Mega Sena

Hoje eu acordei e pensei: “Vou escrever sobre como é difícil acertar na Mega Sena e como isso é uma perda de dinheiro.”
Aí, antes de começar, fui dar uma olhada nos blogues e canais de notícias que eu vejo (quase) sempre e achei a coluna de um primo meu em um portal de notícias daqui. Gostei do que ele escreveu recentemente sobre pesquisas eleitorais e Estatística (ele escreve geralmente sobre números), aí resolvi dar abrir os artigos mais antigos e eis que me deparo com um sobre o sorteio federal. E sobre como evitar a falácia lógica da conclusão apressada (e sem fundamentos) e generalização grosseira.
E esse já vem com analogias!
Ótimo!
Aqui vai.

Sempre que o prêmio da Mega Sena atinge valores elevados, surgem informações de fraudes no sorteio. Circulou pela internet um e-mail alertando os internautas sobre uma suposta fraude na Mega Sena, que estaria sob investigação da Polícia Federal. O texto, que na sua versão original foi supostamente assinado pelo Dr. Wagner Digenova Ramos, do departamento jurídico do escritório Pavesio Advogados Associados, levanta dúvidas quanto à acumulação de sorteios, “e quando saia o prêmio apenas uma pessoa ganhava, e, geralmente, em algum lugar bem distante”, e conclui: “só podia ter algum tipo de fraude mesmo.!!!”
O escritório Pavesio Advogados Associados, da cidade de Suzano (SP) nega categoricamente qualquer envolvimento de um dos seus associados na divulgação dessas informações. A citação à empresa “é ilegal”, e o único objetivo é “dar credibilidade a um assunto que já navega na internet desde meados de 2005”. A empresa afirmou estar tomando “as medidas cabíveis ao caso, tendo inclusive relatado à Polícia Federal sobre o ocorrido”.
Seria justo concluir que o prêmio recebido por um único ganhador em algum lugar bem distante é um indício de fraude?
Vejamos os números. Na Mega Sena existem 60 dezenas das quais apenas 6 são sorteadas a cada concurso. O número possível de resultados para esses sorteios é 50.063.860, ou seja, quando escolhemos e apostamos 6 dezenas estamos com 1 chance em 50.063.860 de possibilidades. Para termos uma idéia da dificuldade de acertarmos os números sorteados com um jogo de 6 dezenas, é mais fácil lançarmos para o alto 26 moedas e todas caírem com a mesma face para cima, cara ou coroa.
Mas é possível com um único cartão aumentarmos as nossas possibilidades de ganho. A Mega Sena permite que no mesmo cartão sejam marcadas de 6 até 15 dezenas. Caso o apostador marque no mesmo volante 15 dezenas, ele estará concorrendo ao equivalente de 5.005 jogos simples, ou seja, de 6 dezenas. As suas chances aumentam de 5.005 vezes, passamos a ter 1 chance em 10.003 possibilidades, o que equivale a lançar cerca de 14 moedas para o alto e obtemos todas com a mesmo tipo de face para cima.
É bom lembrar que a aposta de um cartão de 6 dezenas custa R$ 1,50 enquanto um cartão com 15 dezenas corresponde a R$ 7.507,50.
Perceba, caro leitor, que a grande dificuldade de sucesso na Mega Sena é da própria estrutura matemática do concurso. É leviano concluir que o prêmio sendo alcançado por um único apostador em algum lugar bem distante seja indício de fraude.
Eu fico imaginando o que o restante do Brasil pensou, quando há alguns anos o Rio Grande do Norte teve 2 apostadores contemplados em concursos diferentes mas relativamente próximos e com os valores superiores a R$ 10.000.000,00.
Fraude pode até haver, eu não creio, mas são necessárias evidências mais fortes.

==> Eu de novo (Igor). Não gastem seu dinheiro com isso. Tem gente que ganha, mas tem muito mais gente que não. Sorteios federais (e vários outros tipos) são projetados para acumular, para o montante final inflar, fazendo mais gente crescer os olhos e jogar mais na esperança de ficar milionário. Use esse dinheiro para pagar uma mensalidade numa academia ou para comprar uma roupa bacana no fim do ano. Vale mais a pena. <==
água
Charge aleatória mas pertinente, não relacionada ao artigo…

