Ressaca de abstinência
Mais uma de auto-análise.
Sexta-feira foi feriado aqui em Natal, logo, quinta-feira virou sexta e sexta-feira virou sábado.
Sai com os meus amigos, como de costume, mas não bebi álcool, apenas águas adoçadas, gaseificadas e coloridas artificialmente.
Porém essa falta de etanol afetando os disparos de sinapses cerebrais não impediu que eu me embriagasse.
O que geralmente acontece é estarmos todos juntos, bebendo e ficando bêbados no mesmo ritmo.
Normalmente eu presto atenção ao meu estado de cognição e reflexos, notando a medida em que vou me embriagando e anotando mentalmente o que está acontecendo.
Nesse fim-de-semana prolongado eu não bebi, no entanto, a medida em que eu percebia o comportamento familiar dos meus amigos atravessando a zona de transição etílica (onde sorrisos exigem o fechamento dos olhos e palavras com mais de três sílabas são pronunciadas com o respeito de como se fossem sagradas), eu também sai da praia da sobriedade para a piscina-natural (água até o joelho, ainda sem ondas) da ebriedade.
Depois de alguns minutos, meu cérebro ligou o automático e passou a registrar minhas mudanças, como faz sempre que bebo (Pavlov teria orgulho de mim!), até me avisar e fazer com que eu percebesse que ainda não havia ingerido gota sequer de álcool.
Momento esse que desintegrou toda a ilusão e voltei ao estado original de sóbrio e alerta.
O que não durou muito tempo. Assim que minha atenção foi desviada, estava novamente bêbado.
E assim fiquei por duas noites, me embebedando com o comportamento alheio.
Durante um desses eventos, eu comentei o que estava acontecendo e TODOS disseram já ter passado por essa alteração-de-consciência-induzida-por-colegas.
Isso tem sido (ainda não voltei a beber) uma experiência comportamental interessante. Preciso tomar mais notas.
Buscas abrangentes
O google é uma ferramenta fabulosa, principalmente por levar em conta a aleatoriedade das pessoas.
Eu acho isso muito massa!
Off-topic: sinceras desculpas
Queria manter este espaço exclusivo para divulgação científica (deixando o resto das minhas coisas ali), mas não consigo deixar essa passar:
Gostaria de dizer à pessoa que aqui chegou procurando por “crítico em forma de poesia que tenha a palavra arco-iris é azul” que sinto muito não poder ajudar…
=¦¤/
Resenha – Felicidade: Os Mandamentos Para Chegar Lá
Recebi esse livro (que acompanha um CD) quarta-feira passada e comecei a lê-lo com a intenção de escrever a resenha no fim de semana, o que obviamente não aconteceu.
O motivo foi o seguinte: eu estava lendo com um caderno de anotações do meu lado, o que propiciava que eu escrevesse uma refutação de cada linha que lia. Ou seja, eu estava escrevendo mais do que lendo.
Por não conseguir chegar sequer a metade do volume, resolvi mudar minha abordagem e deixei o caderninho de lado.
Mas não tem jeito, é uma obra de “auto-ajuda” escrito por Lair Ribeiro (esse mesmo autor escreveu um com o título Como Passar no Vestibular, cheio de dicas como “leve um chocolate e uma garrafinha d’água para a prova” enquanto omitia o melhor conselho de todos: estude a matéria).
Eu tenho problemas com isso desde a concepção: quem lê um livro de auto-ajuda escrito por outrem está recebendo AJUDA, pura e simples, nada de AUTO ajuda. É como ir num restaurante auto-serviço (self-service) onde alguém faz seu prato sem lhe perguntar o que você quer comer. Ou alguém fazendo ginástica por você.
Eu e minha mãe concordamos que o livro é uma “babaquice” (palavra dela que eu achei adequada), mas por razões diferentes: ela acha que ele é uma “coleção de idéias óbvias” enquanto eu o vejo como uma miríade de falácias e erros deliberados de interpretação de causa e efeito (minha mãe é uma diplomata, eu sou um chato).
Alguns itens dessa coleção incluem visões grosseiras e simplísticas de evolução e interação humana, definições errôneas de fisiologia e medicina em geral e promove uma psicologia “solução mágica”, que pode curar tudo com a mesma resposta.
