By George Carlin

Dizem que esse cara é conhecidíssimo. Desculpem-me os fãs, nunca tinha ouvido falar. Mas eu adorei!
A @clauchow me mandou esse vídeo hoje. Ela ainda não descobriu se gostou, mas devo dizer que eu amei. Amei porque é verdade! É tudo verdade… infelizmente.
Infelizmente é verdade que o planeta Terra vai se recuperar bem de nossas ações nele. Afinal, o planeta já passou por coisas piores, como raios cósmicos ou tempestades eletromagnéticas. Nós seres humanos é que estamos ferrados. A questão central do porque eu gostei desse vídeo é porque nós, seres humanos, na maioria dos casos não conseguimos nem mesmo cuidar das nossas próprias coisas. Não conseguimos cuidar bem da nossa casa; alguns não conseguem cuidar dos próprios filhos. Algumas vezes tenho dúvidas se alguns seres humanos dão real valor à vida. 
Eu sei, soa pessimista. E, na verdade, pode ser que eu esteja mesmo numa fase estranha. Mas, parafraseando o Saramago. “Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo.” Vou então, pra não dizer que não falei das flores (mais uma paráfrase), falar mais uma vez: faça sua ação pessoal, cuide do ambiente onde você vive, viva em paz com você e com o mundo, tente sobreviver. O planeta vai ficar bem.
Espero que gostem do vídeo e que não se esqueçam de que isso não é uma tese de doutorado. É humor.

Por que chove em Santa Catarina?

Passei algumas horas tentando estabelecer padrões para tentar entender o que acontece em Santa Catarina. Fato é, que não pára de chover, há pessoas desabrigadas, pessoas mortas, pessoas saqueando lojas e lojas saqueando pessoas, vendendo produtos a preços exorbitantes.
Tentei entender se chover no sudeste do país tinha a ver com desmatamento na Amazônia ou com alguma outra relação com mudanças climáticas. Teoricamente, a massa Equatorial continetal (mEc) é quente, úmida e instável, originada na Amazônia, devido a evaporação dos rios e transpiração das plantas. Se o desmatamento fosse única causa, o clima estaria mais seco… mas então não é só isso. Algumas outras tentativas de explicação podem ser lidas AQUI.
Segundo o Climatempo, há um sistema de baixa pressão em altos níveis de atmosfera, intensificado pelo vento de leste que chega do oceano carregado de umidade. Mais detalhes podem sem entendidos e estudados no site do CPTEC, clicando aqui. A chuva não pára. No fim, acabei deixando a resposta para os especialistas…
Mas então, o que podemos fazer? Como várias pessoas estão ilhadas, o que podemos fazer é ajudar de longe.
+ A Defesa Civil do estado de Santa Catarina está recebendo doações em dinheiro. Elas podem ser feitas nas contas do Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ 04.426.883/0001-57:

Banco do Brasil – Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7
Besc – Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0
Bradesco – Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1

+ O escritório da Hering em São Paulo está com uma ação para ajudar pessoas das fábricas e escritórios em Blumenau. Várias pessoas perderam coisas e as fábricas foram atingidas. Para ajudar, o pessoal do escritório de SP está se organizando para enviar doações de roupas, alimentos não perecíveis e remédios. As doações podem ser entregues no endereço:

Rua do Rócio, 430, 3º andar – CEP 04552-000 – Vila Olímpia – SP

+ Outros pontos de coleta de doações em todo o Brasil são estes (Clique Aqui)

Alguns blogs onde pode-se saber mais sobre o assunto:

+ Notícias de Blumenau

+ Pensar enlouquece

+ Biajoni!

Mas, uma coisa que não sai da minha cabeça é: os três pontos onde podemos fazer alguma ação sobre mudanças climáticas são:

1) Mitigação: quando deixamos de provocar as mudanças climáticas. É quando deixamos de emitir gases do efeito estufa, diminuimos nosso consumo, mudamos nosso estilo de vida.

