Vídeo fantástico: Aquário de Okinawa

Pra mim, uma das coisas mais legais de se viajar, é visitar museus de história natural, zoológicos e, é claro, aquários. Se bem tratados, se os ambientes estiverem enriquecidos com brinquedos e brincadeiras (como caça a comidas, por exemplo), os animais ficam muito mais felizes e obviamente evitam bastante o estresse que pode ser viver em cativeiro.

Uma das principais tarefas dos zoológicos e aquários é proporcionar aos animais a melhor vida que se possa ter e mais parecida com o que possa ser viver ao natural (óbvio que nunca vai ser igual ao da vida no ambiente natural, mas tem que ser muito próximo da realidade).

A outra função primordial desses locais é proporcionar aos visitantes um espaço de educação não formal especial, no qual se é convidado a aprender mais sobre os seres vivos e, no caso dos museus, dos não-vivos (como rochas e peças que fazem parte de uma cultura) e dos que já foram vivos, mas que podem já estar extintos. Com isso, os visitantes podem se abrir a conceitos mais amplos como de conservação e preservação do meio ambiente, respeito à vida e às sutilezas e maravilhas das diferenças entre os seres da mesma espécie e das imensas diferenças existentes entre organimos de espécies diferentes, todas dividindo nossa imensa bola azul.

Sabendo disso, recebi da Paula um vídeo do aquário de Okinawa que achei fantástico! E claro, agora vou ter que visitar o Japão e vou ter que ver esse aquário com os meus próprios olhos. Sonhar  não custa nada e é o primeiro passo para uma realização, então vou sonhando assistindo a esse vídeo. Aí vai (notem os tubarões baleia e as raias, que fazem um show particular – e comparem o tamanho do aquário e dos animais com o dos mergulhadores no canto inferior esquerdo):

Todos os créditos para Jon Rawlinson

Não é fantástico?

O que o Armstrong disse para o Ziraldo?

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The moon is FLICTS.

Aos astronautas que primeiro pisaram na Lua.

Aos cientistas que proporcionaram essa primeira visita.

Aos homens e mulheres, que quando acreditam nos seus sonhos, fazem.

Essa é uma homenagem do Rastro de Carbono aos homens e mulheres que acreditaram na chegada do ser humano à Lua. Parabéns pelos 40 anos!

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Crédito da fotografia: Maria Carol

Saiba mais sobre o Ziraldo

O causo das obras da Marginal Tietê

O post passado, sobre as árvores da Marginal do Tietê que estão sendo derrubadas para a ampliação da via, causou alvoroço nos comentários e trouxe outros aspectos da polêmica obra.

Veja, dizer que as árvores do Tietê não são empecilho para que a obra
aconteça (porque vão ser transplantadas, substituídas e um parque linear está no projeto) não quer dizer que a obra deva ser feita ou vá trazer soluções para o caos do trânsito na cidade. A obra tem problemas
muito maiores do que as árvores que hoje ocupam a Marginal, mas não são
as árvores que poderiam barrar a construção ou até mesmo, não são elas que seriam um bom jeito de unir a população em torno do
problema.

O problema gira em torno de um imenso nó da cidade de São Paulo, já discutido no post anterior e referendado por alguns colegas do Twitter: o trânsito. O trânsito, que não é só exclusividade da cidade de São Paulo mas de todos os centros urbanos de grande adensamento populacional, nasceu há muito tempo. Muito mesmo. Antes de qualquer um desses prefeitos, governadores e presidentes em quem nós, mais jovens, tenhamos sonhado em votar. O problema do trânsito é derivado de uma política pública de adoção dos automóveis como meios de transporte e da gasolina, derivada do petróleo como nosso meio de energia para movimentar esses automóveis. Foi uma escolha política, que beneficiava algumas relações comerciais e algumas relações pessoais e sociais.

Fato é: eu vejo duas escolhas para a resolução de um problema de trânsito – uma solução rápida, barata e que a curto prazo não vai mais funcionar, e uma lenta, gradual, com investimento alto em diversos setores, que deve funcionar a longo prazo.

