Entre o dia do Psicólogo e do Biólogo, a Psicobiologia
É uma disciplina relativamente recente tendo aproximadamente 40 anos. Trata basicamente das causas proximais, visando uma integração da pesquisa voltada a todos os níveis de organização biológica dirigida ao avanço de nossa compreensão do funcionamento do cérebro e do sistema nervoso durante a aquisição de informações do meio e expressão do comportamento. Porém, enquanto as causas distais do comportamento, ou seja, seu valor adaptativo e sua história filogenética, focos de disciplinas como a etologia, ecologia comportamental e psicologia evolucionista forem menos abordados, a psicobiologia vai carecer do sentido que abordagem evolucionista traz para a biologia.
Theodosius Dobzhansky (1900 -1975) afirmou em 1973 que “nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução”. E eu digo que nada na psicobiologia fará sentido, ou seja, terá seus porquês distais respondidos, a não ser à luz da evolução. Tarefa que a etologia se propôs englobando tanto o estudo das causa proximais quanto das distais, para ter uma integração explicativa mais ampla e completa para o comportamento. Tudo isso buscando o melhor estilo interdisciplinar na aproximação entre a Psicologia e a Biologia.
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Na última década, a preocupação com as explicações distais acerca do cérebro e do comportamento aumentou exponencialmente, tanto por conta do aparecimento de novas técnicas quanto por uma consciência maior da necessidade de explicações evolutivas. A neurociência evolutiva data do nascimento da neuroanatomia comparada, mas só recentemente - com as contribuições da psicobiologia, da neuroetologia, da biologia do desenvolvimento, e de outras áreas - houve um real crescimento do campo. Tem um artigo legal do Glenn Northcutt que retraça esse caminho histórico da neurociência evolutiva:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0361923001005603