Este blogue contém 0% de gordura trans / Legislação sobre propaganda de medicamentos é revisada

Hoje eu acordei virado no traque e resolvi saquear a blogosfera atrás de algo bom que outrem já houvesse escrito, me poupando trabalho.
Primeiro, vou roubar só um pedaço do interessantíssimo artigo do Rafael, do RNAm:

Esta pergunta é do FAQ da ANVISA:

Pode ser utilizado o claim (alegação) “livre de gorduras trans” nos rótulos dos alimentos?
Sim, desde que o alimento pronto para consumo atenda às seguintes condições: – máximo de 0,2g de gorduras trans por porção; e – máximo de 2g de gorduras saturadas por porção. Os termos permitidos para fazer este claim são: “não contém…”, “livre…”, “zero…”, “sem…”, “isento de…” ou outros termos permitidos para o atributo “Não contém” da Portaria SVS nº 27/98. Não podem ser utilizados outros atributos para gordura trans.

Hum, ok. Então se o produto tiver menos de 0,2g por porção posso pôr “0% Trans” na embalagem. E quem define quanto é uma porção? A ANVISA de novo, menos para os produtos de “consumo ocasional”, como sorvetes, balas pirulitos, e imagino que salgadinhos e bolachas também entrem nessa categoria. Portanto, quem produz esse tipo de alimento é quem decide quanto é uma porção.

O resto vocês podem ler por lá (e eu recomendo que o façam).
Depois, o muciço de outro ótimo artigo, escrito pela Isis:

Uma das modificações previstas no novo texto é em relação à propaganda de medicamentos isentos de prescrição. A proposta prevê diferentes advertências, específicas para os princípios ativos mais utilizados nesses medicamentos. Um exemplo é a cânfora, cuja proposta de advertência é “não use em crianças menores de dois anos de idade”.
Outra novidade é que nas propagandas veiculadas pela televisão o próprio ator que protagonizar o comercial terá que verbalizar a advertência. No rádio a tarefa caberá ao locutor. Para o caso de propaganda impressa, a frase de advertência não poderá ter tamanho inferior a 20% do maior corpo de letra utilizado no anúncio. Para medicamentos com venda sob prescrição, o fabricante terá que colocar pelo menos uma contra-indicação e uma interação medicamentosa mais freqüentes.

A entrada na íntegra esta aqui (e estão todos intimados a ler, caso queiram aprender alguma coisa útil esta semana).

Samba de Orni

Abri um blogue dum camarada hoje pela manhã que fala de ornitorrincos (não profundamente, só cita o nome mesmo), aí deu vontade de falar sobre esses animais MUCHO LOKOS (um alô para Renan!).
O Ornithorhynchus anatinus é, antes de mais nada, um mamífero.
PORÉM
Seqüenciamento do material genético do bicho revelou que ele tem algumas características de aves e de répteis, o que não quer dizer que ele deixa de ser mamífero.
Por exemplo, nós não temos um casaco de pêlos como os outros membros da classe Mammalia, e essa calvície epitelial é característica dos répteis, mas nós não somos misturados com eles. Somos?
Mas, vamos às bizarrices (não acho que vocês tenham vindo me visitar pelos meus olhos negros):
ornitorrinco
1 – O bicho é peludo, produz leite e põe ovos.
+3 pontos para os mamíferos
2 – Os pêlos são cobertos de uma camada impermeabilizante.
+1 ponto para as aves
3 – Os ovos são moles.
+1 ponto para os répteis
4 – Bico e pés de pato.
+2 pontos para as aves
5 – Ferrão venenoso.
+1 ponto para os répteis
6 – Eletroreceptores ao redor do bico que lhe garante Eletrolocalização.
+1 ponto para os peixes
7 – Apesar de produzir leite, não tem mamilos e o secreta através da pele abdominal, sendo guiado por um tufo de pêlos. Huummm!
-1 ponto pela seboseira (imaginem o cheiro desses cabelos quando o leite misturado com baba e água salobra de um córrego seca ao sol australiano)
Mamíferos 3 x Aves 3 x Répteis 2 x Peixes 1
Não exatamente científico esse meu método de pontos, eu sei.
Eu disse um dia desses que o bicho tinha mais material genético de aves que de qualquer outra classe, mas eu estava (fui) enganado (é nisso que dá acreditar na primeira fonte, por mais confiável que seja).
Eis uma tabela:

Traduzindo:
Monotremos são o ornitorrinco e a equidna, que são mamíferos que põe ovos;
Marsupiais são o canguru e o coala, que são animais com duas fases de gestação, uma interna e outra externa (dentro de uma bolsa);
Placentais são o resto dos mamíferos, cuja gestação se dá inteiramente dentro de uma placenta;
Duas linhas convergentes indicam um ancestral comum, ou seja, os amniotas (animais cujos embriões são envoltos em líquido amniótico) se dividiram em dois grupos, um deles se dividiu em aves e répteis e o outro virou o grupo dos mamíferos. Depois, o grupo monotremata se separou e, bem mais tarde, os marsupiais dos placentários (não coloquei datas no gráficos porque fiquei com preguiça, mas são milhões e milhões de anos, de baixo para cima).
Dá para entender, é só ler de novo…
Lição de hoje: quando ouvir um negócio bem massa e que pareça fazer sentido, desconfie e procure mais informações antes de sair por aí espalhando desinformação.

