Sacolas reutilizáveis do Rastro de Carbono na Campus Party!

Incomodada com o uso de sacolas plásticas em supermercados e comércio em geral, pesquisei e descobri uma cooperativa de mulheres no Campo Limpo que produz sacolas de ráfia a partir de materiais que são normalmente considerados lixo.
As sacolas têm a tarefa socio-economico-ambiental tripla:
1) Reduz o lixo – já que a ráfia vira sacolas
2) Ajuda financeiramente a cooperativa de mulheres de Campo Limpo
3) Estimula o não-uso de sacolas plásticas
Adquira já a sua e leve esta idéia para além do Campus Party!
Qualquer um pode conseguir sua sacola por apenas R$6,00. É só entrar em contato comigo!

A primeira impressão é a que fica?

Ainda bem que eu nunca acreditei nesta máxima… Cheguei ao Campus Party no meio da tarde, com um sol de rachar que fazia em Sampa. Todo mundo na fila esperando pacientemente e com muita vontade de um copo com água. Até que finalmente liberaram a água pro pessoal e, obviamente, disponibilizaram copos plásticos. Muito lixo depois – porque foram algumas horas depois -, já estava com o coração na mão, uma vez que a lata de lixo não demostrava nenhum potencial de destinação para reciclagem.
Peguei meu crachá – o pessoal do cadastramento estava bem desorganizado, muitas pessoas estavam com erro de cadastro – e fui pegar um material disponibilizado pelos patrocinadores. Fiquei mais feliz ao encontrar junto as propagandas, uma garrafinha de água, também com propaganda, mas que espero faça reduzir o consumo dos famigerados copos plásticos.
Por toda a parte do evento, muitas lixeiras das seis cores principais para coleta seletiva de lixo (metal, plástico, papel, vidro, não recicláveis e orgânicos). Não tem desculpas do pessoal não jogar o lixo no lugar certo!
Ponto pra organização! Mas espero que os copos plásticos lá de fora também sejam destinados a reciclagem.
Saiba mais sobre a coleta seletiva no Campus Party aqui.

Divulgando ciência

O meu primeiro e último post desta semana de fora do Campus Party é sobre divulgação científica. E não é para menos, uma vez que é o que eu espero fazer em sete dias de pura adrenalina, networking, aprendizado, desconferência, blogaguem e conversas.
O boletim Agência FAPESP de hoje vêm falar do óbvio: SEM DIVULGAÇÃO NÃO HÁ PARTICIPAÇÃO leia a matéria completa aqui.
Sempre me foi bastante claro que o interesse do público pela ciência dos cientistas só vem à tona se bem lapidado por um profissional especializado em divulgar ciência. Trazer o biologuês, o fisiquês e o quimiquês para o entendimento geral da população é tarefa bem mais árdua do que se imagina. É através da divulgação científica de qualidade, traduzida, mas não simplificada, que se pode aumentar a confiança e o nível de entendimento da população nas publicações relacionadas com ciência e tecnologia.
Em 30 de novembro do ano passado, o Jornal da Ciência, publicação da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), trouxe um dado que, para mim, além de alarmante é triste. Numa comparação da qualidade de ensino entre 57 países, o Brasil ocupa o 52º lugar. O desempenho médio dos estudantes brasileiros de 15 anos mediu o aprendizado em ciências. E, ao que parece, infelizmente essa posição não melhora quando se avalia o desempenho em outras disciplinas, como matemática e leitura. Leia o texto na íntegra aqui.
Vou para a Campus Party com o objetivo claro de tentar traduzir, pelo menos na área a que me proponho, todas as discussões, novidades e palestras que me for possível acompanhar. Serão, como já disse, 7 dias de aprendizado. Estou super confiante e feliz de poder participar desta festa.
Nos vemos do Ibirapuera!