Sono pesado

Ontem à noite, enquanto eu dormia e acordava (exaustão + café + muita coisa na cabeça), eu sofri um fenômeno bizarro, aterrorizante e mais comum do que gostam de admitir.
Paralisia do sono.
Eu parecia estar ouvindo passos e pessoas cochichando, sentia um peso no peito e ondas de arrepio (daquele tipo que começa atrás do pescoço e desce até os braços e joelhos, mas com uma intensidade absurda e, literalmente, em ondas, vários desses em dois ou três segundos).
Apesar da situação horrível em que me encontrava, testei as minhas condições (sou contra entrar em pânico e gosto de estudar minhas próprias reações e capacidade em todas as ocasiões): tentei, mas não consegui, fechar a boca (encostar os dentes) ou a mão (encostar o polegar no indicador), mexer as pernas, focalizar imagens (cada olho estava focado num ponto diferente e foi extremamente difícil abri-los) e uma sensação de mal-estar, impotência e terror me encheu a alma.
Não tentei falar (a possibilidade nem me ocorreu), mas acho que não conseguiria (esse teste fica para a próxima).
Em situações especiais de estresse, eu tenho ataques de sonambulismo (aglutinação de “sono” + “se bulir”), que é algo muito parecido com a descrição clássica de possessão demoníaca.
Eu falo, ajo, interajo e mantenho a memória do ocorrido, mas aquilo não sou Eu.
Meu corpo se move independente da minha vontade, enquanto eu sinto uma sensação de confusão e desconexão, como se estivesse sob o efeito de drogas, mas sem controle da minha vontade.
Mas eu sei que isso é um acontecimento psico-fisiológico. Eu estou interpretando meus sonhos Ao Vivo e Em Cores.
O mecanismo que desliga meu corpo e me deixa quieto na cama enquanto eu sonho que estou cozinhando sem precisar necessariamente me levantar e cozinhar, correndo o risco de me machucar, entra em curto e eu faço o que meu cérebro está criando (ainda bem que a maioria dos meus sonhos envolve um banco de praça comigo sentado nele enquanto leio um jornal).
O contrário foi o que me ocorreu ontem de madrugada. Eu acordei, mas a chavinha que deveria religar minhas habilidades motoras manteve o circuito aberto.
Estava semi-lúcido mas completamente imóvel.
A isso dá-se o nome de Alucinação Hipnagógica (“hipnagogia” é o estado de transição entre o sono e a vigília, ou, o acordar, enquanto “hipnopômpia” refere-se ao adormecer).
Ao despertar, ficamos meio confusos por alguns poucos segundos, mas quando isso é somado a um evento estranho e desconcertante, como a falta de mobilidade, uma alucinação é provocada.
Esse tipo de fenômeno é, muito provavelmente, responsável por relatos de abdução (pessoas que acreditam em visitas extra-terrestres e se impressionam facilmente com estórias do tipo, quando despertas, vão “racionalizar” o acontecimento como um seqüestro intergaláctico), bruxas (daquelas que sentam no peito das vítimas para lhes sugar a saúde), fantasmas (ontem mesmo eu vi um, mas creio ter sido meu cérebro reinterpretando, em uma forma binocular, as sombras e contornos borrados vistos por olhos fora de sincronia um com o outro) e outros casos paranormais (os cochichos que ouvi foram, provavelmente, causados pelo aumento da minha pressão sangüínea devido ao medo e ao consumo exagerado de café antes de dormir, fazendo o sangue passar mais barulhentamente pelos meus ouvidos) e superstições variadas.
Semelhantemente, eu consigo ver sonambulismo confundido com possessão. Eu me sinto possuído; quem me flagra durante um desses eventos enxerga em meus olhos que aquilo não sou eu.
Mas não temam, não sou a encarnação do Mal (e se for, ele está fazendo um péssimo trabalho me convencendo disso e tá bom de procurar outro representante).
Sou apenas um sujeito de carne e osso que não acredita em fadas ou em Papai Noel mas que, às vezes, anda por aí pelas madrugadas agindo e falando coisas estranhas e que, certa vez (ontem), viu fantasmas, sentiu o peso de um ser invisível a pressionar-lhe o tórax e foi imobilizado por uma força macabra.
Tudo isso fruto de um cérebro com a fiação gasta.
Já pensou se eu nunca tivesse ido atrás de uma explicação física para isso? A quantidade de bobagens que eu sairia por aí falando seria tremenda (ainda posso estar errado e falando besteira, mas tenho muita confirmação de alucinações e nenhuma de espíritos zombeteiros).
Por isso que eu gosto de saber das coisas.
E eu não sou esquizofrênico.
Sei disso por causa de uma voz na minha cabeça que sempre me confirma isso (‘sempre’ é exagero; às vezes os gritos de “QUEIME, QUEIME!” encobrem todas as outras vozes).
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Nullius in verba¹

