Enigma reformulado 2
Mantendo a tradição iniciada semana passada, mais uma pergunta envolvendo a Lua:
Por causa do ângulo de rotação da Terra, durante os verões nos pólos (meio do ano no norte, fim do ano no sul) o Sol não se põe, movendo-se elipticamente no céu, jamais descendo abaixo do horizonte.
Assim como a estrela, é sabido que nosso satélite também surge e some em pontos diferentes na nossa abóbada celeste todos os dias, efeito esse causado, novamente, pelo ângulo de rotação terrestre.
Pergunta: em que regiões do planeta o mesmo ocorre com a Lua, de modo que ela passe mais de um dia sem desaparecer do céu?
Respostas na segunda-feira às oito horas da manhã em ponto, Hora Legal Brasileira, que é o horário natural, não o de verão (um alô para o Luiz Netto!).
Ah, os comentários aqui embaixo então sendo moderados e só aparecerão segunda-feira, portanto não se desesperem achando que seus comentários não chegaram aqui.
A moderação não é uma medida de censura, mas uma de anticola, para que respostas anteriores não influenciem as novas.
Mais enigmas aqui.
42
Segundo meu contador (um automático, que conta visitas, não uma pessoa que faz minha contabilidade), este blogue atingiu NESTE INSTANTE (ou quase. É difícil ser preciso em situações com t=0) a marca de 42 mil visitas.
UAU!
Botões de periféricos de entrada já desceram e subiram quarenta e duas mil vezes dentro desta página!! Isso merece uma celebração! Cadê meu abridor de champanhe?
(O título deste artigo também poderia ser “Marcador Insignificante”, mas o número combina mais com o aspecto geral do que eu tento passar aqui.)
42 é um número importante para mim porque é engraçado (nem muito alto nem muito significativo. Quem não entende é porque ainda não está pronto para encarar a realidade do mundo) e desprovido de sentido (ou metassentido. Se bem que talvez ele faça sentido em si mesmo, mas eu não sou de saber dessas coisas), a não ser que se esteja buscando o dobro de 21 ou a idade de alguém nascido em 1966 (até esse dado varia bastante, dependendo inteiramente do ano e, muitas vezes, do mês).
42 é também a resposta para uma pergunta (ainda) inexistente. A matriz computacional ainda não está pronta para gerar o resultado, mas quem está com pressa?
Por enquanto nós (eu) vamos (vou) por aí, tentando aprender um dado novo ao dia (pelo menos), evitando Trolls e suas proverbiais clavas de ignorância e desinformação, esperando que o sol venha e os transforme em pedra.
Agradeço aos meus visitantes esporádicos e leitores assíduos, aos que gostam do que escrevo, aos que acham que minha carreira literária é tão promissora quanto um dirigível revestido de metal impermeável à radiação, àqueles que lêem meus artigos e têm a sensação de que estão sendo surrados até a morte por cadarços perfumados e aos que simplesmente chegaram aqui por engano ajudando a inchar o volume de visitas sem se dar conta.
Me sinto obrigado a agradecer (é do encurtamento dessa frase que vem o termo “obrigado”, que usamos hoje em dia em troca de um favor ao invés de dinheiro ou outra contribuição efetiva ou realmente significante para nosso interlocutor) também aos meus colegas de Lablogatório que me permitem compartilhar de suas presenças virtuais.
É uma sensação ótima estar rodeado desse tipo de gente sem ter que ouvir a cada cinco minutos “senhor, por favor comporte-se!” ou “você ainda está aqui?”.
Finalmente, o Google merece ser citado como a entidade unidimensional (ocupando apenas a dimensão Tempo) que tem sugado cada segundo extra que me sobraria caso não existisse.
Aliás, nem sei se isso merece um agradecimento. Talvez no máximo uma meia balançada de cabeça se ele passar por mim.
Ou um aceno sem lateralidade e um sorriso sem dentes se cruzarmos olhares de longe.
Bom, de toda forma, estou escrevendo isso mais por ter tempo de fazê-lo e por ter notado a tempo de fazê-lo do que por relevância propriamente dita.
E já estava em tempo de agradecer a alguém. Faz tempo que não faço isso.
(“Tempo” é uma palavra sem sinônimos adequados para os usos adotados acima. Normalmente eu não repetiria algo tanto assim se pudesse evitar.)
