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Pedalando até o Horto Florestal de Campos do Jordão

Fiquei tão viciada em andar de bicicleta que descartei a possibilidade de passar minha folga do trabalho longe dela. Fiz duas viagens – e trouxe de ambas vários aprendizados para compartilhar neste blog, aguarde. Na primeira, fui para Campos do Jordão bregamente intitulada “Suíça Brasileira” e marketing que, aliás, acaba desmerecendo a belezinha de município. Lindinho, não pela sua arquitetura inspirada “nas Europas”, mas porque está inserido no meio da Serra da Mantiqueira. As paisagens são inspiradoras.

Apesar dos morros que encontramos na cidade e no entorno dela – como era de se esperar de uma Serra -, o lugar é fantástico para quem gosta de pedalar. Possui uma ciclovia plana, uma pequena estrutura – melhor do que o quase nada de São Paulo – para estacionar a bicicleta em frente aos estabelecimentos, ruas calmas no verão, estradinhas de terra e muito ciclista. Vou abordar tudo isso nos posts que veem por aí. Bom, além disso, li que um dos passeios imperdíveis para quem está começando a pedalar era andar de bicicleta no Horto Florestal do município. E aí fui eu.

 

A curiosa teve a belíssima ideia de ir de bicicleta até o Horto. Antes de ir, perguntei para um morador como era o caminho: “Tranquilo, uma reta plana”. Para quem está de carro, né? A avenida – parece rodovia, mas não é – até o parque possui uma leve subida, imperceptível. Como ainda sou café-com-leite na pedalada, penei nos dez quilômetros. Afinal, ainda havia mais trilhas no Horto. Escolhi a trilha da Cachoeira da Galharada – ao final chega-se a ela com direito a estacionamento para bicicletas (foto) – e uma trilha especialmente para bicicletas. As outras são mais indicadas para caminhada.

 

O Horto Florestal vale o passeio: bem cuidado, sinalizado e com atividades para todas as idades. Ele está localizado entre Minas Gerais e São Paulo, se intitulando a maior extensão contígua de pinheiros brasileiros no Sudeste distribuído em vales e morros com altitudes que variam de 1030 a 2007 metros. Agora, se você levar a bicicleta até Campos do Jordão vá pedalando para o parque. O caminho se revelou uma atração à parte. Saiba mais no vídeo acima!

Feliz 2012!

Este é o primeiro post de dois mil e doze. Para começar o ano no Xis-xis escolho a foto da Pedra do Baú, formação rochosa localizada em São Bento do Sapucaí (SP), como ritual de passagem do blog. Depois de cerca de 15 anos, retornei a um dos meus lugares preferidos perto da famosa Campos do Jordão em um dos últimos dias de 2011 – quando fotografei a bela paisagem. Além da panorâmica, gosto de ambientes altos onde vejo como somos pequenos neste mundinho afora (solo, Terra, universo). É lá, na ponta do despenhadeiro, que respiro profundamente a força da natureza na qual estamos inseridos – um belo, e que belo, clichê.

Sem deixar a pieguice de lado, desejo para você em 2012 o mesmo que para mim: a cada dia tentar ser uma pessoa melhor. Se estresse menos com qualquer problema que apareça, seja consciente de seus atos para escolher os melhores e curta cada momento a sós, com sua família, com seus amigos ou com seu namorado. Tudo isso sem pressa. Aproveite este ano bissexto, a sexta-feira 13 que está por vir e o dia 21 de dezembro. Carpe diem. 

Com a cabeça nas nuvens

Adivinhe onde tirei esta foto? Na varanda da minha casa (suspiro). Aliás, a primeira coisa que faço ao chegar no apartamento é abrir a cortina – faça chuva ou sol, seja dia ou noite. Tenho necessidade desse respiro profundo: admirar a Serra da Cantareira, observar a mudança de tempo e do clima, ver a vida. Sinto que a maioria dos moradores de grandes centros urbanos, ou seja, mais da metade da população do país, perde essa relação com a natureza por vontade própria ou sem querer.

Por exemplo… Há alguns anos, seguia pelas estradas no interior do Mato Grosso do Sul rumo ao ocidente. Meu destino final era a cidade de Bonito. Lembro direitinho daquela paisagem como se fosse ontem: plantação rasteira de soja em ambos os lados, rodovia de mão dupla quase sem curvas que parecia infinita e, elevando os olhos um pouco acima do horizonte, o céu azul claro com nuvens salpicadas. Este era um espaço amplo, livre da interferência de extensas e unidas construções.