2) Vulnerabilidade: quando estudamos quais os locais/populações/zonas de produção/ estão em zonas de de maior risco de sofrer com os efeitos das mudanças climáticas. Isso ajuda a nos anteciparmos e tomarmos providências anteriores aos desastres, diminuindo danos. Políticas públicas, ações governamentais, também entram nesse caso. 

3) Adaptação: quando já temos efeitos das mudanças climáticas e tomamos providências pós-danos. É o correr atrás pra salvar o que dá.

Pensando nesses três itens e considerando que Santa Catarina é um dos Estados mais preparados e com mais recursos do Brasil, temo em pensar nos locais menos preparados e com menos recursos… Está na hora de revermos nossos conceitos e começarmos a agir ativamente!

Pegada 12 – Clipping Aldeia no Planeta!

O Aldeia Sustentável, graças ao @carrapatoso está no blog da Super do Planeta bem AQUI!!!
Estou super orgulhosa do trabalho, da participação e da divulgação que todos estão fazendo por esse projeto. À todos, meus sinceros agradecimentos!

Tudo junto de uma vez só

Semana passada foi curta graças ao Feriado que marca o dia da Consciência Negra e o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares. Recomendo leitura do #prontofalei da Charô e os links que seguem no post dela. Mesmo assim, tudo muito corrido por aqui. Deliciosamente corrido, digo, porque muitos eventos sobre sustentabilidade aconteceram na cidade de São Paulo. De alguns, participei e darei uns pitacos aqui. 
Terça-feira, dia 18 de novembro, fui no evento promovido pelo Banco Real e pelo FGVceen (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios), na Faculdade Getúlio Vargas. Lá, a promessa de discutir sustentabilidade com os empresários Eduardo Ourivio, fundador da rede Spoleto e Edgard Corona, da rede Bio Ritmo. De sustentável mesmo, só uma ação com nome de gosto duvidoso (“corpo verde”) mas ainda assim uma aula de empreendedorismo.
Quarta-feira, dia 19 de novembro, participei do videochat do Real Sustentabilidade com o diretor de Middle Market Altair Assumpção e o superintendente de negócios, Alvaro Silveira. Falamos sobre empreendedorismo e negócios sustentáveis. Falamos, porque várias perguntas das muitas pessoas que estavam participando do chat foram lidas e respondidas pelos entrevistados. Há uma promessa de que logo, logo o videochat estará disponível AQUI (você deve clicar em “Cursos e Palestras” e depois em “Videochat”, e, quanto ele não chega, há três outros videochats já disponíveis.
Na mesma quarta-feira, as pessoas que estavam reunidas no videochat comentando tudo do lado de cá do monitor, resolveram fazer um google grupos para continuar discutindo sustentabilidade. O grupo ainda é pequeno, mas responde por Radar Verde. 
E, por falar em Radar Verde, esse é o nome de um novo e incrível projeto que, vou me impedir de comentar pois só vou falar bem. Então, para tirar suas próprias conclusões e não ler minhas, já apaixonadas, acesse o www.radarverde.com.br.
Quinta-feira teve Global Forum America Latina (twittadas foram feitas com a tag #gfal), que aconteceu na Fecomercio. Algumas impressões acaloradas podem ser lidas DAQUI. Clau Chow, lablogirl como eu, amou o evento. Eu gostei muito da dinâmica proposta: a Investigação Apreciativa. Muito legal, conheci várias pessoas com propostas magníficas, algumas idéias fantásticas surgiram do encontro e espero que várias possam se transformar em ações práticas de fato. Conheci também pessoas sensacionais, twittei pelo Radar Verde, enfim, tudo foi muito muito legal.
E por último, mas não menos importante, a semana passada se materializou o Aldeia Sustentável. Convido todos a conhecerem a ferramenta para que, todos estejamos prontos para a ação da semana que vem.
Ação? Que ação? ESTA!
Acesse: http://aldeiasustentavel.ning.com, inscreva-se e ajude-nos a divulgar essa idéia!