Estava, como havia prometido anteriormente, preparando um artigo sobre os perigos da hipervitaminose (consumo exagerado de vitaminas), quando me deparei com um já escrito, mais ou menos na mesma linha que o meu.
Para evitar a fadiga, resolvi traduzir o outro e misturar com aquilo que eu já havia escrito.
A idéia de que Vitamina C é uma droga milagrosa que ajuda a prevenir gripes e resfriados (principalmente) se tornou bastante popular no anos 70, devido primordialmente a alguns livros escritos por um dos maiores cientistas que já viveu, Linus Pauling.
Pauling é um de apenas duas pessoas que receberam dois prêmios Nobel em categorias diferentes (eu acho que já escrevi isso aqui pelo meu blogue, mas estou com preguiça de procurar), sendo elas Química e Paz. A outra pessoa foi Marie Curie.
Ele ainda descreveu a estrutura do núcleo do átomo, foi um dos que imaginou (o que viria a ser provado) a estrutura em hélice do DNA e praticamente fundou a ciência da Biologia Molecular.
Linus, apesar de todas essas conquistas e de sua inestimável contribuição para a Ciência e para a Humanidade, passou os últimos anos de sua vida obcecado com um assunto, partindo de conclusões erradas.
Isso demonstra que, por mais brilhante que alguém seja em uma área, pode ser totalmente ignorante em outra ou, ainda mais grave, estar completamente equivocado em um tema específico dentro da mesma área em que excede intelectualmente (outro famoso exemplo é o de Einstein rejeitando o princípio da incerteza da Mecânica Quântica).
Em 1970, Pauling lançou um livro chamado Vitamina C e o Resfriado Comum, onde exalta o conceito que ele chama de Medicina Ortomolecular (ortomolecular significa “a molécula certa” e, do ponto de vista científico, não é Medicina, mas comprovadamente uma modalidade de charlatanismo), onde ele afirma que megadoses de Vitamina C previne resfriados e previne ou cura outras doenças (incluindo câncer, numa reedição do livro, que mudou de título para “Vitamina C e o Câncer” em 1979).
Em 1986 ele lança outro livro chama “Como Se Sentir Melhor e Viver Mais”, onde ele alarga seus conceitos e alega que megadoses de quaisquer vitaminas beneficiariam a saúde, retardaria o envelhecimento e aumentaria o prazer de viver. Esses argumentos foram testados e comprovados como ineficazes em mais de trinta estudos.
Aliás, hipervitaminose (consumo excessivo de vitaminas) é algo perigoso.
O consumo em excesso da boa e velha Vitamina C pode ocasionar a formação de cálculos renais (pedras nos rins; já as tive, não recomendo).
Hoje em dia, no mundo ocidental, uma dieta média, balanceada, já nos provê com tudo o que necessitamos. Vitaminas e outros suplementos devem ser tomados apenas sob recomendação médica após exames que comprovem uma deficiência, e não por recomendação da vizinha.
“E todas aquelas vezes quando eu tomei Redoxon direto e não adoeci?”
Da mesma forma que, vez por outra, interpretamos erroneamente o que outros nos dizem, não seria possível um lapso de interpretação de nossas próprias experiências?
A Ciência da Psicologia existe somente para nos lembrar que o que vemos, sentimos e vivemos não é uma interpretação 100% apurada do mundo real (eu, por exemplo, me acho muito interessante, mas a realidade tende a discordar).
Respondendo à pergunta; talvez o sujeito tenha tido um resfriadozinho de leve, mas o consumo da vitamina levou seu cérebro a interpretar aquilo como algo diferente, como uma alergia.
É possível que não tenha ficado resfriado simplesmente porque não iria ficar de todo jeito.
Razoável também atribuir a experiência à memória seletiva. Ele ficou doente, mas como isso geraria uma dissonância cognitiva (ansiedade resultante de atitudes ou convicções simultâneas que são incompatíveis entre si, como, por exemplo, a que é sentida por quem gosta de uma pessoa mas desaprova atrozmente algum de seus hábitos), o cérebro “deletou” o registro do evento. É mais fácil lidar com a vida dessa maneira.
É também bastante aceito que doses supérfluas de vitaminas são simplesmente excretadas na urina. Isso não é verdade.
Hipervitaminose é de verdade perigoso.
Uma superdose de Vitamina E, por exemplo, pode ocasionar problemas sangüíneos como aumento do colesterol e pode agir como anticoagulante (causando algo parecido com hemofilia)
Outros exemplos que posso dar são:
Hipervitaminose A; pode causar fetos defeituosos, problemas no fígado, osteoporose, problemas de pele e queda de cabelo.
Hipervitaminose D; desidratação crônica, vômito, diarréia, anorexia, hipercalcemia (presença de quantidade excessiva de cálcio no sangue, acompanhada de sintomas como fadiga fácil, fraqueza muscular, náuseas e anorexia de novo) e problemas renais (incluindo cálculos, que dóem muito).
Mas, isso tudo pode ser mentira, não acredite em mim, consulte um Médico.
Mas é um médico MESMO, alguém que se formou em Medicina. Praticantes de Naturopatia, balconistas de farmácias macrobióticas e funcionários de outros lugares que vendem vitaminas indiscriminadamente não contam.
Se bem que o currículo do curso de Medicina brasileiro atualmente inclui espiritismo e homeopatia, duas das coisas mais pseudocientíficas já inventadas (um é uma religião, algo primariamente não científico, e outro é uma enganação ridícula e sebosa, praticada por indivíduos de caráter duvidoso e sem escrúpulos. Sim, eu nutro Ódio em meu coração).
Lembram quando descobriram e divulgaram que Merthiolate servia para absolutamente zero? Eu lembro (mas minha memória é falha e eu posso ter inventado isso agora).
¹ aceite a palavra de ninguém como prova
==> Este artigo foi uma colaboração unilateral (“plágio” é uma palavra tão feia…) de Brian Dunning e Igor Santos. <==
P.S. café demais faz mal, principalmente para o sono e quando combinado com decepção.

