 22 de março foi escolhido para as comemorações, e deve estar em confluência com os objetivos da Agenda-21, principalmente com o capítulo 18, que fala sobre o desenvolvimento e o manejo dos recursos hídricos.

Este ano, o tema para discussões no dia mundial da água é “Transboundary water: shared water, shared opportunities“, que, em uma tradução pessoal, seria “águas que cruzam fronteiras: dividindo água, dividindo oportunidades”.

“Whatever we live upstream or downstream, we are all in the same boat.”

Segundo a ONU, em 60 anos, aconteceram mas de 200 acordos internacionais para uso e divisão de águas que cruzam fronteiras e apenas 37 casos nos quais houve violência, mostrando que a cooperação, não o conflito são mais comuns nestes casos.

Água é um bem natural, do qual dependemos para sobrevivência direta e indireta. Precisamos de água para manter práticas agrícolas, pecuária. Precisamos de água em indústrias, para nosso lazer e higiene pessoal.

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Tsiribihina River, Madagascar. Photo: Swiatek Wojtkowiak. Clique aqui para ver mais fotos como esta.

De toda a água existente no planeta, apenas 2,5% são água doce. Destas, 68,9% (climate change permit) estão em geleiras e coberturas de neve permanentes (como no Himalaia, por exemplo); 29,9% estão em aquiferos (como no Aquifero Guarani); 0,3% está em lagos e rios (e apenas esse tanto é renovável); e 0,9% estão em outros (como solo, nos seres vivos, etc.).

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 Distribuição de água no mundo. Imagem por Shiklomanov. Disponível em UNESCO.
No Brasil encontra-se 12% da água doce do mundo. Por isso mesmo há necessidade de uma gestão de recursos hídricos exemplar. Segundo a ANBA, o país apresentará este mês, na Turquia, seu plano de manejo, que inclui o gerenciamento conjunto das bacias hidrográficas (na qual participam governos municipais, estaduais e federal, usuários, universidades, ONGs, etc, além de outros planos de caráter regional.
Dividindo água, dividindo oportunidades me faz lembrar de dizer que dividir não é desperdiçar, e que devemos planejar o consumo consciente de água, mesmo estando em um país privilegiado em relação à disponibilidade de água doce. Portanto, algumas dicas:
+ Não lave calçadas, quintais, carros, etc. sem antes pensar na real necessidade disso. Pense antes em alternativas que ajudem a evitar o desperdício.
+ Feche torneiras enquanto escova os dentes, ensaboa louças ou roupas.
+ Desligue o chuveiro enquanto estiver se ensaboando.
+ Conserte o mais rápido possível torneiras que ficam pingando. 
+ Olhe atentamente sua conta de água e verifique se não há nenhum gasto que lhe pareça absurdo nos últimos meses. Isso pode significar que você tem um vazamento sério.
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Saiba mais:
Em inglês:
Em português:

Cintura de plástico

Ontem eu estava cozinhando (eu adoro cozinhar) e me vi cercada por plásticos. Era o plástico que embalava as vagens, o plástico em embalava as cenouras, o plástico da garrafa de leite, uma sacolinha que eu nem consegui identificar de onde veio, duas sacolas que os feirantes usaram para colocar os sacos de vagem e cenoura, que depois eu coloquei na minha sacola de ráfia, mas já era tarde demais.
E isso me fez lembrar da sopa de plástico do Giro do Pacífico Norte, que eu publiquei, atônita, há um pouco mais de um ano atrás.
Consegui os endereços da pessoa que fotografou aquela tartaruga, não se preocupe se você não se lembra, vou colocá-la novamente aqui. E, descobri que além da dita fotografia conhecidíssima, também existem outras, que ajudam a contar uma história.
O fotógrafo em questão é um herpetologista, Dino Ferri, que na época trabalhava no Audubon Nature Institute, em New Orleans.
Imagine-se no lugar deste pesquisador. Conta Ferri que em um dia normal de trabalho, chegou um garotinho com uma caixa na mão. Ele tinha resgatado aquela tartaruga na praia e queria saber informações sobre ela, gostaria que o aquário do instutito cuidasse dela.
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A tartaruga, identificada como uma “snapping turtle“, foi submetida a uma série de exames que mostravam como um pequeno círculo de plástico, provavelmente de uma embalagem de refrigerante, poderiam interferir no crescimento do animal. As imagens eram chocantes.
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Exames de raio-X mostravam que nossa pequena tartaruga era uma fêmea e estava gravidíssima. Os ovos podem ser vistos nesta imagem como esferas brancas na parte posterior do animal, espremidos no espaço anterior ao anel plástico. Muitos ovos (como compete a uma tartaruga de respeito).
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A capacidade de reprodução de indivíduos de uma espécie diz muito sobre a saúde da espécie como um todo. Espécies que conseguem gerar descendentes férteis continuam na luta pela sobrevivência. As que não conseguem, se extinguem. Se um organismo consegue se reproduzir, as chances de que os descendentes deles carregem características que os possibilita sobreviver de modos inóspitos, como com um anel plástico envolta do corpo pode ser boa.
Infelizmente, nenhum dos filhotes sobreviveu.
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Use plásticos conscientemente. Evite quando possível. Dê a destinação adequada para o seu lixo. Não jogue lixo em vias públicas, praias, lixões ilegais.
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Imagens por Dino Ferri.
Saiba mais:
Brontossauros em meu jardim

