Physics News Update nº 857

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 857, de 28 de fevereiro de 2008 por Phillip F. Schewe e Jason S. Bardi.
PHYSICS NEWS UPDATE
FRACTAIS ATRAVÉS DO TEMPO.
Um novo estudo teórico observa não só como coisas fractais se parecem quando são ampliadas no espaço (elas apresentam invariância de escala: parecem exatamente iguais em escalas de tamanho cada vez menores), mas também como se as amplia no tempo — ou seja, quando se observa as mesmas em intervalos de tempo cada vez menores.
Fractais são aquelas formas geométricas que são tão tortuosamente intrincadas que assumem uma dimensionalidade extra. Por exemplo, uma curva, nominalmente unidimensional, pode, com suficientes volutas, começar a ser caracterizada em uma dimensão em algum lugar entre 1 e 2. Em outras palavras, a curva começa a apresentar as características de uma superfície. Da mesma forma, uma superfície bidimensional pode ser tão dobrada que adquire um “volume”.
Esta geometria fractal é especialmente interessante quando se considera os minerais e certos seres vivos (tais como tumores) onde interfaces altamente não-Euclideanas são importantes. Em um novo artigo, Carlos Escudero do Instituto de Matemática e Física Fundamental de Madri, realiza cálculos da ampliação dinâmica (como uma superfície se modifica no espaço e através do tempo em diversas escalas diferentes) de estruturas em crescimento, tais como os filmes de semicondutores usados na indústria de microchips, onde, mesmo nas condições mais cuidadosamente controladas, podem acontecer geometrias não-Euclideanas.
Ele descobriu que o comportamento, momento a momento, das superfícies são fortemente afetadas pela geometria fractal. Em breve, Escudero estará testando suas teorias com colegas em várias áreas de pesquisas práticas, inclusive o crescimento de tecidos tumoríferos em plantas e o crescimento dos filmes semicondutores. (Physical Review Letters, artigo em publicação; na página http://www.aip.org/png/2008/297.htm foi colocada uma figura de um tumor de planta fornecida pelo Laboratório de Sistemas Complexos da Universidade Técnica de Madri. )
MAIS ANOMALIAS NAS VELOCIDADES DE NAVES ESPACIAIS.
Uma nova observação das trajetórias de várias naves espaciais, à medida em que elas passam pela Terra, tem encontrado em cada caso um pequeno excesso de velocidade. Para as naves que seguem uma trajetória mais simétrica com respeito ao Equador, o efeito é mínimo. Para naves que seguem uma trajetória mais assimétrica, o efeito é maior.
No caso da nave NEAR (<http://near.jhuapl.edu/>), por exemplo, a anomalia na velocidade chega a 13 mm/seg. Embora isso seja apenas um milionésimo da velocidade total, a precisão da medição da velocidade, realizada mediante a pesquisa do efeito Doppler nas ondas de rádio refletidas pela nave, é de 0,1 mm/seg, e isto sugere que a anomalia representa um efeito real e um que precisa de uma explicação.
A uns dez anos atrás, outra anomalia foi identificada na nave Pioneer 10 (ver PNU nº 391, matéria nº 1) e uma certa controvérsia sobre o assunto se estabeleceu, desde então.
Um dos pesquisadores que participou daquelas primeiras medições, faz parte do novo estudo, conduzido pelos cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). John D. Anderson diz que os cientistas do JPL estão, agora, trabalhando em conjunto com colegas alemães para procurar possíveis anomalias na recente passagem da espaçonave Rosetta. (Anderson et al., Physical Review Letters, artigo em publicação, designado como “sugestão do editor” )
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.
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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.

Uma (outra) nação de idiotas…

Pescado do Washington Post do último domingo:
A estupidificação da América
Podem me chamar de ensobe, mas, realmente, somos uma nação de ignorantes

Por Susan Jacoby
Domingo, 17 de fevereiro de 2008

“A mente deste país, ensinada a mirar em objetivos baixos, devora a si própria”. Ralph Waldo Emerson apresentou esta observação em 1837, mas suas palavras ecoam com uma dolorosa presciência nos atuais e muito diferentes Estados Unidos. Os americanos estão com sérios problemas intelectuais ─ em risco de perderem nosso arduamente conquistado capital cultural para uma virulenta mistura de anti-intelectualismo, anti-racionalismo e baixas espectativas.