Churrasco de Língua

Hoje eu estou com muita dor (tendinite; não tenham!) e tem muito trabalho aqui na minha mesa e ontem eu não escrevi pois saí para comer espetinho de língua.
Mas não esperneem, vai ter o que ler hoje, só não escrito por mim (fora esta introdução).
Vocês gostam de biologia, né?
Primeiro, do blogue Rainha de Copas, uma explicação sobre disputa evolutiva
Do RNAm, um artigo sobre biociência e ceticismo.
Navegando pelo Mundo Gump, achei um joguinho de computador que já conhecia, mas havia esquecido de mencionar aqui, o Fold It, com o qual vocês podem se divertir e ajudar a ciência a sintetizar proteínas. O prêmio para quem zerar o jogo? Um Nobel em Fisiologia, talvez?
E, por derradeiro, brinquem com um cérebro (cliquem em “stimulate the brain” para começar).
Divirtam-se enquanto eu trabalho (alguém tem que trabalhar no mundo, né?).

Pois tua alma é de chumbo e segredo

Se eu fosse paulistano, talvez não estivesse trabalhando hoje.
Dia 3 de junho é Dia do Escrevente Cartorário na cidade de São Paulo.
Ao invés disso, eu vou trabalhar, vou escrever pouco (aqui, no meu trabalho eu vou passar o dia todo escrevendo, que é a função de um escrevente…) mas vou mostrar algo histórico (relevantemente histórico, já que tudo o que acontece acaba virando história mas nem sempre vale a pena ser lembrado).
raio-x
Isso aí, senhoras e senhores, foi a primeira foto tirada usando raios-x.
É a primeira duma mão não. Nem a primeira duma parte do corpo. É A PRIMEIRA foto. De todas. Nem testaram antes numa lata de ervilha ou num filhote de cachorro. Foram logo em Anna Bertha. Esse não é o nome da mão, mas o nome da esposa de Wilhelm Conrad Röntgen, o físico alemão que não só descobriu a existência como criou um aparelho que gera os tais raios (que vieram a ser conhecidos por Raios de Roentgen, mas ele gostou mais do nome temporário que ele próprio deu enquanto tomava as primeiras notas e não sabia ainda do que se tratava) e, por isso, recebeu o PRIMEIRO prêmio Nobel em Física em 1901.
Eu devo a saúde dos meus dentes, o diagnóstico dos meus cálculos e a localização das minhas fraturas a esse sujeito. Vou descobrir onde ele mora e vou mandar uma caixa de chocolates e um cartão de agradecimentos.
Ô cabra invocado. E ainda era bonitão, com essa barba e tudo…
Eu recomendaria ler uma biografia dele, se não fosse tão inacreditavelmente chata e eu quisesse acabar de matar meus leitores de tédio. Mas Röntgen é (foi) o cara de todo jeito.
Depois de amanhã tem o aniversário de 19 anos de outra foto tão legal quanto, mas com mais apelo popular. Espero que eu me lembre…
Ah! Respondendo à minha irmã:
Fechar os olhos ao espirrar é um reflexo, como o próprio espirro.
Eu consigo espirrar de olhos abertos, principalmente quando estou dirigindo ou prestando atenção em algo, mas só consigo fazer isso hoje depois de muito treino.
Tentar abrir os olhos ao espirrar é como tentar parar de tossir (consigo quase) ou de soluçar (consigo).
Existe uma lenda que diz que fechamos os olhos senão eles saem das órbitas, mas existem vários vídeos que provam isso errado (procurem no youtube por “sneeze” e “eyes”).
E, finalmente:
“Claro, eu tentei e muitas pessoas com quem falei também tentaram. Depois de muitas caretas e risadas, a unanimidade: é verdade. Ninguém consegue espirrar de olho aberto!”
Como diz o ditado, “o plural de ‘anedota’ não é ‘dado estatístico'”, ou seja, a experiência coletiva de um grupo pequeno de pessoas não faz de um acontecimento verdade imutável. Cuidado com isso.

