CO2 de combustíveis fósseis e processos industriais

Achei duas figuras sensacionais.
A primeira representa o CO2 gerado nas grandes cidades e a curva de aumento da concentração de CO2 na atmosfera, de 1870 até 2000. Este aumento coicide com o início do período industrial, quando iniciaram-se os processos de queima de combustíveis fósseis para geração de energia. A concentração de CO2 na atmosfera subiu de 280 ppm (partes por milhão) para 370 ppm em 2000.

O gás carbônico (CO2) é um dos gases do efeito estufa. Metano, ozônio, os óxidos de nitrogênio e os aerosóis são os outros gases que compõe a lista dos GEE. Colocando o efeito destes outros gases do efeito estufa na conta, a concentração equivalente de CO2 em 2000 era de 430 ppm.
A segunda figura mostra um mapa da distribuição de indústrias no mundo, com as respectivas emissões de CO2.

Parte significante das emissões de dióxido de carbono (CO2) vem de produção de energia, processos industrias e transporte. O protocolo de Kyoto reconhece que os os países desenvolvidos foram os grandes responsáveis pela poluição do ar ocorrida no último século e por isso produziu o “Princípio da Responsabilidade Comum, porém diferenciada”.
Por este princípio fica assegurado que todas as partes que ratificaram o Protocolo de Kyoto “têm que proteger o sistema climático para as gerações presentes e futuras, observando as suas capacidades diferenciadas e a eqüidade na imposição das medidas a serem adotadas. Vale observar, também, que além de historicamente terem sido os maiores poluidores, os países desenvolvidos são os que mantêm maior taxa de emissão de GEE per capita até hoje” (referencia)
Vale a pena dar uma conferida.

Floresta Amazônica ou Biocombustíveis?

