Dança: um Fértil campo de Pesquisa Evolutiva
Notas e Neurônios
150 anos de ‘A Origem das Espécies’ Uma Celebração
Começaremos com a programação de evento em São Paulo. Do dia 23 ao dia 27/11 sempre das 17h30 às 19h ocorrerá no Instituto de Biociências da USP o “150 anos de ‘A Origem das Espécies’: Uma Celebração”. Trata se de uma programação gratuita e imperdível de palestra, mesa-redonda, documentário e apresentação musical.
Na segunda, dia 23 o Prof. Dr. Nélio Bizzo, um dos maiores historiadores de Darwin no Brasil e autor do livro “Darwin: do Telhado das Américas à teoria da Evolução” e do livro “Evolução dos Seres Vivos” dará a palestra intitulada “Do ‘Big Species Book’ ao ‘Origin of Species’: O que mudou na obra publicada de Darwin?”
Na terça, dia 24 haverá uma mesa redonda em que o Prof. Cesar Ades falará sobre “Uma reflexão sobre o capítulo ‘Instintos'”. O Prof. Dr. João Morgante falará sobre “Wallace no ‘Origem'” e o Prof. Dr. Sasndro de Souza falará sobre as “Predições de Darwin”.
Na quarta e quinta, dias 25 e 26 haverá a apresentação do documentário da BBC “Charles Darwin e a árvore da vida” de nosso amigo Sir David Attenborough, seguido de comentários dos professores Dr. Diogo Meyer, um dos autores do livro “Evolução o sentido da Biologia” e a Dra. Maria Prestes.
Na sexta, dia 27 para encerramento haverá um recital de Música Oitocentista. Veja aqui a programação detalhada do evento do IB da USP.
No sábado, dia 28 haverá no Museu de Zoologia da USP, como continuação do ciclo de palestras da Exposição “Darwin: Evolução para Todos”, terá outra palestra do Prof. Dr. Nélio Bizzo intitulada “Charles Darwin: o postilhão dos Andes”. Aproveite que a semana do marco evolutivo sesquicentenário do Origem das Espécies só está começando.
Revolucion Darwin no Chile
Começou hoje aqui em Santiago del Chile o Seminário Revolução Darwin – el legado intelectual de Darwin en el siglo XXI. Simplesmente a maior comemoração darwinista do mundo em 2009! São mais de 2.600 pessoas assistindo a palestras fantásticas sobre darwinismo fora todas aquelas assistindo em tempo real pela internet!
Organizado pela Fundacion Ciencia y Evolucion esse seminário que ocorre entre os dias 7 e 8 de setembro conta com as maiores personalidades da Psicologia Evolucionista. Trata-se de Steven Pinker; Daniel Dennet, Leda Cosmides, John Tooby, Matt Ridley, Helena Cronin entre outros.
As palestres estão muito interessantes e os professores muito acessíveis. Descubra mais no site do evento. Veja ao vivo aqui e descubra alguns videos aqui.
Psicologia Evolucionista no Milênio
Acabo de voltar de Natal onde participei de um mês de estudos em Psicologia Evolucionista que culminou no primeiro evento no Brasil, o “Simpósio Internacional Psicologia Evolucionista no Milênio: Plasticidade de Adaptação”. Foi um evento muito bom, inesquecível. Não estava tão lotado aponto de você não conseguir conhecer ninguém, nem tão vazio aponto de você se desanimar. A organização estava muito boa, o coffebreak também e é claro que os speakers nas palestras e os alunos nos pôsteres deram um show, tudo em inglês.
Foram cerca de 60 pôsteres abordando temas dentre comportamento social, moral, reprodutivo, cognição, investimento parental, desenvolvimento, família, tópicos teóricos e metodológicos, psicopatologia, linguagem, teoria da mente, comportamento alimentar, arte e religião. O grande destaque vai para os pôsteres ganhadores que (se eu não me engano) foram: Discounting the future: psychological and context variables de Tânia Abreu da Silva Victor, Dandara de Oliveira Ramos, Maria Lucia Seidl-de-Moura, and Luciana Fontes Pessoa; Like father like son: preference for babies that resemble their fathers in Brazilian mothers de Luísa Helena Pinheiro Spinelli, Maria Bernardete Cordeiro de Sousa, and Maria Emilia Yamamoto; e o Cooperate or retaliate? Influence of social cues on group categorization de Diego Macedo Gonçalves, Ana Carolina Morais Sales, and Maria Emilia Yamamoto.