A fina arte de escrever títulos sem conexão com o artigo

Nossa boca é um buraco que dá bem certinho para dentro do nosso corpo e fica boa parte do dia aberta, seja comendo, falando, roncando, bocejando, admirando, se surpreendendo, intimidando, imitando Tarzan, etc.
O quê, então, nos mantêm livres de infecções causadas pelos trilhões de micróbios soltos pelo ar ao nosso redor?
Nosso sistema imunológico.
Mas este artigo é sobre Saliva, então vou deixar de arrodeio e vou direto ao assunto.
Nosso cuspe é composto de noventa e tantos por cento de água (por isso que quando estamos com sede sentimos logo na boca que, por estar sempre cheia de água, é o primeiro lugar onde falta) mais, muco (líquido viscoso que serve de lubrificante e tem propriedades anti-sépticas), eletrólitos (íons livres que conduzem eletricidade e geram uma descarga elétrica na boca de pessoas com obturações metálicas que, por um motivo ou outro, mordem uma folha de papel alumínio, efetivamente criando uma bateria dentro da boca), e enzimas (como a ptialina, que dissolve amidos, iniciando a digestão dos alimentos já dentro da boca).
A água tem como função molhar a comida e facilitar a mastigação e ingestão, o muco serve para barrar alguma bactéria que esteja se fazendo de besta na vizinhança bucal e para proteger os dentes, os eletrólitos eu não sei para que servem, se servem para alguma coisa, pode ser só um efeito colateral (nós temos muito disso) e as enzimas descem junto com a comida para auxiliar na extração de nutrientes.
A goipa, em geral, tem propriedades bactericidas, o que justifica o hábito de “lamber as feridas” mantido pela maioria dos animais. Baba humana, porém, não contém NGF, uma proteína encontrada na saliva de muitos mamíferos que ajuda na cicatrização das feridas. Portanto não use “proteção e desinfecção” como desculpa quando estiver lambendo suas purulentas perebas. E casca de ferida (pus seco) não contém nutrientes essenciais para o bom desenvolvimento da cútis, essa desculpa também não cola. Deixe de seboseira!
Quê mais?
A produção do esputo pode ser estimulada pelo sistema nervoso simpático (em resposta a estresse, reação de correr ou lutar), que o deixa grosso, e pelo sistema nervoso parasimpático (que regula funções fisiológicas como digestão), que o deixa mais aguado (a famosa sensação de “água na boca”).
O fluxo de saliva, que enquanto estamos ativos varia entre três quartos de litro até um litro e meio por dia, baixa para quase zero enquanto estamos dormindo.
Isso é o que eu li, porque minha evidência anedotal (experiência pessoal) me leva a concluir que a produção, se diminui, diminui muito pouco (quem nunca acordou todo babado?).
Bafo pode ser causado pelo acúmulo de bactérias em cima da língua (por isso que é importante escová-la enquanto se escovam os dentes) que, apesar do efeito bactericida, nem todas são afetadas e algumas (oito milhões e meio por mililitro) sobrevivem e interagem com a nossa entrada primária.
(Atualização: estava lendo isto aqui, coisa que raramente faço, e percebi que este último parágrafo está completamente mal escrito, foi mal. O que eu queria dizer era “Bafo pode ser causado pelo acúmulo de bactérias em cima da língua que, apesar do efeito bactericida -da saliva-, nem todas -as bactérias- são afetadas e algumas sobrevivem e interagem com a nossa entrada primária.”)

Traição

==> Este artigo não contém links <==
Todas as opiniões não são criadas igualmente, algumas são melhores que as outras (Douglas Adams).
Esta é a minha:
Nós passamos alguns bilhões de anos andando por aí numa só célula.
Depois, por algum motivo, resolvemos aglomerar.
Tudo ia bem até que inventaram o sexo.
Reprodução sexuada é bom porque mistura as defesas de dois organismos diferentes, resultando num terceiro que consegue se defender melhor, mas introduz deformações genética que, ao longo do tempo, vai mutando a espécie.
Várias mutações ocorreram, vários braços evolutivos se abriram (o ornitorrinco, apesar de mamífero, tem mais material genético de aves que de qualquer outro grupo, e isso é altamente bizarro, mas é sério, podem procurar, pois eu não vou incluir um link), vários grupos e várias espécies novas foram criados até chegar em Nós.
O Homo sapiens (sapiens) é um desenho mal feito que não serve para brigar, não serve para correr, não serve para o frio nem serve para se camuflar.
Nosso único trunfo é nosso cérebro.
Um cérebro usa MUITA energia. Muita energia mesmo! Eu diria mais; diria que usa muita energia mesmo!
Um de um humano usa mais ainda.
Tanto que a nossa cabeça é mais quente que o resto do corpo, calor este proveniente do consumo de energia (analogamente como o capô de um carro ser mais quente que o porta-malas). Procurem uma imagem do corpo em infravermelho.
Neste nosso mundo baseado em evolução, um cérebro só fica desse tamanho e consumindo esse tanto de energia após centenas de milhares de anos absorvendo o máximo possível de energia, em forma de alimento.
A maior revelação evolutiva humana foi o início do consumo de carne.
Primeiro proteína animal de insetos, depois de roedores, subindo até animais mais pesados que os caçadores, que já tinham inteligência suficiente para se organizar e abater uma presa decente.
O tempo passa, o tempo voa, o consumo se mantém em alta e a capacidade do cérebro aumenta.
(Um dado importante: nós utilizamos 100% da nossa capacidade cerebral. Uma conversa que tem por aí que só usamos dez por cento foi inventada por esotéricos e metafísicos para dizer que temos 90% ainda para aproveitar com “energia do pensamento” para mexermos objetos com a força da mente. Mentira. Nós usamos TUDO.)
Hoje só temos carros e computadores e aviões e medicina porque temos cérebros imensos e altamente ativos. Devemos isso ao consumo de carne animal, que provê mais energia (proteína), grama por grama, que qualquer produto vegetal.
Não comer carne é ir contra milhões de anos de evolução e (especialmente cruel) trair a nossa espécie e tudo que ela teve que suportar para que estivéssemos aqui hoje, com nossos encéfalos descomunais, lendo frases complexas e tocando piano.
Pessoas doentes que não podem comer carne, não devem fazê-lo, assim como pessoas alérgicas a lactose não devem beber leite, mas se um ser saudável e disposto se nega a comer carne por política ou filosofia, está prestando um desserviço ao nosso “sapiens sapiens” e traindo perversa e malevolamente a nossa herança fisiológica e anatômica.
E para os que dizem que é impossível obter todos os nutrientes necessários apenas com carne, eu recomendo uma visita aos esquimós.
Perguntem pelas hortas deles…
O único derivado de soja que presta é o que fica em volta de um pastel.