Pergunte rápido para qualquer brasileiro: “O que é melhor para o meio ambiente: Floresta Amazônica ou plantação de cana-de-açúcar para produção de etanol?”
Ficarei muito espantada se Floresta Amazônica não ganhar disparado, na frente da cana-de-açúcar. Todo mundo sabe que a Floresta Amazônica é um dos maiores patrimônios ambientais que temos e a maioria absoluta dos brasileiros sabe que a preservação da Amazônia tem importâncias social, econômica e ambiental imensuráveis. Que da floresta podemos tirar sustentavelmente de alimentos à essências naturais para produção de cosméticos, de cascas e sementes para decoração à borracha.
Agora, teste os conhecimentos deste brasileiro mais uma vez e pergunte: “Para o meio ambiente o que é melhor, gasolina e diesel ou etanol de cana-de-açúcar e biodiesel?”
Novamente ficarei surpresa se etanol e biodiesel não ganharem nas pesquisas, mesmo com todas as polêmicas em torno dos combustíveis renováveis.
E se tivéssemos que escolher entre reflorestar e recuperar áreas degradadas da Floresta Amazônica e plantar cana-de-açúcar?
Ora, se temos a garantia de que a floresta não será queimada e derrubada para a produção de cana, e se sabemos que a área de produção da cana não é a mesma da Floresta Amazônica, não precisaríamos escolher entre as duas políticas. Teríamos as duas. Afinal, o Brasil é grande o suficiente para comportar as duas coisas e temos milhões de hectares livres para o plantio de lavouras.
Dia 18/08, a UOL publicou a tradução do texto “Biocombustíveis apresentam balanço ecológico medíocre”, do Le Monde, jornal francês (na íntegra, abaixo). O texto se refere a um estudo publicado na Science que compara a quantidade de carbono fixada por plantações de cana-de-açúcar com a quantidade fixada pela Floresta Amazônica. Obviamente, a preservação e reflorestamento da floresta permite muito mais fixação do que a lavoura.
O que incomoda é como o jornalista lida com a notícia. Infelizmente a Floresta Amazônica ainda não move nossos carros e nossas máquinas. A comparação se torna injusta porque estamos pondo na balança duas coisas com importâncias claramente diferentes. Ao meu ver, seria mais justo comparar Floresta Amazônica ou ausência de Floresta Amazônica e biocombustíveis com combustíveis fósseis.
Quando fazemos isso, vemos que, entre cana-de-açúcar, milho, beterraba e trigo (todos para produção de etanol), a cana-de-açúcar é o que apresenta melhor balanço de carbono. Como sabemos, os combustíveis fósseis não fixam nada de carbono. E entre ter floresta e não ter, já sabemos a resposta. Se temos políticas públicas como o Selo Combustível Social e estudos e ações que nos garantam a manutenção da floresta, vemos que o texto tenta manipular nossas opiniões, contra o biocombustível brasileiro.
Afirmar que toda cultura de cana de açucar que temos está ocupando área de floresta, e que é melhor deixar os biocombustíveis para lá e investir somente na eficiência do uso de combustíveis fósseis, como o texto abaixo propõe, é manipulador e mentiroso.
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Biocombustíveis apresentam balanço ecológico medíocre
Hervé Kempf para o Le Monde
A utilização dos biocombustíveis não permitirá sistematicamente limitar as emissões de gases de efeito estufa, e seria mais eficiente conservar o meio ambiente em bom estado: esta é a conclusão de um estudo que foi publicado na revista “Science”, na sexta-feira, 17 de agosto, e co-assinado por Renton Righelato, da World Land Trust, uma organização que se dedica à conservação dos ecossistemas, e por Dominick Spracklen, professor da Universidade de Leeds (Grã-Bretanha).
O balanço ecológico dos biocombustíveis em muitos casos é criticado com base na comparação entre a energia gasta para produzí-los e aquela que eles fornecem. O saldo é geralmente bastante medíocre, e até mesmo negativo.
Mas a abordagem de Renton Righelato e de Dominick Spracklen é mais original: eles procuraram comparar as emissões de gás carbônico economizadas pelas culturas de biocombustíveis, com aquelas evitadas por outras formas de utilização do solo. Ao compilarem um grande número de estudos, eles compararam os balanços das diferentes formas de utilização do solo: a cana-de-açúcar, o trigo, o milho ou a beterraba, destinados à produção de etanol ou de diesel, a conversão de florestas tropicais em culturas, a conversão de culturas em florestas etc.
Por exemplo, a cultura do trigo para produzir etanol permite evitar, ao substituir o petróleo, entre 0,2 e 0,6 tonelada de gás carbônico por hectare por ano. Mas a conversão, nos Estados Unidos, de culturas em florestas de pinhos permite (por meio do crescimento das árvores) economizar 3,2 toneladas de gás carbônico por hectare por ano. Portanto, seria mais interessante dedicar-se à cultura de árvores do que cultivar cereais destinadas a fazer com que os automóveis possam andar.
A cana-de-açúcar possui o melhor rendimento dentre os biocombustíveis existentes: cerca de 2 toneladas por hectare de emissões evitadas. Mas isso é muito menos do que aquilo que a transformação de culturas em floresta tropical permitiria economizar (entre 4 e 8 toneladas por hectare), e muito mais desastroso se a cana-de-açúcar for desenvolvida por meio do desmatamento (que “custa” cerca de 200 toneladas por hectare, por ano de emissões).
No total, constatam os pesquisadores, se os dirigentes políticos quiserem mesmo privilegiar o balanço ecológico, “o melhor que eles teriam por fazer seria se concentrar na melhoria da eficiência energética dos combustíveis fósseis, de conservar as florestas e as savanas, e de restaurarem as florestas naturais e as pradarias em relação às terras que não são necessárias para a alimentação”.
Além de tudo, esta abordagem apresentaria vantagens em matéria de biodiversidade e de saúde dos ecossistemas.
Link: UOL

