Fe²

Procurando alguma relação entre deficiência de ferro e metabolismo lento (não achei entre eles, mas existem sintomas que podem ser causados por esses dois fatores independentemente), fui lembrado que esse tipo de anemia pode causar fadiga e descobri que outros sintomas incluem tonturas, sensação de frio e irritabilidade.
Ferro pode ser ferroso ou férrico.
O férrico é insolúvel em água e tem propriedades magnéticas (é atraído por ímãs), enquanto o ferroso é hidrossolúvel e não é influenciado por campos magnéticos e é o tipo de ferro encontrado em nosso sangue (portanto não adianta dormir num colchão magnético para alinhar as energias, porque o sangue não vai nem saber que tem um ímã ali perto).
Quando o ferroso é exposto ao ar (com oxigênio), ele oxida e vira férrico, por isso que sangue quando seca na camisa fica amarelo, possibilitando o início da vingança da família da vítima¹ (a goteira de uma torneira pingando vai, eventualmente, deixar uma mancha de ferrugem na pia, pois a água com ferro dissolvido vai evaporar, expondo o material ao ar, transformando-o em ferro férrico, amarelo-avermelhado, que mancha a porcelana).
A hemoglobina (proteína presente nas células sangüínea) contém ferro ferroso dissolvido, que se liga com moléculas de oxigênio (aqui não ocorre oxidação pelo fato do ferro estar dissolvido), transportando-as por todo o corpo.
Quando com anemia (falta de ferro no sangue), o indivíduo se sente cansado devido aos órgãos não estarem recebendo suprimento suficiente.
Alimentos que contém ferro (fígado, feijão, espinafre, ovo, brócolis) devem ser consumidos conjuntamente com alimentos contendo vitamina C (frutas ácidas, pimentão, couve, ervilha), pois esta potencializa a absorção daquele.
Contrariamente, alimentos ricos em cálcio (leite e derivados, sardinha, castanha) devem ser consumidos separadamente, de preferência em refeições diferentes, pois cálcio afeta a absorção do ferro.
Ou seja, tome café-da-manhã com leite, pão com manteiga, queijo e cereais, almoce feijão com arroz, fígado, salada de espinafre e suco de caju e jante um ovinho no pão com café (café também diminui o efeito do ferro, mas um dia sem café é um dia perdido).
Ô fome!
¹Assistam a Abril Despedaçado e entendam.

Receita de sorvete

1 medida qualquer de suco de fruta
1 outra medida arbitrária de açúcar (ou leite condensado, ou isso + creme de leite)
1 certo tanto de leite (ou não, talvez baste a aquosidade do suco, se bem que pode ser um suco ao leite. Huumm…)
Agora, a parte importante: o preparo.
Sorvete só é sorvete (macio e molinho, de comer com a colher) porque a estrutura microscópica permanece assim; pequena demais para ser vista.
Ninguém gosta (estou extrapolando da minha própria experiência) de quebrar um dente numa pedra de gelo perdida dentro da bola gelada de gostosura e delícia.
Para que tais blocos de água congelada não se formem, eles precisam ser quebrados enquanto ainda são pequenos¹, deixando-os do menor tamanho possível. E isso é feito mexendo a mistura, ou constantemente (numa sorveteira) ou vez por outra (usando o método de deixar no freezer pelo resto da noite).
Quanto mais for misturado enquanto congela, menores serão os flocos de gelo. E quanto menores eles, melhor será a textura do sorvete.
Mexer também acrescenta ar à massa, o que deixa a sobremesa ainda mais leve e prazerosa de se comer (dá menos trabalho, aumentando o custo-benefício).
O sorvete ainda contém muito líquido (na forma de solução de água e açúcar), que serve de liga para segurar o gelo e o ar e os pedaços de fruta e as outras coisas que vão nele
Outro método interessante é aumentar a velocidade de congelamento, pois quanto mais lento for o congelamento, mais tempo os cristais de água terão para aumentar de tamanho.
Eu vi uma receita de sorvete com nitrogênio líquido (cento e noventa e poucos graus centígrados negativos), que congela a mistura instantaneamente (nem tanto, demora um meio segundo), deixando a textura inacreditavelmente suave e “soltinha”, como diz minha mãe.
Fora isso, o negócio é mexer loucamente.
A mesma coisa acontece com pedra.
Quando lava endurece lentamente, grandes cristais têm tempo de se formar (como no caso do granito), mas quando esfria rapidamente, como quando dentro d’água, forma rochas ígneas com material vítreo (vidro, basicamente).