Dá para ouvir isso?

Ultra-Sonografia (ou ultrassonografia, em acordo com as novas regras da Língua Portuguesa) utiliza ondas sonoras de altíssima frequência (ultrassom, ou som acima da capacidade auditiva humana) para formar imagens (grafia) numa telinha.
Morcegos e golfinhos usam uma técnica parecida, chamada “ecolocalização” (eco = som refletido), enquanto o processo similar em submarinos é chamado “sonar” (corruptela de som + radar).
O processo é o seguinte; uma onda sonora de alta frequência (a reforma da língua aboliu também o trema, estou tentando me adequar) é lançada sobre objetos sólidos para que reflita e seja captada por um sensor. Se um pedaço do objeto estiver mais perto, o eco vai voltar mais rápido, se estiver mais longe, demorará mais a voltar, o que forma uma imagem plana (bidimensional) do objeto.
E por que alta frequência?
Quanto mais alta, menor é o comprimento da onda. Quanto menor for esse comprimento, de modo a manter e velocidade do som constante (não importa o tom, o som sempre vai andar na mesma velocidade, dentro das mesmas condições, por isso que todos os sons de uma banda chegam ao mesmo tempo em nossos ouvidos), a energia aumenta (a energia total não muda, o que muda é a quantidade de “força” pra “frente”, já que não precisa se mexer tanto pros “lados”). Quanto maior a energia, mais difícil será de se dissipar (ondas mais compridas e com frequência menor também sofrem interferência gravitacionais, mas isso é MUITO além do que eu estou preparado para explicar hoje), mais facilmente se refletirá (dificultando a absorção) e melhor serão as imagens. Como as imagens não são reais, mas a combinação de presença ou ausência de reflexos dessas ondas, a figura aparece em preto (presença) e branco (ausência). Alguns sonares contam com representações coloridas, como um mapa geográfico, onde a distância das coisas (o tempo que a onda leva para ser refletida) induz cores diferentes, mas isso também é irrelevante no momento.
O que importa é que ultrassonografia é um exame muito útil e totalmente seguro (a não ser que se tenha alergia ao gel, mas este também é bastante inerte, à base de água e não gosta de reagir com as coisas) e que deve ser utilizado em pré-natais (ou prénatais, não tenho certeza se a forma original tem hífen), principalmente agora que aperfeiçoaram a técnica e as imagens estão saindo quase tridimensionais (“quase” porque ainda são projetadas numa tela plana, em duas dimensões).
Faça Pré-Natal, acompanhe o desenvolvimento do feto para garantir que a criança nasça que preste.
E minha contribuição para o serviço de utilidade pública termina aqui.
P.S.1 O limite de audição humano é 20kHz, ou vinte mil ciclos por segundo.
Um ultrassom gera entre 2 e 14 milhões desses ciclos (2~14MHz).
P.S.2 Depois da revisão ortográfica lusófona, frases como “eu pélo pêlo pelo corpo” (eu pelo pelo pelo corpo) e “ele pára para ninguém” (ele para para ninguém) me deixaram muito confuso…

Saúde e Doença

Estava lendo uns textos antigos meus em busca de algo bom (e já escrito, que me economize tendões) e achei este, que escrevi como um trabalho de faculdade para uma aluna de Medicina que “trabalha os dois turnos e não tem tempo de pesquisar”.
Sugestão: pare de ver novela; só aí já vão três horas a mais na sua vida.
Eu só fiz esse, e só fiz porque achei interessante o tema.
Quer ser médica? Estude!
Segue o texto:

A definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) de saúde é que “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não só a mera ausência de doença ou enfermidade” e uma boa definição de doença é “condição anormal de um organismo que óbsta o funcionamento de funções corporais, associada com sintomas e indícios”.
Daí já vê-se que há mais entre doença e saúde que talvez primeiramente pensado. Desde o começo da sociedade organizada que a Humanidade tenta livrar-se dos males que a afligem, mas até a introdução da Teoria dos Germes, postulada por Robert Koch (Prêmio Nobel em Medicina em 1905 pela descoberta e estudo do bacilo tuberculoso) em 1875, quando este identificou que o antraz (Bacillus anthracis) era transmitido por um agente infeccioso, ainda achava-se que moléstias eram, desde geradas espontaneamente (como mostra o texto mais antigo sobre medicina, o indiano Atharvaveda), até carregadas por mau-cheiro (teoria do miasma, prevalente desde o século XIII ao XIX), ao invés de passadas por microorganismos que crescem se reproduzindo.
Tal teoria, ou Postulados de Koch como veio a ser conhecida, diz que, para se estabelecer que um organismo é a causa de uma doença, este deve ser: encontrado em todos os casos examinados da doença; preparado e mantido em uma cultura pura; capaz de reproduzir a infecção original, mesmo após várias gerações em cultura, e; ser colhido de um animal inoculado e capaz de criar nova cultura. Usando este método de detecção e estudo, os alunos de Koch (apenas a primeira geração de médicos seguindo essa orientação) conseguiram, entre eles, determinar os organismos causadores de difteria, tifóide, pneumonia, gonorréia, meningite cerebroespinhal, lepra, praga bubônica, tétano e sífilis, salvando, assim, milhões de pessoas de uma morte desnecessária, que seria tratada, caso contrário, por curandeiros e outros métodos, invocando mais superstição que métodos científicos reais e comprovados.
Há, também, outras causas de doenças, como radioatividade (partículas subatômicas com massa, como prótons e neutrons, ultra-energizados), deficiência nutritiva (anorexia e licorrexia), problemas genéticos (Parkinson, distúrbio bipolar), exposição (ao sol, melanoma; à fumaça de cigarro, câncer pulmonar), traumas psicológicos (agorafobia, paranóia), entre outros.
Há também quem argumente que pobreza, discriminação social, corrupção, hiprocrisia, etc, são doenças sociais, parasitárias e debilitantes, que destróem a sanidade do espírito do indivíduo sadio, transformando-o em um doente social, incapaz de exercer suas plenas funções dentro do ambiente comum (espírito, neste caso, entendendo-se o humor e o relacionamento do um com o todo, baseado em estímulos e respostas, e não algo paranormal ou mágico).
Saúde, portanto, não é apenas o inverso de doença, ou vice-versa, existe um sem-fim de definições e argumentos, alguns melhores que outros, mas, concisamente, Doença é um mal afligido por um agente intrínseco ou extrínseco, que debilita um sujeito, e, Saúde é um bem-estar completo e total.

Texto escrito por Igor Santos (caso algum professor de fisiologia esteja verificando fontes para descobrir possíveis plágios).

Ponto Cego

Tenho muito poucos leitores nos fins-de-semana, talvez pelas pessoas terem mais o que fazer da vida do que entrar no quarto, sentar na cadeira, ligar o estabilizador, ligar o computador, ligar o monitor, esperar carregar tudo, usar o que quer que usem para conectar, esperar conectar, tentar novamente, ficar com raiva, ligar para o suporte técnico mesmo sabendo que não vai adiantar pois o provedor vai colocar a culpa na transmissora e a transmissora vai culpar o provedor, descobrir que o suporte só funciona em horário comercial, ficar com mais raiva ainda, esbofetear o monitor, se levantar com a sensação de ódio e impotência, ir tomar um café, lembrar que tem um colega disse que mandou um email de piadas que é “o ó”, tentar novamente, conseguir, abrir o navegador, esperar o navegador abrir e torcer para que ele não trave o computador, lembrar que o antivírus deveria ter sido atualizado e que o disco rígido precisa ser desfragmentado, o que não será feito agora pois toma muito tempo e se está com preguiça, abrir outra janela do navegar e começar a escrever “uol.com.br” para se interar das notícias e perceber que o auto-complemento da barra de endereço do navegador está sugerindo “uoleo.wordpress.com”, lembrar deste blogue, abri-lo e lê-lo, enquanto, lá no fundo da mente fica piscando o lembrete de que todos os seus amigos estão na rua, tendo uma vida social mais ou menos ativa enquanto se está em frente a um computador capenga lendo um aspirante a aprendiz de ajudante de professor de ciências.
Mas, como eu sou um sujeito legal, escrevo mesmo assim pois sei que essas pessoas que me lêem nos fins-de-semana merecem algum divertimento e informação.
=¦¤þ
Eu gosto de escrever (vide introdução), mas vez por outra gosto de roubar as coisas interessantes que já foram escritas (sim, eu plagio, mas indico a fonte).
Hoje eu estou pegando emprestado da coluna Dúvida Razoável, do Kentaro Mori, do blogue Sedentário e Hiperativo.
É legal, se você já chegou até aqui, continue lendo.

Não nos lembramos de tudo que vemos. O que nem todos percebemos é que não vemos tudo que pensamos ver. A evidência mais simples disto é o ponto cego de nossos olhos, uma região da retina por onde o nervo ótico passa e que está assim desprovida de fotorreceptores. Esse pequeno ponto não capta imagens.
Se você nunca experimentou o ponto cego de seu próprio olho, feche o olho direito e fixe o olho esquerdo no círculo vermelho abaixo. Agora, aproxime-se lentamente do monitor, sem deixar de fixar o círculo vermelho.
branco
Quando estiver a em torno de um palmo de distância, a estrela azul deve sumir — é porque a imagem dela passou sobre o ponto cego. Se continuar se aproximando ou se afastar novamente, a estrela surge outra vez. O mesmo ocorre com a bola vermelha, se você fizer isso fechando o olho esquerdo e olhar para a estrela azul.
Perceba que quando o círculo ou a estrela somem, você não vê um ponto escuro em seu lugar. Ao invés, a área é substituída pelo branco à sua volta. Tente fazer a experiência com a imagem em negativo: quando a estrela ou o círculo sumirem, agora serão substituídos pelo negro ao redor.
preto
Não porque seu ponto cego não capta luz, mas porque é esta a cor circundante.
Se o fundo fosse rosa-choque ou bordô, você veria a figura substituída por tais cores da mesma forma.
Isto ocorre pela mesma razão pela qual você geralmente não percebe seu próprio ponto cego: o cérebro continuamente preenche o buraco com informações ao redor e do outro olho. Você pensa que enxerga tudo em seu campo de visão, mas nem mesmo na própria retina isto é verdade.

