“Osteoporose Aquática”


Queen’s University

Biólogos da Queen’s University descobrem nova ameaça ambiental nos Lagos da América do Norte

Lagos da Floresta Boreal sofrem de “osteoporose aquática”, sugere uma equipe de pesquisadores das Universidades Queen’s-York

O crustáceo lacustre, Daphnia (Pulga d’água), é um componente chave de várias cadeias alimentares aquáticas.Crédito: Shelley Arnott

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Kingston, Ontário – Uma nova e insidiosa ameaça ambiental foi detectada nos lagos da América do Norte por pesquisadores das Universidades Queen’s e York.

Em conjunto com cientistas de vários laboratórios do governo canadense, a equipe documentou os danos biológicos causados pelos níveis declinantes de cálcio em vários lagos de água doce de clima temperado.

Chamando o fenômeno de “osteoporose aquática” o pós-graduando (PhD) da Queen’s, Adam Jeziorski, autor principal do estudo, observa que o cálcio é um nutriente essencial para muitos organismos lacustres. “Quando o cálcio cai abaixo de um certo limiar, certas espécies chave não conseguem mais se reproduzir”, afirma ele. “Essas espécies e outros organismos que se alimentam delas estão ameaçadas”.

O estudo será publicado hoje na prestigiosa revista Science.

O professor de Biologia da Queen’s University, John Smol, extrai um núcleo de sedimento em seções.
Crédito: Marianne Douglas
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Os pesquisadores examinaram a pulga d’água, Daphnia, conhecida como um componente chave para várias cadeias alimentares aquáticas. A partir da identificação do nível de cálcio que prejudicaria a Daphnia em ambiente de laboratório, eles trabalharam com cientistas do governo para juntar centenas de “seqüências temporais de qualidade da água” ao longo da província, explica o professor de biologia Norman Yan da York University, a líder canadense nas pesquisas sobre a ameaça à vida aquática  causada pelo declínio do cálcio. “Nossa esperança era estabelecer se os danos já estariam ocorrendo em locais chave e, então, verificar o quão comuns essas condições estavam ao longo da província”, declarou ele.

Porém, o declínio do cálcio aconteceu em vários lagos, antes que as pessoas soubessem do problema e que programas de monitoramento fossem postos em ação. Estudando os minúsculos fósseis e outros indicadores nos sedimentos acumulados no fundo de cada lago, o professor de paleoecologia da Queen’s, John Smol, Presidente da Pesquisa Canadense de Mudanças Ambientais, e seus colegas foram capazes de reconstruir as tendências ambientais nos últimos 200 anos. Os pesquisadores descobriram que espécies chave de invertebrados vinham desaparecendo nos lagos com níveis declinantes de cálcio, o que freqüentemente começava na década de 1970.

Ligando o problema aos efeitos de longo prazo das chuvas ácidas no solo das florestas, bem como à exploração de madeiras e reflorestamento, os pesquisadores observaram que, a despeito de sinais de recuperação química, resultantes das recentes reduções das emissões de dióxido de enxofre, os níveis menores de cálcio podem retardar a recuperação biológica dos lagos dos efeitos da acidificação. “Isto tem importantes implicações para a administração”, diz um membro da equipe, o Dr. Andrew Paterson do Ministério do Meio Ambiente de Ontario e professor adjunto da Queen’s University. “Foi uma combinação de trabalho experimental, pesquisa paleoecológica e monitoração de longo prazo que ajudaram a identificar essa ameaça emergente”, acrescenta ele.

Os autores concluem que o fenômeno do declínio do cálcio está causando uma difundida mudança nas cadeias alimentares nos lagos boreais da América do Norte e em outras regiões sensíveis à acidificação no globo. Embora seu trabalho seja focalizado na pulga d’água Daphnia, eles observam que todas as espécies de vida lacustres precisam de cálcio, e diversas criaturas, inclusive lagostins, moluscos e peixes têm necessidades bem altas de cálcio. Todos eles correm riscos, dizem os pesquisadores, mas ainda não sabemos se os níveis de cálcio chegaram ao ponto de causar danos.