Obrigado!
=¦¤þ
Ronaldo no Corinthians
Eu ia comentar o quão ridículo é o fato de um clube de futebol contratar um jogador que não pode mais jogar e isso ter gerado uma renda imensa através da compra de ingressos e camisetas por torcedores esperançosos querendo ver fazer gols alguém que, pelo visto, não será mais que um garoto propaganda.
Algo equivalente seria o Flamengo contratar Zé Carioca.
Mas eu não falo de futebol aqui. Não pelo fato de ser um assunto polêmico ou pessoal, mas por simplesmente não gostar do esporte.
Só apareci aqui para dizer que tenho muitas idéias e muito pouco tempo (o pouco que tive hoje estou gastando escrevendo isto).
Ainda preciso falar da África, de ovos, de frutas, livros e várias outras coisas, mas eu procuro escrever sobre algo sério (diferente de futebol, que não deve ser levado a sério) depois de um mínimo de pesquisa, que consome exatamente o tempo que eu não tenho.
Isso e o fato de eu não ter conexão com a Internet em casa e ter no trabalho.
O oposto de “navegar pela Internet” não é “não ter Internet”.
O oposto de “navegar pela Internet” é o que passa por conexão no meu trabalho…
Papai Noel dos Correios
(Quem me acompanha lá e cá, vai notar que eu já publiquei isso, mas aqui eu tenho mais visibilidade, então vai de novo!)
Abra o seu coração e o seu bolso (e feche a sua vaidade e necessidade de receber crédito).
Faça uma doação anônima a uma criança que acredita que existe um barbudo benevolente que trabalha de graça na noite do dia 24 deste mês.
Vá a uma agência dos Correios e pegue uma carta para Papai Noel.
Eles recebem o presente e se encarregam de entregar.
VOCÊ NÃO RECEBE MÉRITO!
A criança contemplada vai achar que Pai Natal atendeu ao seu pedido.
Mas esse é o melhor tipo de doação que existe.
Por um, promove a humildade e ainda faz alguém feliz.
Alguém este que não vai saber quem deu e não terá como ir atrás para pedir mais posteriormente (presente de natal não é esmola).
Enigma reformulado 1.0
Os enigmas moleculares foram um sucesso (ou pelo menos eu gosto de pensar que foram), por isso resolvo sair ainda por cima e iniciar uma nova linha de perguntas.
Começando devagarzinho para não assustar, minha pergunta desta sexta-feira é a seguinte:
O que aconteceria com um balão cheio de hélio solto por um astronauta na baixa gravidade da Lua?
(Não precisa ser um astronauta, mas essa situação é mais fácil de visualizar.
Vide Einstein e seus trens.)
Sempre lembrando, hélio é aquele gás bem leve que deixa o povo com voz de Pato Donald e faz bexigas flutuarem.
Resposta segunda-feira ou aqui embaixo nos comentários.
E desta vez não darei dicas (ou já as terei dado?).
BlogBlogs hackeado
Esse acima foi o título de um email que circulou ontem pelos bastidores do Lablogs.
Kentaro, nosso cético de plantão, testou a página do BlogBlogs e teve seu computador reiniciado em seguida, sem causa aparente.
Além de hackeada, o portal continha um vírus que resetava o computador!
Ou seria outra coisa?
Teria o nosso amigo caiu na armadilha da “satisfação da busca” e confundiu correlação com relação causal.
SIm, pois a aparência do BlogBlogs não passava de uma brincadeira.
Eu (que sou muito medroso e não queria destruir o já precário computador do trabalho entrando numa página contaminada) procurei no Google pelo acontecido e achei vários blogues explicando a situação.
O portal agregador de blogues em língua portuguesa estava sendo atualizado para uma nova versão e enquanto isso se dava, os administradores tiraram tudo do ar e colocaram, na página inicial, uma imagem dando a entender que o BlogBlogs havia sido “derrubado” por hackers.
Alguns, na lista interna de emails do Lablogatórios, antes do resultado da minha pesquisa, resolveram checar e se depararam com a piada e não deram mais atenção. “Foi hackeado e isso é isso mesmo”.
Mori entrou e logo em seguida seu computador travou e reiniciou sozinho.
Relação temporal ou correlação. Uma coisa veio depois da outra.
