O Miasma e a Verdadeira Vida Eterna

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Miasma, uma palavra grega que significa “exalação impura, poluição[i]”, foi uma palavra muito usada para descrever o ar imundo sobre a cidade de Londres, creditado por ter espalhado o cólera, criando uma pandemia nos anos 1800’s. Miasma foi considerada como sendo vapor ou neblina venenosa cheia de partículas de matéria decomposta (miasmata) que poderia causar doenças e seria identificável pelo seu cheiro pútrido e nauseante.

Velas são feitas de um tipo de cera chamada parafina, um derivado de petróleo que pertence ao grupo dos hidrocarbonetos alcanos (CnH2n+2). Parafina em estado sólido é denominada cera e, em estado líquido, é um óleo conhecido como querosene.[ii]

 

De acordo com um estudo da Universidade de Maastricht, na Holanda, publicado no European Respiratory Journal (publicação da Sociedade Respiratória Européia que divulga “trabalhos clínicos e experimentais de ponta no campo da Medicina Respiratória[iii]”): 

 “Foi demonstrado que o ar de igrejas contém concentrações consideravelmente mais altas de hidrocarbonetos policíclicos carcinógenos do que o ar ao redor de estradas utilizadas por 45 mil veículos diariamente.

“A equipe holandesa partiu para examinar a qualidade do ar em igrejas, que são geralmente mal ventiladas, com velas queimando o dia todo e uso freqüente de incenso. Ambos podem, em princípio, ter alguns efeitos nocivos.[iv]

 

As igrejas podem não só estar prejudicando as relações pessoais dos indivíduos, mas também a sua saúde. Se uma pessoa é uma entusiasta de igreja, ela claramente não está dando atenção e tempo suficientes para construir relações fortes com sua família e amigos, e satisfazer as expectativas do seu deus, e ainda por cima pode estar respirando tanta coisa ruim quanto um fumante ativo de uma carteira por dia.

Esse último dado foi inventado por mim agora, mas eu garanto que ficar ao lado de uma estrada respirando a emanação de quarenta e cinco mil veículos também não é bom para o sujeito.  

Fulano perde tempo indo à igreja e respirando gases tóxicos de velas queimadas para orações, ouvindo pregadores falando sobre como ele deve levar a própria vida, pedindo perdão por coisas que ele fez errado, quando deveria estar do lado de fora, praticando boas ações e tentando, realmente se esforçando, ficar em paz com as pessoas que o rodeiam, não numa maneira antipática e irritante como se ele fosse uma espécie de viciado em alegria, com um sorriso afetado pregado na cara por ser um com seu deus, mas falando a verdade, por exemplo, mesmo que não seja uma verdade fácil ou confortável, porque uma mentira tem que ser estendida e acobertada o tempo todo, se tornando um fardo, colocando-o sob constante estresse, diminuindo sua paciência, conseqüentemente fazendo-o muito menos inclinado a fazer o bem, por estar muito ocupado tapando os buracos nas suas mentiras por achar que seu deus o mandou não ser rude e viver com um sorriso falso pregado na cara.

 

Viva sua vida ao máximo; se divirta; faça os outros se sentirem apreciados; deleite-se, desfrute a sua vida, sua vida real, sua vida neste mundo, não existe maneira de saber o que vem depois; se puder dispor, ajude aos necessitados; espalhe as boas palavras, as suas palavras, palavras que têm significado, palavras que pessoas reais no mundo real podem confiar; repreenda outros, algumas pessoas precisam descer de seus pedestais e encarar a realidade; faça amigos; faça inimigos com aqueles que não agüentam genuinidade, mas tente fazê-los entender, seja honesto; não corra dos seus problemas para um genuflexório, ande em direção a eles com a cabeça erguida e confiança para solvê-los; faça um favor a si mesmo e viva no presente, com sua mente e seu coração, e não com a sua fé num pós-vida inventado.

 

Viva grande, viva com força, viva feliz, viva o presente, viva as pessoas ao seu redor!

Pessoas lembrar de você depois da sua morte, esta é a verdadeira vida eterna!

Tenha Fé Em Si Mesmo, Amém[v]!


[ii] Artigo do Wikipedia sobre parafina: http://en.wikipedia.org/wiki/Paraffin

[iii] Página da Sociedade Respiratória Européia: http://erj.ersjournals.com/misc/about.shtml

[v] Do Hebraico, significando “assim seja; consentimento”

1.000.000.000

1 bilhão é um número tão grande que nosso cérebro mamífero tem sérias dificuldades em compreender, o que dificulta o entendimento de Química (constante de Avogrado), Física (número de planetas e galáxias), História (Eras geológicas) e Biologia (Evolução).