Quanto mais lentamente for o esfriamento, mais dura será a rocha (assumindo materiais com composições semelhantes).
Já foi inclusive sugerido que sorvete é um tipo de rocha ígnea.
E por falar em vidro (que não é um líquido ultraviscoso como meu professor de História disse, mas um sólido amorfo, que se solidifica sem cristalizar:

a linha vermelha representa a transição de um material normal (como gelo), onde o X aponta o ponto de fusão. A linha verde representa a transição suave do vidro, onde não há ponto de fusão.

a linha vermelha representa a transição de um material normal (como gelo), onde o X aponta o ponto de fusão. A linha verde representa a transição suave do vidro, onde não há ponto de fusão.


), eu já achei um pedaço de vidro dentro do meu sorvete e fui trocar, aí o balconista voltou dizendo “agora pode comer sem receio”.
?
Tirou a primeira bola do contêiner rotulado “contém vidro”? Catucou meu sorvete? Passou numa peneira? Raios-X? Cão farejador?
Acabei tomando (!) de todo jeito. Era sorvete de jabuticaba.
¹lembrei da piada do cara que é atropelado por um trem, se recupera, vai passear, vê um ferrorama numa vitrine e o destrói, dizendo: “esse bicho é perigoso, tem que matar enquanto é novo!”

Cheiro-Verde

Lembrei!

Sinestesia (subs. fem.)
Psicol. Relação subjetiva que se estabelece espontaneamente entre uma percepção e outra que pertença ao domínio de um sentido diferente.

Eu sabia o que era sinestesia até ler essa definição no Aurélio. Acessível? Acho que não…
Bom, explicando melhor, sinestesia é sentida quando um estímulo sensorial (um cheiro, por exemplo) causa outro diferente (uma cor).
Existem pessoas que vêem cores quando escutam certas notas musicais, outras que sentem gostos quando escutam palavras específicas, etc. A relação é sempre fixa. Se um sinesteta vê um tom de azul quando escuta uma nota ré, sempre que ouvir a mesma nota, verá a mesma cor.

Isso aqui...

Isso aqui...


…experimentado por um sinesteta…
...vira isso.

...vira isso.


