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8 de jul de 2010

Astrologia, homeopatia, terapias alternativas, design inteligente, “o segredo”, horóscopo, florais… essas e muitas outras tentativas de empurrar um sistema de crenças guela a baixo das pessoas, visando em grande parte lucrar financeiramente com a credulidade e a esperança alheia, são o que chamo aqui de pseudociências.
As pseudociências constroem idéias e informações que não se baseiam em evidências claras e suficientes, e mesmo assim concluem coisas extremamente improváveis. Gostam de pousar de incompreendidos, sensíveis, vanguardistas e discriminados, provavelmente no intuito de conquistarem seu espaço “no mercado” para “explicar aquilo que a ciência não pode explicar”.
Apesar de muitas vezes se “vestirem” cientificamente, utilizando termos e idéias científicas, costumeiramente não submetem suas idéias a testes rigorosos que possam corroborar o quão verdadeiras elas são. Não o fazem até porque seus clientes não exigem isso deles: milhares de pessoas gastam dinheiro com mapas astrais, remédios homeopáticos, livros e revistas, e nem sequer se preocupam em entender como todas aquelas informações que elas estão consumindo são produzidas. Continue lendo…
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4 de jul de 2010
Divulgo aqui alguns vídeos interessantes relacionados à ciência e às pseudociências. O primeiro é uma simulação digital que compara o tamanho de vários corpos celestes no universo, nos dando uma dimensão de quão grandioso o universo é, e quão pequeno nós somos diante dessa grandeza. Continue lendo…
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2 de jul de 2010
No site do Academic Earth é possível assitir à aulas de muitas das mais prestigiadas universidades no mundo, tais como a
Harvard University, Oxford University, Yale University, Massachusetts Institute of Technology, Stanford University e muitas outras. Os temas das aulas são variados: biologia, psicologia, ciência política, medicina, educação, artes, arquitetura e muitos outros.
É uma oportunidade de conhecer como uma aula é dada nas grandes potências acadêmicas do mundo. Essa ação merece grande reconhecimento, pois torna acessível através da internet o conhecimento, dado com muita qualidade, na maioria das aulas disponibilzadas. Pelo que pude verificar não há legendas de idiomas, as aulas são em inglês. Para quem tem facilidade, a qualidade do áudio ajuda muito; para quem não tem, é uma boa oportunidade de treino desse idioma que hoje é central na comunicação científica. Continue lendo…
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1 de jul de 2010
Em inúmeras situações do nosso cotidiano, fazemos coisas aparentemente sem pensar muito, como quando dirigimos um carro, trancamos a porta de casa mas logo em seguida não lembramos se de fato fechamos, ou subimos escadas de um edifício. “Aonde eu estava com a cabeça” uma pessoa pode dizer ao se dar conta de que jogou na máquina de lavar a roupa limpa que ia usar e vestiu a roupa suja que ia colocar na máquina.
Em casos mais extremos, agir de forma “instantânea” pode ter resultados muito piores do que trocar roupas. Vejamos um exemplo dado por Fiske e Taylor (2008): Pedro está no shopping e vê de repente dois homens negros sendo perseguidos por um segurança branco, ambos vindo em sua direção. Quando Pedro se dá conta do que está acontecendo, o primeiro dos dois homens estava passando ao seu lado, mas ao ver o segundo homem se aproximar Pedro se levanta e o segura, achando que poderia deter ao menos um dos ladrões que o segurança perseguia. O homem agarrado diz que é o dono da loja e que o ladrão (o primeiro homem) estava fungindo.
Esses são exemplos de situações onde as pessoas parecem não estar muito atentas ao que fazem, de tão acostumadas que já estão em realizar certas ações ou de tão pouco tempo que dispõe para tomar uma decisão. Uma parte dos nossos comportamentos parece se dar de forma automática, sem que precisemos deliberar e planejar de forma consciente cada detalhe das nossas ações. A maioria das situações cotidianas demanda que nos comportemos de forma rápida e eficiente, sendo que se tornaria inviável para fins práticos se tivessemos que pensar sobre cada detalhe das nossas ações antes de realizá-las. Isso é o que vários estudos em Cognição Social tem investigado nos últimos anos.
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29 de jun de 2010