 

Minha tia compartilhou os seus pensamentos: “Nossa! Há quanto tempo não vejo um céu assim, infinito?” Ela – e todos nós naquele carro – ficou admirada. Mesmo morando no Rio de Janeiro, cidade que tem um lado (o do mar) com o horizonte de certa maneira livre, naquele momento sentiu e percebeu que falta o céu nos faz.

 

Eu vou perder a vista observável a partir da minha varanda – é verdade que ganharei outras condições como um parque e mais movimento de pessoas no espaço público. Por enquanto, sigo admirando o máximo possível os tons de azul que mudam a cada dia, as nuvens, as montanhas, a chuva, o sol, o clima, o tempo. É importante ter o pé no chão, mas jamais quero perder o meu céu.

Para onde vão os pássaros?

Pareço criança. Aliás,  meus pais sofriam enquanto passava pela fase do “mas por que”… No último feriado, estava em um dos meus locais preferidos do Rio de Janeiro. Ah, o Arpoador… A missão era ver o por-do-sol. Enquanto me esforçava (estava nublado), uma outra coisa chamou a atenção: os pássaros.

Era uma revoada em um fim de tarde, claro. Um bando de ave voltando rumo ao horizonte do alto mar. Fiquei intrigada. Aquela ação trouxe à minha cabeça relações de aves e ilhas que já presenciei. Por sorte, ao meu lado estava Mauro Rebelo, escrevinhador do “Você que é biólogo” e um dos meus guias do Rio de Janeiro. Lancei a dúvida para ele: “Sabe por que os pássaros estão indo embora?”

 

A resposta, caro leitor, era óbvia. O rush no céu se dava na volta para casa. Essas aves dormem nas ilhas, onde também constroem seus ninhos. Já vi isso em outro lugar, acho que em Fernando de Noronha. Lá, as fragatas, também conhecidas por “piratas”, atacam os atobás na volta ao ninho (feito nas ilhas) para roubar a pesca do dia – leia uma matéria bacana aqui.

 

Em seguida, veio outra questão que guardei para mim e agora divido com você. Será que, antes da ocupação desenfreada da Baía de Guanabara, alguns desses pássaros não “moravam” no continente?

 

Clique acima para ver a volta dos pássaros – apesar de não parecer, havia um monte de ave no céu. A gravação foi feita no Aterro do Flamengo e não no Arpoador. Afinal, quem viu meu vídeo sobre os tucanos de São Paulo – aqui – deve ter reparado que filmar aves não é o meu forte.

Pensou em subir o morro do bondinho a pé?

Este post é para quem gosta de apreciar mar, montanha, pássaros, flores, espécies em extinção, tudo junto e misturado. A Pista Cláudio Coutinho, mais conhecida como Trilha da Urca, é um dos meus pontos preferidos no Rio de Janeiro – outros são o Arpoador, Museu da Chácara do Céu, Parque das Ruínas, Aterro do Flamengo, Prainha, Grumari, Lagoa, afe, lista extensa. A trilha une prática de esportes ao ar livre, caminhada ou corrida, com a contemplação de paisagens de tirar o fôlego. O melhor: tudo com a segurança de um terreno do exército.

Seus 2.500 metros podem ser feitos a pé por pessoas de todas as idades, pois o caminho ligeiramente íngreme possui chão de asfalto. Durante o agradabilíssimo passeio, é possível ver pau-brasil recém-plantado e espécies em extinção como, por exemplo, orquídea-da-gávea, bromélia-da-urca, velózia-branca e roxa. Entre os pássaros, podem ser avistados: tiê-sangue, gavião-carijó, saí-azul, sanhaços e tesourão. Claro que os saguis também dão pinta por lá – veja o vídeo com mais informações clicando na primeira imagem deste post.

 

Agora, a cereja do bolo é a trilha que dá acesso ao topo do Morro da Urca, onde fica a primeira parada do bondinho. Sim, é possível subir os cerca de 220 metros do Morro da Urca com seus próprios pés! O caminho que dá acesso ao topo está sinalizado à esquerda nos primeiros metros da Pista – fique atento. Alguns degraus de madeira improvisados são o começo da árdua subida. Prepare-se.