Qualquer um dos sentidos pode se interligar a qual(is)quer outro(s) e até maneiras de perceber algo podem se misturar.
Exemplo mais próximo que eu tenho: um primo meu vê cada dia da semana com um tom de cor diferente (as quintas-feiras são manchadas de azul, os domingos são cinzentos).
Há pessoas que vêem letras e números com cores distintas
alfab
E outras que enxergam as palavras com a cor de uma letra predominante (geralmente a primeira letra dá a tonalidade da palavra).
Antes de continuar, por favor notem a falta de links e corroboração. Eu estou escrevendo a maioria disto de memória (que não é 100% confiável em ocasião alguma) por já ter lido e pesquisado muito sobre o assunto, inclusive para um trabalho de faculdade.
MAS
Não tomem tudo que tem aqui como verdade. Eu não mentiria de propósito, mas posso estar enganado no que estou dizendo.
Se acharem o assunto interessante, pesquisem e procurem por fontes confiáveis (publicações com revisão-por-pares é o melhor caminho).
Continuando.
Há quem sinta o cheiro de uma textura, uma veja uma luz quando pensa em água suja.
Aparentemente, limite não existe. Se pode ser vivido, por ser confundido.
O mecanismo não é bem entendido, não se sabe ao certo porquê o cérebro fica ligado com os fios trocados.
Exames de ressonância magnética funcional mostraram que áreas do cérebro de sinestetas se confundem e respondem a estímulos errados (no caso som-cor, quando uma nota é tocada, tanto a área que corresponde à aquisição do estímulo sonoro quanto a da visão acendem).
Especula-se (hoje é meu dia de ser vago e inconclusivo) que, além da predisposição genética, influência externa durante a infância contribui para o fenômeno.
Salas de alfabetização em escolas geralmente expõe as letras do alfabeto nas paredes. Se um dos estudantes já apresentar o defeito, pode aprender a associar as letras às cores (como na figura acima, o A sendo vermelho, o B amarelo, etc).
Sentir gosto de presunto quando falam em presunto não é sinestesia, é condicionamento.
Só se torna sinestesia se for sempre e com a mesma intensidade, independente do tipo (peru, chester, suíno, defumado, parma, podre).
(Valeu Felipe!)
Eu tenho sinestesia adquirida (ou seja, não tenho sinestesia, estou inventando moda).
Por causa da minha linha acadêmica (mexo com som, basicamente), eu desenvolvi um sistema de identificação de certos tons e ruídos que me ajudam a achar problemas mais rapidamente.
Eu associo um barulho numa caixa de som gerado por falta de aterramento, por exemplo, com o fundo da minha garganta. Um ruído muito semelhante, mas causado por interferência elétrica, está no meu céu-da-boca.
Um ruído branco (barulho de TV fora-do-ar) é uma sensação na língua parecida com aquelas balas que “explodem”.
Ruído rosa, muito parecido com o branco mas com a quantidade de energia diferente (tecnicalidades) é mais pra cima, entre as bochechas.
Oitocento hertz é bem docinho enquanto 14kHz é gelado.
Não nasci com isso, nunca tive sinestesia, mas sou estranho o suficiente para conseguir fazer isso quase sempre (também sei espirrar com os olhos abertos e estou treinando para lamber meu cotovelo e morder minha testa).
Edição:
Tem um filme da BBC sobre isso, chamado Derek tastes of earwax (Derek tem gosto de cera de ouvido), deve ter no youtube.
Bom para quem sabe inglês, não sei se existe traduzido.

O que importa é a aparência

Hoje eu ia falar sobre Rorschach e suas manchas de tinta:

Isso aí é ou Mestre Splinter ou um bico de mangueira.

Isso aí é ou Mestre Splinter ou um bico de mangueira.


Mas desisti.
Lembrei que da última vez que tinha pesquisado sobre esse método, tinha ficado confuso, pois a eficácia é bastante contestada e polêmica.
Aí eu lembrei de outro tipo de mancha, bem mais cientificamente aceitável:
Eu vejo 42.

Eu vejo 42.


Quando eu era criança, me explicaram daltonismo de um jeito que parecia que as pessoas trocavam as cores (geralmente verde e vermelho), mas não é isso que ocorre.
Um daltônico não acha que uma graviola é vermelha ou uma acerola é verde, pois enxerga as duas como tons de amarelo (ou até cinza). Eles podem confundir essas duas cores quando elas estão lado a lado, pois elas ficam muito parecidas, mas não trocam de posição.
exemplo de deuteranopia visual

exemplo de deuteranopia visual


Existem vários tipos de cegueira cromática (vide link, não vou me aprofundar muito aqui), a total, visão monocromática (ou acromática), sendo mais rara (pessoas com esse tipo de deficiência são chamados de monocromatas).
A causa dessa situação é o mal-funcionamento dos receptores (cones e bastonetes) da retina, geralmente de ordem genética e congênita (desde o nascimento), mas podendo ser provocada por lesões cerebrais, nos nervos, ou nos olhos (o que acaba dando no mesmo, como um vazamento na caixa d’água, no cano ou na torneira, só mudando o tamanho do dano).
Quando é genético, se manifesta no cromossomo X.
Para um homem (XY) ser discromatópsico (ô nome massa! Difícil da primeira vez, escorre pela língua da segunda em diante), basta ter o X errado. Uma mulher (XX), no entanto, precisa ter os dois X’s recessivos, o que torna muito mais difícil mulheres nascerem assim, mas não impossível, como diziam quando eu era inocente (das mesmas bocas também saia que mulheres não tinham ataques cardíacos).
Toda mulher daltônica tem, necessariamente, pai daltônico.
Humm…
Deu vontade de escrever sobre sinestesia.
Acho que as cores nesse teste me deram fome.
Tenho um primo que sabe que é quinta-feira pelo tom de azul que o mundo toma (acho que já disse isso).
Legal.