Este é o último assunto que qualquer candidato ousaria levantar no caminho longo e tortuoso para a Casa Branca. É praticamente impossível falar sobre a maneira com que a ingorância do público contribui para agravar os problemas nacionais, sem ser taxado como “elitista”, um dos pejorativos mais poderosos que podem ser aplicados a qualquer um que aspira a um alto cargo eletivo. Em vez disto, nossos políticos repetidamente asseguram aos americanos que eles são apenas “povão”, um eufemismo que você pode procurar, em vão, nos discursos presidenciais anteriores a 1980. (Imagine só: “Nós aqui soberanamente resolvemos que esses mortos não terão morrido em vão… e que o governo do povão, pelo povão, para o povão, não perecerá deste mundo”). Tais exaltações de mediocridade estão entre os indícios seguros de anti-intelectualismo em qualquer era.

O trabalho clássico sobre este assunto é o “Anti-Intellectualism in American Life”, do historiador Richard Hofstadter da Universidade de Columbia, publicado no início de 1963, entre as cruzadas anti-comunistas da era McCarthy e as convulsões sociais do final da década de 1960. Hofstadter viu que o anti-intelectualismo americano era, basicamente, um fenômeno cíclico que freqüentemente se manifestava como o lado negro dos impulsos democráticos do país em religião e educação. Mas a atual marca de anti-intelectualismo é menos um ciclo do que uma enchente. Se Hofstadter (que morreu de leucemia em 1970 com a idade de 54) tivesse vivido o suficiente para escrever uma continuação atual, ele teria descoberto que nossa era de “info-entretenimento” (“infotainment”) 24/7 teria superado suas previsões mais apocalípticas acerca do futuro da cultura americana.

A ignorância, parafraseando o falecido senador Daniel Patrick Moynihan, tem sido constantemente definida em termos cada vez mais baixos por várias décadas, pela combinação de duas forças, até hoje, irresistíveis. Elas incluem o triunfo da cultura do vídeo sobre a cultura impressa (e, quando eu digo vídeo, eu quero dizer qualquer forma de meio digital, inclusive os mais velhos meios eletrônicos); uma defasagem entre o crescente nível de educação formal do americano e sua frágil compreensão das noções mais básicas de geografia, ciência e história; e a fusão do anti-racionalismo com o anti-intelectualismo.

O primeiro e principal vetor do novo anti-intelectualismo é o vídeo. O declínio da leitura de livros, jornais e revistas, já é matéria velha. Esta tendência é mais pronunciada entre os jovens, mas continua a se acelerar e a afligir americanos de todos as idades e níveis de educação.

O hábito da leitura não declinou apenas entre os menos educados, de acordo com um relatório do ano passado do National Endowment for the Arts (nota do tradutor: um programa federal para o patrocínio das artes nos EUA). Em 1982, 82 % dos formandos em universidades liam novelas ou poemas por prazer; duas décadas depois, somente 67% o faziam. E mais de 40% dos americanos com menos de 44 anos não leu um único livro de ficção ou não-ficção durante o período de um ano. A proporção de pessoas com 17 anos que não lê coisa alguma (a menos que obrigada pela escola) mais do que dobrou entre 1984 e 2004. Este período de tempo, é claro, abrange o crescimento do uso de computadores pessoais, Web surfing e video games.

Será que isso importa? Os tecnófilos ridicularizam as catilinárias acerca do fim da cultura impressa como sendo apenas como “contemplação-do-próprio-umbigo” dos (quem mais?) elitistas. Em seu livro “Everything Bad Is Good for You: How Today’s Popular Culture Is Actually Making Us Smarter” (“Tudo que é ruim é bom para você: como a atual cultura popular está nos tornando mais sabidos”) o escritor de ciências Steven Johnson nos assegura que não temos com o que nos preocupar. Claro, os pais podem ver seus “vibrantes e ativos filhos fitando silenciosamente, de bocas abertas, uma tela”. Mas este comportamento de zumbis “não são sinais de uma atrofia mental. São sinais de atenção focalizada”. Baboseira. O problema real é o que as crianças estão assistindo, não no que a atenção deles está focalizada, enquanto eles se sentam mesmerizados por vídeos que eles já assistiram dezenas de vezes.

A despeito de uma agressiva campanha de marketing que visa encorajar crianças a partir de 6 meses a assisitir vídeos, não há qualquer indício de que focalizar uma tela seja outra coisa que não prejudicial para ciranças de tenra idade. Em um estudo publicado em agosto passado, pesquisadores da Universidade de Washington descobriram que bebês entre 8 e 16 meses reconheciam uma média de menos seis a oito palavras para cada hora gasta assitindo vídeos.

