Feliz Dia de Darwin 2010!!

Hoje, dia 12 de fevereiro, e estamos comemorando os 201 anos de nascimento de Charles Darwin. Entramos na era pós bicentenário darwiniano. Época em que ciência e cultura não são mais extremos opostos e distantes, pois é cada vez mais fácil o acesso à ciência e à divulgação científica pela internet.

 Mas o acesso em si não é suficiente, precisamos de um real engajamento de cada um pra se tornar um cidadão cientificamente cultural, ou seja, aquele que usa o pensamento crítico, testanto possibilidades, buscando evidências para os posicionamentos e atitudes, desconfiando sempre da Autoridade, Tradição, da Revaleção como fontes inquestionáveis do conhecimento. Dessa forma nossa sociedade será mais culturalmente científica: entreterimento, arte, política e cidadania incluirão aspectos científicos relevantes criando um ciclo, em que quanto mais culturalmente científica a sociedade, mais cientificamente cultuais são as pessoas. Acredite se quiser, esse processo já começou e a mudança é gradual.

É época de abaixos assinados evolutivos. O site do Darwin Day está reconhendo assinaturas em uma petição para o presidente Obama visando a proclamação oficial do dia 12 de fevereiro enquanto o Darwin Day, dia em que celebramos a ciência e a razão reconhecendo a importância científica e cultural de Darwin. Se você tem amigos ou parentes nos EUA peça pra eles assinarem e contribuirem com essa ação culturalmente científica evolutiva. Por que não fazemos isso aqui no Brasil? Até quando o Dia do Orgullho Ateu, hoje 12 de fev, será marginalisado do calendário oficial brasileiro e estará restrito a 700 pessoas no orkut?

O site da National Center for Science Education está promovendo uma ação científicamente cultural. Inspirado pela tradição criacioniasta de criar listas apresentando os ‘cientistas que duvidam da evolução’, eles criaram o Steve Project. Esse projeto tira sarro disso ao apresentar um lista de cientistas chamados ‘Steve’ (ou variantes) que são evolucionistas. O nome Steve foi escolhido para homenagear Stephen Jay Gould, um grande divulgador de ciência e ávido combatente do criacionismo. E já que menos de 1% dos cientistas se chamam Steve dá pra ter uma boa noção de quantos mais corroboram com a Evolução. Não vá pensar que assuntos científicos são decididos segundo o tamanho da lista, isso é só uma paródia cultural. Atualmente eles já têm 1.124 Steves na lista, vendem camisetas e têm até a Steve song. Então se você conhece algum cientista evolucionista chamado Estevan, Estefano entre outros indique a ele esse site e contribua com o evolucionismo.

Como hoje é carnaval no Brasil, os organizadors do Dia de Darwin no Museu de Zoologia da USP agendaram as comemorações Darwinianas para a semana do dia 23 a 28 de fev. (terça a domingo). A programação conta com a exibição de documentários da Mostra Ver Ciência sobre Darwin e Evolução (terça 23, quarta 24 e sexta 26, 11h e 15h); uma mesa redonda sobre Divulgação Científica e Evolução com Ildeu de Castro Moreira (Ministério da Ciência e Tecnologia), Sergio Brandão (jornalista, Mostra Ver Ciência), Prof. Nelio Bizzo (Faculdade de Educação USP) e Maria Isabel Landim (Museu de Zoologia USP e uma das organizadores do Dia de Darwin pelo 5º ano), na quinta feira 25 às 15h.