Vegetais da Época – FEVEREIRO

Uma das maneiras de se emitir menos carbono equivalente, considerando seu consumo pessoal, é optar pelas frutas e verduras da época (e nem vou entrar no consumo de vegetais produzidos organicamente).
Além de mais saborosas, com mais vitaminas e sais e mais baratas, as frutas e verduras da época não necessitam de muitos fertilizantes, agrotóxicos, energia para manutenção de estufas (quando necessário), água, etc.
Fique de olho para os vegetais de Fevereiro!
Fevereiro é o mês forte das alfaces, couve-rabana, repolho, moyashi, abóbora seca, moranga, berinjela, giló, milho-verde, pepino-aodai, pimentão, quiabo, vagem, beterraba e gengibre.
Para as frutas, é mês das ameixas, pinhas, bananas (caturra, prata, maça e da terra), goiabas, jacas, maracujás, melancias, pêras, pêssegos, uva comum e niagara, tangerina morcot e cravo, limões e nectarinas.
Lembrando-se de dar preferência aos vegetais produzidos localmente, assim se diminui também as emissões pessoais no quesito transporte dos alimentos!
+ Saiba mais:
CEASA Campinas

Rastro de Carbono se veste para o Campus Party

O Rastro de Carbono tinha que se preparar para a grande festa que será o Campus Party e para isso, arranjou roupas novas.
Gostou?
Gostava mais do antigo?
Que tal o logo?
Tem alguma sugestão?

Aquecimento Global vira Samba!

O Carnaval, uma das festas mais populares no Brasil, trouxe o planeta Terra, a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, a reciclagem e o Aquecimento Global como temas centrais de duas Escolas de Samba de São Paulo, a X-9 Paulistana e a Imperador do Ipiranga.
Mando os vídeos que eu achei com as letras das canções. Divirtam-se!!!
Samba Enredo da X-9 Paulistana, 2008 – O Povo da Terra Está Abusando. O Aquecimento Global Vem Aí… A Vida Boa Sustentável Pede Passagem

Samba Enredo da Imperador do Ipiranga, 2008 – A salvação do planeta é o bicho

Rastro de Carbono no Campus Party

Esta blogueira que vos fala tem o orgulho e a satisfação de dizer que, entre os dias 11 e 17 de fevereiro estará blogando diretamente do Campus Party, no Ibirapuera.
O evento reunirá geeks, nerds, especialistas em tecnologia, blogueiros, jornalistas, e a mais vasta diversidade de pessoas interessadas em compartilhar conteúdo, divulgação participativa, novas tecnologias e, sustentabilidade do planeta.
O convite de reunir blogueiros preocupados com sustentabilidade, desenvolvimento de tecnologias limpas e renováveis, aquecimento global, divulgação de ciências e outros temas relacionados partiu do Planeta Sustentável, ao qual devo meus sinceros agradecimentos. Obrigada!
Eu poderei ser encontrada principalmente no Campus Verde e no BarCamp, mas estarei rodando o Campus Party todo, em busca de novidades para postar para vocês. E como a idéia toda é de desconferência e divulgação participativa, vou lançar a primeira enquete do Rastro de Carbono:

  • O que você gostaria que os blogueiros reunidos discutissem sobre sustentabilidade?

 

  • O que você espera de novidades em tecnológicas limpas?

 

  • Quer que eu procure alguma informação particular?

As respostas da enquete podem ser respondidas aqui ou, se preferir, no meu email:
bio-paula ARROBA uol PONTO com PONTO br
Já vou adiantando desde já que mudanças ocorrerão no Rastro de Carbono até o início do Campus Party. Afinal, blog que é blog se prepara pra festa!