O artigo é bem grande, tem muitos links e vídeos e eu não vou usar todo, quem tiver tempo e quiser é só clicar em “Dúvida Razoável” lá em cima.
Porém, eu gosto de estudos sobre memória e como ela é pouco confiável, por isso vou colar outro pedaço para quem não quiser ler lá.

PERNALONGA
Não apenas não vemos tudo que achamos que vemos, como mesmo aquilo que achamos que já vimos, nossa memória, funciona de forma diferente da que acreditamos. Isto é demonstrado de forma clara pela síndrome da falsa memória.
Em mais um experimento, a psicóloga americana Elizabeth Loftus mostrou a vários sujeitos propagandas da Disneyworld, incluindo uma inocente apresentação do personagem Pernalonga cumprimentando algumas crianças no parque. Pouco tempo depois, a psicóloga fez uma pergunta sugestiva a eles. Será que eles se lembrariam, quando haviam ido à Disney, de ter encontrado o Pernalonga e “abraçado seu corpo felpudo e mexido em suas orelhas macias”?
amigos
Até um terço dos sujeitos disseram se lembrar de ter feito isso. Mas eles nunca o fizeram, porque você vê, o Pernalonga é um personagem da Warner que nunca esteve na Disneyworld — Warner e Disney são concorrentes, é o motivo pelo qual você nunca viu Mickey e Pernalonga no mesmo desenho. Até onde sabemos, ninguém jamais abraçou o coelho da Warner na Disney. A
propaganda mostrando a cena era uma montagem.
O que Loftus fez foi implantar uma falsa memória. Ela também o fez sugerindo a pessoas que haviam se perdido em um shopping quando crianças: a memória do acontecimento fictício passou a fazer parte das lembranças dos sujeitos, como
qualquer outra.
Lembra-se do “Vingador do Futuro”? Implantar falsas memórias na mente das pessoas não requer equipamentos da Rekal Inc., basta algumas sugestões certas.
Isto é especialmente verdade com a hipnose e pessoas sugestionáveis, mas o
surgimento de falsas memórias ocorre em maior ou menor grau em todos. Longe de ser um enorme arquivo de registros, nossa memória é maleável e facilmente manipulável.

Aos que até aqui resistiram, agradeço e recomendo, caso tenham tempo sobrando, que cliquem em todos os links e leiam tudo.
Muita coisa interessante para se aprender por aí há.
São quatro da manhã, mas como eu dormi a noite toda e acordei agora há pouco, vou ficar ali lendo (não na cama, porque um estudo sugeriu que fazer qualquer coisa na cama além de dormir, como ler ou ver TV, pode confundir o cérebro quanto à função do móvel e causar insônia. Eu sou 1 que gosta de dormir…).
Divirtam-se!
Chau

Pablo, Igor e Albert

No início do século XX (20, para os não-romanos dentre nós), o mundo sofreu mudanças radicais em quase tudo.
Arte, Ciência, Religião, Sociedade, Tecnologia.
Isso está sempre mudando o tempo todo, mas nessa época (e para o meu argumento fazer sentido) a mudança foi ligeiramente mais brusca e obtusa.
Por exemplo:
Fomos da beleza e detalhes de Raphael Sanzio:
raphael
Para para a (err…) emoção de Pablo (Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Martyr Patricio Clito Ruiz) Picasso (o nome dele completo é esse mesmo, sério!):
pablo
Do primor harmônico da Primavera de Vivaldi:
[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=St9wYu_WeAM]
Para a desarmonia e desritmia da Sagração da Primavera de Stravinsky:
[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=SkuwexpwqO4]
E de um mundo organizado (por Newton), onde a massa dos corpos exercem uma força de atração uns nos outros (Gravidade) e Luz era uma onda (“onda” não de “tu tá de onda, mermão!” mas “onda” como as sonoras ou as do mar) para um universo COMPLETAMENTE LOUCO (por Einstein) onde Massa não só pode ser transformada em Energia (e vice versa!!!) como também CURVA O TECIDO DO ESPAÇO-TEMPO¹ e a Luz não é só mais uma onda como é também uma partícula (AO – MESMO – TEMPO – !!). Uma partícula sem massa mas que, como é feita de Energia que é intercambiável com Massa, sofre efeitos da Gravidade ao resvalar em um desses Poços Gravitacionais causados por corpos imensamente descomunais, como Planetas e, mais ainda, Estrelas.

