Este blogue é a favor do aborto
É muito fácil para alguém que não tem útero ser contra o aborto. Da mesma forma, é extremamente conveniente para alguém já nascido apontar o dedo e julgar a opção alheia.
Se uma mulher não quer sofrer a violência ao seu corpo que é uma gravidez nem está mentalmente preparada para enfrentar o mundo de incertezas debilitantes que será a concepção e criação de outro ser humano, por que você, sem útero e já nascido, é contra? Você se acha realmente tão importante assim a ponto de ditar o comportamente e o futuro de outrém?
Ah! Você teve um filho não-planejado e deu tudo certo? Parabéns. Você é minoria.
Sabe aquele assalto que ocorreu semana passada? Provavelmente o bandido foi fruto de um acidente e cresceu como uma criança indesejada (esclarecimento rápido: alguns já nascem ruins independente da criação. Felizmente porém, são poucos).
Talvez, uma adolescente com opções seguras e não-condenáveis preferisse interromper o processo, para, em outra ocasião, já tendo ela condições emocionais (e financeiras), levasse uma gravidez ao seu desfecho. Como ela não tem o direito de escolher o destino do próprio corpo, ou corre o risco de morrer (seja tomando um remédio abortivo, seja após usar os serviços de uma clínica clandestina), ou terá um filho com grandes possibilidades de virar marginal (link em PDF).
E, me adiantando aos xingamentos, ameaças e acusações gramaticalmente incorretas infanto-retro-fictícias de “era bom que sua mãe tivesse abortado você”, digo aqui que, antes de ter ficado grávida de mim, minha mãe sofreu um aborto espontâneo. Então, ao invés de me desejar a morte no pretérito imperfeito, ache bom e saiba que você escapou. O mundo correu o sério risco de ter dois de mim.
Saiba também que, mesmo você esperneando, agitando seus punhos cerrados ao vento e amaldiçoando a parte da humanidade que discorda da sua insignificante opinião, brasileiras fazem abortos todos os dias. Elas são muitas. Provavelmente uma é até alguém da sua família de quem você gosta bastante.
Sabe quando você está falando mal de uma pessoa sem perceber que ela está atrás de você, ouvindo tudo? Pois é. Da próxima vez que você vocalizar suas ideias quanto à temperatura do mármore do inferno destinado àquelas que abortam, lembre que você pode estar ferindo seriamente os sentimentos de alguém muito próximo a você.
Drauzio é pró, Ratzo é contra.
Acho que escolhi o lado certo.
Douglas Adams: frases aleatórias
“Quando você é um estudante, ou sei lá o quê, e você não pode ter um carro nem pode pagar uma passagem de avião ou sequer uma passagem de ônibus, tudo o que você pode fazer é torcer para que alguém pare e lhe dê carona.”
D.N.A
Sobre a nossa atual impossibilidade de trânsito interplanetário por meios próprios, o que justificaria levantar o polegar e esperar uma carona.
Para cada escravo que você financiar, eu vou comprar três cintos de couro
Lembram alguns meses atrás quando a Arezzo causou uma imensa polêmica por usar pêlo de animais em seus sapatos?
Eu digo “pêlo” (ainda na gramática antiga, eu sei, mas o acento é para efeitos de ênfase) porque foi isso que chamou atenção, afinal, há anos que a marca usa pele sem que ninguém se importe muito. O problema foram os pêlos. Talvez o pessoal sofra de caetofobia.
Procurando pela data do ocorrido, entro no blogue Espelho Mágico e leio o seguinte trecho: (sic)
Quando vi no site Chic da Glória Kalil a nova coleção de inverno da Arezzo intitulada de “PELEMANIA” (clique no link para ver a coleção na íntegra) não tive como não ficar impressionada. Sim, os calçados e acessórios são lindos, as peles estão super em alta, tudo seria perfeito se não fosse um detalhe: as peles costuradas junto com aquelas peças são de animaizinhos de verdade. Juro que tentei achar em meio aos anúncios dos produtos a palavra “fake” ou “sintético”, mas não encontrei. Em alguns produtos agora é possível ver o nome “pele fantasia” mas não são em todos, e o que nos garante que o maketing não quis disfarçar depois do auê causado?! As peles foram retiradas de coelhos, cabras, ovelhas e raposas e o que aconteceu? Campanha em massa contra a coleção! Até quem não é “Eco-Chato” se sensibilizou com isso, que claro, é um absurdo!