U$ 7,5 bilhões contra a pobreza, por Dr. Yunus

You may say I’m a dreamer
But I’m not the only one
I hope someday you’ll join us
And the world will live as one
Imagine – John Lennon

Dá pra imaginar que uma pessoa chega um dia em um lugar, percebe que muitas pessoas são pobres e, em um momento de lucidez sem igual, resolve emprestar dinheiro de seu próprio bolso a elas? Dá pra imaginar ainda que, o empréstimo é baseado apenas em uma crença: a de que todo mundo do mundo merece crédito? 
Não conseguiu imaginar? Achou impossível alguém emprestar dinheiro para pobres? Achou demais alguém tirar dinheiro do seu próprio bolso para ajudar pessoas que nem conhece? Pois então, meu caro, minha cara, conheça o Prêmio Nobel da Paz de 2006, Dr. Muhammad Yunus. Semana passada, eu, @mariacarol e @samegui fomos convidadas pelo Real Sustentabilidade para assistir uma palestra desta pessoa iluminada que é o Dr. Yunus.

“Fazer dinheiro com os negócios é um meio e usá-lo no social é um fim. Do contrário por que o ser humano ficaria fazendo dinheiro? Para fazer o quê?”
Além de iluminado, Dr. Yunus é um economista, nascido em Bangladesh, em uma família de mais oito irmãos. Quando voltou a seu país, após fazer Ph.D. nos EUA, emprestou U$ 27.00 para um grupo de 42 mulheres que receberam este (micro-)crédito e usaram para investir em coisas simples, como comprar mais bambu para fazer mais móveis de bambu. Afinal, as mulheres já dominavam a técnica, era o que elas sabiam fazer e isso dava lucro.
Dessa iniciativa simples, nasceu o Grameen Bank (ou Banco do Vilarejo), que buscava oferecer pequenos empréstimos (microcréditos) para quem realmente precisava. E como saber quem realmente precisava? Conhecendo as famílias, tendo contato com todas elas, cadastrando as crianças, observando se estavam indo à escola, o que, segundo Dr. Yunus, dá a elas mais poder para mudar o mundo, mudar sua condição. Parece familiar, mas com um quê diferente: o microcrédito é um empréstimo e os agentes do Grameen conhecem as famílias cara-a-cara.
Quando Dr. Yunus começou o Grameen Bank, os outros bancos de Bangladesh tinham apenas 1%  de seus empréstimos feito para mulheres. O Grameen, depois de anos e com muitas brigas com fundamentalistas religiosos e preconceitos culturais vindos das próprias mulheres, tinha cerca de 97% e atualmente, soma 7,5 bilhões de dólares em empréstimos feitos.

O microcrédito concedido pelo Grameen ajuda famílias a sairem da pobreza e conquistarem dignidade. Obviamente isso tem um impacto absolutamente positivo no meio ambiente. Famílias que deixam a pobreza absoluta passam a extrair menos recursos do meio ambiente de maneira desordenada. E, na verdade, não é aumentando a qualidade de vida de pessoas pobres que se aumentam os gases do efeito estufa. É consumindo exageradamente e desenfreadamente, trocando de celular todo ano, viajando milhas e milhas de avião, etc.
Saiba mais:
A vida como a vida quer

Fotógrafos do ano – por Rastro de Carbono

Todo ano, o Natural History Museum de Londres promove o concurso de fotografias chamado Wildlife Photographer of the Year. A Lucia Malla e o Carlos Hotta postaram suas fotos prediletas do concurso deste ano e me deu vontade de fazer um pouco diferente e escolher algumas que tem mais identidade com o Rastro de Carbono. O que é bem legal desse concurso é que podemos divulgar 5 fotos gratuitamente.
Vamos à elas
1) Nunca vamos desistir!