A cognição social é um campo da psicologia social que investiga a forma como as pessoas compreendem as outras pessoas e elas mesmas (Fiske e Taylor, 2008). Surgiu do interesse de psicólogos sociais pela psicologia cognitiva, que começaram a utilizar os modelos cognitivos para entender os processos básicos subjacentes às interações sociais. Essa área de pesquisa tem como aspectos básicos:
- o mentalismo, que confere importância aos processos e representações mentais;
- a formação, operação e mudança dos processos cognitivos dentro dos contextos sociais;
- a utilização de métodos, teorias e modelos desenvolvidos em outras áreas pela psicologia social, como a psicologia cognitiva e a neurociência social cognitiva;
- a aplicação ao mundo real (aplicação à temas como comportamento de ajuda, preconceito, esteriótipos, relacionamentos íntimos e outros). Continue lendo…
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28 de jun de 2010

A psicologia cognitiva surgiu formalmente entre 1950 e 1970, na tentativa de investigar os processos mentais subjacentes ao comportamento humano (Anderson, 2004). A Segunda Guerra Mundial, o computador e a lingüística foram as três principais influências para o desenvolvimento posterior desse campo de pesquisa. A Segunda Guerra Mundial proporcionou financiamento para pesquisas envolvendo desempenho humano e atenção, uma pesquisa de natureza prática que não era atraente para os behavioristas naquele momento.
O desenvolvimento dos computadores e da Inteligência Artificial forneceu um modo de pensar metafórico sobre nossa inteligência, sendo o cérebro um “hardware” e a mente um “software” nessa idéia (Anderson, 2004). As analogias e utilizações de conceitos de computação são facilmente constatáveis na produção de conhecimento que surgiu desse novo campo de estudo. Continue lendo…
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8 de jun de 2010
Nas décadas de 1920 e 1930, a psicologia social se consolidou como um campo de investigação. A influência social, conceito central em todas pesquisas desse campo de estudo, é definida como mudança de pensamentos, sentimentos, atitudes e comportamentos de uma pessoa devido a presença real ou imaginada de outras pessoas (Aronson, Wilson e Akert, 2002).
Uma linha de pesquisa muito importante foi a de Sheriff sobre as normais sociais e o efeito autocinético. O conceito de normas sociais é muito importante para a psicologia social e descreve as normas gerais de como se comportar em determinados contextos. Continue lendo…
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5 de jun de 2010
A psicologia é historicamente reconhecida como um campo de estudo formal há apenas cerca de 130 anos, desde que Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia em Leipzig, na Alemanha, em 1879. Esse tempo de existência é muito curto para uma ciência empírica, bastando comparar com a física para vermos como o tempo é uma variável importante no caminhar científico, que aproximadamente desde o século XVI (desconsiderando sua história na filosofia) é um campo de estudo que acumulou uma imensa quantidade de conhecimento. Continue lendo…
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1 de jun de 2010

A seguir, listo alguns vídeos com temas relacionados à ciência. O primeiro vídeo que indicarei trata do argumento de algumas pessoas que não podemos confiar na ciência devido ao seu caráter mutável e de constante renovação, como se isso representasse a fragilidade da ciência como fonte confiável de conhecimento, quando na verdade essa é uma das suas mais importantes qualidades. Continue lendo…
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30 de maio de 2010

O TED é uma organização sem fins lucrativos voltada para espalhar idéias que merecem ser espalhadas. Anualmente o TED organiza uma conferência na Califórnia, onde traz pessoas importantes em várias áreas como tecnologia, ciência, entretenimento, design e artes. Pode-se encontrar vários vídeos no site do TED das palestras de convidados que o TED leva para seus eventos, algumas possuem legendas (caso precise de legendas, procure a opção
Translations no menu superior, alguns vídeos estão totalmente traduzidos para o português). O site pode ser acessado “
aqui“.
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