Eu não posso provar que ler por horas em uma casa-na-árvore (que é o que eu fazia quando tinha 13 anos) cria cidadãos mais informados do que martelar horas na Microsoft Xbox ou ser obsessivo acerca de perfís do Facebook. Mas a incapacidade em se concentrar por longos períodos de tempo ao contrário de breves buscas por informação na Web me parece intimamente relacionada com a incapacidade do público em se lembrar até de notícias de eventos recentes. Não é surpreendente, por exemplo, que se tenha ouvido menos dos candidatos à presidência sobre a guerra no Iraque nestes últimos estágios da campanha, do que no começo dela, simplesmente porque têm havido menos reportagens e vídeos sobre a violência no Iraque. Os candidatos, tal como os eleitores, dão ênfase às últimas notícias, não necessariamente às mais importantes.

Não surpreende que propagandas políticas negativas funcionem. “Com o texto, é até fácil perceber os diferentes níveis de confiabilidade entre diferentes pedaços de informação”, observou recentemente o crítico cultural Caleb Crain no New Yorker. “Uma comparação entre duas reportagens de vídeo, por outro lado, é mais difícil. Forçado a escolher entre duas histórias conflitantes na televisão, o espectador recai nos seus palpites, ou no que ele já acreditava antes de começar a ver”.

No mesmo passo em que os consumidores de vídeo ficam cada vez mais impacientes com o processo de aquisição de informação através da linguagem escrita, todos os políticos se acham sob a pressão de entregar suas mensagens tão rápido quanto possível e “rápido”, atualmente, é muito mais “rápido” do que costumava ser. Kiku Adatto, da Universidade de Harvard, descobriu que, entre 1968 e 1988, a “deixa” média de um candidato à presidência nos noticiários onde aparecia a voz do próprio candidato caiu de 42,3 segundos para 9.8 segundos. No entorno de 2000, de acordo com outro estudo de Harvard, a deixa” diária do candidato tinha caído para apenas 7,8 segundos.

O encolhimento da amplitude de atenção do público, promovida pelo vídeo, é intimamente ligada à segunda importante força anti-intelectual na cultura americana: a erosão da cultura geral.

Pessoas acostumadas a ouvirem seu presidente explicar complicadas escolhas políticas com um desdenhoso “Quem decide sou eu”, devem achar quase impossível imaginar o trabalho que Franklin D. Roosvelt teve, nos sombrios meses depois de Pearl Harbor, para explicar por que as forças dos EUA estavam sofrendo uma derrota atrás da outra no Pacífico. Em fevereiro de 1942, Roosevelt pediu aos americanos que abrissem um mapa, durante suas “conversas ao pé do fogo” pelo rádio, de modo a que compreendessem melhor a geografia da batalha. Nas lojas por todo o país os mapas foram vendidos; cerca de 80% dos adultos americanos ligavam seus rádios para ouvir o presidente. FDR tinha dito a seus redatores de discursos que estava certo de que, se os americanos entendessem a imensidão das distâncias pelas quais os suprimentos tinham que viajar até as forças armadas, “eles poderiam tomar com as más notícias na ponta do queixo”.

Isto é um retrato não só de uma presidência diferente, mas também de um país e de cidadãos diferentes, um que não tinha o acesso aos Google Maps por satélite, mas era muito mais receptiva à idéia de aprendizado e de complexidade do que o público atual. De acordo com uma pesquisa de 2006 da National Geografic-Roper, quase metade dos americanos entre 18 e 24 anos não achavam necessário saber a localização dos outros países onde as importantes notícias estavam acontecendo. Mais de um terço considerava “nem um pouco importante” saber uma língua estrangeira e somente 14% consideravam isto “muito importante”.

Isso nos leva ao terceiro e final fator por trás da nova ignorância americana: não a fata do conhecimento, em si, mas a arrogância acerca desta falta de conhecimento. O problema não é apenas o que não sabemos (considerem que um em cada cinco adultos americanos, de acordo com a Fundação Nacional de Ciências, pensa que o Sol gira em torno da Terra); é o alarmante número de americanos que petulantemente concluiu que não precisa saber dessas coisas, para começo de conversa. Chame isto de anti-racionalismo uma síndrome que é particularmente perigosa para nossas instituições e o discurso público. Não conhecer uma língua estrangeira ou a localização de um país importante é uma manifestação de ignorância; negar a importância de tal conhecimento é puro anti-racionalismo. O hálito tóxico do anti-racionalismo e da ignorância fere as discussões das políticas públicas dos EUA em tópicos que vão da política de saúde aos impostos.

