Xaveco Furado da TV sobre a Química do Amor
Agradeço a todas as parabenizações recebidas sobre a notícia da minha entrevista no Jornal da Cultura, mas para aqueles que não assistiram fiquem sabendo que eu não apareci! E eu até achei muito bom porque o que eu temia aconteceu: a edição da matéria ficou demasiadamente apelativa e sensacionalista. Eles optaram por excluir a opinião de um especialista deixando apenas a opinião de quem realmente entende do assunto: o público leigo apaixonado que é mais facilmente manipulável por jornalistas do que cientistas divulgadores de ciência.
Para muitos jornalistas que fazem divulgação científica, a felicidade está em ser justo com o público. Até aí eu também concordo, o problema é que pra eles ser justo significa mostrar sempre “os dois lados da questão” da forma mais sensacionalista possível. Mas pra mim, ser justo é: se não for contribuir para o bom entendimento do tema pelo menos não promova um desserviço para seu entendimento.
Eles já se eximiram da tarefa educativa dizendo que são apenas divulgação e entretenimento. Então daí para tratarem os cientistas como frios e calculistas que acham absurdamente que o amor, esse sentimento tão enternecedor, possa ser algo meramente químico, como a fria tabela periódica, é só um pulinho. Deu pra ver quais são “os dois lados da questão”? E o meu papel nesse teatrinho era dizer que o amor não é sentimento nem poesia, mas sim química!
Mas afinal, por que falar em química do amor soa tão reducionista? Porque ao dizer isso se está omitindo irresponsavelmente os dois grandes saltos contra-intuitivos que ligam naturalmente a tabela periódica ao amor. Com isso se está induzindo as pessoas a concluírem que o salto é absurdamente maior do que a perna, o que é sinônimo de explicação forçada e muito pretensiosa. Além de contribuir para o analfabetismo científico está se reforçando uma reputação desmerecidamente danosa ao cientista e à ciência.
O primeiro salto está na passagem da química para a química orgânica. A química orgânica é a química + história evolutiva, ou seja, um hormônio neurotransmissor como a ocitocina não tem apenas a físico-química como o sal de cozinha, ele tem também função biológica intrínseca, foi projetado cegamente pela seleção natural por desempenhar melhor uma tarefa. Esse detalhe nos permite entender toda a complexidade e especificidade biológica das biomoléculas passando pelos os órgãos até aos organismos sem precisar postular nenhuma ajudinha mágica de cupido algum.
O segundo salto está na relação entre o que acontece no cérebro e o que sentimos na mente. Cérebro e mente são os dois lados inseparáveis da mesma moeda, um é o hardware, o motor e o outro é o software, seu funcionamento. O mesmo conceito fundamental da linguagem de processamento de informação explica o funcionamento do computador e da mente. E assim como o Word é um programa especificamente projetado para executar uma função, os módulos cognitivos que compõem a adaptação mental do amor foram cegamente projetados pela evolução para executar sua função. E do mesmo jeito que Word não é só elétrons passando na placa mãe, mas sim muitas regras de programação, o amor não é só neurotransmissores, mas sim muitos vieses de raciocínio e sentimentos poderosos.
Todos sabemos que a biologia do comportamento humano é facilmente destorcida, e por isso muito mal vista. Precisamos perceber que somos mais dominados por mal-entendidos do que por genes ou substâncias químicas quando o assunto é biologia do comportamento humano. Se você preferir continuar a ser cada vez mais facilmente ludibriado por retórica então saiba o que fazer para transformar seu pensamento crítico em pensamento críptico aqui. Mas se preferir resolver tais mal-entendidos então sempre desconfie das manchetes sobre ciência do comportamento
humano.
Espero que ainda nesse século XXI vejamos um real amadurecimento da divulgação científica no Brasil. E tomara que eles percebam que é feio ficar só piorando a tradução das matérias, já perigosamente simplificadas, das agências de notícias estrangeiras. Em suma: não deixe que a má divulgação atrapalhe sua química com a ciência.
Meu coração, eu SEI porque!!