Em seguida, a autora coloca uma foto de um filhote de raposa, uma de um filhote de coelho e outra de uma ovelhinha que faria Lisa virar vegetariana novamente e conclui com: “Ser contra esse massacre de dilacerações de animais para obter seu couro e pele para fins mesquinhos? NÃO TEM PREÇO!“
No mesmo blogue, procurei pela palavra “couro” e, tirando posts sobre xampus que citam “couro cabeludo”, todos os outros falam do material com bastante naturalidade e até positivamente, como quando ela sugere que “misturar flores, rendas, corações, laços, cores fofas, estampas liberty com tachas, preto, caveiras, couro, sandálias e bolsas “pesadinhas”, etc” equilibram “nosso lado delicada e feminina com nosso lado de atitude, sexy e marcante“.
Em outro, narrando as roupas de um desfile de moda, cita que foram usados “a lã, o couro, peles, tule, mousselines e cetim“. Sem assombro algum.
Em outro blogue, o Glamouragem, a autora escreve:
A nossa Arezzo, que é uma marca de sapatos e acessórios belíssimos – cá pra nós! – acabou exagerando MUITO e tirando a pele dos nossos animais (raposa, coelho, cabra e lã de ovelha) em tempo que se fala de sustentabilidade, aquecimento global e outras coisas mais, isso foi mais que um tiro no pé.
Apesar de sustentabilidade e aquecimento global não terem nada a ver com o uso de couro em roupas, fica claro que a blogueira não gosta que tirem a pele “dos nossos animais“.
Mais explicitamente, ela diz: (sic, sempre lembrando)
Arrancar a pele dele só pra se sentir mais bonita? Isso não é bonito e nem bacana, eu teria vergonha de dizer que to usando um casaco de pele de cabra, ou de pele de coelho ou qualquer outro animal, o universo da beleza tem limites e a Arezzo ultrapassou todos eles.
Infelizmente, temos que esperar ainda uma posição da marca, mas já que o assunto ta formado, quero saber a opinião de vocês sobre usar pele de animais e também a outra polêmica que gera entorno disso, se você não gosta de tire a pele dos animais porque acaba comendo carne de boi, galinha, porco, entre outros?
Lembrando, que sou totalmente contra a qualquer tipo de agressão a animais, não sou vegetariana e acabo comendo carne sim, mas não por visão da beleza e sim por questão de sobrevivência e tudo mais, afinal a diferença é enorme entre uma coisa e outra, uma coisa é questão de sobrevivência e outra totalmente diferente é tirar pele de animal pra luxo de socialite.
Hum. Será? Comer carne é mesmo “questão de sobrevivência“? Novamente, procurando pela palavra “couro” e eliminando produtos que lavam a cabeça, achei coisas como: “Oi meninas, hoje vim mostrar pra vocês as diversas bolsas que estão na moda.“
Ela mostra então seis bolsas de couro e conclui com: “Preços salgados, porém as bolsas são super chiques, não acham ?” Nenhuma demonstração de repúdio ao uso de pele animal.
O mesmo acontece no post intitulado “Os sapatos queridinhos do inverno“, que mostra uma ruma de sapatos de couro e alguns até de camurça.
Então, por que tanta revolta com a pele peluda que a Arezzo usou? Ambos posts condenatórios foram publicados no mesmo dia (17/04/11), o que não as impediu de proclamar as virtudes da capa externa de vacas (e cordeiros, no caso da camurça) outros dias. Mentalidade de turba? Sem dúvida. Está todo mundo amaldiçoando a empresa, por que não fazer isso também?