Soluções que valem muito

A postura social e o estilo de vida são importantes para colaborar com a diminuição das emissões de carbono a nivel pessoal.
Veja algumas dicas simples:
Alimentos:
+ Prefira alimentos produzidos localmente. Pergunte no açougue, na feira e no mercado a procedência do alimento que você está comprando. Alimentos “carregam” com eles suas pegadas de carbono no que se refere a processamento e transporte. Alimentos como carnes e frutas, principalmente, necessitam de refrigeração quando o transporte é demorado. E isso conta na pegada de carbono deles.
+ Entre os alimentos produzidos localmente, se for possível, prefira os orgânicos. Entre um orgânico produzido a mais de 300Km de distância e um local, prefira o local.
+ O excesso de embalagens sempre é um problema. Prefira comprar frios, queijos, carnes e vegetais sem as famosas embalagens de isopor, sempre que possível. Algumas redes de supermercados vendem alimentos sem embalagens ou com embalagens grandes, que diminuem um pouco o lixo produzido.
+ Seria muito bom fazer supermercado sem recorrer às sacolas de plástico. Opte por sacolas reutilizáveis, como as de feira ou as de pano.
Transporte:
+ Quando possível, caminhadas e bicicleta sempre representam a melhor opção. Infelizmente grandes cidades tem pouca ou nenhuma estrutura de ciclovias e algumas vezes andar a pé pode ser extremamente perigoso.
+ Seria muito mais fácil aproveitar o transporte público se tivéssemos um de qualidade. Mas o transporte público ainda é melhor do que utilizar seu próprio veículo, ainda mais quando o motorista é o único ocupante.
+ Mantenha seu carro sempre regulado e com as revisões em dia. Um carro em perfeitas condições, com pneus calibrados, rodam melhor e consomem menos gasolina. Saiba mais aqui. Na hora de comprar outro carro, prefira os flex, que podem ser movidos a álcool (fonte de energia renovável).
Casa:
+ Troque as lâmpadas de bulbos convencionais por lâmpadas fluorescentes. Elas custam mais caro mas são mais duráveis e são de 4 a 5 vezes mais eficientes. Apague sempre as luzes ao deixar um cômodo.
+ Tire da tomada os aparelhos eletrônicos que insistem em ficar em stand-by (são os que deixam uma luzinha vermelha acesa).
+ Na hora de comprar eletrodomésticos, prefira os nota A em eficiência. Eles consomem muito menos energia elétrica.
+ Painéis solares para aquecer a água do banheiro e da cozinha ajudam a poupar dinheiro e energia a longo prazo.
+ O chuveiro elétrico é um dos maiores consumidores de energia elétrica em uma casa. Controle o tempo do banho.
Politicamente:
+ Sempre vale a pena pressionar vereadores e deputados para regulamentar propostas que visem o bem público e que estejam de acordo com as leis ambientais.
Muitas vezes medidas extremamente simples ajudam o bolso e o ambiente. Mudanças no estilo de vida e na postura quanto aos problemas ambientais são simples de praticar e de ensinar e muitas vezes nem custam tanto.

A cara do consumo ecologicamente correto

Atualmente podemos dirigir nosso carro flex até o aeroporto e fazer uma viagem de avião até a Europa ou até a Indonésia e pagar para uma empresa plantar árvores para compensar o carbono emitido.
É possível comprar ponchos feitos a partir de fibra de soja, jeans de algodão orgânico com botões de coco (na Levi’s por US$ 245), abajures feitos com bagaço de cana, batons de cera de abelhas orgânica da floresta tropical do oeste do Zâmbia e porta retratos de papel reciclado. Tudo disponível para nós, os insaciáveis consumidores.
Podemos entrar na onda das sacolas de pano e pagar R$ 20,00 por uma, com a promessa de que parte do dinheiro ajudará no plantio de mais árvores. Podemos, inclusive, ficar horas na fila, na chuva, esperando pela nossa própria sacola ecológica, como fizeram os americanos.
Uma vida cheia de “consumismo verde” está invadindo nossa casa e nossas escolhas na hora de comprar. E várias empresas estão lucrando muito com essas nossas escolhas, dizendo-se (e de fato devem estar) realmente preocupadas com o aquecimento global e com o efeito estufa. Um levantamento recente feito nos EUA traz a seguinte informação: cerca de 35 milhões de norte-americanos compram regularmente produtos comercializados como ecológicos, movimentando cerca de 500 bilhões de dólares.
A “vida verde” pode finalmente ser comprada. Artistas, livros, programas de televisão e reportagens nos mostram esta opção o tempo todo. E assim nasce o “consumismo verde”. Um consumismo livre de culpa, já que supostamente podemos reverter o aquecimento global apenas comprando produtos como carros flex, casas carbono-free, viagens neutralizadas, roupas e acessórios tudo ecologicamente correto. Entretanto, o efeito do consumo continua sendo enorme.
Qual a solução? A solução mais sustentável seria reduzir significativamente o consumo. Entre comprar um alimento orgânico e um não orgânico, se os dois forem produzidos localmente, os orgânicos são melhores (e mais caros). Entre re-decorar a sala com produtos ecologicamente corretos e re-decorar com produtos “normais”, customizar os móveis antigos parece melhor opção. Entre pegar o ônibus para ir ao trabalho uma vez por semana ou comprar outro carro flex para se livrar do rodízio, a solução mais sustentável é pegar o ônibus.
Certamente é mais sustentável quando optamos pela não-compra, ou pela compra do que é realmente necessário. A solução para o aquecimento global, ou para a diminuição da poluição não está nos produtos ecologicamente corretos. Está na nossa opção por reduzir o consumo.