Formas e formas de divulgar ciência

Educar pessoas quanto às mudanças climáticas e o aquecimento global é muito difícil. Uma porque as pessoas têm uma carga de pré-conceitos que foram aprendidos por aí pela vida. Outra porque entender que você é um agente que pode fazer a diferença implica em mudar hábitos que estão tão fortemente presos e que muitas vezes dependem de um investimento de tempo e dinheiro.
Fato é que existe um problema, que já foi descrito e esmiuçado por cientistas e especialistas do IPCC, e depois entendido e abordado por especialistas políticos e economistas nas reuniões da ONU, principalmente na última convenção do clima, a COP-13. O problema é grande ou não reuniria tanta gente em torno da discussão. Mas grande também devem ser o sentimento de ações pessoais bem praticadas. Trocar uma lâmpada incandescente por uma fluorescente é uma mudança grande na sua vida, embora seja relativamente barata. Deixar o carro em casa um dia da semana e usar transporte público é uma mudança ainda maior. Deixar de consumir carne todos os dias é outra maior ainda. Todas as mudanças de hábitos tem valores imensos, mas são muitas vezes desvalorizadas pela mídia e, pasmem, pelas ONGs.
O leitor ativo do meu blog deve estar se perguntando: “Mas por que falar deste assunto agora?”
Estava fazendo a peregrinação diária pelos blogs que assino quando vejo uma postagem intrigante no Bafana Ciência, com link direto para o post em questão aqui. Como alguns leitores podem perceber, já deixei lá minhas broncas, nos comentários. Recomendo a visita.
Dos cinco vídeos postados, somente um me fez refletir sobre o problema, me fez me sentir confiante para atuar como agente ativo na mudança de hábitos e não me desesperar ou me sentir culpada. Dos três vídeos do Greenpace, três me fizeram sentir culpada e impotente diante do problema. O outro, não consegui identificar a fonte, mas também não me fez me sentir melhor. Aposto que meus leitores vão conseguir identificar no ato o vídeo que eu gostei. Deixo aqui claro que não estou de forma alguma culpando o Bafana pelos vídeos, e sim os produtores dos tais.
Já é dificílimo divulgar ciência nesta área. E é dificílimo mudar hábitos dos quais estamos acostumados e com os quais vivemos bem há anos. E mais difícil ainda é acreditar em aquecimento global quando a temperatura lá fora, no verão, não passa de 18ºC (e lembrar que algumas semanas atrás estava 34ºC). Algumas ONGs poderiam deixar de prestar tamanho des-serviço e começar a agir como agente promotor de discussão, de agente modificador de opinião, provocando atitude e não culpa.
Tenho dito. (Desabafei…)

Cresce desmatamento na Amazônia

O governo brasileiro me decepciona de muitas maneiras. Fato é que, entra presidente, sai presidente, a situação é sempre a mesma: Falta Planejamento. Falta planejamento estratégico para conter o desmatamento da Amazônia, falta planejamento para o crescimento das indústrias, falta planejamento para suprir a necessidade de energia elétrica e de biocombustíveis. As coisas sempre caminham, como diria a minha vó, “no vai da valsa”.
Desde o meio do ano passado centenas de órgãos ambientalistas provocam o governo, alertando sobre o aumento dos desmatamentos na Amazônia. O governo brasileiro, por sua vez, muito animado com os últimos dados do Inpe sobre a queda do desmatamento da Amazônia por três anos consecutivos, negou o fato e voltou a afirmar categoricamente que o desmatamento estava contido. Em Bali, o governo não só negou o alerta dos ambientalistas, como também propôs um fundo voluntário contra o desmatamento. Paradoxal? De duas uma: ou só o governo não sabia do aumento, ou queria manter tudo embaixo dos panos para se sentir por cima no cenário internacional.
Aí, de repente, o governo acordou. E propôs reuniões de “emergência” para definir o que fazer neste momento de crise (que, repito, se estende desde o meio do ano passado). É claro, pelo menos pra mim, que nada vai acontecer. O preço da soja e do gado aumentou. Os subsidios e investimentos para produtores rurais na região do MT e PA só aumentaram. Nenhuma providência foi tomada. O IBAMA foi desmembrado. Não há fiscais suficientes para cobrir uma área tão grande quanto a Amazônia Legal. E, como se não bastasse tragédia suficiente, os ministérios do nosso governo não se entendem e o presidente não toma uma decisão firme e final. Explico.
O nosso governo se omite e subestima o problema do desmatamento. Continua defendendo – e com razão – que não se planta cana-de-açúcar na Amazônia, para segurar os investidores do etanol brasileiro. Porém, os Ministérios da Casa Civil e da Agricultura são subsidiários, por meio de diversos tipos de empréstimos a produtores rurais, do desmatamento da Amazônia Legal. Há 4 anos o preço da carne bovina e da soja mantinha-se em baixos patamares. Os produtores começaram a pedir empréstimos, o governo deu, e agora, o preço destes produtos aumentou. Não há como o Ministério do Meio Ambiente correr atrás do prejuízo neste momento. Para mim, pouco ou quase nada do que o governo apresentou como solução para conter o desmatamento vai funcionar.
Multas para os produtores? Embargo das plantações e das fazendas? Criação de unidades de conservação? Bloqueio de financiamentos? Isso tudo já existe e é o IBAMA (aquele que foi desmembrado) quem deve fiscalizar. Considerando que os funcionários do IBAMA mal tem carros para fiscalizar a área onde trabalham, não é de se esperar que eles nunca mais voltem pra checar se o embargo foi feito ou se as multas foram pagas.
Será que vamos conseguir manter esta previsão?

