Vídeos: Evolução da Sexualidade Humana II


Para finalizar o Festival de Vídeos sobre a Evolução da Sexualidade Humana veremos o documentário The Nature of Sex .

São seis vídeos que buscam pistas para nossa própria sexualidade em nossos parentes próximos e no passado distante. Assim como o documentário passado este é ricamente ilustrado e elucidativo, além de ser bem abrangente.
No primeiro vídeo, de quase 10 minutos, veremos o Homo Habilis, as pressões que ele enfrentou na savana e faremos comparações com a sociedade de Babuinos. Depois veremos o comportamento sexual do Chimpanzé e traçaremos paralalos com o cio humano.
No segundo vídeo, de 10 minutos, veremos o Homo Erectus, seu modo de caça, sua saída da África e o contínuo aumento do cuidado parental. Veremos também a origem do seio. Manteremos aquele olhar de auto-estranhamento ao analisarmos a família do ponto de vista evolucionista.
No terceiro vídeo, de 10 minutos, veremos as origens do favorecimento de parentes. Ao analisarmos as características que escolhemos nos parceiros amorosos veremos a origem do nariz. Como em nossa espécie tanto homens quanto mulheres escolhem, veremos as pressões seletivas para indicadores como tamanho e força corporal, e fertilidade e cuidado da prole.
No quarto vídeo, de 10 minutos, veremos a origem de olhos grandes e lábio como sinalizadores, e que assim como ambos os sexos escolhem eles competem. Veremos um curioso desfile de beleza masculino e seus paralelos com os cuidados estéticos do Bowerbird. E descobriremos que não há apenas indicadores de cuidados parentais, mas sim indicadores estéticos de bom gosto. Além de ver as sutilidades não-verbais da vigilância de acasalamento.
No quinto vídeo, de 10 minutos, veremos o investimento feminino na prole e as tendências para evitar o incesto nas crianças em kibutz.
Veremos também qual é a profissão mais antiga do mundo e que não somos tão diferentes de muitos outros animais.
No último vídeo, de 3 minutos, veremos nossas semelhanças com os Bonobos e por fim sua mensagem de paz e amor.

Reserve uma horinha para ver esses vídeos interessantes e evolutivamente relevantes e ainda treine seu inglês.

Auto-reconhecimento em comum

Hoje podemos fazer coisas impensadas. Ao olharmos para o espelho há alguns séculos atrás era impensada, simplesmente inconcebível, a noção de que viemos dos macacos. Motivo de muita chacota.
Hoje, que sabemos que não viemos dos macacos que Somos Macacos, podemos vislumbrar no mesmo espelho rastros da noção de “si mesmo” em nossos parentes mamíferos. Justamente estudando o auto-reconhecimento, seu desenvolvimento e acontecimento.
No vídeo da National Geographic abaixo veremos que os grandes símios estão mais próximos de nós do que imaginávamos. Sua memória instantânea é melhor que a nossa, eles possuem centenas de palavras e uma forma de linguagem, tanto que até podemos formar inúmeras frases com o lexograma interativo de bonobos. Os grandes símios usam ferramentas mais complexas do que as que poderíamos imaginar e, além disso, são capazes de auto-reconhecimento.

O teste padrão para o auto-reconhecimento é conhecido como o teste do espelho. É um teste em que o indivíduo é marcado despercebidamente antes de ser apresentado a um espelho. Se durante o experimento ele tocar a marca do espelho não terá se percebido. Porém se ele tocar a marca em seu próprio corpo ele terá apresentado o auto-reconhecimento.
Metade das crianças de até dois anos se reconhecem no espelho e todos os grandes símios: chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos, em algum momento da vida se reconhecem no espelho também.
O aparecimento evolutivo na noção de si mesmo está correlacionado com altas formas de empatia e comportamento altruísta. Recentemente as fronteiras do auto-reconhecimento no espelho se expandiram: Capacidade antes relacionada apenas com os grandes símios foi encontrada em golfinhos e em 2006 nos elefantes asiáticos.
Esqueçam do vídeo a idéia de procurarmos o ingrediente secreto que torna os humanos, humanos e os grandes símios apenas símios. Pois não estamos dominando o planeta, muito menos deixando nossos parentes símios para tráz. Estamos matando nossos próprios parentes cruelmente.