A Arezzo, até onde faça parte do meu repertório de conhecimento, é uma empresa que trata bem seus funcionários. Usa couro de bovinos em quase tudo mesmo.
E daí? Couro é bom, couro é excelente! É um dos materiais mais versáteis que existe. É flexível, resistente, impermeável e durável como poucas coisas são.
Outra vantagem do couro: não é feito de gente. Vacas não são pessoas, por mais estranho que isso possa parecer para algumas blogueiras de moda. Aliás, é bem possível que as vacas que serão um dia compradas pela Arezzo vivam uma vida melhor que os escravos da Zara.
A Zara não é recentemente citada nos blogues exemplificados acima. Eu só não entendo o motivo. As garotas (21 e 19 anos) foram tão rápidas em chover fogo e enxofre sobre uma companhia nacional que retira a pele de animais mortos para criar indumentárias que ambas tanto apreciam mas não se manifestam quando seres humanos, colegas de espécie, são escravizados em solo nacional por uma empresa estrangeira? Como assim?
Os restos mortais de um bicho estão mais altos na escala de prioridade que a vida de várias pessoas? Hein!?
Muito barulho foi feito por causa da “descoberta” das condições “análogas à escravidão” (ah, o que seria do jornalismo sem os eufemismos) as quais são submetidos alguns funcionários da Zara, sendo que essa “descoberta” é tão surpreendente quanto à “descoberta” do Brasil por um português, oito anos depois que um italiano provou já existir terras antes da beirada do mundo.
Já é fato conhecido há anos que “escravos da moda” é um termo apropriado.
Ouçam o que uma médica perita do INSS (com experiência em atender os funcionários que não são considerados escravos) tem a dizer sobre o “lado podre da indústria da moda”:
A ameaça de “se multar minha indústria, eu demito todo mundo e mudo a produção para a China” deveria ser tratada como terrorismo e deveríamos adotar a política estadunidense de não-negociação com terroristas.
O dono de uma fábrica semi-escravocrata que diz isso deveria ser preso. E quem diz isso é o Código Penal Brasileiro, em seu Artigo 149: “Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.“
Uma médica dizer das condições de trabalhos de uma operária é uma coisa. No entanto, por mais força que sua palavra tenha, nada se compara ao relato de alguém que realmente passa por isso todos os dias.
A seguir, o depoimento de uma escrava funcionária da indústria da moda:
Passar a ferro até cem peças de roupa por hora com direito a folga no domingo se a meta de horas for alcançada (sem direito a hora extra, obviamente) e ser forçada a comer no trabalho (efetivamente devolvendo parte do salário à empresa) dá uma nova perspectiva ao problema.
Eu acho isso tão análogo à escravidão que diria até que é escravidão. Mas se eu reclamar para o Ministério Público a mulher vai perder o emprego dela para uma chinesa, então é melhor eu fingir que vou boicotar a butique da esquina. Pelo menos até semana que vem, porque meu guarda-roupa está tão fora de moda…
E aí? Um courinho mal raspado nem parece mais tão chocante, né?
E ainda tem gente que chama moda de arte. Só se for a arte de ser fútil e cega para a realidade.
Este blogueiro continua preferindo o couro das barrigas de bovinos, caprinos, ovinos, suínos, macropodídeos, répteis, anfíbios em geral e até de hominídeos não-sapiens ao das costas de humanos.
E, me espelhando no exemplo da blogueira acima, apelo emocionalmente para as seguintes imagens:
Exemplo de pessoa
Exemplo de animal
Ser contra esse massacre da liberdade individual de seres humanos para obter lucro de dondocas para fins mesquinhos?
NÃO TEM PREÇO!
Homeopatia, coitadinha, não tem vez porque a “Indústria Farmacêutica”, que se preocupa apenas com dinheiro, não deixa!
Por que homeopatia é gratuita, né? Todos os homeopatas são filantropos e fazem eles mesmos as preparações, sem qualquer custo para os clientes pacientes, não é verdade?