A primeira é fácil! Usa-se o espaço disponível (que já é pouco e elimina o canteiro central), faz-se túneis, viadutos, pontes, outro andar de marginal, sei lá! Qualquer solução que busque aumentar a área para aumentar o fluxo de carros. Essa alternativa funciona por um tempo: tempo suficiente para outros carros invadirem as ruas, a frota aumentar, e tudo ficar insuportável de novo – que parece ser a saída adotada pela prefeitura e governo do Estado de São Paulo.

A segunda é muito mais difícil. Requer educação da população, investimento em transporte público de qualidade e em ciclovias, alternativas inteligentes para o transporte de suprimentos para a cidade, principalmente os atualmente feitos por caminhões, soluções para períodos de feriados e férias, ALÉM DE obras que facilitem o transporte de carros nos dias de semana.

Para a segunda escolha, não bastam investimentos em dinheiro, mas investimentos no social, no ambiental e no econômico, que permeiem outros setores que não só o de transportes. A logística da cidade deveria ser realinhada como um todo, para permitir um fluxo mais eficiente de abastecimento e de transporte de resíduos. As pessoas deveriam ter a disposição um transporte público de qualidade, com pontualidade e preços justos, que servisse toda a cidade com eficiência. As ruas e avenidas deveriam ser pensadas de modo a permitir um fluxo rápido para quem usa transportes públicos e também para permitir o uso de bicicletas. Projetos específicos para facilitar o escoamento de pessoas em períodos de férias e feriados deveriam ser estudados e implementados. 

Mesmo com um imenso investimento financeiro por parte do governo, nada disso seria útil se as pessoas que ocupam a cidade não forem educadas para usar transporte público sem preconceitos, para pensarem duas vezes antes de tirarem seus automóveis de casa e andarem a pé ou de bicicleta, para se educarem para o trânsito defensivo e não ofensivo.

Para isso, também é necessário investimento na área de segurança. E, nesse sentido, talvez fossem necessários menos investimentos na área de saúde. E a qualidade de vida de todos aumentaria muito.

Sinto que sonhei… E você? Acha que isso é possível, ou só fazendo uma nova São Paulo?

Meio ambiente e educação 1 – O caso das bolinhas de papel

Resolvi estrear hoje uma série que está na minha cabeça há muito tempo. Muitas pessoas chegam a esse blog procurando no Google sobre como falar de meio ambiente nas escolas, sobre aulas de meio ambiente, sobre como falar sobre meio ambiente e sustentabilidade para alunos de todas as idades.

Outro dia mesmo recebi o encaminhamento de um e-mail, no qual a pessoa buscava desesperadamente uma maneira de fazer os alunos se interessarem por meio ambiente e sustentabilidade. Eu respondi apenas: Mas eles se interessam!

E então percebi que na verdade o que os professores estão buscando é ideias de como falar sobre meio ambiente e sustentabilidade, ideias diferentes das trazidas geralmente pelos livros didáticos, projetos que possam ser desenvolvidos pelos alunos, problematizações, etc, etc, etc.

Pois bem… hoje estava dando minha corriqueira espiadela pelos blogs de meio ambiente que eu assino e achei um video sensacional no blog Vivo Verde. O vídeo foi produzido na Escola Municipal Uruguai, no Rio de Janeiro.

Obviamente, para um processo ensino aprendizagem efetivo, o melhor mesmo seria fazer um video na sua escola (fica a dica se você é professor ou professora) – não simplesmente passar esse vídeo pronto. É necessário fazer os alunos vivenciarem o aprendizado, é necessário usar todo o conhecimento e curiosidade que eles tem sobre computadores e internet e canalizar para algo mais interessante que o orkut (se bem que acho que o orkut é potencialmente uma ferramenta pedagógica – mas também sei que essa é uma opinião polêmica).

É necessário também que você professor ou professora busque situações que são problema na sua escola – se não há problemas com bolinhas de papel por lá, esse vídeo, que deve ser o produto final de um projeto, não vai causar grande efeito. Ainda assim, talvez ele te ajude a ter uma ideia sobre uma outra problemática, que será recebida mais efetivamente pela sua escola.

Eu achei o vídeo absolutamente sensacional. Parabéns aos alunos, professores e direção envolvida. Divirtam-se!