Cérebro congelado

Não só há inúmeras pesquisas sobre aquela dor de cabeça que sentimos quando tomamos sorvete depressa demais (de verdade!) como existe um nome todo cheio de onda para isso: ganglioneuralgia esfenopalatina.
Esfenopalatino, até onde eu sei (e tive paciência para descobrir), é uma artéria que vai do palato (céu da boca) até o cérebro.
palato
Ganglioneuralgia é uma dor nos nervos (neuralgia é uma dor que se estende ao longo dos nervos e gânglio é um aglomerado de neurônios).
Puxa, que preguiça.
Nunca tive tanta indisposição para finalizar um artigo…
Se vocês estão lendo isso é porque eu desisti e não voltei. Senão, a entrada vai ser ótima e eu preciso me lembrar de tirar essas linhas…
A melhor maneira para curar a bicha (informação irrelevante, porque a dor dura menos de um minuto normalmente, e fazer qualquer outra coisa nesse meio-tempo só desvia a atenção, dando a impressão de que a dor sumiu mais rápido, mas até que faz certo sentido) é esfregar a língua no céu de boca, usando a fricção para esquentar a área defeituosa.
Defeituosa (temporariamente, pelo menos) porque o encéfalo acha que está literalmente congelando (outra informação sem conteúdo, porque pode muito bem ser outra coisa completamente diferente, mas eu vou continuar com essa que é legalzinha e boa de contar em jantares sociais) e manda a mensagem de dor para que o dono da cabeça faça alguma coisa (como abrir a abdômem de um tauntaun e enfiar a cabeça dentro).

Toddy Light

Hoje eu acordei com vontade de roubar re-publicar algo dos outros (novamente).
Visitando o blogue “nutricional” da Francine Lima, achei uma entrada ótima!
Light uma ova?
Começa com uma carta de uma consumidora esperta sobre a diferença calórica entre achocolatados, um tradicional e outro light.

Toda tabela nutricional traz o teor de nutrientes e calorias em uma determinada porção. Numa bebida, pode ser de 200 ml. No caso do achololatado versão Original, a porção de referência é de 20 gramas, ou duas colheres de sopa. Para uma comparação honesta, dois produtos semelhantes devem usar tabelas nutricionais que se baseiem numa mesma porção. Mas a Pepsico, grupo multinacional ao qual pertence a marca Toddy, preferiu fazer diferente. Colocou no rótulo do Toddy Light uma tabela baseada na porção de 10 gramas, a metade da usada na versão original. O consumidor desavisado (não é o caso da leitora em questão) vê lá: 37 calorias no Light contra 80 calorias no Original. E pensa: ‘nossa, o Light é muuuuito menos calórico!’ Mas pense assim: se o cidadão colocar uma só colher de Toddy Original no seu leite, em vez de duas, terá 10 gramas de achocolatado e 40 calorias adicionadas ao do leite. Se colocar a mesmíssima quantidade de Toddy Light no mesmíssimo leite, terá 37 calorias. Só três calorias a menos. Três! Ou seja, os dois produtos são praticamente iguais em termos de teor calórico!

Depois a empresa tenta se justificar usando matemágica:

De acordo com a Portaria 27/ 1998, para considerar um produto como “com reduzido valor energético”, 100ml do produto pronto para o consumo deve apresentar diferença maior que 20 kcal/100ml e redução mínima de 25% do valor energético total. Se o valor energético de 200ml de Toddy Tradicional preparado com leite desnatado é 148 kcal, em 100ml temos 74 kcal. No Toddy Light, o valor energético de um copo de 200ml de leite com o achocolatado é de 106 kcal, então em 100ml é 53kcal. Assim, temos:
Redução calórica em valor: 21 kcal/100ml (74kcal – 53kcal)
Redução calórica em porcentagem: 28 % [100 – (53*100 ÷ 74)]

Visitem o blogue da menina, não só por recomendação minha (muito bom, eu recomendo! =¦¤þ), mas também porque é realmente interessante o ponto de vista dela (e a pontuação e a gramática e a concordância).