Re-conquista.
Jamie McGregor Smith fotografa a força da natureza e mostra os primeiros passos da sucessão ecológica. Uma planta mais simples “prepara o terreno” para plantas cada vez maiores e mais complexas, com necessidades maiores de nutrientes. Um lembrete para mostrar que a natureza luta incessantemente para retomar seu espaço.
2) O tamanho do mundo

Pequeno, eu?
Brian Skerry teve um emocionante encontro com essa baleia, que pareceu fascinada com as bolhas de ar. Gostei dessa, pra gente se lembrar de que é bem pequeno, mas que pode fazer grandes estragos se não agirmos conscientemente.
3) Você é capaz de agir?

Então, está esperando o quê?
Stefano Unterthiner ganhou um amigo e, portanto, várias fotos em sua viagem pela Indonésia. Gostei dessa porque parece perguntar: “E aí? Vai fazer o quê pelo meio ambiente hoje? Tá esperando o quê?” Quer uma sugestão? Clique aqui.
4) Se você tem estômago fraco, páre aqui!
Pensei um tempão se ia mesmo colocar essa foto ou não. Vou dar uma enrolada pra te dar mais uma chance de decidir se quer mesmo prestar atenção nela. Essa foto foi tirada por David Maitland e mostra o sacrifício de um animal. Repudio totalmente à ação, mas gostei pelo ar de denúncia e de alerta. Fazendo um paralelo, isso é mais ou menos o que vai acontecer com várias culturas de alimentos e povos da porção equatorial do planeta se não conseguirmos mitigar as causas do aquecimento global. Cada ação nossa mal planejada em termos ambientais, põe mais uma lenha nesse sacrifício.
Vou colocar a foto. Saia já, que ainda há tempo!

Não há mais o que dizer.

Não comercialize animais selvagens!

Estou aqui assistindo TV e acabo de ver uma propaganda do WildAid, sobre comércio de animais e produtos feitos a partir de animais selvagens.
A mensagem: não compre – se você parar de comprar, a matança pára também.

Vou deixar dois vídeos. Os outros, você pode assistir diretamente no site da WildAid, neste link.

Pegada 9 – A pergunta que não quer calar

Todos os dias eu passo em frente à um estabelecimento que aluga espaço para eventos.
E, praticamente todos os dias, eles estão lavando a FACHADA e a CALÇADA, gastando energia elétrica e muita, mas muita água.
Hoje resolvi mandar um e-mail para eles. Mas, claro, tive que preencher um formulário, invés de mandar o e-mail diretamente.
Aí vai o e-mail que eu mandei. Espero uma resposta breve.
Bom dia,
Existe alguma razão real que os faça lavar a fachada e a calçada praticamente todos os dias, gastando água e energia elétrica?
Obrigada,
PS.Obviamente os telefones são fictícios, mas o email não.