¹ Isso aqui não dá para explicar no meu formato-padrão de parênteses, mas é simples. Mais ou menos. É o seguinte: nós vivemos num mundo com quatro dimensões, sendo três espaciais (cima-baixo, esquerda-direita, frente-trás) e uma temporal (o tempo) e elas se juntam num negócio chamado (arbitrariamente, como o seu nome, caro leitor) Espaço-Tempo (que é também comparado a um tecido, que pode ser dobrado, rasgado, costurado, etc., mas sem muitos detalhes por enquanto).
O esquema da curva no tecido é fácil de visualizar como um pano bem espichado (estirado, esticado, tensionado), como o piso de uma cama-elástica, mas de algodão, como um lençol de cama.
Próxima visualização é uma biloca (bila, bola-de-gude, bolota, tecão) posta em cima do tecido. O peso da bolinha de vidro vai criar uma depressão (ou poço) no pano.
Agora, aumentando o cacife (aposta mínima), imaginem uma bola de boliche (ou de canhão, dependendo de com quem vocês andem…) em cima do mesmo pano, mais ou menos perto da biloca. Esse segundo poço criado vai ser bem maior e, dependendo da distância, vai fazer com quê a bola menor role pro lado da maior. Se a pequena já estivesse se movendo a uma certa velocidade numa direção fixa e ficasse bem na beiradinha do buraco criado pela grande, aquele entraria em órbita deste (ou seja, ficaria circulando ao redor da bola maior).
Isso é uma curva no tecido, sendo que o meu exemplo só tem duas dimensões (direita-esquerda, frente-trás) e o Espaço tem três.

Eu não sei como Pablito fez o dele (talvez estivesse “de onda” e depois que ficou famoso não quis dar o braço a torcer) nem como Igor achou que aquela música ia dar certo (ou estava sendo tocada certo… talvez ele fosse meio môco), mas eu sei como Albert chegou à conclusão dele.
E envolve o nosso país!
Einstein pensou: “Se eu estiver na Terra, dentro duma câmara totalmente selada, eu saberei que lado é para baixo porque meus braços em repouso tendem a cair, as coisas que eu soltar também cairam, eu sinto o meu peso me puxando para baixo e assim por diante. Alternativamente, se eu estiver na mesma câmara vedada, no espaço, longe de uma influência gravitacional, mas estiver sendo acelerado constantemente, segundo as Leis de Newton, terei a mesma sensação de peso, as coisas continuaram caindo em direção contrária ao movimento, me dando assim um sentido de baixo-cima. Se essas duas coisas forem verdade, a Massa do Planeta, que gera Gravidade, tem que (ou deveria) ser análoga ao movimento de aceleração que simula Gravidade mas que não envolve Massa, somente Energia. Ou seja, Massa e Energia devem ser equivalentes e relacionados.”
Duma lapada só ele criou o campo de Física Teórica (diferente da Física Experimental ou Observável) e uma teoria que revolucionou TUDO (TV via satélite só existe por causa disso). Só precisava de uma confirmação prática.
Aí é onde entra o inglês Arthur Stanley Eddington. Ele queria porque queria que o alemão das mechas eletrostaticamente carregadas estivesse certo. Aí, em 1919, catorze anos após a publicação da Teoria da Relatividade Especial, ele foi até a ilha de São Tomé e Príncipe para observar um eclipse total do Sol e mandou um estepe para o Brasil (ÊÊÊÊÊÊÊÊ!!! É TETRA, É TETRA!!) para o caso de haver nuvens onde ele estava.
Mas o que isso tem a ver com qualquer coisa?
Se a teoria de Einstein fosse correta, a Luz teria que ser afetada por um campo gravitacional forte, como qualquer partícula seria. A luz de uma estrela distante, quase por trás de Sol, quando observada daqui, seria desviada um pouquinho para dentro, porque seria puxada pela gravidade. Mas só é possível ver uma luz bem fraquinha bem próxima de uma luz bem forte se a intensidade desta diminuir consideravelmente. Como acontece num eclipse total!
Genial!
Eddington foi, mediu, confirmou na prática o diabo da Teoria (que previa exatamente o que deveria ocorrer) e foi para casa colher os louros da fama (eu não li a biografia dele, isso que eu disse é provavelmente mentira, ele deve ter morrido sozinho e com frio).
Albert Einstein (que virou o primeiro, e até agora, único cientista com status de Pop Star), Igor Stravinsky e Pablo Picasso revolucionaram não só seus campos, como também o mundo.
E não que já não houvessem loucos antes. O que mudou foi a Sociedade que passou a aceitá-los.
Ô vidinha mais ou menos…

Mega Sena

Hoje eu acordei e pensei: “Vou escrever sobre como é difícil acertar na Mega Sena e como isso é uma perda de dinheiro.”
Aí, antes de começar, fui dar uma olhada nos blogues e canais de notícias que eu vejo (quase) sempre e achei a coluna de um primo meu em um portal de notícias daqui. Gostei do que ele escreveu recentemente sobre pesquisas eleitorais e Estatística (ele escreve geralmente sobre números), aí resolvi dar abrir os artigos mais antigos e eis que me deparo com um sobre o sorteio federal. E sobre como evitar a falácia lógica da conclusão apressada (e sem fundamentos) e generalização grosseira.
E esse já vem com analogias!
Ótimo!
Aqui vai.