Passeio radical

Enquanto procurava umas fotos para usar num novo projeto do qual faço parte (com o objetivo de dispersar ciências), achei isso aqui:
bicicletas
bicib
bicc
Uma montanha-russa na qual os carrinhos são pedalados como bicicletas!!
Loucura assim só podia ser japonesa!
Certo?
Nem tanto.
A página onde achei isso é esta aqui.
A fonte do autor é uma tradução eletrônica automática de uma página em japonês.
Mas e as fotos?
O que mais me intrigou aí foi a primeira foto, onde aparece uma criança pedalando e um carrinho com uma só pessoa, ambos muito juntos.
E se a pessoa do carrinho de trás pedalar mais rápido? Durante uma descida, haveria uma colisão.
Japoneses podem ser doidos, mas lá também se pratica a arte do Processo Legal.
Decidi investigar e nem precisei de tanto tempo, graças aos links multilíngües do youtube achei um vídeo cobrindo boa parte do passeio:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=e8MjDE0-C9k]
O passeio, que parece ser divertido mesmo, é legítimo, bem como as fotos.
O problema foi a tradução e os ângulos (e a preguiça do primeiro autor), que fazem parecer que todos aqueles trilhos fazem parte do mesmo percurso, quando na verdade o passeio nos carrinhos pedalados é numa superfície plana e todas aquelas descidas e loops fazem parte do caminho de uma montanha-russa de verdade, com segurança, espaço entre os carros e tudo mais, completamente separado do primeiro.
mont
O nome do negócio é skycycle, caso alguém queira mais informações, porque para mim já basta o que aprendi hoje.
Eu faria o passeio, a vista é bonita.
Se algum de vocês descobrir onde fica (tenho nem certeza se é no Japão mesmo), me avise.
=¦¤þ
p.s. não é que eu duvide de tudo, eu apenas desconfio das coisas…

Resumo OS X

Fim-de-semana.
Eu não escrevo nos fins-de-semana, mas tem gente que vem aqui dar uma lidinha no que eu disse durante a semana.
Para tais indivíduos, eu faço compilações (é nessa hora que vocês se sentem apreciados e ruborizam por eu lhes dar atenção)!
Sem mais delongas (fora essa última frase, esta aqui e a próxima), vamos aos links.
Começando pelo começo, a antologia completa desse arrumado:
Primeira tentativa – ressaca, lápis, terremoto e fotos;
Segundo round – música, polêmica, luz e coincidências;
Terceiro reich – mosquitos, formigas, sabão e atração;
Quarto movimento – nomes, vidência, jogatina e alucinações;
Quinto colocado – sonar, álcool, relógios e trens.
Agora, os “novos”:
O peso (e as medidas) das coisas;
Decapodes ajudando a produzir o próprio habitat (fez sentido na minha cabeça…);
Divulgação nem sempre é uma coisa boa (ou pelo menos nem sempre é bem feita);
Como fazer uma professora de primário tremer (sem precisar sacudir mecanicamente);
Água suja, desmatamento, colonização, idiotas e seus filmes (é sobre o meio-ambiente não, podem ler sem abuso);
Da umidade da legislação (e da aferição de medidores);
E por enquanto é isso aí mesmo…
Posso escrever muito não e já me alcancei.
Acho que outro apanhado destes só ano que vem.

