Steven Pinker e os Palavrões
Você se acha uma pessoa desbocada, boca suja que adora falar palavrões? Pois fique sabendo que você não está sozinho. Nesses dois vídeos curtos veremos Kate Bohner falando sobre o que Steven Pinker escreveu em seu último livro The stuff of Thought a respeito do porquê, nós seres humanos, temos o estranho hábito universal de xingar e falar palavrões pra caramba. Mas lembre-se sempre que explicar não quer dizer justificar, assim como entender não é perdoar. E no segundo vídeo o próprio Pinker, numa entrevista inusitada e descontraída, solta o verbo e fala seus palavrões prediletos sem dó. Além disso, fala sobre vários de outros temas desconexos pra #$*+#@&$#%#. Opa! Me empolguei!
Crianças + Chocolate = Egoísmo ou Altruísmo?


Nossas predisposições cognitivas pró ou anti-sociais são manifestadas segundo características do contexto social em que nos encontramos. Conhecer as pessoas do seu meio social, confiar nelas, reencontrá-las de tempos em tempos são algumas das condições muito importantes para a evolução do altruísmo recíproco, ou seja, a cooperação com não parentes.

Segundo a professora Dra. Emilia Yamamoto, “tentamos entender como é a cooperação do ponto de vista evolutivo, ou seja, quais atitudes das crianças são dirigidas a um benefício comum, e quais revelam certo egoísmo.” E pra fazer isso é só criar um engenhoso jogo envolvendo chocolate em que colocava as crianças em posição de doar algum para que o benefício comum aumente ou não doar nada em prol apenas do benefício individual. Isso em grupos pequenos e grandes de crianças.
Eles encontraram que no grupo pequeno as atitudes pró-sociais foram mais comuns, pois a possibilidade de monitorar indiretamente o comportamento dos colegas era maior. Já no grupo grande as doações diminuíam bastante, segundo ela “revelando que o egoísmo prevalece quando o indivíduo não percebe um ambiente propício para a cooperação”. Entra em jogo então o raciocínio que acaba rapidamente com os recursos naturais: se é de todo mundo então não é de ninguém e se eu não aproveitar muito agora outros o farão já já.
É interessante lembrar que a superpopulação não é um problema só da China, mas sim do planeta Terra. E que as conseqüências prejudiciais da superpopulação não são só ambientais mais também anti-sociais. Os estudiosos da evolução do comportamento humano apontam que o tamanho da tribo humana ancestral girava em torno de 200 pessoas, algo muito longe do tamanho das cidades atuais.
Uma versão resumida escrita e em áudio do presente trabalho pode ser encontrada no novíssimo site de divulgação científica da UNESP: o Toque da Ciência, destinado à divulgação da produção científica brasileira por meio de uma linguagem simples e atraente, com periodicidade diária e contando com um acervo de mais de cem programas. Toque da Ciência têm formato de PODCAST disponibilizando áudios de um minuto e meio de duração, com o relato do processo de pesquisa pelo próprio pesquisador, aproximando público e cientista e tornando eficaz a comunicação e os fins da divulgação científica.
Um bom exemplo de altruísmo com o conhecimento científico e cooperação com a sociedade.
Psicologia Evolucionista e Natureza Humana

Sugiro às pessoas que antes de despejarem seus “ismos” indignados: biologismo, determinismo, sexismo, naturalismo, reducionismo, fatalismo, conformismo entre outros, leiam o texto sobre se nós somos realmente dominados por nossos genes ou apenas por mal-entendidos. E descubram quantas noções preconceituosas sobre a natureza humana temos enraizadas.
Os livros estão mais voltados para resolver esses entendimentos equivocados são o O Que Nos Faz Humanos de Matt Ridley e o Tabula Rasa de Steven Pinker. Nesses livros uma coisa fica bem clara, que nossa velha noção sobre a natureza humana é uma das coisas que devemos desaprender e deixar muito dos preconceitos que impedem nosso entendimento sobre a Psicologia Evolucionista para trás.
E o programa “Coisas que nunca deviamos aprender” sobre Psicologia Evolucionista, em espanhol, que veremos abaixo, trata justamente da questão das novas noções sobre a natureza humana que estão desafiando concepções pautadas em entendimentos equivocados. Com a participação de Steven Pinker, ricamente ilustrado e com uma discussão final sobre as mudanças de paradigmas este programa tem três vídeos bem interessantes.
No primeiro vídeo veremos a discussão sobre nossa tendências agressivas e medos de cobra, sobre a antiga visão da tabula rasa, as inter-relações entre natureza e criação, as ligações com o projeto genoma e com a discussão das células tronco, veremos ainda que existe um grande preconceito frente as sociedade de caçadores coletores tribais, mas na verdade as habilidades mentais são as mesmas em todas culturas.
No segundo vídeo serão discutidas as diferenças entre homens e mulheres, seu desenvolvimento ontogenético, as influências mútuas entre cultura e circuitos cognitivos inatos, veremos que os seres humanos não têm menos se não mais instintos do que os outros animais, e como exemplo a linguagem, os tabus sexuais, ainda veremos as diferencias entre os sexos nas estratégias sexuais e o movimento hippie enquanto mais uma utopia sexual.
No último vídeo veremos o mal-entendido da suposta impossibilidade de mudança social, analisaremos a tabula rasa para perceber que diferença não é desigualdade, e na conversa final teremos a discussão sobre a revolução científica e as mudanças de paradigmas. E mudança é o que está acontecendo em todo o mundo quando se fala da natureza humana, pois como Hamilton disse em 1997 “a tabula da natureza humana nunca foi rasa e agora está sendo decifrada”.