No final de semana haverá programação infatil como oficina sobre Evolução e Biodiversidade, oficina de origami, teatro de fantoches Darwin e a Bicharada e visita guiada à exposição temporária Charles Darwin: Evolução para Todos, além de uma palestra e bate papo com o Prof. César Ades (Instituto de Psicologia e Instituto de Estudos Avançados da USP) sobre Evolução & Comportamento Animal no sábado 27 às 15h. No domingo 28 às 10h haverá uma mesa redonda intitulada: Biodiversidade 2010 – O que sabemos e o que precisamos saber? com profs Luís Fábio Silveira (IBUSP), Miguel Trefaut (IBUSP), Mário de Pinna (MZUSP) e Carlos Lamas (IBUSP). E às 14:30h haverá uma mesa intitulada Um Olhar Sobre a Diversidade Humana com os profs diogo Meyer (IBUSP) e Demétrio Magnoli (FFLCH USP), que está promovendo seu livro sobre evolucionismo e imaginação racial ‘Uma Gota de Sangue’.
Bom Feliz Dia de Darwin, Dia do Orgulho Ateu a todos e mãos à obra para mudar a sociedade através da educação, divulgação e atuação cientificamente cultural.

Notas e Neurônios

É com muito prazer que inicio as blogagens de 2010 diretamente do Canadá. Dessa vez não vim a um congresso. Acabei de me mudar, estou morando no Canadá há uma semana. Durante todo esse ano até janeiro de 2011 estarei vivendo o “recheio” do meu doutorado sanduíche pela USP (financiando pelo CNPq) aqui na McMaster Univesity. Estou no laboratório de NeuroArts e começando a entrar em contato com um rico ambiente intelectual e aprendendo muitos aspectos evolutivos, antropológicos e neurológicos das manifestações musicais entre outras artes.

E nesse clima apresento o “Notes & Neurons” do World Science Festival de 2009. Trata-se de uma ótima entrevista-discussão-apresentação-documenário sobre as novas descobertas da neurociência sobre nossa musicalidade. Nessa série de cinco vídeos você vai ver como nosso cérebro decompõe as várias dimensões da música usando diferentes áreas e depois reitegra de forma paralela as informações para termos a experiência musical. O âncora é o John Schaefer e os convidados são os cientistas Jamshed Barucha da Tufts Univ., Daniel Levitin da McGill Univ., Lawrence Parsons da Univ. de Sheffield, e o músico Bobby McFerrin (“Don`t worry, be happy”) que faz intervenções bem interessantes.

No primeiro vídeo, após o solo de Bobby eles falam um pouco do crescente interesse pelas bases neurais da musicalidade, suas questões universais e particularidades culturais. No segundo vídeo, veremos que nossa musicalidade sempre inclui música e dança, que não existe uma única área cerebral responsável por toda a cognição subjascente à nossa musicalidade, ela está distribuida por todo o cérebro e o sistema nervoso periférico. Basicamente temos áreas cerebrais envolvidas na percepção e análise auditiva, na memória e associações, na expectativa do que vai acontecer, no movimento, na sensação corporal, na emoção, e na percepção visual.
Eles falam dos intervalos muscais que são

universais como a oitava, a quinta, a quarta e a terça. Falam também que quando falamos algo triste usamos o mesmo contorno melódico dos acordes menores que também soam tristes, e quanto estamos com raiva fazemos um intervalo de meio tom. O interessante é que temos muito mais facilidade de reconhecer o pacote melódico da fala pra emoções negativas. Já que evolutivamente, as consequências das emoções negativas tiveram maior chance de prejudicar a aptidão de nossos ancestrais. Bobby McFerrin faz ótimas demostrações de variação no timbre, e eles mostram variações também no ritmo.

No terceiro vídeo, eles demostram diferenças entre as escalas ocidentas e as escalas da música indiana. Mostram que ter crescido em uma cultura faz com que criemos expectativas musicais típicas das escalas usadas, mas ainda assim possuímos uma platicidade para aprender diferentes escalas e músicas de culturas distantes. Com a crescente disseminação da afinação e da harmonia ocidental através do mundo, graças a pop music industry, corremos o risco de não termos exemplos de músicas sem a influência ocidental para estudos etnomusicológicos. Mas pensando bem, Jamshed está certo em dizer que sim, ainda existe uma última tribo não exposta à música do resto do mundo, os EUA!