O autor aponta as mais recentes descobertas no sentido de descrever as vias neuroquímicas envolvidas no apaixonamento e no amor. Os coadjuvantes são a ocitocina e a vasopressina. E é claro que ele cai no fetiche more das causas próximas: conhecer para controlar. Diz que no futuro teremos medicamentos que nos farão apaixonar por alguém e desapaixonar como se fosse uma febre.
Existem vários pontos aqui importantes de serem ressaltados. Não é de hoje essa busca por afrodisíacos mais eficazes. Do chifre de rinoceronte às placas do pangolim passando pelo olho de boto muito da nossa biodiversidade é agredida pela taradice humana. É bem mais barato e ecologicamente correto explorar os afrodisíacos contextuais e comportamentais do que acreditar em analogias superficiais com a rigidez de partes animais ou remédios milagrosos. Um simples abraço já libera ocitocina capaz de fortalacer os laços da relação, pense nisso.
Outra coisa, não precisamos temer o tanto assim o uso indevido de perfumes com feromônios e outras traquinagens científicas aplicadas, pois para toda estratégia existirá sempre uma contra-estratégia! E quanto mais eficaz a estratégia mais rápido surgirá uma a defesa. Pelo mesmo motivo que os pesticidas nunca vão eliminar as pragas e os antibióticos quanto mais usados menor o efeito. Nessa vida estamos correndo pra ficar no mesmo lugar, é o que nos ensina a rainha vermelha de Alice no País da Maravilhas.
Já está na hora de pararmos de acreditar literalmente que o amor foi inventado pelos trovadores ocidentais, que ele está no coração, depende do cupido e que no máximo a ciência vai acabar com a magia, beleza e mistério amor. Poesia e ciência não são incompatíveis só não podem ser confundidas. Muitas vezes o conhecer é até mais belo do que o desconhecer, e além do mais nunca iremos esgotar com os mistérios do universo, mas todo mistério está sujeito a ser decifrado. Então se depositarmos nossas angustias, nossa estética e ou até nossa religião em desconhecidos específicos estamos correndo o risco de nos desapontarmos no futuro.
O amor é uma adaptação mental universal da espécie humana e atua por vias muito conservadas filogeneticamente. Desista da imagem de nossos ancestrais puxando suas amadas pelo cabelo e perceba que muitos animais apresentam fortes capacidades de vinculação amorosa. Tanto que Helen Fisher, uma antropóloga que estudou a fundo amor em suas mais diversas manifestações, psicológica, antropológicas, evolutiva e neurológica chega a sentir se mal pelo frango em seu prato no jantar por saber que até estes possuem a capacidade neurológica para amar.
Todas as manifestações mais maravilhosas do amor e as mais nefastas também, não são pra mim proezas meramente químicas, mas sim proezas evolutivas. Os neurotrasmissores não estão milagrosamente e casualmente dispostos em nosso cérebro. Eles são as vias pelas quais a cognição amorosa funciona, devidamente instalada em nossa mente pela evolução e seleção sexual. Como a evolução não faz nada a partir do zero os mecanismos do amor romântico foram cooptados dos mecanismos de vinculação mãe-bebê. Daí podemos entender essa mania dos amantes de se tratar de forma infantilizada.
Helen Fisher, em suas palestras interessantíssimas no TED, aponta três mecanismos envolvidos no amor romântico: a luxuria, desejo de satisfação sexual; amor romântico, exaltação e obsessão do estar apaixonado; e o apego amoroso, a sensação de calma, paz e segurança na presença do ser amado. Ela teme que com o uso descontrolado de antidepressivos, os quais atuam nas mesmas vias neuroquímicas do amor, possam tornar as pessoas incapazes de amar. Um efeito colateral considerável.
Mais importante é não acharmos que a ciência vai dar desculpas para atos danosos. Nossas responsabilidades e culpabilidades estão intactas não importa o que os cientistas descubram sobre a neuroquímica ou a genética do amor ou qualquer outro comportamento humano. E não podemos esquecer que a beleza e fascínio do amor serão sempre um prato cheio para os apaixonados, sejam poetas ou cientistas.
Abaixo estão dois vídeos bem informativos da Kate Bohner sobre a Biologia do amor como prova do nosso amor pela ciência da paixão.
Feliz 2009 Primata!