Dizer que 55 gramas de ferro contém 600 vezes um milhão bilhão bilhão de átomos de ferro, ou que cada galáxia contém um bilhão bilhão de planetas e o universo é formado por um número ainda maior de galáxias, que a Terra foi formada há 4 bilhões de anos ou que nós levamos 3 bilhões e meio de anos para evoluir de átomos aleatórios de hidrogênio e carbono para serem pensantes e verificadores de e-mails, não nos diz nada, porque não temos capacidade intelectual de entender números dessa magnitude. Nós somos bons em entender dez de alguma coisa, mas não milhões e milhões. O que nos resta é criar analogias e tentar explicar para nós mesmos o que essas coisas significam.

Por exemplo:
Se você levar cinco minutos para contar até mil, mantendo o mesmo ritmo, em 1 hora você chegará a 12 mil e a 288 mil ao fim de 24 horas.
Em um ano, mantendo o mesmo passo, sem parar, você terá chegado a 105 milhões. 365 dias, sem descanso, para alcançar pouco mais de dez por cento de um bilhão.
O 1 bilhão só será alcançado ao final de NOVE ANOS E MEIO de contagem incessante, ao ritmo de dez números a cada três segundos. Se o ritmo for um número por segundo, você contaria por mais de 31 anos.

1 bilhão de minutos atrás, na década de 100 da era cristã, o matemático grego Ptolomeu nascia, o carrinho de mão tinha acabado de ser inventado na China, os leões foram extintos nos Bálcãs, o Kama Sutra tinha começado a ser escrito na Índia, tijolos começaram a ser usados como material de construção no Império Romano e, novamente na China, o papel fez sua primeira aparição popular.

1 bilhão de horas atrás, agricultura não existia e não havia animais domesticados, a Austrália ainda não era habitada, nós estávamos quebrando pedras para cortar a carne de animais e curtir pele para nos aquecermos, morávamos todos na África e ainda éramos homo erectus e não homo sapiens e a linguagem e a música estavam começando a se desenvolver.

Uma faixa de areia de 10 metros de extensão por 1 metro de largura e 10 centímetros de profundidade contém aproximadamente oitocentos milhões de grãos de areia. 80% de um bilhão.

É impossível ver 1 bilhão de pessoas de uma só vez, por causa curvatura da Terra. É tanta gente que por mais plano que o terreno fosse, as pessoas se estenderiam até passar do horizonte. A única maneira de fazer 1 bilhão de pessoas caber em seu campo de visão seria ascender algumas centenas de quilômetros acima da superfície terrestre, de onde tal população seria enxergada como uma massa, sendo impossível distinguir indivíduos, de forma análoga a como vemos nossa pele, que é formada por bilhões de células individuais. A propósito, 1 bilhão de células de pele é equivalente a 350cm², ou a pele do torso de um humano adulto.

1 bilhão é muita coisa, só digo isso.