Mas isso não implica em relação causal, onde uma coisa causa a outra.
Se não tivesse visitado a página, seu computador iria travar do mesmo jeito, mas ele não tinha como saber.
A satisfação da busca aí está no fato de que um evento satisfez uma busca e isso anuviou a visão do resto dos fatos.
Um exemplo bom disso, vindo diretamente de um livro que li recentemente, diz: um sujeito está atrasado para o trabalho e não consegue achar a carteira. Procura, procura e acha. Feliz da vida que teve sua busca satisfeita, ele sai de casa para o carro. Só então se dá conta de que não está com suas chaves e não pode nem abrir o carro nem voltar para a casa (a porta tem um daqueles trincos que não abrem por fora).
A alegria em achar a carteira foi tanta que o cegou para o fato de que ainda faltava alguma coisa.
Pois bem, o que quero dizer com isso é que ceticismo é um estado de constante vigilância que pune até o mais experiente por qualquer mínimo deslize.
Não é fácil manter a mente aberta e pensante o tempo todo, mas continuamos tentando.
Aldeia Sustentável – contribuição tardia
Mesmo atrasado para a iniciativa (que ia de 1° a 7 deste mês) da Aldeia Sustentável, idealizado pelas lablogueiras Paula e Cláudia, vou mostrar o que eu fiz.
Enquanto os legumes cozinham, eu uso uma chaleira como tampa, o que aquece água que eu talvez precisse para o feijão (não sou de medir quantidades enquanto cozinho, apenas vou colocando ingredientes e depois fico prestando atenção).
Aumento a eficiência na minha cozinha enquanto economizo gás.
(Próximo passo é uma unidade de condensação, onde capturarei até 90% do vapor saindo das panelas para produzir mais água para cozinhar mais coisas.)
Eu nem ia participar por simplesmente não saber o que fazer, mas aí está.
E nem precisei pensar a respeito, apenas lembrar de bater um retrato.
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Nós aqui do Lablogatórios estamos comemorando (forma de falar) os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Trinta artigos, criados pela ONU com a melhor das intenções (parece que vou criticar, mas é só aparência) para fazer do mundo um lugar mais confortável.
Eu recomendo que todos que aqui caiam leiam o documento, clicando aqui.
Recomendo MESMO!
Pode parecer besteira, mas é sempre bom refletir sobre essas coisas (e o texto é pequeno, menor que um artigo meu quando estou inspirado).
Mas, para quem tem preguiça de clicar e ler, deixo aqui os que eu considero mais importantes.
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Coincidentemente, os dois primeiros.
A Declaração é belíssima, muitíssimo bem escrita e merece mesmo ser lida.
Outro trecho bastante pertinente no contexto do lablogs é o trigésimo sétimo artigo, que lê:
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
O aniversário mesmo é amanhã (dia 10), mas ainda preciso comprar a carne e o sal grosso e aqueles que me lêem de noite poderiam achar tarde demais para ligar para dar os parabéns.
Mensagem de texto
Duas coisas:
1 – A polícia deveria receber chamadas de emergência por SMS (short message service, a infame “mensagem de celular”) de pessoas presas no banheiro da própria casa por assaltantes com o ouvido na porta.
Eu pensei nisso quando ouvi aqui no trabalho um caso semelhante em que residentes foram encarcerados dentro do aposento ladrilhado por meliantes obstinados portando aparelhos portáteis de expulsão violenta de projéteis semimetálicos.
Só uma hipotética que estou lançando por aí…
2 – Essa tecnologia amigável aos miguxos é boa o suficiente para se amputar um braço.
No Congo, pelo menos.
Segundo a BBC Brasil, um médico foi guiado passo-a-passo durante o procedimento via mensagens instantâneas de celular.
Duas coisas me chamaram a atenção no caso:
2.1 – O médico, um britânico participante do programa Médicos sem Fronteiras no Congo, estava pedindo ajuda a um colega conterrâneo em sua pátria (a notícia diz “Grã-Bretanha”, o que me faz concluir que não foi na Inglaterra. Talvez em Gales) via celular.
Uma cirurgia é algo dinâmico que exige ações rápidas. Por que mensagens? A ligação internacional custava caro demais?
“Cortei 1 arteria s querer, o q faco agora?”