O fim da Dengue

Dengue só vai se acabar quando o Aedes aegypti for extinto e se o vírus não achar outro hospedeiro.
Não gosto de ser o arauto do terror nem o núncio do pânico, mas desde que o mosquito consiga pôr ovos, locais propícios faltarão jamais.
Por mais que se furem todas as latas, se virem todas as garrafas, se troque toda a água de jarro por terra e se queimem todos os pneus em rodovias federais durante protestos criminosos e indecentes, não vai parar de chover (pelo menos não aqui em Natal, pelo menos não no futuro próximo) e água não vai deixar de empoçar (ô palavrinha feia…).
Aqui, nós temos o segundo maior parque urbano do país (o maior natural, não-reflorestado) mais milhares de árvores espalhadas pelos canteiros e casas urbanas e de praia. Cada uma dessas árvores tem milhares e milhares de folhas que, pela falta de estações bem definidas a essa pouca distância do equador, estão o tempo todo sendo repostas, o que significa o descarte das velhas em favor das novas (“não vou mais com meias velhas, só vou com meias novas”). Cada uma dessas folhas mortas é um potencial receptáculo de água da chuva (que, através de impacto mecânico, derruba ainda mais folhas), se tornando também um berçário para os ovos dos mosquitos (se for verdade que tampinhas de garrafa também podem ser).
Os ovos são postos acima d’água e podem sobreviver na secura por mais de um ano, em condições favoráveis (umidade, temperatura, falta de perturbações, etc). Quando a chuva (ou qualquer água, tanto faz, basta ser mais ou menos limpa) cai e o nível do líquido sobe, o ovo cai na água e choca (eu li que isso pode acontecer em meia hora) e se desenvolve, em mais ou menos uma semana, num mosquito adulto que pode viver até trinta dias.
Eu não sei quantas vezes a fêmea põe, mas (ainda não sabendo com certeza) li que elas podem colocar até 200 ovos duma vez e que para produzir uma fornada elas precisam se alimentar até três vezes e que cada refeição do nosso sangue (o diabo do bicho é antropofágico, só gosta de sangue humano) leva de dois a sete dias para ser digerido.
Se a digestão durar em média cinco dias e a fêmea se alimentar duas vezes para gerar os ovos, são seiscentos ovos por mosquito(a).
Nem todos esses seiscentos vão chocar, alguns vão chocar na época errada, alguns vão ser comido por lagartixas, alguns nasceram machos (só as fêmeas se alimentam de sangue para ter energia suficiente para produzir ovos, fora esse tempo, tanto elas quanto eles se alimentam de seiva e néctar, como as borboletas), alguns vão nascer mal formados, outros não vão encontrar as condições ideais. Aliás, por falar nisso, as condições ideais para o desenvolvimento das larvas se dão num local com alta umidade e temperatura entre 25 e 30 graus Celsius. Conhecem algum lugar assim?
Voltando para o assunto “poças d’água”, quem aqui já subiu no telhado da própria casa (ou conhece alguém que o fez) para fazer o rodízio das telhas? Uma telha é uma tigela que não desenvolveu a tecnologia da borda contínua. Mas basta um empecilho (um mói de poeira ou terra ou folhas caídas) para tapar o escorrego e transforma-la num prato. Que fica escondido por duas outras telhas viradas para baixo.
Qual é o órgão da Prefeitura que vai passando de buraco em buraco (porque Natal está LOUCA de buracos, mais buraco que boneca de Vodu) das nossas ruas jogando água sanitária? Porque um buraco forrado com asfalto junta água bem que só. E junta muita.
Carros Fumacê (hoje tem muita palavra feia aqui…) são úteis porque matam os mosquitos. Mas não matam os ovos nem as larvas. E matam apenas na hora, já que a fumaça se dissipa muito rápido (não consegui achar um dado confiável, mas fumaça é fluida, que tende a se espalhar muito rápido, afinando e se diluindo, perdendo a eficácia) e toda hora tem mosquito nascendo. Para ser eficiente MESMO, a fumaça teria que jorrar vinte e quatros horas por dia, por trinta dias, o que não seria muito bom para a nossa saúde.
Esta semana eu fiz uma observação interessante. Eu trabalho num prédio que fica entre duas ruas de mão única, uma indo, outra vindo. O bico da bomba de aerossol dos carros Fumacê é fixo e aponta para o lado do passageiro (talvez para zelar pela saúde do motorista que, desse jeito, não fica exposto ao produto o tempo todo). Ou seja, quando está subindo a avenida, a fumaça está indo para os prédios aqui em frente. Quando está voltando pela rua de trás, novamente o bico aponta para o outro lado. Se a via for mão-única, os prédios do lado esquerdo jamais serão encobertos pela névoa de querosene e veneno.
Os mosquitos atacam em ambos os lusco-fuscos e são guiados pelo cheiro do gás carbônico que exalamos pela nossa respiração e através da nossa pele e pelo ácido lático produzido em nossos músculos (existem outros odores também, mas esses dois são os principais).
Depois da picada, o tempo de incubação do vírus varia entre quarenta e oito horas até quinze dias, quando ficamos doentes (mas nem toda picada transmite o vírus e às vezes são necessárias várias incidências).
Os sintomas principais são: dores nos músculos e nas juntas, manchas vermelhas pelo corpo e moleza. Mas um só não quer dizer nada, todos têm que estar presentes. Só dor nas juntas pode ser Gota, manchas na pele pode ser Chanha e moleza pode ser preguiça. Se os três sintomas estiverem presentes, corram (mas corram devagar) para o médico ou posto de saúde, bebam água como se não houvesse amanhã e DESCANSEM. Dengue não tem cura, quem faz o sujeito melhorar é seu próprio sistema imunológico que precisa de energia para detonar os invasores. Não desperdice.
E façam um acompanhamento, pois a sociedade precisa saber por onde o infectado andava ao ser picado, quanto tempo durou o quadro e a intensidade daquele modelo do vírus.
Novamente, água e cama. Muito de cada. Porque a Dengue jamais vai acabar…
Muito pouco em comum com o artigo de hoje, mas eu podia deixar essa frase passar batida não:
“Não há vida no ser que não tenha capacidade de mover-se por si mesmo. Embriões não são portadores de vida atual. Eles não têm direito e não guardam sequer expectativa desse direito (à vida)”
Cezar Peluso, Ministro do Supremo Tribunal Federal, sobre a Lei de Biossegurança-

