Participe da campanha “Seja um Médico Limpinho”
Andando por São Paulo semana passada me deparei com a incrível necessidade de alguns médicos e estudantes de medicina de precisar afirmar que são profissionais de saúde. E como eles tentam mostrar ao mundo o que são? Através de um desfile de moda monocromática na forma de jalecos brancos.
Se essa toga moderna fosse apenas para mostrar como certas pessoas têm uma auto-estima tão baixa que precisam criar uma ilusão de grandeza com uma farda que lhes garante o pseudostatus de supercidadãos, tudo bem; cada Bob com seu Mundo Fantástico.
O problema que eu tenho com isso é que essa mesma autopropaganda em página dupla que é usada na rua é também usada dentro dos hospitais.
Jaleco não é só o nome vulgar de um pequeno tamanduá do Maranhão. Não. Jaleco deveria ser também uma proteção, uma luva para as roupas, uma camisinha para o corpo.
Se seu padeiro contar o dinheiro com a mesma luva que usa para colocar seu pão no saco você teria nojo.
(A analogia da camisinha e a dicotomia “cabaré/sua mulher em casa” fica para outro dia.)
Por causa dessa prática irresponsável, eu resolvi criar (no meu outro blogue) duas camisetas grátis, tanto para os aprendizes de boçal estudantes de medicina quanto para os caroneiros de infecção médicos (clique nas imagens para vê-las maior):
A repercussão foi boa e estudos mostram que alguns já estão usando a peça na rua! Fantárdigo!
No entanto, outros ainda assim preferem o guarda-pó mesmo, pois camiseta qualquer um pode ter. Um sobretudo branco, por sua vez, só é vendido mediante apresentação do CRM.
Então, usando a ideia de uma comentarista do artigo original (já linkado), achei por bem criar, mais uma vez sem qualquer custo para os pobres profissionais, um modelo de jaleco para evitar confusão entre o de sair e o de trabalhar (porque, para alguns médicos, jaleco é como bolsa de mulher; um para cada ocasião):

E, o mais importante, a mensagem:

Ainda, feita por Atila, também participando da Campanha, uma camiseta para aqueles momentos de descontração fora dos horários de trabalho (pois sair de jaleco nas madrugadas pode atrair atenções indesejadas e fazer os outros pensarem que você é o Cadeirudo):
Então vamos lá, todo mundo! Participem da Campanha “Seja um Médico Limpinho”!
Envie esse artigo do médico Karl para todos os médicos que você conhece.
Presenteie pelo menos um deles com algum dos modelos grátis acima.
Bata palmas quando vir algum estudante de jaleco no metrô! Vamos compensar a falta de auto-estima deles fazendo-os se sentir especiais.
No texto de Atila, um reclamou da reclamação dizendo que a correria é muita e até roupa íntima carregam bactérias. Meu recado para ele é: Super Homem, a cueca não vai por cima das calças. Quanto tempo você precisa para abrir oito botões? E não consegue fazer isso e andar ao mesmo tempo? Você deveria passar menos tempo aperfeiçoando sua boçalidade e mais tempo aprendendo a fazer duas ações simples simultaneamente. Ah, e aprenda também o significado de “profissão mais antiga” porque você está usando errado sem saber.
Outro ainda disse que esse tipo de crítica é inveja. Quem diz que crítica é inveja é porque não tem autoconfiança suficiente para receber uma e critica de volta da forma mais infantil possível. Seu feio, una! 😛
Todavia, eu preciso concordar com outro comentarista: “Novamente, ridiculo, vontade de aparecer e se sentir superior, quando na verdade está so expondo desnecessariamente os cidadaos e seus pacientes.”
(Juramento de Hipócrates, trecho)
Douglas Adams: frases aleatórias
“Aprender por experiência é uma daquelas coisas, do tipo que diz: ‘Sabe isso que você acabou de fazer? Não faça mais isso’.”
D.N.A
Pedofilia nem sempre é crime
Apesar da lei brasileira não especificar o termo pedofilia em sua letra, o Artigo 217-A da seção “crimes sexuais contra vulnerável” do Código Penal dá uma descrição razoável:
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos.
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
O que as pessoas normalmente não se dão conta é que pedofilia não é um crime em si. Como somos aficcionados por metonímia, temos a forte tendência de confundir “pedofilia” com “crime de pedofilia”. Enquanto este é o que vemos na mídia e com razão condenamos, aquela é uma entidade psiquiátrica, um distúrbio.
Classificado atualmente como uma parafilia, o assunto é bem mais extenso do que temos vontade de admitir, pois nem todo pedófilo é criminoso e mesmo aqueles que são, geralmente não são os únicos culpados.
Assistam ao vídeo a seguir (por Meire Gomes, do Bule Voador) e entendam do que estou falando.
Sintam-se à vontade para discutir aqui nos comentários.
Douglas Adams: frases aleatórias
“Estamos soterrados de tecnologia quando o que realmente precisamos é de coisas que funcionem.”