Eu tenho o dever cívico de não recomendar a leitura para pessoa alguma, pois para alguém esclarecido seria um tremendo aborrecimento e perda de tempo e para alguém que precise de ajuda seria um desperdício de energia, dinheiro e tempo que não adicionaria coisa alguma ao seu estado inicial de necessidade.
Meu maior problema com o volume é o uso freqüente de metafísica e linguagem pseudocientífica, que parece dar validade às besteiras descritas.
Frases como “leis universais que regem todos os indivíduos” (leis realmente universais regem tudo, não só pessoas) dão a entender, e depois são confirmadas explicitamente mais adiante, que todas as pessoas (nunca animais, plantas ou rochas) são governadas por regras fixas e imutáveis que comandam suas personalidades e lhes dão suas características de caráter, fazendo com que todos sejam “iguais” potencialmente.
Algumas passagens interessantes, no entanto, são umas raras onde o autor aconselha ao leitor a não esperar que as oportunidades caiam do céu, que se vá atrás do que se quer, “se mexa e trabalhe por aquilo que deseja”.
Uma pessoa que realmente tire proveito do livro não precisaria passar da página 23, onde lê-se algo do tipo “por que fazer amanhã se é só começar neste segundo?”. Alguém realmente determinado a mudar sua vida pode largar o livro onde está e ir rumo à mudança, sem precisar continuar a se apoiar nas muletas daquela leitura (ou a ouvir o CD que acompanha o pacote e apenas resume, sem acrescentar, tudo que nele está escrito).
Mas a principal característica que eu senti na leitura é uma contradição, como o cartaz colado num muro que diz “proibido colar cartazes neste muro”.
Um conjunto de regras para seguir que se combinam para nos dizer que seguimos regras demais e que é exatamente isso que nos prejudica.
“É proibido proibir!”
Finalmente, Felicidade está para O Segredo assim como Não Te Esquecerei (Renato e seus Blue Caps) está para California Dreamin’ (The Mamas and The Papas). Uma versão, adaptada ao brasileiro comum que ainda não ouviu falar em quantum, mas sabe o que é força superior.
OU
Alguém pode me provar errado e fazer uma resenha positiva do livro nos comentários.
Eu não consigo.
Demonstração do DVD (vendido separadamente), que coincide perfeitamente com uma parte da faixa 1 do CD:
Pela Editora Nova Fronteira.
A venda nas melhores livrarias ou pela Internet.
Internet emburrifica as pessoas?
Eu ouvi/li (primeiro ouvi num dos milhares de podcasts que escuto semanalmente, depois li os artigos) um debate interessante sobre o uso da Internet e seus efeitos.
De um lado, o autor do artigo Is google making us stupid? (O google está nos deixando burros?), Nicholas Carr, argumenta que nossa atenção (e capacidade de concentração) está diminuindo, pois estamos sendo constantemente bombardeados por links para clicar, por outras páginas abrindo, muita informação em pouco tempo e também uma facilidade enorme em obter qualquer informação num piscar de olhos (Quantas e quais línguas o rei Juan Carlos fala? Qual o maior números de pregadores de roupa que alguém colocou na cara? Qual a circunferência da Terra? E quem a mediu pela primeira vez?). Ou seja, não precisamos mais absorver fatos e dados, basta ter uma conexão com a Rede por perto e pronto, automaticamente sabemos de tudo!
No outro extremo da discussão, Jonathan Grudin, pesquisador de interação entre humanos e computadores da Microsoft, diz que a invenção dos livros foi criticada por Sócrates como sendo uma má idéia! De repente, uma tradição oral se perdeu; ninguém precisaria mais decorar centenas de milhares de versos ouvidos só uma vez nem todos dependeriam da memória alheia para obter informação.
Dali em diante bastava escrever e esperar que outrem lesse.
“Que tipo de futuro é esse? Será que gostaríamos de viver nele?”, perguntou Carr em algum momento da rusga, precipitando Grudin a proferir uma das melhores frases que ouvi recentemente: “Quem tem que gostar do futuro são as pessoas que viverão nele, não nós!”, e partiu para concluir que esse argumento foi usado (não lembro por quem) quando carros estavam começando a se tornar populares e que nenhum dos retrógrados moradores do século 18 continua vivo para continuar reclamando do futuro dos outros.
Nós gostamos e somos nós que vivemos aqui!