Já pensou sua cidade sem eletricidade? Pague em dia, garanta energia…

Já notaram que lâmpadas incandescentes tendem a queimar mais freqüentemente ao serem acesas do que enquanto estão brilhando?
Estatisticamente isso não faz muito sentido, pois os bulbos tendem a ficar acesos por centenas de vezes mais tempo do que enquanto estão acendendo.
Então, deve haver algum outro mecanismo atuando para que isso aconteça, certo?
Não necessariamente. Só por eu ter começado com “já notaram”, eu estou induzindo vocês, seres sociais, cooperativos e evitadores de confrontos, a concordar comigo e estimulando suas memórias a recobrar só os eventos positivos e esquecer os negativos, como todas aquelas vezes quando a lâmpada queimou no meio do jantar. Mas, sério, alguém já presenciou isso? Eu lembro de nenhuma ocorrência do tipo. Só me recordo delas queimando ao serem ligadas.
Desta vez, existe sim o fenômeno e um conjunto de fatores que o propiciam. Não é apenas um truque psicológico, do tipo que videntes e astrólogos usam quando dizem coisas do tipo “você é uma pessoa forte e decisiva”. Ora, todos nós gostamos de nos ver maiores do que realmente somos, e gostamos de ter qualidades como Forte e Decisivo, por mais que não sejamos. O adivinho experiente, no entanto, completará a frase com “mas às vezes se sente frágil e gosta que lhe digam o que fazer”. Isso aí cobre 100% da população; os fortes, os fracos, os de decisão e os de cumprimento de ordem.
Mas, voltando para a explicação que quero dar.
Um filamento de lâmpada incandescente funciona da seguinte forma: corrente passa através dele, mas sofre muita resistência, o que faz o filamento esquentar (efeito análogo com o que ocorre quando esfregamos uma mão na outra e elas esquentam) até o ponto onde fica brilhante.
Um problema desse método é que o filamento frio tem menos resistência, logo conduz mais corrente. Se a corrente for muito alta, o fio se rompe em um ponto fraco.
Outro problema, é que sempre que a luz acende, elétrons super excitados (ui!) evaporam da superfície filamentosa. Saltam para fora aleatoriamente no começo, mas depois vão preferindo uns locais (chamados “nós”) a outros, fazendo o material perder massa em certas regiões, criando pontos fracos.
E além disso tudo, quando a corrente passa pelo filamento, que geralmente é helicoidal (em forma de mola), cria-se um pequeno campo eletromagnético temporário (depois que fica quente demais, o campo morre, tadinho) que efetivamente mexe o fio, empurrando e puxando até atingir equilíbrio. Mas isso é bem de pouquinho, não é o suficiente para desatarrachar a lâmpada do soquete, tranqüilize-se.
Então, temos a criação de nós frágeis quando está quente, a passagem de corrente excessiva quando está frio e um puxa-encolhe quando está ligando. Se isso não torar o sujeito na emenda, eu sei mais de nada!
Finalmente, como não é possível falar em lâmpadas sem falar n’Os Originais do Samba:
“As mariposa, quando chega o frio, fica dando volta em volta da lâmpida pra se esquentar.
Elas roda, roda, roda e dispois se senta em cima dos prato da lâmpida pra descansar.”
O resto da letra não carece, minha fama já é ruim o suficiente…
P.S. Mariposas, como outros insetos voadores de hábitos noturnos, se utilizam da luz da lua e das estrelas para achar o caminho de volta à toca. Como essas coisas estão muito longe dos bichos, o ângulo entre eles e a luz muda muito pouco, quase nada. Quando eles se deparam com uma fonte de luz mais forte que a desses marcos celestes, o sistema de navegação deles sofre interferência e eles tentam corrigir esse ângulo, chegando cada vez mais perto da fonte luminosa. O que quase sempre acaba em choro…
Só mais uma para acabar. Vou nem botar P.S.2, que parece marca de videogame.
Lâmpadas incandescentes são boas para manter coxinhas e queijadas quentes dentro de vitrines de padarias, pois são muito pouco eficientes e geram quantidades absurdas de calor e muito pouca luz, proporcionalmente.
Lâmpadas flourescentes antigas (das grandes) usam reatores que também esquentam muito, mas menos que as incandescentes, se tornando um pouco mais eficientes.
Já as novas lâmpadas econômicas (ou eletrônicas) usam reatores menores, que geram bem menos calor e consomem bem menos energia para produzir muito mais luz.
Mas boas mesmo são as lâmpadas de LED. Só são CARAS.
Pronto, acabei.