Sempre que o prêmio da Mega Sena atinge valores elevados, surgem informações de fraudes no sorteio. Circulou pela internet um e-mail alertando os internautas sobre uma suposta fraude na Mega Sena, que estaria sob investigação da Polícia Federal. O texto, que na sua versão original foi supostamente assinado pelo Dr. Wagner Digenova Ramos, do departamento jurídico do escritório Pavesio Advogados Associados, levanta dúvidas quanto à acumulação de sorteios, “e quando saia o prêmio apenas uma pessoa ganhava, e, geralmente, em algum lugar bem distante”, e conclui: “só podia ter algum tipo de fraude mesmo.!!!”
O escritório Pavesio Advogados Associados, da cidade de Suzano (SP) nega categoricamente qualquer envolvimento de um dos seus associados na divulgação dessas informações. A citação à empresa “é ilegal”, e o único objetivo é “dar credibilidade a um assunto que já navega na internet desde meados de 2005”. A empresa afirmou estar tomando “as medidas cabíveis ao caso, tendo inclusive relatado à Polícia Federal sobre o ocorrido”.
Seria justo concluir que o prêmio recebido por um único ganhador em algum lugar bem distante é um indício de fraude?
Vejamos os números. Na Mega Sena existem 60 dezenas das quais apenas 6 são sorteadas a cada concurso. O número possível de resultados para esses sorteios é 50.063.860, ou seja, quando escolhemos e apostamos 6 dezenas estamos com 1 chance em 50.063.860 de possibilidades. Para termos uma idéia da dificuldade de acertarmos os números sorteados com um jogo de 6 dezenas, é mais fácil lançarmos para o alto 26 moedas e todas caírem com a mesma face para cima, cara ou coroa.
Mas é possível com um único cartão aumentarmos as nossas possibilidades de ganho. A Mega Sena permite que no mesmo cartão sejam marcadas de 6 até 15 dezenas. Caso o apostador marque no mesmo volante 15 dezenas, ele estará concorrendo ao equivalente de 5.005 jogos simples, ou seja, de 6 dezenas. As suas chances aumentam de 5.005 vezes, passamos a ter 1 chance em 10.003 possibilidades, o que equivale a lançar cerca de 14 moedas para o alto e obtemos todas com a mesmo tipo de face para cima.
É bom lembrar que a aposta de um cartão de 6 dezenas custa R$ 1,50 enquanto um cartão com 15 dezenas corresponde a R$ 7.507,50.
Perceba, caro leitor, que a grande dificuldade de sucesso na Mega Sena é da própria estrutura matemática do concurso. É leviano concluir que o prêmio sendo alcançado por um único apostador em algum lugar bem distante seja indício de fraude.
Eu fico imaginando o que o restante do Brasil pensou, quando há alguns anos o Rio Grande do Norte teve 2 apostadores contemplados em concursos diferentes mas relativamente próximos e com os valores superiores a R$ 10.000.000,00.
Fraude pode até haver, eu não creio, mas são necessárias evidências mais fortes.

==> Eu de novo (Igor). Não gastem seu dinheiro com isso. Tem gente que ganha, mas tem muito mais gente que não. Sorteios federais (e vários outros tipos) são projetados para acumular, para o montante final inflar, fazendo mais gente crescer os olhos e jogar mais na esperança de ficar milionário. Use esse dinheiro para pagar uma mensalidade numa academia ou para comprar uma roupa bacana no fim do ano. Vale mais a pena. <==
água
Charge aleatória mas pertinente, não relacionada ao artigo…