O caminho exige do corpinho – em alguns trechos, usei até as mãos para me equilibrar devido à inclinação… Para piorar ou aumentar a adrenalina, quando fui tinha acabado de chuviscar. A terra estava molhada e escorregadia. Como o clima entre as árvores é sempre úmido, talvez essa seja uma condição constante do solo.

Durante a subida, estava ansiosa para ver a paisagem. O que não foi possível porque a mata fechada impedia, inclusive, a entrada dos raios solares. De certa maneira, não poder apreciar a Baía de Guanabara aumentou ainda mais a ansiedade, a inquietação, a euforia. O que viria à frente?

Apenas ao chegar quase no topo da trilha é possível avistar parte da Praia de Botafogo (foto ao lado) – o outro lado do Morro, já que o acesso à Pista se dá pelo cantinho da Praia Vermelha, no bairro da Urca (foto à esquerda). Bom, seguindo trilha adentro alguns metros para a esquerda… Tcha-nan! Um portão é a dica de que chegou a primeira parada do bondinho! Cerca de uma hora e pouco de subida, você está na primeira parada do bondinho! Do bondinho!

É emocionante atingir o topo com seu próprio esforço. Lá em cima, a tão almejada vista é de tirar o fôlego – se é que sobrou algum. Vale cada gota de suor. Suspiro.

Obs.: Quem preferir, pode fazer o caminho inverso. Descer o Morro da Urca pela trilha. Ou subir e descer. No meu caso, voltei usando o bondinho como meio de transporte – você pode comprar a passagem só de descida lá em cima, mesmo. Há mais de 15 anos não passeava nele…

Baía de Guanabara contra águas e morros?

Este é um post no estilo: você sabia? Ao menos 15% da Baía de Guanabara, aquela coisa linda circundada por cidades como Rio de Janeiro e Niterói, foi aterrada desde a “descoberta” do Brasil. Uma famosa obra do tipo é o aterro onde está inserido o Parque do Flamengo – delicioso ficar pasmando nele admirando o Pão-de-Açúcar. Bom, apesar de sua beleza, qual o limite para tal ocupação? Há muitas “estórias” para refletirmos sobre as alterações feitas por nós na paisagem.

 

Segundo um pessoal da Fiocruz, localizada no bairro de Manguinhos, antigamente o mar chegava até a avenida Brasil (veja no mapa), umas das vias expressas mais importantes de entrada da Cidade Maravilhosa e que possui a péssima fama de ser perigosa devido aos tiroteios. Também já ouvi e li rumores de que praias como a do Botafogo e Copacabana sofreram com a interferência humana.

 

Talvez a história mais triste sobre aterros na Baía de Guanabara diz respeito ao Aeroporto Santos-Dumont. Existe um bairro, no centro do Rio, chamado Castelo que ainda hoje é conhecido por alguns como “Morro do Castelo”. O local era histórico. De acordo com notícias publicadas em jornais, foi nesse morro que os portugueses, em 1500 e bolinhas, se abrigaram após expulsarem os franceses da cidade (aliás, dizem que o “r” carioca é pronunciado puxado devido ao sotaque francês). Então, foi ali que a cidade se estabeleceu.

 

Assim, vários edifícios históricos foram construídos desde a época dos jesuítas e se mantiveram de pé até o começo de 1900 – entre eles, uma fortaleza que inspirou o nome dado ao morro. Até que, nos anos de 1920, o morro foi ladeira abaixo. Sob o pretexto de melhorar a circulação de ar na cidade para as comemorações do 1º Centenário da Independência do Brasil, o prefeito Carlos Sampaio mandou demolir o local.

 

Aquele montão de terra tirada de lá foi usado, entre outros, para aterrar a área do Aeroporto Santos-Dumont. E, assim, a história literalmente se encontrou demolida. Prédios históricos, acidente geográfico natural, residências, lembranças… ao chão – ou no fundo do mar. Valeu a pena? Como disse meu marido, “parece que as pessoas tentam insistentemente deixar o Rio de Janeiro feio, mas mesmo assim não conseguem”. Tomara.