A pobrezinha homeopatia não tem do quê viver, apenas sobrevive de doações daqueles que por ela foram salvos, e… Opa, peraí! Que manchete é essa?
Samuele Riva, um blogueiro italiano, está sendo processado pela Boiron, multinacional francesa de “remédios” homeopáticos. Riva ousou fazer uma piada com a alegação de que Ooscillococcinum teria “ingrediente ativo”. A companhia alega que o produto é feito diluindo-se “oscillococcinum” (uma substância mitológica que dizem estar presente em fígados de patos, apesar de nenhuma evidência apoiar aquele fato) em 200 diluições de 1 para 100, o que “equivale a diluir 1ml do ingrediente original num volume de água do tamanho do Universo conhecido”.
Multinacional? Sim, a Boiron é, segundo eles mesmos, “grupo farmacêutico pioneiro e líder da Homeopatia no mundo”.
E uma multinacional está processando um blogueiro que teve o disparate de dizer que seus supostos remédios não contêm um ingrediente ativo que sequer existe.
Mas a homeopatia não tinha como único intuito curar todas as pessoas de todas as doenças do mundo de forma completamente grátis?
Não.
Homeopatia é uma indústria. Não é “farmacêutica” porque não existem fármacos associados aos seus produtos, porém é uma indústria assim mesmo.
E a Boiron está processando Samuele Riva porque ele disse que um remédio não pode ser feito com um ingrediente que não existe.
Explicitando, a Boiron diz que o Ooscillococcinum é feito diluindo raspa de chifre de unicórnio até que ele deixe de existir. Sem jamais ter existido em primeiro lugar.
Faz sentido para algum de vocês? Por que para mim não faz.
Samuele diz que a empresa não só ameaçou o provedor com um processo para apagar o post como exigiu “bloqueio de acesso ao meu website“.
E agora, fez sentido? Não, né? Que bom. Sinal de que não estou tão desconectado da realidade assim.
Homeopatia continua não funcionando mesmo quando você faz a diluição impossível de uma coisa que não existe.
Provas? Eu ainda estou vivo.
Douglas Adams: frases aleatórias
“Se você tentar desmontar um gato para ver como ele funciona, a primeira coisa que você terá em mãos será um gato que parou de funcionar.”
D.N.A
666, o mais besta dos números
Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis.
Por algum motivo que totalmente escapa ao meu conhecimento, o famoso “meia, meia, meia” causa desde calafrios em alguns até constipação em algumas (sendo o bloqueio ventral mais comum nas de inclinação feminina) pelo simples fato de aparecer na passagem citada acima. Na minha “sabedoria”, tendo eu “entendimento”, calculo que o “número da besta” é o mesmo que o “número de homem”. Eliminando “número” dos dois lados da equação, concluo matematicamente que besta = homem, i.e., homem é bicho besta.
Por que então a hexacosioihexecontahexafobia? Se o seiscentos e sessenta e seis representa o homem, a boa e velha misantropia resolveria para os religiosos. Oh, wait…
Contudo não é só de maldições pueris e delírios místicos da idade do ferro que vive o número 666.
O número que tanto assombra os bestas[1] tem várias propriedades matemáticas bem interessantes.
Ou, no mínimo, mais interessantes que a conspiração capenga do código de barras.
Por exemplo; seiscentos e sessenta e seis é o resultado da soma dos quadrados dos sete primeiros números primos: 2² + 3² + 5² + 7² + 11² + 13² + 17² = 666.
Outra boa; somando cada 6 tanto individualmente quanto elevado ao cubo, temos novamente o número citado: 6 + 6 + 6 + 6³ + 6³ + 6³ = 666.
Já sentiu calafrios? Ainda não? E se eu disser que existe uma soma dos algarismos de 1 a 9, em seqüência, que dá 666?
1 + 2 + 3 + 4 + 567 + 89 = 666!
E se eu disser que existe ainda outra soma serial?
123 + 456 + 78 + 9 = 666!!
Do 9 ao 1 também funciona: 9 + 87 + 6 + 543 + 21 = 666!!!