No quarto vídeo, veremos a belíssima e muito didática demostração de Bobby McFerrin sobre as expectativas universais quanto à escala pentatônica. Depois eles falam das relações entre musicalidade e linguagem, os casos de línguas tonais como o chinês, tudo parte de uma grande vivência social compartilhada permeando música, dança e linguagem. E no final comentam que os bebês antes de nascer facilmente encorporam as escalas musicais de cada cultura. No último vídeo músicos e convidados tocam juntos. Aproveitem e feliz 2010!

Festejando a Interdisciplinaridade

Interdisciplinaridade não começa na sala de aula, nem no livro. Não veremos interdisciplinaridade enquanto ela estiver só no discurso e não conhecermos realmente pessoas que pensam diferente. Se você pensar bem todas as áreas tem algo em comum, às vezes mais do que imaginamos, mas mesmo assim conseguimos isolar as pessoas e suas formas de pensar. E o que melhor para aproximar as pessoas do que uma boa festa?! Então elaborei um jogo fácil para fomentar a criação de festas interdisciplinares iniciando uma lista de nomes de festas unindo dois cursos de graduação! Divirta-se e participe praticando um pensamento interdisciplinar.
Festa da Medicina e da Engenharia Mecânica: Fórceps.
Festa da Engenharia Mecânica com a Odonto: Boticão.
Festa da Odonto com a História: Joaquim José da Silva Xavier.
Festa da História com a Veterinária: Historinha pra boi dormir.
Festa da Veterinária com a Sociologia: Mula sem cabeça.
Festa da Sociologia com a Física: Miro-física do poder
Festa da Física com a Educação Física: Do chão não passa.
Festa da Ed. Física com a Engenharia de Alimentos: Ninguém é café com leite.
Festa da Eng. de Alimentos com Letras: Sopa de letrinhas
Festa da Letras com a Farmácia: Bula
Festa da Farmácia com a Geologia: Chazinho de quebra pedra
Festa da Geologia com a Economia: Petróleo
Festa da Economia com a Biblioteconomia: feira do livro
Festa da Biblioteconomia com a Tradução: the book is on the table.
Festa da Tradução com a Antropologia: One little two little three little indians.
Festa da Antropologia com a Música: O Guarani
Festa da Música com o Desenho Industrial: Compasso
Festa do Desenho Industrial com Eng. Florestal: Cai cai balão
Festa da Eng. Florestal com a Química: Essência de Eucalipto
Festa da Química com a Biologia: Água q passarinho não bebe.
Festa da Biologia com a Publicidade e Propaganda: Porque somos mamíferos
Festa da Publicidade e Propaganda com a Estatística: TV desligada, qual a probabilidade?
Festa da Estatística com a Eng. de Tráfego: Desvio padrão.
Festa da Eng. de Tráfego com a Geografia: aclive acentuado
Festa da Geografia com a Teologia: Morros testemunho
Festa da Teologia com o Direito: Deus me livre.
Festa do Direito com a Oceanografia: Minha Praia legal
Festa da Oceanografia com a Astronomia: Estrela do mar
Festa da Astronomia com a Filosofia: Oh vida, oh céus!!
Festa da Filosofia com a Agronomia: É plantando q se colhe!
Festa da Agronomia com a Enfermagem: Olha a cobra!
Festa da Enfermagem com a Psicologia: Placebo
Festa da Psicologia com a Eng. Hidráulica: Foi um rio que passou em minha vida
Festa da Eng. Hidráulica com a Fonoaudiologia: Gargarejo
Festa da Fonoaudiologia com a Pedagogia: Não me faça gritar
Festa da Pedagogia com a Contabilidade: Revisão de prova
Festa da Contabilidade com a Jornalismo: CPI do Orçamento
Festa do Jornalismo com a Ciências Moleculares: O Gene do sensacionalismo
Festa da Ciências Moleculares com a Administração: Micro empresa
Festa da Administração com o Teatro: Desconto pra estudante
Festa do Teatro com a Medicina: Quebrando a perna!