Minhas considerações estão depois deste pulo – clicái!
Resenha – A Cientista que Curou o Próprio Cérebro
“Todo cérebro tem sua história e esta é a do meu.”
É assim que começa A Cientista que Curou o Próprio Cérebro, que promete, mais adiante que “este não é um livro para cientistas”.
O relato de uma neurocientista que experimentou de dentro para fora a destruição do objeto de seu estudo (anatomia cerebral e a interligação entre os hemisférios) e teve que reaprender do zero, como um recém-nascido, a viver sua vida e se integrar com ela mesma.
A autora, Jill Bolte Taylor, nos diz que escreveu o livro por causa das pessoas que vieram a ela com problemas semelhantes aos que ela passou e, busca como única recompensa, alguém que reconheça em si os sintomas de um derrame e ligue para a emergência antes que seja tarde demais.
Porém, o livro não é manual técnico ou lista de afazares em situações de emergência, mas um conto, bastante pessoal, de uma tragédia consertada, um acidente devastador que foi remediado e curado.
É um livro com explicações muito didáticas (mas refinadas, não infantis) sobre o funcionamento da máquina cerebral, dadas pela autora, que é Ph.D em neuroanatomia e que conta também com descrições bastante vívidas e detalhistas.
Ela escreve com um método que eu gosto de chamar de “poesia científica”, descrevendo a situação com a emoção de uma poetisa, a percepção de uma pessoa comum e o detalhe de uma cientista especialista naquele assunto.
O volume é como uma ficção científica hard. Uma estória de fantasia recheada de detalhes técnicos e científicos reais e relevantes.
Uma narrativa que me capturou a atenção e que, a cada parágrafo, me deixava ansioso por mais.
Eu usaria o termo “envolvente”, mas como não sou crítico profissional, direi que trama é MASSA!!
Ótima do ponto de vista literário e excelente do lado científico descritivo.
Até certo ponto.
Existe um balanço delicado entre licença poética/descrição otimista e uma glorificação grosseira e exacerbada de uma condição séria; a paralisia do hemisfério esquerdo devido a um coágulo causado por um derrame.
Um subtítulo apropriado para essa obra seria “A mulher que se apaixonou pelo hemisfério direito do seu cérebro”.
Perto do fim, no entanto, a narrativa dá uma descarrilhada (que vinha sendo anunciada sutilmente, de modo ambíguo, desde o começo, mas que no finalzinho aparece de corpo inteiro) e se apóia (“desajeitadamente” é uma palavra apropriada) em energias, pensamento esperançoso, pseudociência e “coisas que a Ciência ainda não entende”.
Contudo, uma boa história é uma boa história (é uma boa história). Por mais que neurociência não seja seu prato do dia, o livro é bem escrito e bem descritivo.
Não posso dizer se essa leitura ajudaria alguém a se recuperar ou a algum familiar de uma vítima a ajudar na recuperação, pois não sou um ou outro, mas é um relato otimista e acalentador, do tipo “não se preocupe, tudo vai dar certo, aguarde e confie!”
O “humor”, ou clima, da obra como um todo, pode ser descrito como Zen (já fui estudioso dessa filosofia; pasmem!). Algo do tipo “escute o que vem de dentro, dê ouvidos ao seu ritmo, liberte o seu Eu interior”. Mas eu precisei ler até o fim para chegar a esta conclusão.
Finalmente, uma leitura fácil, sem jargões desnecessários ou desconsertantes, mas também sem simplificação exagerada.
Se encarado como “baseado em fatos reais” ou visto como “apenas uma boa estória”, é uma boa aquisição, um livro para um público adulto e curioso, que já sabe de alguma coisa mas gostaria de aprender mais.
Venda direta pela Editora Ediouro.
WWD – Andando com Dinossauros
Ano passado, enquanto na Austrália, trabalhei com uma empresa que prestava serviço de mão-de-obra para shows e tive a oportunidade de participar da montagem de Walking with Dinosaurs – The Live Experience e, melhor ainda, presenciar o espetáculo ao vivo, num ensaio antes da abertura.
Após quase trinta e duas horas direto no ar trabalhando, subi a arquibancada e me sentei o mais alto que pude, atrás do pessoal com os controladores-remotos dos dinossauros e ao lado da mesa de som e luz.