A soma dos trinta e seis primeiros números naturais também: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + 11 + 12 + 13 + 14 + 15 + 16 + 17 + 18 + 19 + 20 + 21 + 22 + 23 + 24 + 25 + 26 + 27 + 28 + 29 + 30 + 31 + 32 + 33 + 34 + 35 + 36 = 666!!!!
Oooooooh! /o\
Falando em seqüência, o número besta em algarismos romanos é DCLXVI, uma sucessão perfeita de todos os números romanos (exceto o M, de “mágica”) do maior para o menor!
E não é só isso!
Adivinhe quanto dá a soma das 144 (que pode também ser expresso como (6+6)·(6+6)) primeiras casas decimais de pi.
ISSO MESMO, VOCÊ ADIVINHOU! 1 + 4 + 1 + 5 + 9 + 2 + 6 + 5 + 3 + 5 + 8 + 9 + 7 + 9 + 3 + 2 + 3 + 8 + 4 + 6 + 2 + 6 + 4 + 3 + 3 + 8 + 3 + 2 + 7 + 9 + 5 + 0 + 2 + 8 + 8 + 4 + 1 + 9 + 7 + 1 + 6 + 9 + 3 + 9 + 9 + 3 + 7 + 5 + 1 + 0 + 5 + 8 + 2 + 0 + 9 + 7 + 4 + 9 + 4 + 4 + 5 + 9 + 2 + 3 + 0 + 7 + 8 + 1 + 6 + 4 + 0 + 6 + 2 + 8 + 6 + 2 + 0 + 8 + 9 + 9 + 8 + 6 + 2 + 8 + 0 + 3 + 4 + 8 + 2 + 5 + 3 + 4 + 2 + 1 + 1 + 7 + 0 + 6 + 7 + 9 + 8 + 2 + 1 + 4 + 8 + 0 + 8 + 6 + 5 + 1 + 3 + 2 + 8 + 2 + 3 + 0 + 6 + 6 + 4 + 7 + 0 + 9 + 3 + 8 + 4 + 4 + 6 + 0 + 9 + 5 + 5 + 0 + 5 + 8 + 2 + 2 + 3 + 1 + 7 + 2 + 5 + 3 + 5 + 9 = 666.
E 144 é 12²!
Não que isso tenha relevância alguma neste contexto, mas é sempre bom saber o quadrado de alguns números de cor.
355 dividido por 113 é 3,141592 e mais uns quebrados. Pi também é igual a 3,141592 e uns quebrados. Agora, usando a propriedade esculhambativa da soma de números de três algarismos, temos:
553 (o inverso do dividendo) + 113 = 666, e;
311 (o inverso do divisor) + 355 = 666.
Tênue, eu sei. Mas volta a melhorar, prometo.
A soma de todos os dígitos da quadragésima sétima potência de seiscentos e sessenta e seis dá, acredite ou não, seiscentos e sessenta e seis!
666^47 = 5049969684420796753173148798405564772941516295265408188
117632668936540446616033068653028889892718859670297563286219594
665904733945856.
5 + 0 + 4 + 9 + 9 + 6 + 9 + 6 + 8 + 4 + 4 + 2 + 0 + 7 + 9 + 6 + 7 + 5 + 3 + 1 + 7 + 3 + 1 + 4 + 8 + 7 + 9 + 8 + 4 + 0 + 5 + 5 + 6 + 4 + 7 + 7 + 2 + 9 + 4 + 1 + 5 + 1 + 6 + 2 + 9 + 5 + 2 + 6 + 5 + 4 + 0 + 8 + 1 + 8 + 8 + 1 + 1 + 7 + 6 + 3 + 2 + 6 + 6 + 8 + 9 + 3 + 6 + 5 + 4 + 0 + 4 + 4 + 6 + 6 + 1 + 6 + 0 + 3 + 3 + 0 + 6 + 8 + 6 + 5 + 3 + 0 + 2 + 8 + 8 + 8 + 9 + 8 + 9 + 2 + 7 + 1 + 8 + 8 + 5 + 9 + 6 + 7 + 0 + 2 + 9 + 7 + 5 + 6 + 3 + 2 + 8 + 6 + 2 + 1 + 9 + 5 + 9 + 4 + 6 + 6 + 5 + 9 + 0 + 4 + 7 + 3 + 3 + 9 + 4 + 5 + 8 + 5 + 6 = 666.