D.N.A
Douglas Adams: frases aleatórias
Voltei de férias com a seguinte frase na cabeça:
“A lojinha do hotel só tinha dois livros bons, ambos escritos por mim.”
D.N.A
Medicina cura. Homeopatia mata. #ten23
Bob Marley, músico, nascido em 1945, diagnosticado com câncer metástico em 1980.
Preferiu se tratar com homeopatia.
Morreu oito meses depois.
José Alencar, empresário e político, nascido em 1931, diagnosticado com câncer abdominal em 1998.
Preferiu se tratar com Medicina.
Completará 80 anos em outubro.
Homeopatia e rastafarianismo mataram Bob Marley.
Cirurgias e quimioterapia salvaram José Alencar. Várias vezes.
Então, antes de vir me dizer “eu sei que homeopatia funciona porque eu e minha família usamos”, pense em Bob, mon.
Homeopatia não funciona.
E isso não é só meu ponto de vista. É a realidade.
Desafio #ten23 – overdose homeopática: vídeo-diário
Ontem, às 10:23h, eu ingeri 200 pílulas de arsênico homeopático numa diluição de 30CH, o que, segundo os homeopatas, deveria ter me matado em poucos minutos.
Mas isso eles disseram antes do ato, quando ainda estavam na fase das ameaças veladas e tentando criar medo. Depois, quando eles perceberam que os participantes sabiam da nulidade de efeitos negativos e iriam em frente de todo jeito, eles mudaram de ideia e disseram que temos que dar mais dinheiro para a indústria homeopática tomando as preparações por muitos e muitos anos para termos sucesso no nosso suicídio.
De superdosagem de vida, aparentamente.
Fica cada dia mais claro que homeopatia, além de matar, também emburrifica.
Eu e Jairo, do Um deus em minha Garagem, tomamos a suposta medicação enquanto o processo era filmado. O vídeo pode ser visto neste link.
Em seguida, ainda no shopping, iniciei um vídeo-diário para registrar qualquer efeito colateral causado pela extraordinariamente imensa quantidade de nada que eu tomei. Abaixo vocês podem acompanhar minha saga, em nove vídeos (mas calma, nenhum tem mais de cinquenta segundos).
Desafio #ten23 – overdose homeopática. Ou, ‘o dia em que eu não morri’
Atenção: todas as aspas usadas neste texto são irônicas.
Estou neste momento preparando um diário dos “efeitos colaterais” da “overdose” homeopática que tomei hoje, dia 5 de fevereiro de 2011, e que deverá ser postado amanhã (eu não “morrendo” daqui pra lá, obviamente) com direito a fotos e vídeos.
No entanto, agora, assistam ao momento em que “me matei” homeopaticamente:
Se você não sabe do que estou falando, leia isto.
—
Atualização: assistam ao meu vídeo-diário com as provações sofridas por mim ao longo das vinte e quatro horas subsequentes à overdose clicando no seguinte link: Desafio #ten23 – overdose homeopática: vídeo-diário
Vejam o acontecido por um outro ângulo, através da câmera de Jairo, meu colega de “overdose”:
E leiam seu texto sobre o ocorrido em Um deus em minha Garagem.
Douglas Adams: frases aleatórias
Como escreveu Stephen Fry no prefácio de The Salmon of Doubt, é necessário pensar bastante e por um bom tempo antes de citar exemplos aleatórios.
Nesse espírito, vez por outra citarei uma frase de Douglas Adams aqui no 42. porque.., bom, por nenhum motivo em especial.
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“Eu sempre prefiro o deslumbre do entendimento ao deslumbre da ignorância.”
D.N.A
Seu reveião nunca mais será o mesmo. Novamente.
Não sei se vocês lembram (pergunta retórica, pois como poderiam esquecer?) que eu já revolucionei a passagem de ano uma vez.
Mas isso não me impedirá de revolucionar novamente.
Ano passado eu descobri que minha festa de começo de ano poderia ficar bem melhor com uma tartaruguinha de arame de espumante:
Desta vez, meu alvo será uma cadeirinha (a foto não é minha pois ainda não tive oportunidade):
Tudo dando certo, atualizo esta entrada com fotos próprias.
Porém, só em fevereiro. Amanhã eu entro de férias da minha vida por 30 dias. Se alguém precisar de mim, me procure no mato mais próximo.
Mas por favor, não me procurem.
Divirtam-se em suas festas e voltem de táxi para casa.
Designar um motorista da rodada hoje é sacanagem.
E do poeminha do ano passado, lembram?
Pois bem, resolvi me esforçar um pouquinho e trazer um novo para 2011.
Aos meus leitores,
Que seus desejos se tornem realidade
Frutos de esforço e trabalho de verdade,
Que o convívio com pessoas detestáveis
Seja reduzido a níveis aceitáveis,
Que dinheiro suficiente venha lhes encontrar
Porém não mais que o necessário, para não estragar,
E que todos vocês sejam bastante felizes
Sabendo que são nada mais que eternos aprendizes.
Festa! \o/