Aniversário de dois anos do MARCO EVOLUTIVO

É com muita alegria que nesse novembro, além do fantástico aniversário de 150 ano do Origem das Espécies, comemoramos também os dois anos de existência do MARCO EVOLUTIVO. Nascido em 28 de novembro de 2007 com um post sobre a evolução das popensões ao sexo casual, o MARCO EVOLUTIVO completa dois anos e cada vez mais está aumentando seus leitores no Brasil e no mundo. 
Agradeço sinceramente a todos os comentários, dicas e elogios recebidos ao longo desse período. São incentivos essenciais para eu continuar escrevendo mais e mais, sempre contribuindo para o prosseguimento seguro da revolução darwinista em nossa cultura.

Nesse segundo ano houve de mudança de endereço novamente. No período do Lablogatórios desse segundo ano, foram muitas visitas no Brasil e no exterior incluindo Portugal, EUA, Japão, Alemanha, Itália, Moçambique, Espanha, Angola, França e Reino Unido, em ordem decrescente, com mais de 10 visitas. Os cinco posts mais acessados foram: Pinker e os Palavrões, Ano de Darwin 2009 no Brasil, 2009 Ano da Biologia, Simpósio internacional de Psicologia Evolucionista em Natal e Evolução Humana Facilitada.

A transformação do Lablogatório no ScinceBlogs Brasil foi fantástica e aumentou bem a visibilidade do MARCO EVOUTIVO. O número de países diferentes com mais de 10 visitas dobrou. Foram, em ordem decrescente de acessos: Portugal, EUA, Japão, Angola, Moçambique, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Espanha, Itália, Suíça, Cabo Verde, Holanda, Chile, Canadá, Argentina, França, México, Bélgica e Austália. Os cinco posts mais lidos são Coevolução e Seleção Sxual no Caso da Vespa Tarada, Por que todo mundo deveria ser fã de Darwin, Luz, Vaga-lumes e Ação … Sexual, Lamarck: a Verdadeira idéia errada, Vídeos sobre evolução da sexualidade humana. Gostaria de agradecer ao Carlos e ao Átila por concretizarem a criação do ScienceBlog Brasil e sempre me apoiarem, e também agradecer a todos os SciencebrothersBr e a outros blogueiros de ciência brasileiros pelo belíssimo movimento de divulgação e educação científica via net.

E pra comemorar com chave de ouro em clima de comemorações do Ao de Darwin temos um bolo cientificamente concebido com cinco camadas, cada uma representando um Reino, com o Beagle, um ninho de tentilhões, uma tartaruga e muito mais num inusitado concurso de bolos de aniversário de Darwin. E ainda veremos um programa especial do Newsnight Review contanto com Dawkins, a escritora Margaret Atwood, o reverendo Richard Coles e a poeta descendente de Charles Darwin Ruth Padel (autora do podcast Darwin, My Ancestor), juntos com Martha Kearney discutindo a importância do Origem das Espécies, a vida de Darwin e o legado cultural e filosófico do Darwinismo. Eles falam também do filme sobre Darwin e de duas exposições que acontecem na Inglaterra.
 

Podcasts Sobre Darwin e o blogando o Origem

O presente evolutivo em comemoração aos 150 do Origem das Espécies dessa vez vem em forma de áudio. A rádio da BBC 4 está com 4 podcasts especialmente voltados para as comemorações bi e sesquicentenárias Darwinistas. São dicas imperdíveis, muito interessantes e reveladoras.

O primeiro podcast chama-se In Our Time, que abrange 4 programas falando da vida e obra de Darwin, desde sua infância até sua morta e legado. Melvyn Bragg faz entrevistas com eminentes professores ligados ao Christi’s College onde Darwin estudou em Cambridge, com professores do Museu de História Natural de Londres e com curador do jardim da Down House onde ele morou no campo, criou os filhos e fez a maior parte dos trabalhos científicos.

O segundo podcast é o Dear Darwin, que são cinco cientistas de peso: Dr Craig Venter, Sir Jonathan Miller, Prof Jerry Coyne, Dr Peter Bentley e Prof Baruch Blumberg, cada um lendo uma carta sua dirigia a Darwin falando sobre seu legado e trabalho. E você o que incluiria numa carta a Darwin?