“Isto é tudo muito preocupante”, conclui o Dr. Smol, recipiendário da Medalha de Ouro Herzberg, em 2004, outorgada pelo Conselho Canadense de Pesquisas de Ciências Naturais e Engenharia (NSERC) como o melhor cientista canadense e co-diretor do Laboratório Paleoecológico de Avaliação e Pesquisa Ambiental (Paleoecological Environmental Assessment and Research Laboratory = PEARL) da Queen’s. “A boa notícia é que encontramos o ‘canário dos mineiros’ na forma dessas pulgas d’água que monitoram o declínio dos níveis de cálcio. A má notícia é que vários lagos podem já ter ultrapassado os limiares críticos”.

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A pesquisa foi apoiada em verbas do Conselho de Pesquisas de Ciências Naturais e Engenharia do Canadá, bem como do Ministério do Meio Ambiente de Ontário, e das entidades Environment Canada e Fisheries and Oceans Canada.

Também participaram da equipe: Anna DeSellas, Kyle McIver, Kristina Arseneau, Brian Ginn e Brian Cumming (Queen’s); Michelle Palmer (York); Michael Turner (Fisheries and Oceans Canada); Dean Jeffries (Environment Canada, National Water Research Institute); Bill Keller (Ontario Ministry of the Environment); Russ Weeber e Don McNicol (Environment Canada).

POR FAVOR OBSERVAR: uma cópia (PDF) do estudo e imagens JPEG estão disponíveis a pedido.
Contatos:
Nancy Dorrance, Queen’s News & Media Services, 613.533.2869
Molly Kehoe, Queen’s News & Media Services, 613.533.2877
Janice Walls, Media Relations, York University, 416.736.2100 x22101

Essa superfície da Terra é mais velha do que se pensava


University of California – Los Angeles

A Tectônica de Placas Começou há mais de 4 bilhões de anos, relatam Geólogos

Análise de minerais em velhos magmas pinta um novo quadro da jovem Terra

Está emergindo uma nova figura da jovem Terra que inclui a surpreendente descoberta de que a tectônica de placas pode ter começado há mais de 4 bilhões de anos — muito antes do que os cientistas acreditavam, de acordo com uma nova pesquisa dos geoquímicos da UCLA relatada na Nature (edição de 27 de novembro).

“Estamos propondo que já havia atividade tectônica de placas nos primeiros 500 milhões de anos da história da Terra”, explica o professor de geoquímica Mark Harrison, diretor do Instituto de Geofísica e de Física Planetária da UCLA e co-autor do  artigo na Nature. “Estamos relatando os primeiros indícios deste fenômeno”.

“Diferente de uma jovem Terra infernal, seca, desolada, sem continentes, parece que, assim que a Terra se formou, entrou no mesmo regime dinâmico que continua atualmente”, prossegue Harrison. “A tectônica de placas era inevitável. Na jovem Terra, parece ter havido oceanos; pode ter havido vida — completamente contraditório com a história fantasiosa que contamos para nós próprios”.

“Estamos revelando um novo quadro do que pode ter se parecido com a jovem Terra”, declarou a autora principal, Michelle Hopkins, uma estudante de pós-graduação em ciências da Terra e espaciais na UCLA, “No ensino médio, nos ensinam a ver a Terra como um planeta avermelhado, infernal, de lava derretida. Agora estamos vendo um quadro novo, mais parecido com o que há hoje, com continentes, água, céu azul, oceano azul, muito mais cedo do que pensávamos”.

A Terra tem 4,5 bilhões de anos. Alguns cientistas pensam que a tectônica de placas — o fenômeno geológico que envolve o movimento de grandes placas da crosta que compõem a superfície da Terra, por cima do interior fundido do planeta — começou a 3,5 bilhões de anos atrás; outros, que isso começou ainda mais recentemente.