Não existe uma cura rápida para esta epidemia de anti-racionalismo e anti-intelectualismo arrogante; esforços “tipo decoreba” para aumentar os resultados de exames padronizados, por meio de fazer os estudantes “decorebar” respostas específicas para perguntas específicas em exames específicos, não vai resolver o assunto. Além disto, as pessoas que personificam o problema são, usualmente, ignorantes do próprio probelma. (“Vai ser difícil achar alguém que se ache ser contra o pensamento e a cultura”, notou Hofstadter). Já passou da hora de uma séria discussão nacional acerca de se, como uma nação, nós realmente valorizamos o intelecto e a racionalidade. Se esta se tornar, realmente, uma “eleição de mudanças”, o baixo nível do discurso em um país cuja mente foi ensinada a mirar em objetivos baixos, tem que ser o primeiro item da agenda de mudanças.

info@susanjacoby.com
O último livro de Susan Jacoby se chama “The Age of American Unreason” (“A Era do Irracionalismo Americano”)

Adendo do tradutor:
E isso no país mais rico do mundo, com escolas de fazer qualquer professor (de qualquer grau) do Brasil babar de inveja, onde o transporte escolar não é feito em “pau-de-arara” e a Merenda Escolar não vai parar na casa dos apaniguados do prefeito…

Já em um certo país democrático da America do Sul, onde o Presidente democraticamente eleito pelo voto majoritário direto (não por um “Colégio Eleitoral” que só quem usa sistema de medidas “Avoirdupois” entende…), o BBB-8 vai “bombando” na audiência, e o Fantástico desse mesmo domingo em que esse artigo foi publicado, concedeu o dobro do tempo da reportagem sobre a precariedade do transporte escolar, para a bombástica estréia em carreira solo de uma cantora de “axé-bunda”, cuja apresentação foi a modesta frase: “eu sou a mulher mais gostosa do mundo!”…
Áurea mediocritas!…

Um Americano Intranqüilo

“Pirateado” da Newsweek:

“Nosso País Está em Perigo”
Um ex-caçador de bin Laden explica porque os EUA não venceram a Al Qaeda.
Por John Barry | Newsweek Web Exclusive 13 de fevereiro de 2008
Michael Scheuer é um homem preocupado — e zangado. Ele está preocupado com o que ele vê como o fracasso dos Estados Unidos em traçar uma estratégia de sucesso contra Osama bin Laden e zangado com o que ele vê como uma timidez política por trás desse fracasso. Scheuer tem motivos para ser ouvido. Ele foi um agente da CIA por quase 20 anos. Nos anos 1980 ele esteve envolvido com o fornecimento de armamentos para os mujahedin do Afeganistão contra os Soviéticos. Pela maior parte da década de 1990 ele liderou a equipe que caçou Osama bin Laden. Em 2004 ele deixou a CIA e escreveu um livro, intitulado “Imperial Hubris” (“Arrogância Imperial”), um relato dos anos de fracasso do Ocidente em tratar seriamente a crescente ameaça do terrorismo Islâmico. Agora Scheuer escreveu um novo livro, “Marching Toward Hell: America and Islam After Iraq” (“Caminhando para o Inferno: a América e o Islam depois do Iraque”). Ele falou ao repórter da NEWSWEEK, John Barry, acerca do livro. Extratos:
NEWSWEEK: Por que você escreveu este novo livro?
Michael Scheuer: Porque eu acho que nosso país está em perigo. O inimigo que estamos encarando, Osama bin Laden e o movimento que ele chefia, é muito mais perigoso do que qualquer um acredita. É muito mais esperto, muito mais talentoso e, agora, está recrutando, cada vez mais, uma nova geração que é melhor educada, não somente em termos de escolaridade, mas em termos operacionais e tecnológicos. Nós derrotamos os espadachins. Os Errol Flynns do jihad se foram; eles estão perto de serem julgados em Guantánamo. Agora, nós temos os mocinhos de terno cinza que são calmos, não atraem atenções para si, mas são tremendamente sabidos.
Nós subestimamos Osama bin Laden?
Eu acho que existe um tremendo racismo em nossa resposta a bin Laden. Ele usa uma barba e umas roupas esquisitas e vive em uma caverna. (Eu duvido que isso seja verdade, por falar nisso. Esta a versão feita-para-Hollywood). De forma que desprezamos ele. Mas é incrível tratar seu inimigo como um idiota, especialmente quando você está perdendo duas guerras para ele, e quando seu diretor da Inteligência Nacional está avisando que a Al Qaeda foi reconstruída, reequipada e está mais forte do que nunca.