Acho que num ocorrido assim a pior coisa que pode acontecer é “Sua mensagem não pode ser enviada, por favor tente novamente mais tarde” ou então, ainda pior “rapido, vc tem apenas 10 sg p interromper o flx sang usndo 1 pinca pqna e iniciando o procdmento de sutura da seguinte forma. us” NÚMERO DE CARACTERES EXCEDIDOS, CONTINUAR ESCREVENDO E MANDAR DUAS MENSAGENS?
2.2 – O braço do garoto tinha sido arrancado originalmente por um hipopótamo.
Republicado: Traição
Inspirado por esse artigo indicado por esse cabra e impulsionado pela falta de criatividade que me abateu hoje (na verdade foi semana passada, pois escrevo com muita antecedência), resolvi republicar mais um artigo meu, originalmente publicado em primeiro de junho de 2008, no meu outro blogue.
==> Este artigo não contém links <==
Todas as opiniões não são criadas igualmente, algumas são melhores que as outras (Douglas Adams).
Esta é a minha:
Nós passamos alguns bilhões de anos andando por aí numa só célula.
Depois, por algum motivo, resolvemos aglomerar.
Tudo ia bem até que inventaram o sexo.
Reprodução sexuada é bom porque mistura as defesas de dois organismos diferentes, resultando num terceiro que consegue se defender melhor, mas introduz deformações genética que, ao longo do tempo, vai mutando a espécie.
Várias mutações ocorreram, vários braços evolutivos se abriram (o ornitorrinco, apesar de mamífero, tem mais material genético de aves que de qualquer outro grupo, e isso é altamente bizarro, mas é sério, podem procurar, pois eu não vou incluir um link ERRADO!, mas eu já me corrigi aqui), vários grupos e várias espécies novas foram criados até chegar em Nós.
O Homo sapiens (sapiens) é um desenho mal feito que não serve para brigar, não serve para correr, não serve para o frio nem serve para se camuflar.
Nosso único trunfo é nosso cérebro.
Um cérebro usa MUITA energia. Muita energia mesmo! Eu diria mais; diria que usa muita energia mesmo!
Um de um humano usa mais ainda.
Tanto que a nossa cabeça é mais quente que o resto do corpo, calor este proveniente do consumo de energia (analogamente como o capô de um carro ser mais quente que o porta-malas). Procurem uma imagem do corpo em infravermelho.
Neste nosso mundo baseado em evolução, um cérebro só fica desse tamanho e consumindo esse tanto de energia após centenas de milhares de anos absorvendo o máximo possível de energia, em forma de alimento.
A maior revelação evolutiva humana foi o início do consumo de carne.
Primeiro proteína animal de insetos, depois de roedores, subindo até animais mais pesados que os caçadores, que já tinham inteligência suficiente para se organizar e abater uma presa decente.
O tempo passa, o tempo voa, o consumo se mantém em alta e a capacidade do cérebro aumenta.
(Um dado importante: nós utilizamos 100% da nossa capacidade cerebral. Uma conversa que tem por aí que só usamos dez por cento foi inventada por esotéricos e metafísicos para dizer que temos 90% ainda para aproveitar com “energia do pensamento” para mexermos objetos com a força da mente. Mentira. Nós usamos TUDO.)
Hoje só temos carros e computadores e aviões e medicina porque temos cérebros imensos e altamente ativos. Devemos isso ao consumo de carne animal, que provê mais energia (proteína), grama por grama, que qualquer produto vegetal.
Não comer carne é ir contra milhões de anos de evolução e (especialmente cruel) trair a nossa espécie e tudo que ela teve que suportar para que estivéssemos aqui hoje, com nossos encéfalos descomunais, lendo frases complexas e tocando piano.
Pessoas doentes que não podem comer carne, não devem fazê-lo, assim como pessoas alérgicas a lactose não devem beber leite, mas se um ser saudável e disposto se nega a comer carne por política ou filosofia, está prestando um desserviço ao nosso “sapiens sapiens” e traindo perversa e malevolamente a nossa herança fisiológica e anatômica.
E para os que dizem que é impossível obter todos os nutrientes necessários apenas com carne, eu recomendo uma visita aos esquimós.
Perguntem pelas hortas deles…
O único derivado de soja que presta é o que fica em volta de um pastel.