O terceiro podcast é o Hunting the Beagle, que é um programa em que o historiador marítimo Dr. Robert Prescott relata seu empenho de quase 10 anos à procura das pistas do paradeiro dos destroços do HMS Beagle.

O quarto podcast é o Darwin, My Ancestor, uma série de 4 programas em que a escritora Ruth Padel, tátara neta de Darwin descreve sua jornada na descoberta das facetas pessoas de seu antepassado, nosso parente, Charles Darwin.

Além dos podcasts eu recomendo os vários vídeos no homepage da BBC. E também recomendo o Blogging the Origin no ScienceBlog Americano. Trata-se de um blog de curta duração criado por John Whitfield, um divulgador de ciência, que nunca tinha lido o Origem das Espécies e publicou na época do Darwin Day um post para cada capítulo lido falando suas impressões ao ler esse livro sesquicentenário em pleno século XXI.

Abaixo veremos um vídeo comemorativo dos 150 anos da Seleção Natural, completado o ano passado graças à cartinha bombástica que Wallace mandou pra Darwin, dando origem à publicação conjunta em 1858 e catalisando a publicação do Origem das Espécies.

Origem das Espécies Faz 150 Anos Hoje

Hoje, dia 24 de novembro de 2009 estamos comemorando os 150 anos do lançamento da primeira das seis edições do livro “Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida” de Charles Darwin, agora disponível online com as anotações de seu terceiro filho Francis Darwin. Como o dia 24 de novembro de 1859 foi um marco evolutivo para a humanidade, é com imenso prazer que o MARCO EVOLUTIVO oferece presentes variados e interessantes para todos. São sites, livros inéditos, vídeos e muito mais.


O “Origem das Espécies” está sendo celebrado hoje em todo mundo. Ele é simplesmente o livro que através de uma minuciosa reunião de fatos e áreas mostrou a possibilidade de se explicar a origem e manutenção da biodiversidade e da distribuição dos seres vivos sem a necessidade de nenhum passe de mágica. “Há uma grandeza nessa visão da vida” escreveu Darwin.

Isso mudou pra sempre nossa visão do mundo natural, pois segundo Dennett no livro “A Perigosa Idéia de Darwin”,  Darwin unificou as esferas da vida, significado e propósito com as esferas de espaço e tempo, causa e efeito, mecanismo e lei física. Por conseqüência encontramos um lugar mais humilde e menos antropocêntrico na natureza. Todos os seres vivos estão conectados e nenhum é melhor do que o outro, todos são especiais e os mais evoluídos do seu ramo.

O Origem, longe de ser a palavra final, abriu uma amplo e fértil programa de investigação que ao longo desses 150 anos unificou todas as diferentes disciplinas das ciências da natureza de geologia à biogeografia, de biologia molecular ao comportamento explicando inúmeros fenômenos por meio de uma mesma matriz evolucionista integradora. E mais recentemente a tendência é essa mesma integração unificar as disciplinas das Ciências Humanas.

Darwin sempre se referiu à sua teoria no singular, mas Mayr no livro “Biologia Ciência Única” mostrou que são pelo menos cinco as diferentes teorias expostas no “Origem das Espécies”. (1) A Evolução: o fato de as espécies mudarem ao longo do tempo; (2) Origem comum: a descendência compartilhada por todos os seres vivos; (3) Multiplicação das Espécies: as espécies dão origem a outras espécies; (4) Gradualismo: a mudança evolutiva ocorre pela transformação gradual da população; (5) Seleção Natural: a reprodução diferencial ao longo das gerações. Muito ainda falta para completarmos a revolução darwinista, então busque como contribuir nessa grandiosa mudança.
Pense grande hoje assim como fizemos no Dia de Darwin para vislumbrar essa mudança e aproveite os presentes abaixo.