As palestras foram as seguintes: na conferência de abertura o casal Martin Daly e Margo Wilson da McMaster University Canadá falaram sobre relações de parentesco em Kinship in human Evolutionary Psychology. No dia seguinte Maria Emilia Yamamoto da Federal do Rio Grande do Norte falou sobre identificação de coalizões em Group categorization and ethnocentrism: an evolutionary perspective e em seguida Martin Daly e Margo Wilson falaram sobre características dos homicídios Homicides. Depois do almoço Paulo Nadanovsky da Estadual do Rio de Janeiro falou sobre agressão contra crianças em Can evolutionary theory help identify circumstances conducive to child physical abuse? E em seguinda Klaus Jaffe da Universidad Simon Bolívar, Venezuela falou sobre a psicologia dos cientistas em Is there such thing as an evolution of scientific personalities? No final do dia Carol Weisfeld da University of Detroit Mercy, EUA falou sobre o relacionamento romântico estável em Long-term partnership: what it means in the postmodern era.
No último dia, Heidi Keller da Universität Osnabrück, Alemanha falou dos modelos de socialização infantil em The expression of positive emotionality in early socialization strategies in different ecocultural environments. Depois do almoço Ricardo Waizbort da Fiocruz, Rio de Janeiro falou sobre a escolha feminina em The evolutionism of the “O cortiço” of Aluísio Azevedo, depois Martin Brüne da Universität Bochum, Alemanha sobre psicopatologias em Towards an evolutionarily informed approach to understanding and testing mental disorders. E no final Suzana Herculano-Houzel da Federal do Rio de Janeiro falou sobre as regras de construção dos cérebros de roedores e primetas em Not that special: the human brain as a linearly scaled-up primate brain. Todos adoraram o simpósio e as lindas praias de natal.
A própria Suzana Herculano-Houzel em seu blog “A neurocientista de plantão” disse que gostou, ensinou e aprendeu muito nesse Simpósio Internacional de Psicologia Evolucionista. Ela falou sobre homens mulheres e evolução e percebeu que o adaptacionismo nem sempre é intuitivamente óbvio, com o caso das mães baterem nos filhos mais do que os pais, os quais têm menos certeza da paternidade. Ela também falou que gostou muito de se ver alvo de tietagem e recebeu vários elogios nos comentários. Eu mesmo pedi um autografo dela no livro Charles Darwin Em um Futuro não tão distante onde ela tem um capítulo.
Estreou também na Psico Evolucionista o Ciência Vista, grupo do qual participo interessado na divulgação científica cotidiana por meio de produtos, alguns feitos a mão, como camisetas científicas. As camisetas em comemoração o bicentenário de Darwin e dos 150 anos do Origem das Espécies fizeram o maior sucesso, muita gente gostou, comprou e vestiu a camisa da ciência.
Em resumo foi um excelente coroamento do Projeto do Milênio em Psicologia Evolucionista, o primeiro da área da Psicologia no país, que alcançou muito mais do que suas metas previstas. E principalmente graças à dedicação das professoras Maria Emilia Yamamoto e Maria Lucia Seidl-de-Moura o Instituto do Milênio catalisou o nascimento de uma área sólida, produtiva e interdisciplinar em Psicologia Evolucionista no Brasil.
Psicologia Evolucionista na Fronteira da Psicologia com a Profa. Eulina Lordelo UFBA
Nas vésperas do Simpósio Internacional Psicologia Evolucionista no Milênio: Plasticidade de Adaptação, o primeiro evento acadêmico de
porte internacional inteiramente dedicado à Psicologia Evolucionista, onde as pesquisas e tendências internacionais estarão presentes, novo blog Cultura Ciência inaugurou um ciclo de entrevistar para divulgar conhecimentos na área psicológica, chamado Fronteiras da Psicologia produzido por Ian Vinhas e Sidara Rodrigues.
O primeiro programa da série contou com a Professora Dra. Eulina da Rocha Lordelo da Universidade Federal da Bahia que desenvolve trabalhos no Núcleo de Pesquisa sobre Infância, Desenvolvimento e Contextos Culturais. Ela falou um pouco sobre sua área de pesquisa, a Psicologia do Desenvolvimento orientada pela Psicologia Evolucionista, sobre os problemas clássicos da psicologia e sobre os desafios e destaques da Psicologia Evolucionista no Brasil e no mundo.
Ela destaca a contribuição importante que a Psicologia Evolucionista tem na resolução de dois problemas clássicos da Psicologia: a relação entre mente e corpo e a relação entre inato e adquirido. E para a professora Eulina os desafios da Psicologia Evolucionista ocorrem em duas formas: externa e interna. O externos a ela são críticas que provêem de preconceitos e reações negativas pautadas no mal-entendimento e na incompreensão, algo que promove o afastamento de pessoas. E os desafios internos consistem no lidar com várias teorias diferentes em ação, abordagens alternativas e metodologias algo que requer uma capacidade de integração conceitual.