Nós estamos combatendo bin Laden a mais tempo do que lutamos na Segunda Guerra Mundial. Por que não ganhamos?
Porque nossa elite política não quer se rebaixar a explicar ao povo americano as reais razões porque bin Laden nos odeia e se opõe a nós. Nossos líderes dizem que ele e seus seguidores nos odeiam por causa de quem somos, porque temos primárias antecipadas em Iowa a cada quatro anos e deixamos nossas mulheres trabalharem. Isto é idiotice. Eu não acho que ele queira essas coisas no país dele. Mas não é por isso que ele se opõe a nós. Eu leio os escritos de bin Laden e aceito a palavra dele. Ele e seus seguidores nos odeiam por causa de aspectos específicos de nossa política externa. Bin Laden expõe esses motivos para qualquer um que queira ler. Seis elementos: nosso inqualificável apoio a Israel; nossa presença na península Arábica, cuja terra eles julgam sagrada; nossa presença militar em outros países Islâmicos; nosso apoio a outros estados que oprimem muçulmanos, especialmente Russia, China e India; nossa política de longo prazo de manter os preços do petróleo artificialmente baixos para beneficiar os consumidores ocidentais em detrimento do povo árabe; e nosso apoio às tiranias árabes que concordam com isso.
Você diz que bin Laden explicou tudo isto. Mas não é o que se ouve na corrente campanha presidencial.
Eu cheguei à conclusão de que isto é apenas inconveniente demais para nossa classe política. É muito mais fácil dizer aos americanos que uns malucos estão querendo pegar você e que amanhã sua filha vai ter que ir para a escola usando uma burqa. E nós temos pouquíssimas pessoas, ainda hoje, com conhecimentos sobre o mundo árabe. No mesmo ano do ataque de 11/9, houve três PhDs concedidos sobre assuntos árabes. Três, no país todo. Um foi sobre Arquitetura Islâmica. Um foi sobre a Poesia Islâmica. O terceiro foi sobre a História Islâmica. E as coisas não melhoraram muito desde então. Nós ainda estamos construindo o capital intelectual que precisamos. Na Guerra Fria, será que nós dizíamos: “Nós não precisamos realmente entender o que Marx, Lênin ou Stálin escreveram, porque eles são gangsters, não pessoas brilhantes, são somente niilistas e nós podemos vencer eles porque nós somos ‘os mocinhos'”? Não. Nos construímos, com dinheiro do governo, instituições para estudar a União Soviética. Mas nada comparável a isso está sendo feito agora. O esforço é mínimo. E, cada vez mais, você descobre que os institutos existentes são financiados por dinheiro saudita. O que significa que existem limitações reais sobre o que eles podem dizer. Então eu leio na National Review ou no Weekly Standard acerca de Osama bin Laden ser um gangster ou um idiota, ou ambos. Mas eu tenho que dizer que há um toque de gênio aí. Pegar em seis elementos da política externa americana que são os mais identificados com nossas políticas domésticas é uma grande peça de análise. Porque isso torna o debate franco tão difícil.
E se não tivermos este debate?

Veja, nós temos uma classe política neste país que vive e morre com base em pesquisas. Eles não vão ao banheiro sem ver as pesquisas. Pois bem, as pesquisas nos dizem que, no mundo muçulmano, algo como 75 a 80 % concordam com Osama bin Laden em que a política externa americana é destinada a prejudicar ou destruir o Islam. Bem, pouquíssimos deles vão pegar em uma AK-47. Mas quantos são precisos para causar um problema? Osama bin Laden está, de alguma forma, falando de uma guerra de libertação. E é verdade que por 50 anos nós apoiamos tiranias que oprimiam muçulmanos, tiranias com fortes elementos fascistas. Nós ouvimos um bocado sobre os “Islamofascistas”. Sim, existem muitos deles por aí. E eles estão todos do nosso lado. Eles estão em Riyadh, Amman, Kuwait City, Cairo. Até Bernard Lewis, o santo patrono de nossos “neocons”, escreveu que os governos que dominam os muçulmanos estão praticando basicamente um Facismo Europeu adaptado às areias… Nós podemos manter o atual curso da política externa americana, mas temos que compreender que, com o tempo, isto pode acabar nos envolvendo em enviar tropas para lutar em cada continente, na medida em que novos jovens muçulmanos se alistem na bandeira da Al Qaeda. Os candidatos na campanha presidencial estão falando de ressuscitar empregos e salários, e partir para uma saúde universal. Nada disso vai ser possível se nosso país estiver envolvido. Meu próprio ponto de vista é que é mais sensato enfrentar o fato de que nossa política externa com relação aos árabes é o único aliado indispensável para Osama bin Laden.
© 2008 Newsweek, Inc.