O primeiro presente é uma dica de blog sensacional. Nesse Ano de Dariwn a blogosfera brasileira ganhou um presentão. O Prof. Dr. Nélio Bizzo, biólogo e estudioso da história de Darwin, do evolucionismo e de suas relações com a educação, professor titular da Faculdade de Educação da USP fez um blog depois de muitos pedidos: “Blog do Bizzo”. Desde fevereiro de 2009 ele escreve sobre evolução e mostra “lados pouco evidentes das opiniões destacadas em diversos veículos de comunicação de massa”. Trata-se de um blog de conteúdo mais do que reconhecido e altamente recomendado para todos os envolvidos com a área biológica. Seja bem vindo professor!! E vamos todos darwinistas do mundo unidos zelar pelo desenvolvimento pleno da revolução darwinista!

Os dois presentes internacionais são: o link dos resumos do “150 Years after Origin: Biological, Historical and Philosophical Perspectives” na University of Toronto, para todos os interessados em teoria história e filosofia do Darwinismo; e o link do “Evolution of Evolution 150 Years of Darwin’s ‘On the Orign of Species'” um site muito legal e interativo que mostra vídeos e textos sobre Darwin e sua influência na Antropologia, Astronomia, Biologia, Geologia e Ciências Polares.

Como estamos comemorando o aniversário de um livro nada melhor do que indicações de livros comemorativos e altamente relevantes para a compreensão da revolução darwinista, muitos dos quais são lançamentos recentes. Dentre os livros nacionais temos “Charles Darwin Em um Futuro não tão distante”, organizado pela Dra. Maria Isabel Landim e pelo Dr. Cristiano Rangel Moreira, uma iniciativa nacional colaborativa entre muitos autores ilustres, já comentado aqui.

Temos o lançamento de “Além de Darwin” de nosso ScienceBrother Reinaldo do Chapéu, Chicote e Carbono 14, um livro abordando de forma clara uma vastidão de assuntos interessantes sobre biologia evolutiva. Veja o próprio Reinaldo escrevendo sobre seu livro.
Temos também o lançamento de “A Goleada de Darwin” do Dr. Sandro de Souza, ele mostra de maneira muito divertida que se o debate entre evolucionistas e criacionistas fosse um partida de futebol o darwinismo ganharia de goleada, ele explica gol por gol.

Dentre os livros internacionais traduzidos temos “A Origem das Espécies de Darwin Uma Biografia” da Janet Browne, um excelente levantamento histórico sobre a concepção, a publicação e o legado do nosso aniversariante do dia. Temos ainda o lançamento de “A Causa Sagrada de Darwin” de James Moore e Adrian Desmondtions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:””; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:”Times New Roman”; mso-fareast-font-family:”Times New Roman”;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} –> os dois maiores biógrafos de Darwin. Nesse livro eles apresentam uma teses inteiramente nova de que muito da inspiração para as principais descobertas veio da sua postura moral anti-escravidão. Eu já comentei sobre esse livro no post dos Eventos sobre Darwin quando divulguei a palestra que James Moore deu em Salvador, vale a pena assitir o vídeo recomendando o original desse livro.

Temos também o lançamento de “A ilha de Darwin” de Steve Jones, que aborda a intensa vida científica de Darwin na Inglaterra abordando 11 dos sue 19 livros ao longo um período de 40 anos. Mesmo se Darwin não tivesse falado nada sobre evolução ele seria muito famoso e respeitado dada a diversidade e importância de seus inúmeros estudos e descobertas em campos diversos de geologia à botânica, passando pelo comportamento animal e humano.

A Editora UNESP lançou duas coletâneas de cartas de Darwin. A primeira é “ORIGENS” incluindo cartas de 1822 a 1859. E a segunda é “A EVOLUÇÃO” incluindo cartas de 1860 a 1870. Ambos os livros apresentam o lado pouco conhecido da comunicação entre cientistas ao redor de uma grande teoria. Esses livros e muitos outros editados por editoras universitárias e muitas outras estarão pela metade do preço na Feira do Livro da USP que começa amanhã no prédio da História e Geografia da USP. Aproveite essa chance única de comemorar o aniversário de um livro comprando vários outros.