E para finalizar a Professora Eulina falou dos destaques do campo. Ela citou os elegantes e decisivos estudos da Leda Cosmides sobre os mecanismos mentais voltados para a detecção de trapaceiros sociais. Citou também Jay Belsky e sua Teoria Evolucionista da Socialização, em que a experiência na infância influencia as estratégias reprodutivas adultas. E citou também os estudos em seleção de parceiros que desvendaram as especificidades sexuais nos critérios e preferências da escolha de parceiros.
Tudo isso numa entrevista de quase 15 minutos disponível em vídeo que reúne e facilita e acesso às diferentes considerações feita por uma pesquisadora brasileira no campo da Psicologia Evolucionista. Trata-se de um vídeo importante, pois segundo ela, Psicologia Evolucionista terá uma contribuição decisiva na transformação da Psicologia em uma Ciência. Veja mais detalhes sobre essa entrevista nas notícias do Instituto do Milênio em Psicologia Evolucionista.
Simpósio Internacional de Psicologia Evolucionista em Natal

Agora que estamos no Ano de Darwin, sem mais demoras, eu digo que, num futuro muito próximo, dias 19 a 24 de Abril eu vejo campos abertos para todos psicólogos evolucionistas e interessados no tema para a comunicarem, conhecerem e divulgarem pesquisas muito importantes. A Psicologia terá seu primeiro congresso internacional no Brasil em sua nova fundação Evolucionista. Aquela necessária finalização em alto estilo do Projeto do Milênio em Psicologia Evolucionista que de forma gradual integrou e incentivou a pesquisa, ensino e divulgação da Psicologia Evolucionista no pais. Muita luz de célebres pesquisadores internacionais e nacionais será lançada sobre a origem e a história da abordagem no Brasil.
Você que é estudante de Psicologia, Biologia, Antropologia, Filosofia, Ciências Sociais, Medicina, Biomedicina, História, Geografia e que se interessa pelas bases evolutivas do comportamento humano, então não pode perder essa oportunidade única e imperdível.
Os convidados são:
Carol Weisfeld University of Detroit Mercy, Estados Unidos;
Edward Hagen Institute for Theoretical Biology Humboldt-Universität zu Berlin, Alemanha;
Heidi Keller Universität Osnabrück, Alemanha
Klaus Jaffé Universidad Simon Bolivar, Venezuela
Leda Cosmides University of California at Santa Barbara, Estados Unidos
Margo Wilson McMaster University, Canadá
Maria Emília Yamamoto Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Brasil
Martin Brüne Zentrum für Psychiatrie und Psychotherapie Ruhr Universität Bochum, Alemanha
Martin Daly McMaster University, Canadá
Paulo Nadanovsky Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Ricardo Waizbort Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil
As vagas são limitadas, a data de inscrição está aberta e a de submissão de trabalhos vai até 28/02/2009, não perca!! Entre no site oficial do evento para as informações detalhadas.
E como se não bastasse durante o Simpósio Internacional Psicologia Evolucionista no Milênio: Plasticidade e Adaptação será lançado o livro “Psicologia Evolucionista”, organizado por Emma Otta e Maria Emilia Yamamoto (Ed. Guanabara Koogan). Simplesmente o primeiro livro nacional escrito por vários autores inteiramente sobre a Psicologia Evolucionista. Melhor impossível! Seja cumprida a previsão de Darwin!!
Meu coração, eu SEI porque!!

O autor aponta as mais recentes descobertas no sentido de descrever as vias neuroquímicas envolvidas no apaixonamento e no amor. Os coadjuvantes são a ocitocina e a vasopressina. E é claro que ele cai no fetiche more das causas próximas: conhecer para controlar. Diz que no futuro teremos medicamentos que nos farão apaixonar por alguém e desapaixonar como se fosse uma febre.
Existem vários pontos aqui importantes de serem ressaltados. Não é de hoje essa busca por afrodisíacos mais eficazes. Do chifre de rinoceronte às placas do pangolim passando pelo olho de boto muito da nossa biodiversidade é agredida pela taradice humana. É bem mais barato e ecologicamente correto explorar os afrodisíacos contextuais e comportamentais do que acreditar em analogias superficiais com a rigidez de partes animais ou remédios milagrosos. Um simples abraço já libera ocitocina capaz de fortalacer os laços da relação, pense nisso.
Outra coisa, não precisamos temer o tanto assim o uso indevido de perfumes com feromônios e outras traquinagens científicas aplicadas, pois para toda estratégia existirá sempre uma contra-estratégia! E quanto mais eficaz a estratégia mais rápido surgirá uma a defesa. Pelo mesmo motivo que os pesticidas nunca vão eliminar as pragas e os antibióticos quanto mais usados menor o efeito. Nessa vida estamos correndo pra ficar no mesmo lugar, é o que nos ensina a rainha vermelha de Alice no País da Maravilhas.
