O Hubble footografa a infância do universo

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O Hubble capta um instantâneo do universo em sua infância
E descobre galáxias azul-bebê
 

5 de janeiro de 2010
Por Devin Powell
Inside Science News Service

Hubble

Foto do Hubble Deep Field Camera 3.

Cortesia da NASA.



WASHINGTON
(ISNS) — Uma nova imagem vinda do Telescópio Hubble da NASA deu aos astrônomos uma das mais antigas imagens jamais obtidas da infância do universo, cerca de 600 milhões de anos após o Big Bang.

Esse visão das profundezas da antiguidade do cosmos revelou galáxias-bebês muito diferentes daquelas que existem agora.

“O que vemos são galáxias muito pequenas que são as sementes das galáxias atuais”, declara Garth Illingworth da Universidade da California, Santa Cruz.

Essas galáxias que são muito azuis e têm apenas 1/20 do tamanho de nossa Via Láctea, podem ajudar a explicar de onde vieram as primeiras estrelas.

Depois da brilhante energia do Big Bang – que aconteceu a 13,7 bilhões de anos atrás – o universo se tornou um lugar escuro. Por centenas de milhões de anos não existiram quaisquer estrelas ou galáxias, apenas hidrogênio, algum hélio e um tênue brilho.

Então, a cerca de 400 milhões de anos atrás, alguma coisa aconteceu que criou os primeiros pontos luminosos, as estrelas, e acabou com a idade das trevas. As estrelas despejaram um monte de energia ultravioleta que “reionizou” o hidrogênio gasoso do universo, dando a ele uma carga. A exata sequência de eventos que levou ao nascimento das primeiras estrelas é um dos maiores mistérios da cosmologia, mas a formação das galáxias parece ser a provável culpada pelo início do processo que iluminou o universo como uma árvore de Natal. 

Para achar as primeiras galáxias, os astrônomos procuram por objetos bem distantes, cuja luz tenha levado mais tempo a caminho da Terra – ver uma dessas galáxias distantes é como olhar para trás no tempo. Os telescópios espaciais, tais como o Hubble, levam dias coletando a fraca luz que vem desses objetos. Um instrumento novo, instalado em maio de 2009 no  Hubble, chamado Wide Field Camera 3 (Câmera Grande-angular 3), melhorou sua capacidade em localizar a luz infravermelha extremamente fraca que vem de objetos extremamente distantes.

Com esse instrumento o Hubble pode detectar luz infravermelha “cerca de 250 milhões de vezes mais fraca do que os olhos nus podem perceber na luz visível na Terra”, segundo Rogier Windhorst da Universidade do Estado do Arizona em Tempe.

A imagem exibida em 5 de janeiro no Congresso da Sociedade Americana de Astronomia em Washington, mostra um punhado de galáxias que estão a 13 bilhões de anos luz de distância – ou seja, a luz viajou durante 13 bilhões de anos (95% da idade total do universo) até atingir os instrumentos a bordo do Hubble. Isso leva o tempo da formação de galáxias para trás, antes de 600 milhões de anos, a uma distância muito curta do tempo em que ocorreu a reionização.

Illingworth acredita que, se procurarmos ainda mais longe, poderemos ver galáxias ainda mais primitivas. Mas tal viagem ao passado vai ter que esperar o lançamento do Telescópio Espacial James Webb, mais poderoso ainda, previsto para 2014.

“Nós estamos apenas no começo dessa história”, declarou John Grunsfeld, um antigo astronauta e vice-diretor do Instituo de Ciências de Telescópios Espaciais em Baltimore, Maryland.


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