Abaixo veremos o trailer do filme “Creation” sobre a vida de Darwin e a publicação do livro aniversariante e um vídeo celebrando o dia de hoje, o histórico dia em que o  célebre “Origem das Espécies” fez seus 150 aninhos. Parabéns ao “Origem” e a todos que mudaram seu modo de pensar e vida e a si mesmos devido a ele.

Origem das Espécies em Reggae

Hoje veremos uma iniciativa de homenagem a Darwin pelo Origem das Espécies muito interessante e inusitada. Dois acadêmicos, Prof Mark Pallen e doutorando Dom White, ambos da Birmingham University, tiveram a idéia de criar um novo estilo musical: o Genomic Dub. E nesse novo estivo eles fizeram reggae music do Origem das Espécies!!

O Genopmic Dub é uma empreitada série a com muito objetivos dentre os quais celebrar a vida e obra de Dariwn bem como os recentes sucessos na área da Genômica e da Biologia Evolutiva. Em sua página The Genomic Dub Collective, Pallen & White mostram como essa iniciativa pode integrar cultura e ciência criando um movimento que estimula o interesse geral pela ciência.

O álbum The Origin of Species in Dub eles incluíram trechos do Origem capítulo por capítulo e exploraram a temática da evolução humana na áfrica e o legado de Darwin. Abaixo veremos os 12 vídeos disponíveis essa incrível iniciativa científica e musical capaz de libertar nossa mente.
E pra fechar esse post descobri hoje que o apelido de infância de Charles Darwin era “Bobby”, algo bem reggae!!

150 anos de ‘A Origem das Espécies’ Uma Celebração

Finalmente entramos na tão esperada semana dos 150 anos da publicação do Origem das Espécies. Então se preparem, pois essa semana do dia 23 ao dia 27 de novembro de 2009 será um marco evolutivo no século XXI. Teremos palestras gratuitas, livros, música, vídeos, podcasts e muitos mais no sesquicentenário do Origem das Espécies aqui no MARCO EVOLUTIVO.


Começaremos com a programação de evento em São Paulo. Do dia 23 ao dia 27/11 sempre das 17h30 às 19h ocorrerá no Instituto de Biociências da USP o “150 anos de ‘A Origem das Espécies’: Uma Celebração”. Trata se de uma programação gratuita e imperdível de palestra, mesa-redonda, documentário e apresentação musical.

Na segunda, dia 23 o Prof. Dr. Nélio Bizzo, um dos maiores historiadores de Darwin no Brasil e autor do livro “Darwin: do Telhado das Américas à teoria da Evolução” e do livro “Evolução dos Seres Vivos” dará a palestra intitulada “Do ‘Big Species Book’ ao ‘Origin of Species’: O que mudou na obra publicada de Darwin?”

Na terça, dia 24 haverá uma mesa redonda em que o Prof. Cesar Ades falará sobre “Uma reflexão sobre o capítulo ‘Instintos'”. O Prof. Dr. João Morgante falará sobre “Wallace no ‘Origem'” e o Prof. Dr. Sasndro de Souza falará sobre as “Predições de Darwin”.


Na quarta e quinta, dias 25 e 26 haverá a apresentação do documentário da BBC “Charles Darwin e a árvore da vida” de nosso amigo Sir David Attenborough, seguido de comentários dos professores Dr. Diogo Meyer, um dos autores do livro “Evolução o sentido da Biologia” e a Dra. Maria Prestes.

Na sexta, dia 27 para encerramento haverá um recital de Música Oitocentista. Veja aqui a programação detalhada do evento do IB da USP.

No sábado, dia 28 haverá no Museu de Zoologia da USP, como continuação do ciclo de palestras da Exposição “Darwin: Evolução para Todos”, terá outra palestra do Prof. Dr. Nélio Bizzo intitulada “Charles Darwin: o postilhão dos Andes”. Aproveite que a semana do marco evolutivo sesquicentenário do Origem das Espécies só está começando.