Best life

Women in Science – Margaret Mee and Maria Werneck de Castro

This is the english version of a post written in portuguese, which can be found here.
In order to celebrate the International Women Day, I am writing stories about women in Science. Today I want to tell the story of not one but two female artists that contributed a lot for studies in Botany: Margaret Mee and Maria Werneck de Castro.
Margaret Mee was born in England and came to Brazil with her second husband. Her curiosity and spirit of exploration, helped her to fall in love with Brazilian flora and to start illustrating a huge number of plant species in the Atlantic Forest for São Paulo’s Botany Institute between 1958 and 1964. Between the years of 1964 and 1988, she explored the Amazon forest, where she fought against hunger, sickness, and problems with indigenous population and loggers to bring back hundreds of watercolour illustrations of tropical plants and many other sketches.
Mee’s illustrations are still used by plant scientists in order to identify, describe and study plants. She is internationally acclaimed for the scientific value of her notes and illustrations. This year we celebrate the artist’s 100th birthday.


Maria Werneck de Castro started drawing human anatomy and pathologies working at Manguinhos Institute at Rio de Janeiro. In 1958, she was transferred to Brasilia, the recently built Brazil’s capital, that was still being paved at the time. It was there where she felt in love with the cerrado, the Brazilian savanna. Fighting against the heat, the scolding sun and insects, Maria Werneck captured beautiful images of the local vegetation, drawing it for the scientists of the Botany Department of Brasilia.
Maria Werneck donated her originals to the National Library so they could be available to researchers, that still use her work as reference.


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Learn more about
Margaret Mee
Royal Botanic Gardens, Kew
Maria Werneck de Castro
Notebooks from Brazil’s cerrado

Bom dia ScienceBlogs! – Good morning ScienceBlogs!

Sabe o que é ser parte da maior comunidade de blogs de Ciências do mundo?
Não?
Então seja bem vinda(o)
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Do you know what is to be part of the largest blog community of the world?
Don’t you?
So, welcome!

Vamô pedalá pelado!


Este final de semana rolou um movimento, na Avenida Paulista, chamado Pedalada Pelada. Mais do que um movimento pró-ciclistas, o evento que já ocorre em 150 cidades pelo mundo tem vários objetivos, entre eles, fazer com que as pessoas, pelo menos uma vez no ano, enxerguem quão vunerável são as pessoas que tentam usar a bicicleta como meio de transporte.  
Quem se interessa participa da manifestação, também batizada de peladada, “tão nu quanto você ousar”, ou, na minha interpretação, tão pelado quanto você se sentir confortável. O movimento, que já tem sua segunda edição no Brasil, aconteceu no sábado.
Acho absolutamente fantástico o modo não-violento que os participantes da manifestação se utilizam para expressar-se contra algo tão violento quanto à falta de segurança no trânsito e quanto à falta de planejamento público para com as pessoas que não usam carros. O desrespeito ao ciclista, aos pedestres e aos usuários de transporte público na maioria das cidades brasileiras é absurdo.
Os objetivos da manifestação são vários, e todos, na minha opinião, justos:
+ Pedala-se pelo meio ambiente e contra as emissões de gases do efeito estufa gerados por automóveis;
+ Pedala-se por diversão, porque pedalar é gostoso;
+ Pedala-se para tentar tornar os ciclistas mais visíveis aos olhos dos motoristas desavisados;
+ Pedala-se para chamar a atenção do poder público para a falta de sinalização de trânsito especial para pedestres e ciclistas;
+ Pedala-se a favor dos transportes públicos;
+ Pedala-se pela conscientização do corpo e purificação da mente;
+ Pedala-se pelos pedestres;
+ Pedala-se para conscientizar poder público e governantes para os absurdos de violência no trânsito, e para chamar a atenção dos  tomadores de decisão política e pública para a urgência em se resolver a obsenidade com que são tratados todos os usuários de transportes (e nisso incluem-se pedestres, ciclistas, usuários de transporte público, etc.);
+ Pedala-se com o objetivo de ocupar os espaços públicos.
E, pra quem acha que o movimento é obseno, porque os participantes pedalam pelados, aí vai uma listinha do o que eu acho obsceno:
– Acho obsceno não termos a maior parte das principais vias de trânsito com sinalização para ciclistas;
– Acho obsceno que o transporte público aumente de preço e os jornais não noticiem como uma barbaridade;
– Acho obsceno as pessoas terem tantos carrões, contribuindo para o imenso trânsito que temos nas grandes cidades;
– Acho obscenas as estatísticas de mortes no trânsito;
– Acho obscenas as cenas de infrações no trânsito a que sou exposta todos os dias.
E você? Já respeitou um ciclista e um pedestre hoje? Ajude a mudar as estatísticas
Espero que este evento não deixe de ser um movimento sério para ser apenas uma farra sem motivo. Espero que seja uma festa, mas uma festa consciente.
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Saiba mais:
World Naked Bike Ride
Apocalipse motorizado AQUI ACOLÁ e ALI
+ Vá de bike! +
Catracalivre