 

Saguis: bonitinhos, mas ordinários

Quem passeou de bondinho no Rio de Janeiro, pelo Pão-de-Açúcar, já deve ter visto aqueles macaquinhos engraçadinhos que ficam nos encarando com cara de pidão: os saguis. Eles encantam pela fisionomia e pelo jeito, porém causam um problemão por serem quando são uma espécie invasora no estado do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Esses saguis são originários da Mata Atlântica (não do Sudeste), mas de uma parte do bioma do Nordeste – leia mais sobre os saguis. Aqui, no Sudeste, eles foram introduzidos pelo homem. As más línguas dizem que as pessoas compravam os saguis como bicho de estimação. Porém, como o macaquinho é inquieto, acabavam abandonando em matas da cidade.

 

Não vou nem falar sobre a prática de ter em casa um bicho de estimação sem permissão legal e, tão péssimo quanto, largá-lo depois. Há um outro problema. Os saguis souberam se virar por aqui. Eles se alimentam de frutas, de insetos e de ovos de passarinho.

 

Há alguns anos, quando estive no Parque Estadual da Ilha Anchieta, em Ubatuba (litoral norte de São Paulo), um responsável pelo local me contou que os saguis estavam causando um desequilíbrio no ecossistema da ilha. Os saguis, por se alimentarem de ovos, diminuem a população de pássaros nativos que não conseguem defender sua cria. E agora, José?

 

Curiosidade: lá no Morro da Urca, vi um sagui passando seu filhotinho lindo para outro sagui. Achei estranho devido à nossa proximidade (humanos) deles e porque sempre, em documentários, vi a mãe macaca carregar o bichinho – clique na imagem ao lado para ver o filhotinho. A Maria Guimarães, do Ciência e Ideias, me contou que o macho sagui ajuda a fêmea a carregar o filhote. Afinal, levar um bebê pesadinho o dia todo junto ao corpo cansa.
Correções: Leia os comentários abaixo feitos pelo veterinário especializado em animais silvestres e fotógrafo Samuel Betkowski. “Existem SIM espécies de saguis originárias da região sudeste do Brasil. (…) Não existe problema nenhum nisso. Ainda, algumas espécies nativas do sudeste estão ameaçadas de extinção como é o caso do Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)”, explica.

Olhe o “matinho” da praia aí, gente

Que bacana! Lembra-se do jundu – clique aqui e ali? Trata-se de uma vegetação costeira em risco de extinção. Desde criança – vou ao Rio de Janeiro, praticamente, todos os anos -, achava fantástico o “matinho de praia” que tomava parte da areia, às vezes avançando sobre o calçadão, no Leblon. Ainda mais quando estava sobre umas minúsculas dunas. Dava um ar mais selvagem à praia, mais natural. Nunca entendi porque apenas lá um pouco dessa vegetação estava preservada…

Por sorte, parece que alguém anda pensando da mesma maneira que eu. Agora, os jundus do Leblon e de Ipanema foram cercados para ninguém pisar neles! O cercadinho sempre está acompanhado de uma placa: “Área de proteção ambiental da orla marítima. Lei municipal 1.272/88. Recomposição da vegetação de restinga fixadora de dunas. Ajude a conservar esta praia mantendo limpo este local”. É o mínimo que deveria ser feito para recompor esse ecossistema completamente devastado da Mata Atlântica.

 

Inspire-se nessa imagem.

Protegendo as tartarugas no Caribe

Este, enfim, é o último post sobre meu olhar relacionado ao meio ambiente na viagem que fiz este ano ao Caribe. Daqui em diante, mergulharemos nas maravilhas do Rio de Janeiro! Bom, o arquipélago venezuelano Los Roques também tem um projeto para preservar as tartarugas marinhas: a Fundación Científica Los Roques. Como em diversos lugares do mundo, lá no Caribe o número de tartarugas diminuiu consideravelmente nos últimos anos por vários motivos, entre eles a pesca.

Na Ilha de Dos Mosquises, há o que eles chamam de “estação marinha” – que tem a parte de tanques aberta para a visitação. Ela é composta por instalações voltadas ao estudo do ecossistema local e diversos tanques repletos de tartarugas coletadas após o nascimento – veja o vídeo. No local, eles mantém as tartaruguinhas protegidas dos predadores, inclusive do homem, por cerca de dez meses até elas atingirem um tamanho e mobilidade maior. Depois, são soltas na areia para caminharem ao mar e seguirem o seu destino.