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Caramba! Contrariando todos os indícios, existe vida inteligente em Washington!… Só que deveria ser inscrita entre as espécies ameaçadas de extinção…

Nova Zona Morta – 2

Via EurekAlert, esta matéria se relaciona com Nova Zona Morta cuja tradução eu publiquei em 07 de agosto de 2006.
Pesquisadores do Oregon estudam amplas áreas de baixa oxigenação ao largo da Costa Noroeste
Cientista de pesca da NOAA trabalha no caso
Uma equipe de cientistas que estudam a Corrente da Califórnia – uma massa de águas frias que se move lentamente para o Sul ao longo da costa, desde a Colúmbia Britânica até a Baja Califórnia – estão encontrando áreas cada vez maiores, ao largo das costas de Washington e Oregon com pouco ou nenhum oxigênio, que possivelmente resultarão na morte de animais marinhos que não conseguem sair dessas áreas de baixa oxigenação.
“Nós estamos vendo agora baixos níveis de oxigênio que estão muito mais difundidos e muito mais intensos do que qualquer registro passado”, declara William Peterson, um dos pesquisadores e um oceanógrafo do centro de ciências do Serviço de Pesca do NOAA em Newport, Oregon.
“Os peixes simplesmente se mudaram dessas áreas e, provavelmente, estão muito bem em outro lugar qualquer”, diz Peterson. “Mas animais que não podem se mudar para águas melhores, tais como o caranguejo Dungeness, anêmonas e estrelas-do-mar, vão morrer”.
Peterson acrescenta que, durante o verão de 2006, a anoxia – uma completa falta de oxigênio na água – foi registrada na região central da costa do Oregon pela primeira vez.
Em um artigo publicado hoje na revista ‘Science’, os pesquisadores dizem que os dados, que remontam a 1950, mostram poucos indícios de baixa oxigenação generalizada ao longo da estreita plataforma continental antes de 2000. Desde então as condições começaram a mudar.
A equipe realizou uma pesquisa com base em submersíveis no verão de 2006 e descobriu que não havia peixes vivendo ao longo dos penhascos rochosos que são, normalmente, o saudável habitat para várias espécies de peixes comercialmente importantes. Isto contrasta com pesquisas semelhantes, realizadas entre 2000 e 2004, que registraram abundantes populações de peixes. Nas áreas de águas rasas, em particular, a equipe encontrou uma quase completa ausência de organismos habitantes do fundo do mar e um aumento no número de bactérias que florescem nas condições de baixa ou nenhuma oxigenação.
Embora as causas para as condições de baixa e nenhuma oxigenação ainda não sejam totalmente compreendidas, é sabido que água com baixa oxigenação é associada com a ressurgência costeira – o processo no qual águas ricas em nutrientes são trazidas do fundo para a superfície do mar. Aí, estes nutrientes alimentam uma produção extraordinariamente alta de pequenos vegetais e animais ao largo das costas do Pacífico Noroeste, durante o verão.
Eventualmente, a maior parte desse plâncton morre e cai para o fundo do oceano, onde se decompõe, reduzindo o conteúdo de oxigênio da água e causando a hipoxia (pouca oxigenação) e até a anoxia (nenhum oxigênio).

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O artigo da “Science”, “Emergence of Anoxia in the California Current,” foi escrito por F. Chan, J.A. Barth, J. Lubchenco, A. Kirincich e B.A. Menge da Oregon State University, H. Weeks com o Oregon Department of Fish and Wildlife, e Peterson.