Selo Combustível Social

Sem dúvida nenhuma, uma das maiores preocupações quando o assunto é biodiesel, é a relação produção versus área necessária para o plantio.
Muitos textos levantam a possibilidade de que culturas voltadas para a produção do biodiesel substituam a agricultura familiar e as culturas de plantas para alimentação humana. Esta preocupação também é frequentemente abordada por países europeus, potencias importadores do biodiesel brasileiro. Como uma forma de garantir que o produto responde a normas sociais e respeita a agricultura familiar foi criado o Selo Combustível Social, através do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel do Governo Federal.
Como o biodiesel é conseguido a partir de diferentes plantas e rotas tecnológicas a possibilidade da participação da agricultura familiar é garantida.
Biodiesel
A quantidade de biodiesel misturada ao diesel proveniente do petróleo é regulado por lei e corresponde a 2% do volume do produto final. Segundo o Portal do Biodiesel, para suprir tal valor, são suficientes cerca de 1,5 milhão de hectares plantados, o equivalente a 1% dos 150 milhões de hectares plantados e disponíveis para agricultura no Brasil. Este número não inclui as regiões ocupadas por pastagens nem por florestas.
O biodiesel é produzido através de uma imensa variedade de plantas oleaginosas – grupo de plantas de cujos grãos são extraídos principalmente óleos, utilizados para a alimentação humana ou para finalidades industriais. Entre as plantas oleaginosas conhecidas encontram-se: mamona, amendoim, soja, licuri, babaçu, dendê, gergelim e linho.
O biodiesel é adicionado ao diesel proveniente do petróleo numa tentativa de diminuir o preço do produto final e para diminuir as emissões de CO2 e consequentemente o efeito estufa, já que se trata de uma fonte de energia renovável.
Saiba mais sobre biodiesel aqui.

Equilíbrio Climático Natural

Nos próximos anos, os fenômenos naturais contribuirão para equilibrar a influência do aquecimento global promovido pelo homem. Porém, a partir de 2009, as temperaturas médias no planeta se elevarão ainda mais, batendo o recorde registrado em 1998. As conclusões são de um estudo feito por Smith e outros, cujos resultados estão publicados na revista Science do dia 10 de agosto de 2007 (link para o artigo completo abaixo).
“Projeções anteriores de mudança do clima consideraram forças externas de fontes naturais e antropogênicas, mas não tentaram estimar a variabilidade natural gerada internamente”, descreveram os pesquisadores do Centro Hadley para Pesquisa e Previsão Climática, em Exeter, liderados por Doug Smith.
Em vez de apenas usar fatores como radiação solar, aerossóis atmosféricos ou gases estufa, que são afetados por mudanças externas ao sistema climático, os pesquisadores empregaram dados atuais e precisos dos oceanos e da atmosfera, estimando a variabilidade natural gerada internamente ao sistema.
Segundo a Science, o estudo é importante, uma vez que previsões climáticas para as próximas décadas poderão ajudar governos a direcionar o foco para quando e onde as mudanças mais severas poderão ocorrer. “Ou eles poderão reconhecer quando a iminente ameaça de aquecimento global será disfarçado – temporariamente – pela variabilidade natural.”
Via: Agência FAPESP
Saiba mais:
+ Artigo completo para assinantes: Improved surface temperature prediction for the coming decade from a global climate model – Science (em inglês)
+ Folha de São Paulo

Sacolas de pano em Sampa

Mando a excelente dica do Carbono Zero!
Os paulistanos terão a opção de utilizar sacolas de pano personalizadas em suas compras em supermercados, padarias, livrarias e demais estabelecimentos comerciais. É mais uma ação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo.
A campanha para minimizar o uso de sacolas plásticas na cidade será lançada no fim de agosto pela prefeitura e segue o exemplo de Lajeado, no Rio Grande do Sul (vide post do Carbono Zero).