Centésimo artigo

Mantenho este blogue há três meses e meio e isto aqui é a centésima entrada.
Prolixo, eu?
Eu não deveria estar escrevendo, mas eu não me contenho.
Deu vontade de escrever (foi quando notei que já tinha 99 artigos publicados e este seria um número duplamente redondo, mas eu não ligo para números famosos) porque comecei a ler várias coisas agora pela manhã sobre a Lei Seca.
A primeira coisa que me veio à mente sobre isso (e pensei nisso hoje pela primeira vez) foi “Lei Seca é um termo um tanto exagerado, nénão?”
De certa forma, isso sempre existiu, sempre foi proibido beber e dirigir (até onde eu lembro), apenas diminuiram o limite. Que não é zero.
Nem pode ser.
Os instrumentos de medição vêm com um certo grau de erro (problemas de calibração) que, se o limite fosse zero, as autoridades poderiam prender o vento por se locomover embriagado.
Comer um chocolate de rum (meu favorito, ainda mais pelo fato de ser sempre o que sobra dentro da caixa já que nenhuma outra pessoa que conheço gosta do bicho) ou um bombom de licor não vai lhe jogar atrás das grades, através das quais o sol aparenta nascer listrado (quando eu era pequeno eu fiz um passeio pela Fortaleza dos Reis Magos (uma fortificação militar do século 17 (não gosto de números romanos) localizada na minha cidade, na esquina do mar com o rio Potengi, ponto estratégico de entrada em Natal), onde me foi mostrada uma cela, cuja única fonte de iluminação e entrada de ar (fora a porta, obviamente), é um buraco atunelado na parede inacreditavelmente grossa (tijolo de oito furos uma ova, lá é tudo PEDRA), por onde, logo cedo, em certos dias, se der sorte, um detido poderia ver o sol nascer. Quadrado), nem vão tomar sua carteira de motorista por causa disso.
Existe sim um limite acima de zero, se não pela bondade da polícia e dos legisladores, mas pela ciência de que os instrumentos não são perfeitos e que pessoas ainda usam antisséticos bucais com álcool.
Eu queria explicar como o bafômetro funciona, mas precisaria pesquisar, interpretar, desenvolver, colocar links, citar fontes, etc, etc, etc e não estou afim de escrever muito hoje…
Sério.
O problema maior é a falta de policiamento e fiscalização.
Aqui existe uma blitz permanente na Via Costeira mas, no dia de um show grande por aquelas bandas na semana retrasada, eu fui na hora em que todo mundo estava indo e voltei na hora em que todo mundo estava voltando e o posto policial ali estava fechado.
Semana passada fui e voltei para uma praia semiurbana em condições semelhantes de tráfego e movimento e encontrei a mesma falta de policiais.
Por mais seca que a lei seja, precisamos de quem a imponha.

Resumo XP

Outro sábado, outro apanhado de artigos meus para quem passa por aqui pelas manhãs dos fins-de-semana pois tem mais o que fazer da vida durante o expediente.
Quem ainda não viu, tem mais um aqui, outro atrás deste link, mais um nesse canto e o último antes deste último pode ser encontrado no primeiro “último”.
Cliquem nas palavras sublinhadas e divirtam-se.
Minha produção foi drasticamente reduzida por vários motivos, mas mesmo assim eu ainda escrevi bastante.
Por exemplo: descrevi minha mulher ideal (e acabei achando!);
publiquei um trabalho (escrito por mim) que talvez comprometa a carreira de uma aspirante a médica (caso o professor dela esteja por aí verificando fontes);
expliquei como funciona um ultrassom enquanto me preparava para ter um feito em mim (não estou grávido, ainda bem);
aproveitei uma entrada num blogue dum amigo meu para me retratar de mentiras que espalhei sobre mamíferos peçonhentos (e cometi um erro matemático que ninguém notou mas ainda está lá para quem quiser apontar);
tirei a graça de alguns adágios quasifamosos (apesar de sempre achar que todos eles jamais foram engraçados);
expus meu próprio roubo de dois artigos excelentes sobre legislação de remédios e alimentos;
falei um pouquinho sobre álcool e joguei umas charadas no meio (para desviar a atenção do assunto real: densidade);
compartilhei com meus leitores a melhor maneira de acertar seus Medidores de Passado;
dei algumas razões práticas para a diminuição da minha pegada carbônica (e um mapa para a minha casa, para os que estão prestando atenção);
também inclui instruções de como construir ferrovias internacionais sem o uso de energia (nas ferrovias, não nas construções).
Escrevi mais que isso, mas preciso deixar alguma coisa para o próximo fim-de-semana.
Vão clicando aí no Calendário ali em cima, nas Etiquetas lá embaixo, nas Categorias aqui ao lado, para coisas minhas, ou nos links Nacionais e Internacionais para ver coisas de outros.
Quem quiser me conhecer, clique aqui ou no meu nome aqui no lado direito (abaixo de Autor).
E comentem. Preciso saber se tem alguém gostando (senão eu choro).
Para os que ainda não sabem, cada linha sublinhada dessas aí em cima é clicável, com uma ligação que leva para outra página, com o artigo indicado.
Não vão embora, eu sei fazer uma massagem Ótima!
Até a próxima!
=¦¤þ

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