Isso é o que eu consigo lembrar:
Tudo começa com um narrador da voz impostada, num cenário cheio de árvores e flores gigantes, dizendo como a vida surgiu.
O som atmosférico é perfeito e cria uma sensação de se estar numa selva primitiva, com sons do vento penteando a folhagem gigante e de insetos estranhos e igualmente grandes.
A narração continua e surgem os primeiros dinossauros (não vou conseguir lembrar a ordem de entrada nem os tipos porque naquele momento meu cérebro não estava operando otimizadamente).
Em tamanho real, até onde eu saiba, os bichos são motorizados, como carrinhos, com um motorista dentro e são também animatrônicos, com seus movimentos musculares sutis controlados remotamente pelos controladores sentados à minha frente.
Dezenas de botões, luzesinhas e joysticks controlam os movimentos de cauda, pele, escamas, pescoço, cabeça, boca e olhos dos animais que, em conjunto com o áudio, a iluminação e o cenário mutável, conferem um realismo extraordinário ao show.
Vários dinossauros são empregados (tiranossauro, estegossauro, braquiossauro e até um pterossauro), sempre com cuidado histórico, para mostrar as diferentes eras em que viveram e como era o seu mundo (quando cada um que aparecia, o cenário se transformava, mostando a evolução não só animal como também botânica).
Eles interagem levemente com o narrador, que permanece sempre na pista, mas agindo como um observador destacado da ação, a la David Attenborough, nunca se intrometendo demais na ação.
Eu assisti ao ensaio geral, que difere da apresentação por não haver público e que serve para ajustarem os volumes e as marcações de palco. O resto é idêntico.
Um show realmente impressionante, tanto pelo tamanho e qualidade da produção quanto pela diversão.
É embasbacante ver aqueles animais, alguns quase do tamanho do ginásio (o brontossauro é incrivelmente enorme), se movendo tão elegante e fluidamente. É como estar no filme Jurassic Park, com animais de verdade!
Não sei quanto custa o ingresso, mas vale a pena ir só para sentir o que eu senti. Era como se tivesse sido inserido naquele mundo, milênios atrás.
Só faltou o cheiro. Mas talvez tenha sido melhor assim…
E a vida…
Publicado hoje, mais cedo, no meu outro não-tão-científico blogue.
Biologia é um negócio bom.
Não me refiro especificamente à matéria de colégio, César & Sezar, José Luis Soares ou àquele da capa amarela que era bem ruim e desatualizado, mas ao Estudo da Vida, propriamente dito, que acreditado ser algo que deveria ser praticado por todos, pois seria nada mais que treinar viver (e viver treinando).
Se a vida nos ensina alguma coisa, será que somos estudiosos em algum grau e, por conseguinte, biólogos?
Se sim, hoje estamos todos de parabéns!
Dia três de setembro é Dia do Biólogo.
Os profissionais (esses sim precisaram passar horas e meses lendo aqueles livros), que podem trabalhar com bichos (aquáticos, terrestres, voadores, mistos, mulas e ligers) e plantas, como também com microbiologia, são pessoas
que vivem (e dedicam suas vidas) em busca constante de coisas novas.
Eu tenho uma meta de aprender pelo menos uma coisa nova por dia, mas esse povo alopra.
Conheço alguns biólogos e todos (o que me faz concluir que isso é verdade para toda a classe) são pessoas extremamente curiosas e ativamente em busca de informação.
Graças a esse povo, nós sabemos que não descendemos de macacos (mas temos ancestrais comuns com eles), que vírus não estão vivos (pelo menos não todos e não o tempo todo) e que migrações foram responsáveis pelo formato do mundo (inventei essa última parte só para manter a tradição de dizer as coisas em três… foi mal…).
Eu mesmo nunca quis ser biólogo, só não sei dizer exatamente o porquê.
Além de ter uma área de atuação enorme, normalmente envolvem coisas que me interessam.
Acho que tenho interesses maiores por outras coisas. Deve ser isso.
De qualquer forma, parabéns aos biólogos e biólogas amigos, conhecidos e anônimos por aí!
Aproveitem o resto da quarta-feira!
Dica do Fafá, apenas um dos muitos biólogos que dividem as salas dos Lablogatórios aqui perto.
Aliás, biologia lá dá no meio da canela! Se alguém rebolar uma pedra lá dentro é capaz de acertar um biólogo no meio do quengo!