Saiba mais:
Cresce o desmatamento na Amazônia – Agência CT
Imprecisão marca controle do desmatamento no Brasil – Carbono Brasil

5 novas usinas eólicas em Pernambuco

Os municípios de Gravatá, Pombos e Macaparana verão, a partir de fevereiro, o início das construções de 5 turbinas de energia eólica. Cada turbina terá 80 metros de altura, com pás de 41 metros de comprimento.
Serão investidos R$110 milhões, sendo um sexto deste valor de recursos próprios da empresa Eólica Tecnologia Ltda., cujo diretor-presidente Everaldo Alencar Feitosa é também professor na Universidade Federal de Pernambuco. A outra parte será financiada pelo Banco do Nordeste.
Espera-se que as obras estejam concluídas em dezembro deste ano, com capacidade total de geração de energia de 22 megawatts, suficiente para abastecer cerca de 150 mil habitantes, com consumo médio de 150 kilowatts-hora/mês. A compra da energia gerada já foi garantida pela Eletrobrás.
“É uma energia com preços competitivos e ecologicamente correta”, disse Feitosa. O custo da energia gerada por usinas eólicas é equivalente a um terço do das termelétricas a óleo combustível que temos no país.
A capacidade brasileira
Estudos preliminares já mostravam que o potencial de geração de energia eólica no Brasil é grande. Só no Nordeste, com estudos prévios de Feitosa, a capacidade é de 6000MW. O Brasil domina a tecnologia e fabrica os equipamentos necessários para a construção das turbinas, o que deve baratear os custos.
Existem ventos adequados para a geração de energia eólica, ele deve ter velocidade, intensidade e deve ser constante. “Um vento é determinado não só por sua velocidade e intensidade. A qualidade do vento também é medida pela baixa turbulência e baixa rajada de vento”, explica Everaldo Feitosa.
“Na região Nordeste nós temos um vento praticamente constante, que chamamos de ‘bem-comportado e educado’.”
No país, estima-se que o potencial dessas jazidas de vento é de 20 mil MW, e o das jazidas de menor qualidade e que poderiam ser exploradas a longo prazo é de 70 mil MW – quase o mesmo valor da potência hidráulica instalada no país em 2002.
Tanto a energia eólica como a solar ou a de biomassa, dependem basicamente de fatores naturais e não são constantes durante o ano. Por estes fatores não devem ser escolhidas como as principais matrizes energéticas do país. Entretanto são ótimas opções para complementar o fornecimento de energia hidráulica, em detrimento das termoelétricas movidas a carvão que existem por exemplo, em São Paulo.
Saiba mais:
Pernambuco terá centrais de energia eólica – Agência FAPESP
Pernambuco terá cinco centrais de energia eólica – Agência CT
Energia eólica deve crescer 50 vezes no país até 2003 – BBC Brasil