Herbert & George

– Eu não entendo como o tempo pode ser uma quarta dimensão! Um cubo tem largura, altura e profundidade e pronto! Como justificar uma quarta dimensão?
– Fácil! Pense num cubo.
– Sim.
– Esse cubo pode ser instantâneo?
– Instantâneo? Como assim?
– Pode esse cubo existir por um momento? Um momento tão curto que não pode ser medido em tempo, como frações de segundo?
– Não!
– O cubo só existe porque nós podemos observá-lo durante um certo tempo.
– Faz sentido… Mas como justificar o tempo como ‘dimensão’?
– Pense num termômetro de mercúrio.
– Sim.
– Digamos que de dia a temperatura tenha colocado o mercúrio no alto da coluna, durante a noite, com a temperatura mais amena, o nível caiu e, no outro dia, voltou a subir.
– Certo. Mas o mercúrio apenas sobe e desce, só se move em uma dimensão.
– O mercúrio move em duas dimensões na verdade. De cima para baixo e durante um certo período de tempo.
– Como assim?
– Como uma pessoa andando na rua jogando uma bola para cima. A bola está indo para cima e para baixo e também está se movendo para frente. O movimento total da bola, se posto num gráfico, não será uma linha reta horizontal nem uma linha reta vertical, mas uma onda que sobe e desce a medida em que se descola para a frente.
– Então, no caso do termômetro, o tempo equivale ao deslocamento da pessoa no caso da bola?
– Exato! O gráfico do movimento do nível de mercúrio não é apenas subindo e descendo, é uma onda no mesmo estilo do da bola!
– Mas, diferentemente de nas outras dimensões, no tempo nós só podemos nos deslocar em um sentido.
– Quase!
– Como assim, ‘quase’?
– Nós podemos ir da direita para a esquerda e de frente para trás, mas não somos muito bons em nos deslocar para cima! O máximo que conseguimos é pulando, que não dura muito, ou subindo uma escada! Cair é bem mais fácil!
– Por causa da gravidade!
– Exato! Nós somos seres bidimensionais! Nos deslocamos facilmente na terceira dimensão só em um sentido, para baixo!
– Mas e os aviões?
– Lembre-se, o esforço para nos deslocarmos para cima é tremendamente maior que o esforço que fazemos quando andamos em círculos, por exemplo! E quando caimos, não estamos fazendo esforço! É como se a dificuldade em se subir fosse compensada pela facilidade em se cair, talvez deixando o sistema balanceado, já que fazemos exatamente o mesmo esforço quando nos deslocamos em qualquer direção em um plano!
– E o tempo? Continua fluindo sempre na mesma direção!
– Não, nós continuamos ‘caindo’ sempre na mesma direção temporal! Nos falta descobrir uma maneira de ‘pular’ nessa dimensão, de vencer a ‘gravidade’ temporal!
– Voltar no tempo?
– Isso! O grande problema com isso é um paradoxo.
– Uma pessoa voltar no tempo e matar o próprio avô antes do pai ter sido concebido?
– Não, um paradoxo que funciona em qualquer direção que se vá! Se eu estou me deslocando no tempo, como o tempo passaria pra mim?
– Não entendi!
– Uma viagem através do tempo só pode ser instantânea, ou seja, não pode sofrer ação do próprio tempo! Como eu posso, por exemplo, passar uma hora viajando para o passado? Apesar de estar voltando no tempo, o tempo, do meu ponto de vista, continuaria indo para frente?
– Eu acho que entendi! Seria o mesmo que pular para cima e continuar caindo!
– Exato! Eu estaria, por exemplo, voltando para o ano do meu nascimento enquanto que estaria envelhecendo? Ou me adiantando para o ano do nascimento dos meus tetranetos, após minha própria morte, enquanto que envelheceria apenas uma dia? Se estou voltando no tempo, não deveria, o tempo, do meu ponto de vista, voltar também?
– Então uma pessoa só poderia voltar até o dia em que nasceu?
– É isso que eu penso! E como as experiências adquiridas durante a vida são também dependentes do tempo, uma pessoa que voltaria ao passado, rejuvenescendo, estaria também esquecendo tudo o que aprendeu previamente!
– Viagens no tempo podem já existir, mas ninguém teria conhecimento, incluindo o viajante!
– Seria como rebobinar uma fita! E como se viajaria para o futuro?
– Como o avanço rápido de uma fita?
– Com todos os acontecimentos futuros acontecendo enquanto se viaja?
– Isso!
– E se um desses acontecimentos fosse uma morte súbita e inesperada?
– Seria o fim do viajante!
– Um dos riscos de se cair mais rápido que a gravidade! O impacto é sempre mais forte!
– Exato!
– A viagem no tempo só seria possível e viável para frente e voltando para trás até o momento em que se descobriu a possibilidade da viagem, apagando novamente todo o conhecimento adquirido na ida ao futuro!
– Faz sentido!
– A grande descoberta seria a de uma maneira de se fazer lembrar o que ocorreu se viajando ao passado.
– Seria uma boa!
– Mas como se lembrar de algo que ainda não aconteceu?
– Paradoxo!
– Aí está! É por isso que viagens temporais não ocorrem, e se ocorrem, ninguém lembra!
– Como a morte, ninguém nunca voltou pra contar!
– Exato!

Nascer e Pôr da Terra

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=0WVWUlce3XI]
Esse vídeo é da nave exploradora japonesa KAGUYA mostrando a Terra vista da Lua enquanto nasce e se põe na superfície lunar.
O efeito se dá pela nave circundando a Lua, pois na superfície desta a Terra está sempre parada, devido a um efeito chamado “rotação travada” (a Lua roda em torno do próprio eixo com a mesma velocidade com que circula ao redor da Terra), que faz com que nós sempre vejamos o mesmo lado da Lua.
Eu colocando isso aqui não para ensinar cosmologia nem para mostrar como nós somos avançados e estamos mandando câmeras para o espaço (estamos fazendo isso a 50 anos já, comemorados mês passado), mas para duas coisas; primeiramente mostrar uma coisa bonita e, segundo, para incitar uma idéia.
Tenham em mente o seguinte: tudo o que já foi desenhado, criado, construído, planejado, feito, admirado, comido, plantado, dirigido, tocado, pintado, respirado, falado e pensado ocorreu aí nessa bolinha azul flutuando no espaço que, até onde nós sabemos, é infinito.
De nada.

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