E por quê 47? Porque é um número primo!
Exatamente a mesma coisa ocorre com 666 elevado a 51: 666^51 = 9935407575913859403342635113412959807238586374694310089
971206913134607132829675825302345582149184809607489728389006376
34215694097683599029436416.
9 + 9 + 3 + 5 + 4 + 0 + 7 + 5 + 7 + 5 + 9 + 1 + 3 + 8 + 5 + 9 + 4 + 0 + 3 + 3 + 4 + 2 + 6 + 3 + 5 + 1 + 1 + 3 + 4 + 1 + 2 + 9 + 5 + 9 + 8 + 0 + 7 + 2 + 3 + 8 + 5 + 8 + 6 + 3 + 7 + 4 + 6 + 9 + 4 + 3 + 1 + 0 + 0 + 8 + 9 + 9 + 7 + 1 + 2 + 0 + 6 + 9 + 1 + 3 + 1 + 3 + 4 + 6 + 0 + 7 + 1 + 3 + 2 + 8 + 2 + 9 + 6 + 7 + 5 + 8 + 2 + 5 + 3 + 0 + 2 + 3 + 4 + 5 + 5 + 8 + 2 + 1 + 4 + 9 + 1 + 8 + 4 + 8 + 0 + 9 + 6 + 0 + 7 + 4 + 8 + 9 + 7 + 2 + 8 + 3 + 8 + 9 + 0 + 0 + 6 + 3 + 7 + 6 + 3 + 4 + 2 + 1 + 5 + 6 + 9 + 4 + 0 + 9 + 7 + 6 + 8 + 3 + 5 + 9 + 9 + 0 + 2 + 9 + 4 + 3 + 6 + 4 + 1 + 6 = 666.
E por quê 51? Porque não é um número primo! Viu como o 666 está pouco se importando com as suas regras? \,,/
Eu poderia dizer que 4+7 multiplicado por 5+1 dá 66, no entanto, apesar de matematicamente correto e visualmente agradável, não faria muito sentido.
Alternativamente, direi que a soma do cubo dos dígitos em seu quadrado mais os do seu cubo dá 666.
666² = 443556; 4³ + 4³ + 3³ + 5³ + 5³ + 6³ = 621.
666³ = 295408296; 2 + 9 + 5 + 4 + 0 + 8 + 2 + 9 + 6 = 45.
621 + 45 = 666
Confuso, porém correto.
A fatoração de 666 em números primos é expressa como 2 · 3 · 3 · 37, e 6 + 6 + 6 = 2 + 3 + 3 + 3 + 7.
A sexta potência de seiscentos e sessenta e seis tem seis números seis.
666 em base 10 é 666.
O primo mais próximo de 666 é 661 que, subtraído daquele, dá 5, outro número primo.
666 + 666 + 666 = 1998, um ano doze anos atrás, contando do ano passado.
666 é número par.
Tá, eu paro. É melhor eu admitir que não sei mais nenhuma curiosidade interessante.
Finalizando esta aventura numérica de proporções bíblicas (desculpem, mas alguns clichês precisam ser explorados vez por outra), sabe outro número também associado ao Anticristo e a tudo-que-num-presta?
(Prepare-se para a explosão mental.)
À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses.
No capítulo 11 do nosso mais amado texto pré-científico movido a chá de cogumelo, uma rapaziada esperta composta por duas oliveiras e dois candelabros (versículo 4) que fazem bico de porteiro com poder para fechar o céu (versículo 6) mostram o quão descolados são ao vestir somente pano de saco (versículo 3) enquanto profetizam durante mil duzentos e sessenta dias (o número de dias em 42 meses).