A Administração Nacional do Oceano e Atmosfera (National Oceanic and Atmospheric Administration = NOAA), uma agência do Departamento de Comércio do governo dos EUA, é dedicada ao aumento da segurança econômica e a segurança nacional, através da previsão e pesquisa de eventos relacionados com o clima e o tempo, e o fornecimento de informações para transportes e a gerência geral dos recursos marítimos e costeiros da nação. Através do nascente projeto Sistema de Sistemas de Observação Global da Terra (Global Earth Observation System of Systems = GEOSS), a NOAA trabalha em conjunto com seus parceiros federais, mais de 70 países e a Comissão Européia para desenvolver uma rede de monitoramento global que seja integrada como o planeta que ela observa, prediz e protege.
Na Web:
NOAA Fisheries Service: http://www.nmfs.noaa.gov

Physics News Update nº 856

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 856, de 13 de fevereiro de 2008 por Phillip F. Schewe e Jason S. Bardi.
PHYSICS NEWS UPDATE
CAOS SUPERCONDUTOR.
Uma nova experiência na Universidade do Estado do Colorado estuda a dinâmica caótica das “gotas de fluxo” — vórtices microscópicos de supercorrente — que fluem ao longo de um estreito canal que cruza uma faixa supercondutora. Uma corrente aplicada perpendicularmente ao canal faz com que uma gota de fluxo se forme, cresça e se rompa no final do canal. Esta gota é, então, carregada ao longo do canal pela corrente.
Este processo é uma reminiscência de gotas d’água que pingam de um registro, o que tem sido por longo tempo um dos principais processos para a compreensão do caos. Os investigadores da Universidade do Estado do Colorado utilizaram um sensor magnético, micrométrico, para detectar diretamente o campo magnético das gotas individuais, à medida em que passavam por baixo dele. A resultante seqüência temporal das gotas de fluxo, exatamente como as gotas d’água em uma torneira, exibem claras assinaturas de caos determinístico, o que implica em que a seqüência aparentemente irregular de gotas não é aleatória, mas previsível, a partir do conhecimento dos intervalos de tempo das gotas anteriores.
Entretanto, predizer a seqüência além de 4 ou 5 gotas futuras se torna exponencialmente mais difícil — uma outra marca registrada do caos. De acordo com Stuart Field, esta é a primeira observação conclusiva de comportamento caótico em estruturas de fluxos móveis. A observação direta de uma série temporal permite uma identificação sem ambiguidade do caos neste sistema. (Field and Stan, Physical Review Letters, artigo em publicação, designado como “sugestão do editor”)
ÁTOMOS DE ANTI-HIDROGÊNIO DETECTADOS EM UMA ARMADILHA PENNING-IOFFE.
A Colaboração de Armadilhas para Antiprótons (Antiproton Trap Collaboration = ATRAP) que funciona no CERN, obteve sucesso em detectar, pela primeira vez, a presença de átomos de anti-Hidrogênio (cada um feito de um antipróton e um posítron) no interior de uma armadilha combinada Penning-Ioffe. Ambos os tipos de armadilha combinam campos elétricos e magnéticos para capturar partículas carregadas e partículas neutras com momentos magnéticos.
Ambas as armadilhas desempenham um papel importante: a armadilha Penning é necessária para capturar e controlar os posítrons e antiprótons o suficiente para que eles possam se unir na contraparte dos átomos de Hidrogênio, enquanto a armadilha Ioffe é necessária para capturar esses átomos, uma vez feitos, a fim de realizar estudos espectroscópicos de alta precisão.
Produzir e, depois, resfriar antiprótons (criados em poderosas colisões em energias de bilhões de elétron-Volts e, então, freados por estágios até energias da ordem de mili e micro-elétron-Volts) é difícil de fazer, em primeiro lugar, e, mais difícil ainda, é combiná-los com posítrons de uma fonte radiativa. Alguns cientistas temiam que fosse impossível manter os posítrons e antiprótons por tempo suficiente para produzir anti-átomos quando uma Iofffe para átomos neutros estivesse em posição, mas esta nova experiência acabou com esta preocupação.
Gerald Gabrielse, chefe da equipe ATRAP (<http://hussle.harvard.edu/~atrap/>), diz que eles ainda não têm provas de anti-átomos capturados, somente de que os anti-átomos estão sendo produzidos; na verdade, o número de anti-átomos sobe quando a armadilha Ioffe é ligada. (Gabrielse et al., Physical Review Letters, artigo em publicação)
OS PRÊMIOS DO INSTITUTO AMERICANO DE FÍSICA para obras científicas foi anunciado. Há quatro categorias de obras: jornalismo, cientista, difusão e literatura infantil.
Tim Folger ganhou o prêmio de 2007 na categoria de jornalismo por seu artigo na Discover Magazine, “If an Electron can be in Two Places at Once, Why Can’t You?” (“Se um elétron pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, por que você não pode?”)
James Trefil ganhou o prêmio da categoria cientista de 2007 por seu artigo na Astronomy Magazine, “Where is the Universe Heading?” (“Para onde vai o universo?”)
Jacob Berkowitz ganhou o prêmio na categoria literatura infantil com seu livro “Jurassic Poop“, (trocadilho com “Jurassic Park” e que usa o termo “poop” que pode significar “popa” ou “titica”) publicado pela Kids Can Press.
E o prêmio de difusão foi para os novamente premiados Bob McDonald, Pat Senson e Jim Handman pelo programa “Multiple Worlds, Parallel Universes” (“Múltiplos Mundos, Universos Paralelos”) que foi ao ar no programa de rádio da CBC “Quirks & Quarks” (nem vale a pena tentar traduzir…)
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.
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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.