A pesquisa realizada por Harrison, Hopkins e Craig Manning, um professor de geologia e geoquímica da UCLA, é baseada em antigos grãos minerais, conhecidos como zircão, encontrado dentro de rochas derretidas, ou magmas, vindos do Oeste da Austrália que têm cerca de 3 bilhões de anos. Os zircões são minerais pesados e duráveis, relacionados com a zircônia cúbica, usada para falsos diamantes e bijuteria. Os zircões estudados nas rochas australianas têm uma espessura de cerca de duas vezes a de um cabelo humano.

Hopkins analisou os zircões com a microssonda iônica de alta-resolução da UCLA, um instrumento que permite aos cientistas datarem e estabelecerem a exata composição de amostras com enorme precisão. A microssonda dispara um feixe de íons (átomos com carga elétrica) sobre uma amostra, o que faz com que a amostra libere seus próprios íons que são, então, analisados em um espectrômetro de massa. Os cientistas podem mirar o feixe de íons para áreas microscópicas específicas da amostra e realizar uma anãlise de isótopos de alta resolução das amostras sem destruirem o objeto.

“A microssonda é o instrumento perfeito para estabelecer a idade dos zircões”, disse Harrison.

A análise estabeleceu que alguns dos zircões encontrados nos magmas tinham mais de 4 bilhões de anos. Também se descobriu que eles foram formados em uma região com um fluxo de calor muito mais baixo do que a média global na época.

“O fluxo de calor médio nos primeiros 500 milhões de anos da Terra era avaliado entre cerca de 200 a 300 miliwatts por metro quadrado”, diz Hopkins. “Nossos zircões indicam um fluxo de apenas 75 miliwatts por metro quadrado — um número que se pode esperar encontrar em zonas de subdução, onde duas placas convergem, com uma mergulhando por baixo da outra”.

“Os dados que estamos relatando vêm de zircões formados entre 4 e 4,2 bilhões de anos atrás”, diz Harrison. “Os indícios são indiretos, porém fortes. Nós avaliamos dúzias de cenários, tentando imaginar como criar magmas em um fluxo de calor tão baixo quanto o que encontramos, sem tectônica de placas e nada funcionou; nenhum deles explicava a química das inclusões ou a baixa temperatura de fusão dos granitos”.

Os indícios para a existência de ágia durante os primeiros 500 milhões de anos da Terra são, agora, incontestáveis, de acordo com Harrison.

“Não se tem tectônica de placas em um planeta seco”, completou ele.

Fortes indícios da existência de água líquida na ou próxima da superfície da Terra, há 4,3 bilhões de anos, já havia sido apresentada por Harrison e colegas em uma matéria de capa da Nature de 11 de janeiro de 2001.

“Agora são cinco linhas de indícios que apoiam essa hipótese que já foi considerada radical”, declarou Harrison. “As inclusões que econtramos nos dizem que os zircões nasceram em magmas saturados por água. Atualmente observamos um gradiente geotérmico surpreendentemente baixo, uma baixa taxa na qual a temperatura aumenta na Terra. O único mecanismo que reconhecemos que é consistente com tudo o que vemos é que a formação desses zircões tenha acontecido em uma zona de convergência de placas tectônicas. Além disso, a química de inclusão nos zircões é característica dos dois tipos de magmas que vemos hoje nas zonas de convergência de placas tectônicas”.

“Nós criamos essa visão de que a tectônica de placas era impossível na jovem Terra”, acrescentou Harrison. “Agora, fizemos observações do éon Hadeano (o primeiro éon geológico da Terra) — esses pequenos grânulos contém um registro das condições nas quais fora formados — e os zircões estão dizendo que se formaram em uma região com um fluxo de calor anormalmente baixo. Onde, na Terra atual, se tem um fluxo de calor que é um terço da média global, que é o que descobrimos nos zircoes? Só há um lugar onde você tem um fluxo de calor tão baixo, onde se formam magmas: zonas de convergência de placas tectônicas”.