Se considerarmos 1260 como capítulo 12, versículo 6, temos outra menção do número: “A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias.”
Ainda, usando magia influenciada pela delirante mitologia hebraica forjada sob o calor excessivo de um deserto inclemente que não perdoa os cérebros mais moles, temos: 1260 => 12; 6; 0 => 6+6; 6. (Zero não conta. É como Jesus quereria.)
42 · 30 (3 sendo metade de 6 e tomando emprestado o zero da conta acima) = 1260.
Ou seja, 42 = 666. CQD
Manipular números é legal, né não?
Bônus!
[D]iziam “Então diga: ‘Chibolete’ “. Se ele dissesse: “Sibolete”, sem conseguir pronunciar corretamente a palavra, prendiam-no e matavam-no no lugar de passagem do Jordão. Quarenta e dois mil efraimitas foram mortos naquela ocasião.
A moral aqui é: pelo amor de deus, aprenda a enunciar!
—
[1] Certa vez, uma conta numa lanchonete deu R$15,15 que, depois dos 10% do serviço totalizou R$16,66. Quando apontei para a “aparição” do 666 (que, caso contrário, passaria despercebido), a pessoa (supostamente esclarecida) que estava comigo fez questão de pagar vinte reais e deixar o troco, justificando com um “ai, eu não gosto dessas coisas”. Nem meus protestos de “mas três reais e trinta e cinco compram outro suco!” foram suficientes para dissipar aquela inane superstição. Para vocês verem; falta de pensamento crítico também faz perder dinheiro. Tsc, tsc, tsc…
Coisas que um casal cético conversa ao caminho do trabalho: orgulho branco
Minha mulher parou de blogar para poupar os punhos mas o phasmatis blogus não a deixa parar de blogar. As ideias são muitas e o tempo curto, então ela usa o trajeto ao trabalho para gravar vídeos. Virou uma videoblogueira (tudo bem, eu sou baterista. Os dois se equilibram).
Esta manhã, resvalou em mim. Estávamos papeando e quando o assunto “orgulho branco” surgiu ela aproveitou para gravar.
Eis o que temos a dizer (em cinco minutos, ao som de Tower of Power):
Ah, se for ouvir perto de alguém sensível, lembre-se que eu participo falando. Logo, existe um pouco de linguagem forte (mais especificamente, a palavra “arrombado”).
Comentem. Vai que a gente se anima e grava mais alguns.
Em breve: mudanças no 42.
Título auto-explicativo.
Aguardem.
Eu ia fazer uma cirurgia para puxar meu queixo (até então inexistente) para a frente, mas sob a ameaça dos meus amigos de passar a ser conhecido como “cara de castanha” e contabilizando o fato de eu finalmente ter sido diagnosticado corretamente e descobrir o real motivo da minha garganta ser tão extraordinariamente retardada (literalmente; eu tenho adenóides de uma criança de cinco anos), resolvi reconsiderar o procedimento (que obviamente seria descrito nos mais gráficos detalhes realistas nestas páginas virtuais) e procurar uma solução farmacológica: hidrocodona.
Não, brincadeira. Estou tomando anabolizantes.
Ou esteróides, como queiram. Dá no mesmo.
O fato é que o 42. vai passar por algumas mudanças (e não, uma delas não vai ser a abolição do ponto após o número, e se continuarem enchendo meu saco com isso eu mudo para 42·) que, enquanto vocês leem isto, já estão ocorrendo. Este texto é apenas uma distração.
Não sei vocês, mas eu já estou ouvindo os tambores rufando furiosamente.
“Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr…”
Ilusão idiótica
Sempre que eu olho a imagem a seguir, passo vários minutos tentando entender o que está acontecendo com a barra e porquê os pesos estão nos lugares errados.
Aí desisto, vou fazer outras coisas e, quando volto, vejo imediatamente.
Por favor, descreva nos comentários o que você está vendo. Pode ser um exercício interessante.
Se você não viu nada demais, comente mesmo assim. Talvez seja só eu que não enxergo que preste.