Toddy Light
Hoje eu acordei com vontade de roubar re-publicar algo dos outros (novamente).
Visitando o blogue “nutricional” da Francine Lima, achei uma entrada ótima!
Light uma ova?
Começa com uma carta de uma consumidora esperta sobre a diferença calórica entre achocolatados, um tradicional e outro light.
Toda tabela nutricional traz o teor de nutrientes e calorias em uma determinada porção. Numa bebida, pode ser de 200 ml. No caso do achololatado versão Original, a porção de referência é de 20 gramas, ou duas colheres de sopa. Para uma comparação honesta, dois produtos semelhantes devem usar tabelas nutricionais que se baseiem numa mesma porção. Mas a Pepsico, grupo multinacional ao qual pertence a marca Toddy, preferiu fazer diferente. Colocou no rótulo do Toddy Light uma tabela baseada na porção de 10 gramas, a metade da usada na versão original. O consumidor desavisado (não é o caso da leitora em questão) vê lá: 37 calorias no Light contra 80 calorias no Original. E pensa: ‘nossa, o Light é muuuuito menos calórico!’ Mas pense assim: se o cidadão colocar uma só colher de Toddy Original no seu leite, em vez de duas, terá 10 gramas de achocolatado e 40 calorias adicionadas ao do leite. Se colocar a mesmíssima quantidade de Toddy Light no mesmíssimo leite, terá 37 calorias. Só três calorias a menos. Três! Ou seja, os dois produtos são praticamente iguais em termos de teor calórico!
Depois a empresa tenta se justificar usando matemágica:
De acordo com a Portaria 27/ 1998, para considerar um produto como “com reduzido valor energético”, 100ml do produto pronto para o consumo deve apresentar diferença maior que 20 kcal/100ml e redução mínima de 25% do valor energético total. Se o valor energético de 200ml de Toddy Tradicional preparado com leite desnatado é 148 kcal, em 100ml temos 74 kcal. No Toddy Light, o valor energético de um copo de 200ml de leite com o achocolatado é de 106 kcal, então em 100ml é 53kcal. Assim, temos:
Redução calórica em valor: 21 kcal/100ml (74kcal – 53kcal)
Redução calórica em porcentagem: 28 % [100 – (53*100 ÷ 74)]
Visitem o blogue da menina, não só por recomendação minha (muito bom, eu recomendo! =¦¤þ), mas também porque é realmente interessante o ponto de vista dela (e a pontuação e a gramática e a concordância).
Passeio radical
Enquanto procurava umas fotos para usar num novo projeto do qual faço parte (com o objetivo de dispersar ciências), achei isso aqui:
Uma montanha-russa na qual os carrinhos são pedalados como bicicletas!!
Loucura assim só podia ser japonesa!
Certo?
Nem tanto.
A página onde achei isso é esta aqui.
A fonte do autor é uma tradução eletrônica automática de uma página em japonês.
Mas e as fotos?
O que mais me intrigou aí foi a primeira foto, onde aparece uma criança pedalando e um carrinho com uma só pessoa, ambos muito juntos.
E se a pessoa do carrinho de trás pedalar mais rápido? Durante uma descida, haveria uma colisão.
Japoneses podem ser doidos, mas lá também se pratica a arte do Processo Legal.
Decidi investigar e nem precisei de tanto tempo, graças aos links multilíngües do youtube achei um vídeo cobrindo boa parte do passeio:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=e8MjDE0-C9k]
O passeio, que parece ser divertido mesmo, é legítimo, bem como as fotos.
O problema foi a tradução e os ângulos (e a preguiça do primeiro autor), que fazem parecer que todos aqueles trilhos fazem parte do mesmo percurso, quando na verdade o passeio nos carrinhos pedalados é numa superfície plana e todas aquelas descidas e loops fazem parte do caminho de uma montanha-russa de verdade, com segurança, espaço entre os carros e tudo mais, completamente separado do primeiro.
O nome do negócio é skycycle, caso alguém queira mais informações, porque para mim já basta o que aprendi hoje.
Eu faria o passeio, a vista é bonita.
Se algum de vocês descobrir onde fica (tenho nem certeza se é no Japão mesmo), me avise.
=¦¤þ
p.s. não é que eu duvide de tudo, eu apenas desconfio das coisas…