Estão previstas muitas comemorações pelo mundo, muito congraçamento científico de qualidade, muitos congressos internacionais ocorrerão no Brasil e muita ciência será levada para o cotidiano do primata humano.
Gostaria de abrir o ano com uma reflexão provocadora: Para quantas pessoas não-humanas você já desejou um feliz 2009? Pois é, taí algo para se pensar. Por que, entra ano e sai ano, e não vemos muitos esforços para se estender as fronteiras da nossa consideração ética abarcando as outras espécies. Para quantos seres vivos você deseja um bom ano novo?
Não espero que ninguém mergulhe nas áquas do mar da África do Sul para desejar feliz ano novo para o celacanto. Até porque como ele é um fóssil vivo, com ele o negocio é mais pra feliz interglacial novo. Mas podemos de início começar a pensa naquelas espécies que estão mais próximas de nós, seja proximidade espacial seja filogenética.
Dawkins apresenta no vídeo abaixo sua posição em favor dos direitos dos gorilas, não como um cientista estudioso do comportamento animal, mas como um ser humano. E por que não primata, né? Considerações éticas são baratas, estão ao alcance de todos, fazem bem pra saúde e não estão necessariamente atreladas a religião. Espécies não são essencialmente distintas, são um grande contínuo de parentes. Alguns animais são capazes de pensar, inclua-se nesse grupo seleto e se descubra em meio a todos eles.
Invente tente, se veja diferente num ano novo mais abrangente. Ainda há tempo. Feliz ano novo primata.
África no Ambiente de Adaptabilidade Evolutiva





Coevolução e Seleção Sexual no Caso da Vespa Tarada





Referências
Andersson, M. (1994). Sexual Seletion. Princeton: Princeton University Press.
Ayasse, M.; Schiestl, F. P.; Paulus, H. F. (2003). Pollinator attraction in a sexually deceptive orchid by means of unconventional chemicals. Proceedings Royal Society of London B, 270, 517–522.
Janzen, D. H. (1980). When is it coevolution? Evolution, 34(3), 611-612.
Krebs, J. R.; Davies, N. B. (1996). Introdução a Ecologia Comportamental. São Paulo: Atheneu.
Schiestl, F. P.; Cozzolino, S. (2008). Evolution of sexual mimicry in the orchid subtribe orchidinae: the role of preadaptations in the attraction of male bees as pollinators BMC Evolutionary Biology, 8:27
Spaethe, J.; Moser, W. H.; Paulus, H. F. (2007). Increase of pollinator attraction by means of a visual signal in the sexually deceptive orchid, Ophrys heldreichii (Orchidaceae). Plant Systematic and Evolution. 264: 31–40.
Thompson, J. N. (1989). Concepts of Coevolution. Trends in Ecology and Evolution. 4(6), 180-183.
Evolucionismo de Prato Cheio