Sono pesado

Ontem à noite, enquanto eu dormia e acordava (exaustão + café + muita coisa na cabeça), eu sofri um fenômeno bizarro, aterrorizante e mais comum do que gostam de admitir.
Paralisia do sono.
Eu parecia estar ouvindo passos e pessoas cochichando, sentia um peso no peito e ondas de arrepio (daquele tipo que começa atrás do pescoço e desce até os braços e joelhos, mas com uma intensidade absurda e, literalmente, em ondas, vários desses em dois ou três segundos).
Apesar da situação horrível em que me encontrava, testei as minhas condições (sou contra entrar em pânico e gosto de estudar minhas próprias reações e capacidade em todas as ocasiões): tentei, mas não consegui, fechar a boca (encostar os dentes) ou a mão (encostar o polegar no indicador), mexer as pernas, focalizar imagens (cada olho estava focado num ponto diferente e foi extremamente difícil abri-los) e uma sensação de mal-estar, impotência e terror me encheu a alma.
Não tentei falar (a possibilidade nem me ocorreu), mas acho que não conseguiria (esse teste fica para a próxima).
Em situações especiais de estresse, eu tenho ataques de sonambulismo (aglutinação de “sono” + “se bulir”), que é algo muito parecido com a descrição clássica de possessão demoníaca.
Eu falo, ajo, interajo e mantenho a memória do ocorrido, mas aquilo não sou Eu.
Meu corpo se move independente da minha vontade, enquanto eu sinto uma sensação de confusão e desconexão, como se estivesse sob o efeito de drogas, mas sem controle da minha vontade.
Mas eu sei que isso é um acontecimento psico-fisiológico. Eu estou interpretando meus sonhos Ao Vivo e Em Cores.
O mecanismo que desliga meu corpo e me deixa quieto na cama enquanto eu sonho que estou cozinhando sem precisar necessariamente me levantar e cozinhar, correndo o risco de me machucar, entra em curto e eu faço o que meu cérebro está criando (ainda bem que a maioria dos meus sonhos envolve um banco de praça comigo sentado nele enquanto leio um jornal).
O contrário foi o que me ocorreu ontem de madrugada. Eu acordei, mas a chavinha que deveria religar minhas habilidades motoras manteve o circuito aberto.
Estava semi-lúcido mas completamente imóvel.
A isso dá-se o nome de Alucinação Hipnagógica (“hipnagogia” é o estado de transição entre o sono e a vigília, ou, o acordar, enquanto “hipnopômpia” refere-se ao adormecer).
Ao despertar, ficamos meio confusos por alguns poucos segundos, mas quando isso é somado a um evento estranho e desconcertante, como a falta de mobilidade, uma alucinação é provocada.
Esse tipo de fenômeno é, muito provavelmente, responsável por relatos de abdução (pessoas que acreditam em visitas extra-terrestres e se impressionam facilmente com estórias do tipo, quando despertas, vão “racionalizar” o acontecimento como um seqüestro intergaláctico), bruxas (daquelas que sentam no peito das vítimas para lhes sugar a saúde), fantasmas (ontem mesmo eu vi um, mas creio ter sido meu cérebro reinterpretando, em uma forma binocular, as sombras e contornos borrados vistos por olhos fora de sincronia um com o outro) e outros casos paranormais (os cochichos que ouvi foram, provavelmente, causados pelo aumento da minha pressão sangüínea devido ao medo e ao consumo exagerado de café antes de dormir, fazendo o sangue passar mais barulhentamente pelos meus ouvidos) e superstições variadas.
Semelhantemente, eu consigo ver sonambulismo confundido com possessão. Eu me sinto possuído; quem me flagra durante um desses eventos enxerga em meus olhos que aquilo não sou eu.
Mas não temam, não sou a encarnação do Mal (e se for, ele está fazendo um péssimo trabalho me convencendo disso e tá bom de procurar outro representante).
Sou apenas um sujeito de carne e osso que não acredita em fadas ou em Papai Noel mas que, às vezes, anda por aí pelas madrugadas agindo e falando coisas estranhas e que, certa vez (ontem), viu fantasmas, sentiu o peso de um ser invisível a pressionar-lhe o tórax e foi imobilizado por uma força macabra.
Tudo isso fruto de um cérebro com a fiação gasta.
Já pensou se eu nunca tivesse ido atrás de uma explicação física para isso? A quantidade de bobagens que eu sairia por aí falando seria tremenda (ainda posso estar errado e falando besteira, mas tenho muita confirmação de alucinações e nenhuma de espíritos zombeteiros).
Por isso que eu gosto de saber das coisas.
E eu não sou esquizofrênico.
Sei disso por causa de uma voz na minha cabeça que sempre me confirma isso (‘sempre’ é exagero; às vezes os gritos de “QUEIME, QUEIME!” encobrem todas as outras vozes).
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Nullius in verba¹