Primatas do mundo uní-vos

Nós não viemos dos grandes macacos, nós somos grandes macacos. Nós, símios, somos parentes muito próximos uns dos outros! Somos mais de 99% geneticamente idênticos aos Chimpanzés! Sempre que eu pergunto para humanos quem é mais primitivo: nós ou os Chimpanzés, a resposta é unânime: Eles, é claro! Mas assim como nós não viemos dos macacos, eles não estão evoluindo em direção aos humanos. Porque não somos os mais evoluídos, não somos o ápice da evolução!
Cada ser vivo existente no planeta é o mais evoluído do seu ramo. Se olharmos nossa árvore filogenética primata veremos cada macaco no seu galho, literalmente. Cada um é o mais evoluído do seu ramo. Veja estamos todos no mesmo nível. Não somos mais especiais do que eles. E com certeza temos muito o que aprender com eles ainda.
Se somos todos macacos, somos parentes próximos uns dos outros e somos tão evoluídos e especiais quanto eles, por que estamos exterminado nossa família!? Por que caçamos símios filhotes para servir como animais de circo ou de companhia?
Precisamos alargar nosso antropocentrismo para um simiocentrismo antes que seja tarde! Já não basta sermos os únicos representantes do gênero Homo vivo no planeta, estamos caminhando para sermos mais órfãos ainda. O antropocentrismo é nossa pior macacada e tem contribuído para que menosprezemos e eliminemos milhares de espécies do planeta. É hora de assumirmos uma visão muito mais humilde sobre nós mesmos e adotarmos o simiocentrismo como um primeiro passo a para a conservação da biodiversidade na Terra.

Visando trazer a público o estado lamentável que se encontra a conservação dos nossos parentes mais próximos e direcionar soluções foi criado o Manifesto for APES and NATURE. O site visa coletar no mundo todo 1 milhão de assinaturas pela causa dos grandes primatas e de todo seu ambiente. Leia o Manifesto abaixo, entre no site assine e divulge para os outros primatas conhecidos seus.

MANIFESTO: Um Milhão de Pessoas para os Grandes Símios e seu Ambiente
“As florestas tropicais desaparecem num ritmo desenfreado e, com elas, as últimas populações de grandes símios. Todos os especialistas são unânimes: se não fizermos nada, gorilas, chimpanzés e bonobos terão desaparecido até a metade do século 21. Para os orangotangos, a situação é ainda mais dramática: é possível que, em 20 anos, eles só existam em zoológicos.
Hoje em dia, uma mobilização é imprescindível para cessar este Ecocídio! Salvar os grandes símios é salvar as florestas tropicais, um ecossistema essencial para o planeta. O desaparecimento em grande escala de tais florestas, resultante da exploração ilimitada, coloca em perigo não apenas a sobrevivência deste ecossistema e de sua biodiversidade, mas também a dos povos indígenas que dependem delas; ela significa ainda graves problemas ambientais.
A desflorestação é hoje uma das maiores causas de emissão de gases do efeito estufa e por consequência do aquecimento global. O desaparecimento da floresta tropical será sem dúvida o prelúdio do desaparecimento do Homo sapiens, a espécie humana moderna. É tempo de reagir e de agir… antes que seja tarde demais!

Nós, cidadãos da Terra, exigimos de nossos governos e das instâncias internacionais que aceitem como dever supremo a conservação e a proteção dos primatas e fazer todo o possível para:

– Exigir uma gestão durável e respeitosa do ambiente das florestas tropicais, o habitat dos grandes símios;

  • – Proibir toda importação de madeiras tropicais não certificadas como provenientes de um comércio respeitoso do ambiente e que responda aos critérios estabelecidos pela certificação FSC;

– Contribuir para a implementação da exploração de recursos minerais (ouro, petróleo, diamantes, coltan, ferro) respeituosas do ambiente e das populações locais;

– Eliminar a caça ilegal de grandes símios, o tráfico de ‘carne do mato’ a ela associado e de jovens indivíduos vendidos como ‘animais de companhia’;

– A fim de respeitar os pontos 2, 3 e 4 deste manifesto, realizar controles severos nas empresas que trabalham em zona tropical, especialmente aquelas em que a direção está estabelecida nos nossos países ocidentais respectivos;
– Garantir os financiamentos necessários para a aplicação das cláusulas 1 a 5, especialmente para o desenvolvimento de projetos de gestão durável com as populações locais.”
“Por Neuchâtel (Suisa), 4.4.2008”

Não fique de fora dessa macacada!!
Assine a lista! Não vá em circos que tenham animais! E tenha uma visão mais positiva de nosso sparentes!
Os outros macacos agradecem!
Primatas do mundo uní-vos!!
Agradeço ao Wall pela dica de site.