David Attenborough, bowerbird, corvo e a orquídea mimética

David Attenborough, coroado como Sir pela Rainha da Inglaterra, vem coroar três temas de posts muito visitados aqui no MARCO EVOLUTIVO. Depois de nos falar sobre a imensa capacidade de imitação vocal do pássaro lira, David Attenborough, um dos maiores divulgador de documentários biológicos, apresenta agora três vídeos: um sobre o bower bird, outro sobre o corvo o outro sobre a orquídea que mimetiza a fêmea de vespa.

O bower bird, ave que constrói ninhos intensamente decorados como chamarizes de fêmeas foi tema de dois posts. Em Bowerbirds e a Arte de Seduzir I conhecemos os dotes artísticos na área da arquitetura e decoração desse grupo de pássaros australianos e vimos como a seleção sexual pode esculpir ornamentos extra-corpóreos.

Em Bowerbirds e a Arte de Seduzir II vimos que esses pássaros, além de exímios construtores de ninho, são imitadores de cantos de outras espécies também. E às vezes a fêmea se guia mais pela a acurácia e a variedade de espécies imitadas do que pelo próprio ninho decorado. Dessa forma até a canção pode ser encarada como um ornamento extra-corpóreo valorizado pela fêmea. No vídeo abaixo Sir Attenborough fecha a trilogia do MARCO EVOLUTIVO apresentando o bowerbird que constrói os ninhos maiores e mais ornamentados do mundo, o extremo em ornamento extra-corpóreo. Ele ressalta a dedicação e a opção de escolha dessas aves sobre o item decorativo mais esteticamente efetivo para as fêmeas.

O corvo mostrou toda sua capacidade mental ao passar no teste do autoreconhecimento no espelho em Curvando-se ao Corvo, o Pensador. Lá o próprio David Attenborough narra a façanha do uso do transito pelo corvo como uma ferramenta para abrir sementes. Cada vez mais percebemos que as capacidades intelectuais humanas não são o ápice de um grande salto qualitativo em relação aos outros animais. Mas sim são um contínuo em especialização compartilhada por muitos outros animais com ecologias semelhantes. No vídeo abaixo Sir Attenborough apresenta como o corvo com uso de ferramenta utiliza o ataque de seu oponente contra ele mesmo. Ele ressalta também como as técnicas de pesca de larvas usando ferramentas são transmitidas de geração em geração.

O caso da Orquídea que mimetiza a fêmea da vespa foi o tema do Coevolução e Seleção Sexual no Caso da Vespa Tarada. Lá vimos como um grupo de orquídeas que, ao se enveredar numa orgia pansexual com outro reino de seres vivos, acaba entrando na dinâmica de manipulação e exploração estética da seleção sexual de algumas vespas e abelhas. Vimos como os canais de estímulos sexuais estão abertos a manipulação por serem dificilmente deixados de lado na evolução sem um prejuízo na aptidão. No vídeo abaixo Sir Attenborough apresenta as diferentes maneiras que as orquídeas induzem os machos de vespa a levarem de flor em flor seus sacos de pólen numa orgia de zumbidos. Ele ressalta as formas, cores e cheiros das orquídeas que super excitam os machos.

2nd Biological Evolution Workshop Ao Vivo Online

Dos eventos para esse mês de novembro em comemoração aos 150 anos do Origem das Espécies divulgados aqui no MARCO EVOLUTIVO, o “II Porto Alegre Biologial Evolution Workshop” “Celebrating Darwin’s Year”, terá transmissão ao vivo pelo site www.biologicalevolution.com.br a partir das às 9 da manhã dessa segunda dia 16/11.

O evento ocorrerá em Porto Alegre de 16 a 18/11 contará com 10 conferências internacionais com convidados ilustres e sobre os aspectos mais atuais da Biologia Evolutiva.
É muito raro termos a chance de acompanhar um evento de peso como esto pel net. A outra oportunidade dessa que tivemos foi a do evento REvolución Darwin no Chile. Assistir às conferências e debates ao vivo online é uma oportunidade única importante para todos aqueles interessados que, por diversos motivos, não puderam se inscrever e viajar até Porto Alegre. Então não percam essa super dica evolutiva.

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