Para que não falte ceticismo e racionalismo evolutivo na massa, teremos Richard Dawkins. Para que não esquecermos da sustância filosófica darwinista teremos Daniel Dennett. Para que tenha bastante comparação entre diferentes espécies teremos Jared Diamond. Para que a evolução da mente humana seja contemplada teremos Steven Pinker. E para dar liga científica e bem humorada à discussão teremos Douglas Adams, o nosso eterno mochileiro das galáxias falecido em 2001.
No primeiro vídeo, Dawkins fala sobre o poder da explicação Darwinista. Dennett fala do aumento da complexidade na paisagem do design. Diamond do Darwinismo aplicado à história e das relações entre a seleção natural e a sexual, citando o exemplo dos nossos queridos Bowerbirds.
No segundo vídeo, Dennett fala da evolução darwinista ocorrendo até na cosmologia, também fala da diferença entre a noção dualista e mística top-down dos que acreditam nos ganchos celestes para explicar o design dos seres vivos e a noção monista materialista botton up das gruas ou guindastes que fazem o mesmo serviço sem postulações metafísicas. Diamond fala da evolução do peixe elétrico e do sonar dos morcegos e do radar dos golfinhos. Daí Dawkins explica o posto de vista dos genes, temos que pensar no “sucesso” para os replicadores e não nos seus veículos.
No terceiro vídeo, Pinker explica o modo de pensar da engenharia reversa em que você já tem o dispositivo e precisa descobrir pra que serve e como foi projetado. Ele fala da Psicologia Evolucionista, usando a percepção visual e as estratégias reprodutivas como exemplos de adaptações mentais. E como exemplo de
fenômenos não adaptativos cita a religião, os sonhos a homossexualidade, a homofobia e a música (ponto em que discordo dele). Então, Dennett defende o adaptacionismo para a música (eba!). Daí Pinker fala do misterioso prazer da música. E depois fala da teoria da mente e da intencionalidade.
No quarto e último vídeo, Dawkins fala de um possível valor adaptativo da religiosidade com a propensão das crianças de seguir a fé dos pais. Douglas Adams fala da falta de valor adaptativo sobre o dinheiro. Dennett fala, no contexto da religião, da pena mágica que fazia o Dumbo voar e que quando ele soltou continuou voando. E também da idéia errônea de que os evolucionistas estariam acabando com a magia da vida. Nisso Adams continua o assunto sobre a religião e a ciência que é um prato cheio.
Espero reservem um tempinho pra desfrutar da overdose evolucionista desse bolo de aniversário do MARCO EVOLUTIVO.
Bowerbirds e a Arte de Seduzir II



Um artigo na Biology Letters nos responde a essas questões e mostra como as habilidades de construção estão relacionadas com as de imitação. Coleman et al (2007) mostraram que as preferências das fêmeas podem favorecer tanto a acurácia quanto a complexidade das exibições de imitação vocal de macho satin bowerbird, um espécie de olhos azuis que adora objetos azius.
Eles testaram duas hipóteses sobre a função da imitação vocal em população natural de satin bowerbird. Segundo a hipótese da acurácia da imitação, as fêmeas acessam a qualidade e fidedignidade da imitação na escolha de parceiros, então a acurácia da imitação estará positivamente relacionada com o sucesso no acasalamento. Segundo a hipótese do tamanho do repertório, as fêmeas acessam o número de diferentes imitações vocais do macho quando escolhem parceiros, então o sucesso no acasalamento estará positivamente relacionado à quantidade de diferentes espécies imitadas pelo macho.

Por meio de comparações espectrográficas das exibições de imitação da corte do macho satin bowerbird com os cantos das espécies imitadas eles apoiaram ambas as hipóteses. Tanto a acurácia quanto o número de espécies imitadas contribuem positiva e independentemente para o sucesso no acasalamento do macho. A regressão múltipla mostrou que o número de espécies imitadas explicou 58% da variação no sucesso de acasalamento, mais do que a acurácia da imitação, que foi responsável por 38% da variação no acasalamento.
Além disso, eles encontraram que tanto a acurácia quanto a variedade de cantos imitados estão positivamente correlacionados outros elementos da exibição masculina sabidamente importantes para o sucesso no acasalamento, como a qualidade do ninho construído e a atratividade de sua decoração. Tanto que a acurácia da imitação e a variedade de espécies imitadas explicaram mais o sucesso no acasalamento do que a qualidade e a decoração do ninho. Apesar de que a acurácia da imitação e a variedade de imitações não estarem relacionadas com a carga de ectoparasitas e nem as condições corporais, tais parâmetros podem prover às fêmeas informações importantes sobre a qualidade do macho quando jovem, época em que aprendem e refinam suas exibições sonoras.