Há três anos, Harrison e seus colegas aplicaram um técnica para estabelecer a temperatura dos antigos zircões.

“Nós descobrimos que a temperatura na qual esses zircões se formaram era constante e muito baixa”, explica Harrison. “Não se pode obter um magma em qualquer temperatura mais baixa do que vemos nesses zircões. Nós vemos concepções artísticas da jovem Terra, com objetos vindos do espaço exterior abrindo grandes crateras; isso deveria fazer zircões centenas de graus centígrados mais quentes do que os que vemos. A única maneira de criar zircões em baixas temperaturas é se o material fundido estiver saturado por água. Teria que haver muita água. Isso é uma grande surpresa porque nossa concepção, desde há muito, é que a Terra jovem era seca”

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Mais sobre Galinhas e Poluição, no “Por Dentro da Ciência” do IAP

Photobucket
26 de novembro de 2008

Com o Aumento da Demanda por Avicultura Orgânica, Cientistas da área de Alimentos Começam Estudos de Segurança

Por Jim Dawson
ISNS

O dramático crescimento, na última década, na popularidade da avicultura orgânica — principalmente por perus e galinhas — estimulou os pesquisadores de várias universidades a iniciar um extenso estudo sobre a segurança na produção e nos processos de transporte dessas aves para os mercados. A pesquisa, financiada por um fundo de cerca de US$ 600.000, ao longo de três anos, não se baseou em qualquer problema conhecido na indústria de avicultura orgânica, porem na falta de dados acerca das práticas correntes, explicou o bacteriologista e cientista da área de segurança de alimentos da Universidade do Arkansas, Steven Ricke, chefe da equipe de pesquisas.

A meta da pesquisa, prossegue ele, é desenvolver o que é conhecido na indústrias de alimentos como um conjunto de “Boas Práticas de Agricultura” que assegurem a segurança da indústria orgânica.  Já que a avicultura natural e orgânica não emprega antibióticos ou outros medicamentos, acrescenta Ricke , uma conjunto de tais medidas é “mais importante ainda”.

A demanda por avicultura orgânica cresceu em 20% ou mais por ano, ao longo da última década, e promete continuar crescendo, embora a venda de aves orgânicas responda por apenas cerca de 2% de todo o mercado avícola, hoje, e continue no domínio de pequenas fazendas independentes e do pequeno agronegócio.

A avicultura orgânica e natural (também conhecida como “de quintal” ou “criada no pasto”)  é, atualmente, produzida e processada em instalações menores do que a avicultura “convencional” e isto é uma parte do atrativo para os consumidores. “Entretanto, a produção em pequena escala  usualmente não é integrada, o que permite um menor controle da qualidade do produto, o que inclui a segurança dos alimentos, do que nas indústrias de grande porte com produção integrada”, argumenta Ricke.  A produção integrada envolve todo um sistema que vai da incubação, crescimento e alimentação das galinhas,  e chega ao processamento e transporte dos produtos brutos e manufaturados.

O certificado de “orgânico” pelo governo federal [NT: dos EUA] exige que as aves sejam criadas sem antibióticos, alimentados com ração orgânica e que tenham acesso ao espaço aberto. A avicultura orgânica é caracteristicamente menor e muito mais cara do que avicultura em escala industrial (não-orgânica), porém s aves orgânicas e livres de antibióticos são criadas em condições mais naturais e são vistas por muitos como mais seguras para se comer.

Ricke é rápido em observar que não discute esse ponto de vista. “Eu não tenho qualquer preferência sobre um modo de produção ou outro”, declarou. “Eu estou abordando o caso de um ponto de vista estritamente científico”.  Ricke, diretor do Centro de Segurança de Alimentos da Universidade do Arkansas, Fayetteville, vai coordenar 13 especialistas em pesquisas, divididos em quatro equipes, que incluem cientistas da Universidade Texas A&M, Univesidade de West Virginia, das Universidades Cornell e Purdue, e um cientista do Centro Nacional para Tecnologia Apropriada, uma organização que desenvolve projetos de energia e alimentos sustenáveis a nível comunitário.