 

Das sete espécies de tartarugas marinhas que existem no mundo, cinco vivem na Venezuela e quatro em Los Roques – mais detalhes leia aqui, em espanhol. Segundo o biólogo Carlos (foto), as tartarugas logo ao nascerem passam muito tempo boiando quietinhas na água.

Esse comportamento somado ao seu tamanho – menor que a palma da mão quando nascem – oferece muito risco a esses animaizinhos. Tanto que, nos tanques, a gente vê as tartaruguinhas lindinhas boiando, boiando e apenas parando para comer.

 

Para incentivar os turistas a preservarem Los Roques – e a conhecer o trabalho da fundação -, eles foram bem espertos. Todos os barcos que vão para Cayo de Agua, ilha que possui uma das praias mais lindas do mundo, param em Dos Mosquises na volta. Nesta ilha, os visitantes têm uma palestra sobre a preservação marinha, sobre o ecossistema do local e conhecem o trabalho da instituição.

Após a rápida palestra, de cerca de 15 minutos, você tem certeza de que não deve correr como um doido direto para a água azul-calcinha, por mais que o desejo seja muito forte. Nunca se sabe o que te espera naquela areia fininha abaixo do mar. Na ocasião em que estive lá, por exemplo, conheci o famoso peixe-pedra exposto em um tanque – ele foi coletado em frente à fundação. O animal simpático vive em lugares com pouca profundidade e, como diz seu nome, parece uma pedra. Aí, sem perceber, você entra na água e pisa no bicho. No dorso, ele possui um espinho que – dizem – dói muito quando perfura nossa pele.

 

Bom, o investimento que a fundação recebe é bem menor se comparado ao Projeto Tamar que grandes empresas patrocinam… Independente das condições, o bacana é ver que os biólogos se esforçam para preservar esses animais e o ambiente marinho. Essa percepção faz com que todos saiam satisfeitos da “aula” e, espero, mais conscientes.

 

Obs.: A Fundación Científica Los Roques tem um blog bem bacana com muitas fotos e vídeos relacionados aos trabalhos deles – entre aqui.

Presente de um beija-flor

Óunnn! Contei por aqui que coloquei a flor brinco-de-princesa na varanda da minha casa para alimentar os beija-flores da cidade, lembra-se – clique aqui? Deu certo! Ah, que gracinha! Eu vi beija-flores por aqui umas quatro vezes – inclusive enfrentando as chuvonas de agora! Porém, eles são muito rápidos. Ainda não consegui tirar uma foto para postar aqui no blog.


Segundo o marido, eles veem na varanda pela manhã, cerca de 9h, e na hora do almoço, 13h. Ele já viu várias vezes. Quando os observei, foi lá pelas 17h. Estou encantada. Depois de visitar minha varanda, que fica no oitavo andar, ele vai até o 15º – fôlego – do prédio da frente! O vizinho colocou aqueles bebedouros de beija-flor. Depois, o bichinho segue seu rumo descendo rápido.

 

Eles são ariscos. Já vieram no brinco-de-princesa com gente na varanda. Mas, geralmente, apenas quando estamos de costas para a flor. Caso contrário, se estou de frente para a planta – como ontem – ele descansa no parapeito da varanda do prédio vizinho, dá uma piada – o canto deles é bem diferente de outros passarinhos como o sabiá – e voa para outro lugar.

 

Já as maritacas ainda não vieram… Ouço todo dia elas gritando do outro lado da rua e, até agora, nada. Vou colocar mamão para ver se dá certo e mudar o comedouro de lugar. Disseram que beija-flores são bravos, talvez estejam espantando as maritacas. Sei não, vamos ver.

 

A única coisa triste desta história toda são as pragas de plantas: os pulgões contra-atacaram. Maledetos. Novamente, eles estão sugando a roseira. E uma espécie de mosquinha branca encheu a brinco-de-princesa de berebinhas. Mesmo assim, ambas estão florindo. A brinco-de-princesa segue com flores, enquanto a roseira abriu dois dos botões – rosas estampadas neste post.

 

Mesmo com medo de, por tabela, fazer mal aos beija-flores e insetos gracinhas como borboletas, pulverizei inseticida na varanda toda – o óleo de Neem, inseticida natural, não deu conta. Tomara que salve minhas filhinhas. Enquanto isso, boa semana primaveril!