Estava, como havia prometido anteriormente, preparando um artigo sobre os perigos da hipervitaminose (consumo exagerado de vitaminas), quando me deparei com um já escrito, mais ou menos na mesma linha que o meu.
Para evitar a fadiga, resolvi traduzir o outro e misturar com aquilo que eu já havia escrito.
A idéia de que Vitamina C é uma droga milagrosa que ajuda a prevenir gripes e resfriados (principalmente) se tornou bastante popular no anos 70, devido primordialmente a alguns livros escritos por um dos maiores cientistas que já viveu, Linus Pauling.
Pauling é um de apenas duas pessoas que receberam dois prêmios Nobel em categorias diferentes (eu acho que já escrevi isso aqui pelo meu blogue, mas estou com preguiça de procurar), sendo elas Química e Paz. A outra pessoa foi Marie Curie.
Ele ainda descreveu a estrutura do núcleo do átomo, foi um dos que imaginou (o que viria a ser provado) a estrutura em hélice do DNA e praticamente fundou a ciência da Biologia Molecular.
Linus, apesar de todas essas conquistas e de sua inestimável contribuição para a Ciência e para a Humanidade, passou os últimos anos de sua vida obcecado com um assunto, partindo de conclusões erradas.
Isso demonstra que, por mais brilhante que alguém seja em uma área, pode ser totalmente ignorante em outra ou, ainda mais grave, estar completamente equivocado em um tema específico dentro da mesma área em que excede intelectualmente (outro famoso exemplo é o de Einstein rejeitando o princípio da incerteza da Mecânica Quântica).
Em 1970, Pauling lançou um livro chamado Vitamina C e o Resfriado Comum, onde exalta o conceito que ele chama de Medicina Ortomolecular (ortomolecular significa “a molécula certa” e, do ponto de vista científico, não é Medicina, mas comprovadamente uma modalidade de charlatanismo), onde ele afirma que megadoses de Vitamina C previne resfriados e previne ou cura outras doenças (incluindo câncer, numa reedição do livro, que mudou de título para “Vitamina C e o Câncer” em 1979).
Em 1986 ele lança outro livro chama “Como Se Sentir Melhor e Viver Mais”, onde ele alarga seus conceitos e alega que megadoses de quaisquer vitaminas beneficiariam a saúde, retardaria o envelhecimento e aumentaria o prazer de viver. Esses argumentos foram testados e comprovados como ineficazes em mais de trinta estudos.
Aliás, hipervitaminose (consumo excessivo de vitaminas) é algo perigoso.
O consumo em excesso da boa e velha Vitamina C pode ocasionar a formação de cálculos renais (pedras nos rins; já as tive, não recomendo).
Hoje em dia, no mundo ocidental, uma dieta média, balanceada, já nos provê com tudo o que necessitamos. Vitaminas e outros suplementos devem ser tomados apenas sob recomendação médica após exames que comprovem uma deficiência, e não por recomendação da vizinha.
“E todas aquelas vezes quando eu tomei Redoxon direto e não adoeci?”
Da mesma forma que, vez por outra, interpretamos erroneamente o que outros nos dizem, não seria possível um lapso de interpretação de nossas próprias experiências?
A Ciência da Psicologia existe somente para nos lembrar que o que vemos, sentimos e vivemos não é uma interpretação 100% apurada do mundo real (eu, por exemplo, me acho muito interessante, mas a realidade tende a discordar).
Respondendo à pergunta; talvez o sujeito tenha tido um resfriadozinho de leve, mas o consumo da vitamina levou seu cérebro a interpretar aquilo como algo diferente, como uma alergia.
É possível que não tenha ficado resfriado simplesmente porque não iria ficar de todo jeito.
Razoável também atribuir a experiência à memória seletiva. Ele ficou doente, mas como isso geraria uma dissonância cognitiva (ansiedade resultante de atitudes ou convicções simultâneas que são incompatíveis entre si, como, por exemplo, a que é sentida por quem gosta de uma pessoa mas desaprova atrozmente algum de seus hábitos), o cérebro “deletou” o registro do evento. É mais fácil lidar com a vida dessa maneira.
É também bastante aceito que doses supérfluas de vitaminas são simplesmente excretadas na urina. Isso não é verdade.
Hipervitaminose é de verdade perigoso.
Uma superdose de Vitamina E, por exemplo, pode ocasionar problemas sangüíneos como aumento do colesterol e pode agir como anticoagulante (causando algo parecido com hemofilia)
Outros exemplos que posso dar são:
Hipervitaminose A; pode causar fetos defeituosos, problemas no fígado, osteoporose, problemas de pele e queda de cabelo.
Hipervitaminose D; desidratação crônica, vômito, diarréia, anorexia, hipercalcemia (presença de quantidade excessiva de cálcio no sangue, acompanhada de sintomas como fadiga fácil, fraqueza muscular, náuseas e anorexia de novo) e problemas renais (incluindo cálculos, que dóem muito).
Mas, isso tudo pode ser mentira, não acredite em mim, consulte um Médico.
Mas é um médico MESMO, alguém que se formou em Medicina. Praticantes de Naturopatia, balconistas de farmácias macrobióticas e funcionários de outros lugares que vendem vitaminas indiscriminadamente não contam.
Se bem que o currículo do curso de Medicina brasileiro atualmente inclui espiritismo e homeopatia, duas das coisas mais pseudocientíficas já inventadas (um é uma religião, algo primariamente não científico, e outro é uma enganação ridícula e sebosa, praticada por indivíduos de caráter duvidoso e sem escrúpulos. Sim, eu nutro Ódio em meu coração).
Lembram quando descobriram e divulgaram que Merthiolate servia para absolutamente zero? Eu lembro (mas minha memória é falha e eu posso ter inventado isso agora).
¹ aceite a palavra de ninguém como prova
==> Este artigo foi uma colaboração unilateral (“plágio” é uma palavra tão feia…) de Brian Dunning e Igor Santos. <==
P.S. café demais faz mal, principalmente para o sono e quando combinado com decepção.

Churrasco de Língua

Hoje eu estou com muita dor (tendinite; não tenham!) e tem muito trabalho aqui na minha mesa e ontem eu não escrevi pois saí para comer espetinho de língua.
Mas não esperneem, vai ter o que ler hoje, só não escrito por mim (fora esta introdução).
Vocês gostam de biologia, né?
Primeiro, do blogue Rainha de Copas, uma explicação sobre disputa evolutiva
Do RNAm, um artigo sobre biociência e ceticismo.
Navegando pelo Mundo Gump, achei um joguinho de computador que já conhecia, mas havia esquecido de mencionar aqui, o Fold It, com o qual vocês podem se divertir e ajudar a ciência a sintetizar proteínas. O prêmio para quem zerar o jogo? Um Nobel em Fisiologia, talvez?
E, por derradeiro, brinquem com um cérebro (cliquem em “stimulate the brain” para começar).
Divirtam-se enquanto eu trabalho (alguém tem que trabalhar no mundo, né?).

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