Falácias

Não, o nome da barreira de rocha ou terra à beira-mar é “falésia”.
Falácia é uma afirmação intencionalmente falsa ou errônea.
Quando alguém diz “você está errado porque você disse X”, quando na verdade você disse Y (seja distorcendo suas palavras ou colocando um significado diferente do pretendido, transformando sua posição em uma mais fácil de ser refutada), esse alguém está cometendo uma falácia.
Se um sujeito cria uma situação que, falsamente, só admite duas conclusões (“ou você faz X, ou faz Y”, onde X e Y são apenas duas de muitas alternativas), ele está cometendo uma falácia. Por exemplo: “ou você fica comigo ou o mundo se acaba”. As duas coisas podem acontecer ao mesmo tempo ou nenhuma das duas pode acontecer, ou uma terceira ou quarta coisa pode acontecer.
Chegam para você e dizem “isso tem que ser certo pois é muito antigo e praticado desde sempre”. Novamente, uma falácia. Se tudo o que fosse antigo fosse bom e certo, não teríamos antibióticos nem carros.
Generalização grosseira é o meu tipo favorito de falácia. É algo do tipo “Mao Tsé-Tung e Lênin eram ateus e mataram milhares de pessoas, logo, todos os ateus são truculentos e assassinos.”
Outra que eu dou o maior valor é confundir relação temporal com relação causal. Ou seja, X aconteceu antes de Y, logo Y foi causado por X.
Exemplo: espirrei e começou a chover, logo, meu espirro precipitou a chuva.
Falácia? Sim! Porque por mais forte que meu espirro seja e por mais que ele tenha realmente causado a precipitação, meu método de chegar à essa conclusão foi errado. Eu posso preparar uma xícara de café usando um bebê, uma piscina, uma espingarda e uma mãe chorosa. O café será concluido com precisão, mas o processo foi falacioso…
Eu sei que ler este blogue já é muita coisa para muita gente, mas quem tiver tempo e interesse, leia isso.
E, por favor, evitem dizer coisas do tipo “você pode nem falar!” ou “você já foi cabeludo e, portanto, não pode reclamar do meu cabelo ridículo”.
Não só posso, como tenho mais propriedade do que aqueles que nunca deixaram as melenas passar das orelhas.
Outra, começar uma frase com “é lógico!” nem sempre significa que a frase seja lógica.
Um P.S.zinho bem rápido.
No Dia do Físico eu esqueci de colocar o link para o blogue do idealizador da blogagem coletiva. Na verdade, eu achei que o link estava embutido no banner, mas me enganei. Foi mal Renan.
E, para Beth, que me pediu para escrever sobre homeopatia, primeiramente, obrigado pelas palavras carinhosas, segundamente, saiba que o artigo já está encaminhado. Aquele sobre Método Científico e este de agora foram a introdução. Preciso montar uma base antes para a entrada fazer sentido.

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