Redescobrindo livros

Meu trabalho me proporciona momentos muito agradáveis. A maioria da população acha trabalhar terrível, mas eu não tenho problemas com isso (quer dizer, tenho às vezes). Como o assunto é linguagem infantil, seja ela uma linguagem científica ou não, às vezes me ponho a ler livros infato-juvenis, que podem ser referência para algum tema, ou simplesmente para ver como os autores voltados para essa faixa etária constroem suas histórias de modo a alcançar o objetivo de se comunicar com os pequenos leitores.
Pois bem, o livro desse final de semana foi O menino do dedo verde. Tinha lido esse livro quando era criança, mas tudo o que me lembrava era que havia um menino com uma característica peculiar: se ele tocasse seu polegar em algo, lá nasceria uma planta.
Mas o livro é mais do que isso (eles sempre são). Há livros que precisam ser lidos várias vezes, pois o grau de maturidade do leitor o faz encontrar coisas que não foram encontradas antes. Livros tem idade certa para serem lidos. Se uma criança tenta ler Clarice Lispector, não vai entender nada, não vai gostar e talvez fique traumatizada para o resto da vida. Por outro lado, alguns livros infanto-juvenis, como O menino do dedo verde, tem mensagens pra você quando se é criança e depois, quando se é adulto também.
Talvez eu consiga despertar em você a vontade de ler livros de novo. Aproveitar aquela estante de livros empoeirados da casa da mãe e reutilizá-los, redescobrí-los. Trocá-los, vendê-los – livros não podem ficar parados.
Busque lá pelo seu O menino do dedo verde. No meu, descobri que, Maurice Druon, em 1957, já alertava que flores e natureza (essa, que tentamos desesperadamente proteger) podem ser mesmo a salvação da nossa Mirapólvora. Que as pessoas ficam mais felizes ao lado de plantas, estejam elas em presídios, em favelas, em guerras, nos centros urbanos, na nossa rua, ou em qualquer outro lugar. E enfim, busque em você um dedo verde e cultive plantas em casa. Descubra uma que se adapte ao seu ambiente (eu, por aqui, finalmente achei um lugar para a hortelã, mas o manjericão ainda não está feliz).
Boa jardinagem! De plantas e de livros.

Somos vítimas do nosso próprio preconceito

Discriminação de gênero, de raça, de crenças são tão agarrados em tantas sociedades, que, por vezes, assumem a falsa alcunha de “cultural”. E nessa “cultura” pessoas se cegam diante do óbvio. Todos praticamos e somos vítimas de prenconceito.
A população brasileira é composta de 53,7% de brancos, 38,4% de pardos, 6,2% de negros, 0,4% de amarelos e 0,4% de indígenas (Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil. São Paulo: Moderna, 2008). Mesmo assim, quantas pessoas de cada etnia você encontra em fotografias que ilustram nossos livros didáticos? Quantas pessoas de cada etnia compõe elecos de novelas, ocupam cargos públicos, têm empregos de alto salário? Quantos negros, índios e amarelos dividem com o seu filho as mesas da escola? A proporção se mantém quando consideramos acessos à internet por etnia?
O mesmo vale para as mulheres… Ah, as mulheres…
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1980, 1991 e 2000 e Contagem da População 1996.
As mulheres são maioria discreta na população brasileira. São pessoas que se unem a mim pelo gênero. Somos, depois dessa característica, tão diferentes! Temos acesso a informações diferentes, características físicas e personalidades diferentes, empregos diferentes, visões de mundo diferentes. E mesmo assim uma força descomunal nos une.
Entretanto, muitas de nós esquecemos essa força e dizemos “cultural”, ou “não percebi nada de errado”, ou ainda “coitado… não quis dizer isso”, ou “você está exagerando” e muitas outras desculpas que damos quando somos vítimas de preconceito. Às vezes é sutil, às vezes chega a doer.
Dói ter que responder em uma entrevista de emprego se você planeja ter filhos, quando isso não é da conta do seu empregador. Dói ter que deixar seu filho que só deve se alimentar do leite materno por seis meses porque você só tem quatro de licença maternidade. Também machuca (e essa dói mesmo) quando você ouve uma mulher dizer que não sente que as chances das mulheres mudaram depois que uma mulher de muita coragem resolveu queimar sutiãs em praça pública, buscando igualdade de gênero. Dói ter que se encontrar em clubes de “luluzinhas” para conseguir discutir aquilo que quero, pois não dá pra falar sobre filhos, moda, maquiagem, fotografia, casa, profissões onde há homens (aparentemente). Dói ser chamada de miss num concurso que avalia conteúdo em textos produzidos por mulheres. 
Pior: dói mais ainda perceber que mulheres como eu, que tem mais similaridades comigo do que o fato de ser mulher pois têm acesso à internet, tiveram o imenso privilégio de estudar, têm empregos, renda, etc., não se darem conta que estão sendo vítimas de preconceito…