Referência
Coleman, S. W.; Patricelli, G. L.; Coyle, B.; Siani, J. & Borgia, G. (2007) Female preferences drive the evolution of mimetic accuracy in male sexual displays. Biology Letters, 3, 463-466.
Eventos Evolutivamente Relevantes I

Acabei de voltar do VI Encontro Anual de Etologia, um evento em que evolução e comportamento andam sempre juntos. Nesse ano o tema foi “Bem estar animal e humano: a questão etológica da valorização da vida” e certamente em novembro de 2009 as comemorações evolucionistas estarão presentes. Fiquem de olho na página da Sociedade Brasileira de Etologia.
Aniversário de Um Ano do MARCO EVOLUTIVO
Resumidamente nesse um ano o MARCO EVOLUTIVO foi acessado não só por pessoas no Brasil, mas em vários países do mundo. Acessaram mais de 10 vezes pessoas em Portugal, Estados Unidos, Moçambique, Angola, Espanha, Reino Unido, Holanda, Argentina, Japão, Canadá e Cabo Verde (em ordem decrescente de acessos). E o Português é a terceira Língua européia mais falada no mundo, elo de comunicação entre 200 milhões de pessoas. E para aquelas que não entendem o português podem usar o tradutor automático.
Os textos mais lidos na época do blogspot, em ordem decrescente eram: 1 – Revolução Genômica e Lei de Biossegurança 2 – 2009 o “ANO DA BIOLOGIA” 3 – Psicologia Evolucionista – Edição Especial Psique 4 – Dicas de Livros em Psicologia Evolucionista 5 – Lamarck – A Verdadeira Idéia Errada 6 – Somos dominados por genes ou por mal-entendidos? Os textos mais lidos na era Lablogatórios são: 1 – ANO DE DARWIN 2009 no Brasil 2 – Evolução Humana Facilitada 3 – Lamarck – A Verdadeira Idéia Errada e 4 – 2009 o “ANO DA BIOLOGIA”. E as palavras chaves mais usadas para chegar ao blog são “Psicologia Evolucionista” e “Evolução Humana”.
Agradeço aos Labrothers que me acolheram aqui nessa empreitada revolucionária da divulgação científica brasileira que é o Lablogatórios. Agradeço também ao Blogs de Ciência e ao Anel de Blogs Científicos pela visibilidade ao MARCO EVOLUTIVO e a todos os outros colegas que me linkaram. Agredeço ainda os convites para palestras em semanas de estudos feitos pelo pessoal da Psicologia da PUCCAMP e do Mackenzie e da Biologia da Unesp de Jaboticabal.
Diferenças Sexuais e a Seleção Sexual

Enquanto andam por um parque em Londres eles conversam de forma descontraída e esclarecedora. O vídeo tem 29 minutos, todo em espanhol e começa abordando a seleção sexual e as características sexualmente selecionadas nos sexos, a beleza e o corpão violão das mulheres e a força e a competitividade dos homens. O mito do “quadril largo = boa parideira” é desacreditado e a proporção quadril/cintura é explicada como indicador de fertilidade nas mulheres.
Eles conversam sobre a Revolução Darwinista no panorama geral das ciências. Punset considera Darwin o maior cientista que já existiu. Helena considera fantástico como Darwin acabou com a dicotomia “acaso/designo” mostrando que entre as opções “acaso” e “projeto-com-projetista” existe a possibilidade darwinista de “projeto-sem-projetista”. E essa noção explica a origem do projeto dos seres vivos de forma natural sem a necessidade de explicações sobrenaturais metafísicas.
Depois eles conversam sobre as origens do sexo e voltando 800 milhões de anos atrás com o surgimento das primeiras células sexuais diferenciadas em maiores e menores. Helena explicar que machos e fêmeas surgem da solução do dilema de alocação de investimentos reprodutivos em acasalamento versus parental. E então abordam as diferenças psicologias entre homens e mulheres começando pelos meninos e meninas.
As diferenças entre comportamento de homens e mulheres é um assunto muito delicado, pois reações emocionais contras o sexismo por vezes atrapalham o entendimento sobre o tema. Isabella a bordou profundamente essa temática no CientíficaMente e ajudou a desfazer mal-entendidos. A dica é nunca confundir diferenças com desigualdade. Não precisamos ser clones idênticos para temos igualdades de direitos e oportunidades. Helena mostra como um melhor entendimento das diferenças na distribuição de cada característica, em que homens estão mais representados do que mulheres nos dois extremos da curva, nos ajuda a entender fenômenos ditos machistas. O interessante é ver no vídeo o que pensam meninos e meninas sobre as diferenças entre homens e mulheres.
Espero que gostem do vídeo.