Já está na hora de pararmos de acreditar literalmente que o amor foi inventado pelos trovadores ocidentais, que ele está no coração, depende do cupido e que no máximo a ciência vai acabar com a magia, beleza e mistério amor. Poesia e ciência não são incompatíveis só não podem ser confundidas. Muitas vezes o conhecer é até mais belo do que o desconhecer, e além do mais nunca iremos esgotar com os mistérios do universo, mas todo mistério está sujeito a ser decifrado. Então se depositarmos nossas angustias, nossa estética e ou até nossa religião em desconhecidos específicos estamos correndo o risco de nos desapontarmos no futuro.
O amor é uma adaptação mental universal da espécie humana e atua por vias muito conservadas filogeneticamente. Desista da imagem de nossos ancestrais puxando suas amadas pelo cabelo e perceba que muitos animais apresentam fortes capacidades de vinculação amorosa. Tanto que Helen Fisher, uma antropóloga que estudou a fundo amor em suas mais diversas manifestações, psicológica, antropológicas, evolutiva e neurológica chega a sentir se mal pelo frango em seu prato no jantar por saber que até estes possuem a capacidade neurológica para amar.
Todas as manifestações mais maravilhosas do amor e as mais nefastas também, não são pra mim proezas meramente químicas, mas sim proezas evolutivas. Os neurotrasmissores não estão milagrosamente e casualmente dispostos em nosso cérebro. Eles são as vias pelas quais a cognição amorosa funciona, devidamente instalada em nossa mente pela evolução e seleção sexual. Como a evolução não faz nada a partir do zero os mecanismos do amor romântico foram cooptados dos mecanismos de vinculação mãe-bebê. Daí podemos entender essa mania dos amantes de se tratar de forma infantilizada.
Helen Fisher, em suas palestras interessantíssimas no TED, aponta três mecanismos envolvidos no amor romântico: a luxuria, desejo de satisfação sexual; amor romântico, exaltação e obsessão do estar apaixonado; e o apego amoroso, a sensação de calma, paz e segurança na presença do ser amado. Ela teme que com o uso descontrolado de antidepressivos, os quais atuam nas mesmas vias neuroquímicas do amor, possam tornar as pessoas incapazes de amar. Um efeito colateral considerável.
Mais importante é não acharmos que a ciência vai dar desculpas para atos danosos. Nossas responsabilidades e culpabilidades estão intactas não importa o que os cientistas descubram sobre a neuroquímica ou a genética do amor ou qualquer outro comportamento humano. E não podemos esquecer que a beleza e fascínio do amor serão sempre um prato cheio para os apaixonados, sejam poetas ou cientistas.
Abaixo estão dois vídeos bem informativos da Kate Bohner sobre a Biologia do amor como prova do nosso amor pela ciência da paixão.
África no Ambiente de Adaptabilidade Evolutiva





Diferenças Sexuais e a Seleção Sexual

Enquanto andam por um parque em Londres eles conversam de forma descontraída e esclarecedora. O vídeo tem 29 minutos, todo em espanhol e começa abordando a seleção sexual e as características sexualmente selecionadas nos sexos, a beleza e o corpão violão das mulheres e a força e a competitividade dos homens. O mito do “quadril largo = boa parideira” é desacreditado e a proporção quadril/cintura é explicada como indicador de fertilidade nas mulheres.
Eles conversam sobre a Revolução Darwinista no panorama geral das ciências. Punset considera Darwin o maior cientista que já existiu. Helena considera fantástico como Darwin acabou com a dicotomia “acaso/designo” mostrando que entre as opções “acaso” e “projeto-com-projetista” existe a possibilidade darwinista de “projeto-sem-projetista”. E essa noção explica a origem do projeto dos seres vivos de forma natural sem a necessidade de explicações sobrenaturais metafísicas.
Depois eles conversam sobre as origens do sexo e voltando 800 milhões de anos atrás com o surgimento das primeiras células sexuais diferenciadas em maiores e menores. Helena explicar que machos e fêmeas surgem da solução do dilema de alocação de investimentos reprodutivos em acasalamento versus parental. E então abordam as diferenças psicologias entre homens e mulheres começando pelos meninos e meninas.
As diferenças entre comportamento de homens e mulheres é um assunto muito delicado, pois reações emocionais contras o sexismo por vezes atrapalham o entendimento sobre o tema. Isabella a bordou profundamente essa temática no CientíficaMente e ajudou a desfazer mal-entendidos. A dica é nunca confundir diferenças com desigualdade. Não precisamos ser clones idênticos para temos igualdades de direitos e oportunidades. Helena mostra como um melhor entendimento das diferenças na distribuição de cada característica, em que homens estão mais representados do que mulheres nos dois extremos da curva, nos ajuda a entender fenômenos ditos machistas. O interessante é ver no vídeo o que pensam meninos e meninas sobre as diferenças entre homens e mulheres.
Espero que gostem do vídeo.