Cheat Neutral

Cheat Neutral é um website especializado em neutralizar infidelidade. Se você traiu sua esposa/marido e quer se livrar da culpa ou se vai trair e não quer se sentir culpado, pode pagar £2.50 para a organização, que tem uma lista de 9002 casais fiéis, que jamais trairão.
A idéia pode parecer maluca, mas funciona exatamente como a neutralização de carbono. Se você ou uma empresa tem dinheiro, podem pagar pelo privilégio de poluir. Ou seja, é possível pagar uma outra empresa para que plante árvores enquanto se continua emitindo toneladas de carbono. Aparentemente o plantio das novas árvores redime o poluidor de culpa, assim como pagar para a organização Cheat Neutral redime o traidor.
O website foi criado por ingleses com o intuito de gerar polêmica em relação ao assunto neutralização de carbono. Os idealizadores esperam que com isso as pessoas re-pensem sobre o assunto e analisem melhor as alternativas antes de poluir.
Existe uma necessidade real de diminuir as emissões de carbono, mudando o estilo de vida, criando programas e projetos nas empresas que visem mitigar o carbono. O plantio de novas árvores junto com a continua emissão de carbono não irá conter o aquecimento global. A neutralização não deve substituir a redução.

Agenda – 27 a 29 de novembro

O que: 2º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel.
Onde: Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) – Brasília.
Quando: 27 a 29 de novembro
INSCRIÇÕES: até 17 de agosto
Tema: Biodiesel: desenvolvimento sustentável, agricultura, caracterização e controle de qualidade, armazenamento, produção, co-produtos e uso.
Site oficial do evento: www.2congresso.rbtb.abipti.org.br
Saiba mais aqui.

Comentários sobre o site “Como funciona o aquecimento global”

Navengando pela Web, me deparei com o site “How Stuff Works – Como funciona o aquecimento global“. O site é voltado para estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio e traz informações importantes sobre o assunto. Porém, tenho alguns comentários ou complementos que podem ajudar a moçada.
1) O Aquecimento Global pode estar relacionado a atividade humana mas não é só isso! O fenômeno também é associado a atividades vulcânicas, variação na órbita da Terra ao redor do Sol, colisões cósmicas, entre outros. Saiba mais aqui.
2)O efeito estufa é uma consequência natural da presença de alguns gases na atmosfera. CO2, CH4 e vapor de água são os principais deles. Sem o efeito estufa a temperatura da superfície terrestre seria 33ºC menor do que a temperatura atual. O problema é quando a concentração destes gases aumenta muito. Neste caso, há evidências de que a temperatura da superfície terrestre também aumenta.
3) Na seção “Efeitos do aquecimento global – nível do mar” há uma frase que diz: “Quando se trata de previsões climáticas, a longo prazo, tudo o que podemos conseguir são adivinhações baseadas em nosso conhecimento dos padrões climáticos ao longo da história”. Na verdade, utilizamos nosso conhecimento para gerar modelos computacionais que nos permitem fazer predições. Na ciência não fazemos “adivinhação” nenhuma!
4) O derretimento das geleiras só causaria aumento do nível do mar se estas se encontrarem sobre uma superfície de terra, como no cume de montanhas. Os “icebergs” por exemplo, placas de gelo imersas na água, não aumentariam o nível dos oceanos se derretessem. Basta observar o que acontece num copo de água com gelo. O nível da água não se altera após o gelo se derreter.
5) O Brasil não está entre os países mais ameaçados pela elevação do nível dos oceanos pois possui imensas porções de terra acima deste nível. Não teríamos tantos problemas como a Holanda, por exemplo, mas perderíamos várias cidades litorâneas importantes e populosas caso isso ocorresse.
6) Ainda existem muitas especulações sobre os efeitos do aquecimento global. Várias pesquisas têm sido feitas para tentar entender o que ocorreria. Vale a pena ficar de olho e se atualizar sempre. Entao, leitura crítica e atenta na seção “Efeitos do aquecimento global: Estações e ecossistemas”.
7) Na seção “O aquecimento global é um problema real?”, cuidado! Ainda existem controvérsias entre os cientistas, mas a maioria deles sempre declara que não devemos correr o risco! Portanto, é melhor se preocupar com o aquecimento global agora, mesmo sem conhecimento de detalhes importantes, do que ter que correr atrás do prejuízo depois.
Outra observação nesta seção: diversos economistas e especialistas financeiros estão dizendo atualmente que o prejuízo econômico que seria causado pela diminuição nas emissões de CO2 não seriam tão catastróficas como imaginadas inicialmente!
8) Um link para o Protocolo de Kyoto em português, assim como algumas outras observações sobre o Protocolo e sobre o Brasil no Protocolo neste blog:
O Protocolo de Quioto (Kyoto Protocol)
O Brasil e o Protocolo de Kyoto