Physics News Update nº 855

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 855, de4 de fevereiro de 2008 por Phillip F. Schewe e Jason S. Bardi.
PHYSICS NEWS UPDATE
O MATERIAL MAIS ESCURO JAMAIS FEITO, consiste de um tapete de nanotubos de Carbono orientados verticalmente. A escuridão ou brilho de qualquer objeto depende da fração da luz incidente sobre o objeto que é refletida.
A refletividade do dispositivo de nanotubos desenvolvido pelos físicos do Rensselaer Polytechnic Institute (RPI) é de somente 0,045%, três vezes menor do que o objeto mais escuro anterior (ver figura em aqui ). Shawn Lin e seus colegas montam os nanotubos sobre nanopontos no topo de um “wafer” de Silício. O tapete resultante é fino (10-800 microns) e leve (0,01- 0,02 g/cm³).
Possíveis aplicações incluem a revisão dos padrões de escuridão, tais como os empregados pelos fotógrafos. O ponto inferior da escala de escuridão atualmente definida pelo NIST é de refletividades de cerca de 1,5%. O material pode também ser útil em detectores astronômicos (onde se deseja enxugar a radiação difusa) ou em células fotovoltáicas que transformam a luz solar em eletricidade.
Lin diz que uma característica adicional deste novo material é que ele representa uma substância controlavelmente porosa com um índice de refração (1,02) não muito diferente do ar. (Yang et al., NanoLetters, 9 de janeiro de 2008)
ANTI-NEUTRINOS E NÃO-PROLIFERAÇÃO.
Um novo detector compacto pode auxiliar os inspetores internacionais a bisbilhotar o interior de um reator nuclear em funcionamento de maneira não-invasiva, medindo diretamente o fluxo de antineutrinos que é emitido.
Desde que entraram em uso, os reatores nucleares, pelo menos em princípio, têm sido estreitamente relacionados com armas nucleares. Por exemplo, reatores produzem Plutônio que pode, depois, ser utilizado na fabricação de bombas nucleares. A questão de como monitorar o funcionamento de um reator nuclear em particular e comparar os estoques de Plutônio esperados de um funcionamento normal (digamos, a produção de energia elétrica) é um dos principais componentes nos esforços da não-proliferação.
O detector na escala de metros cúbicos, proposto por Adam Bernstein, chefe do Grupo de Detectores Avançados do Lawrence Livermore National Laboratory e construído por uma equipe do Livermore e do Sandia National Laboratories da California, não necessitaria monitorar o desempenho do reator em uma base momento a momento. Em lugar disto, sua sensibilidade é mais dirigida ao número de antineutrinos produzidos em intervalos horários, diários e semanais. Estas escalas de tempo, diz Bernstein, são bem adequadas para o tipo de monitoramento realizado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
O detector construído pela colaboração LLNL/SNL funciona sozinho por longos períodos sem necessitar de manutenção significativa, é auto-calibrador e não afeta o funcionamento ds instalações de forma alguma (ver ilustração de um detector em funcionamento aqui ).
Os dados do detector são obtidos remotamente em tempo-real. O módulo do detector pode ser tornado à prova de fraudes pelo emprego de técnicas padrão e a assinatura dos antineutrinos, observada pelo detector (a chegada de um posítron seguida de um nêutron 30 microssegundos depois) é difícil de imitar com fontes alternativas de nêutrons ou raios Gama. Em conjunção com o conhecimento da entrada de combustível e o projeto do núcleo, o fluxo de antineutrinos observado fornece uma medição direta da potência do reator e do seu conteúdo de isótopos. (Bernstein et al., Applied Physics Letters, artigo em publicação)
A PHYSICAL REVIEW LETTERS está celebrando seu quinquagésimo aniversário este ano. Vários eventos especiais estão planejados, tais como os encontros vindouros de março e abril da APS. Igualmente, vários artigos famosos da PRL publicados neste último meio século, estão disponíveis
, junto com um breve sumário da importância dos artigos, no seguinte website:


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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.

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