As equipes vão “analisar a complexa natureza dos problemas associados com a segurança alimentar na avicultura orgânica e natural”, explicou ele. Os especialistas em extensão agrícola envolvidos na pesquisa “têm estreito relacionamento com criadores e processadores a nível estadual e nacinal, bem como especialização em segurança alimentar e contam com especialistas em comunicação que são capazes de abordar essas questões complexas com os criadores, processadores e os distribuidores no atacado e varejo”.

O impacto da pesquisa pode ser “enorme”, declarou ele, “já que tem o potencial de atingir produtores em alta e baixa escalas, processadores, reguladores e acionistas que precisam de assistência na gerência da segurança alimentar”. Os resultados das pesquisas serão submetidas a revistas com revisão por pares, disse ele.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.


Comentário do Tradutor:

Curioso!… 😯 Ainda ontem o mesmo serviço de notícias publicou uma nota sobre “dirigir de janelas abertas, atrás de um caminhão que transporta galinhas”… Aquela nota não dizia explicitamente, mas, ao se referir a “bactérias resistentes a antibióticos”, claramente não estava falando de “aves orgânicas”.

No dia seguinte, a AIP publica um boletim exclusivamente sobre os “riscos à saúde-pública” (embora a expressão não seja usada em ponto algum do texto… está tudo nas entrelinhas…) da avicultura natural.
Pode ser que a eleição do Barack Obama seja um indício de mudança de atitude na política americana… Mas as Associações Científicas continuam apresentando uma atitude lamentável… Eles sabem bem de onde vêm os grants que garantem seus empregos… (Já repararam que eu parei de me interessar pelo “Press-Pac” Semanal da ACS?… Aquilo não era “divulgação científica”: era propaganda barata… 😥 )

A “Doce Vida” Extraterrestre

Molécula Doce pode nos levar até a vida extraterrestre

Cientistas detectaram uma molécula de açúcar orgânico que é diretamente ligada à origem da vida, em uma região de nossa Galáxia onde pode haver planetas habitáveis. Esta descoberta, financiada parcialmente pelo Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia do Reino Unido (Science and Technology Facilities Council = STFC), foi publicada ontem, 25 de novembro, no website “Astro-ph”.


 Plateau de Bure Interferometer


Interferômetro do Plateau de Bure
Crédito: Rebus


A equipe internacional de pesquisadores que inclui uma pesquisadora do University College London (UCL), usou o rádio telescópio IRAM na França para detectar a molécula em uma região onde ocorre uma massiva formação de estrelas no espaço, a uns 26.000 anos luz da Terra.

A Dra. Serena Viti, uma dos autores do artigo do University College London, declarou: “Esta é uma importante descoberta, porque é a primeira vez que se detecta um glicoaldeído, um açúcar básico, na direção de uma região de formação de estrelas, onde planetas que podem potencialmente abrigar a vida, podem existir”.

A molécula — glicoaldeído — só foi detectada anteriormente na direção do centro da galáxia, onde as condições são extremas, em comparação ao resto da galáxia. Esta nova descoberta, em uma área longe do centro da galáxia, também sugere que a produção desse ingrediente chave para a vida pode ser comum ao longo da galáxia. Isto é uma boa notícia para nossa busca por vida extraterrestre, na medida em que uma grande abundância de moléculas aumenta as chances delas existirem juntamente com outras moléculas essenciais para a vida e em regiões da galáxia onde podem existir planetas semelhantes à Terra.

A equipe foi capaz de detectar o glicoaldeído usando o telescópio para observar a região, com uma grande resolução angular e em diferentes comprimentos de onda. As observações confirmaram a presença de três linhas de glicoaldeído na direção mais central do núcleo da região.


 Model of the glycolaldehyde molecule


Modelo da molécula de glicoaldeído
Crédito: Rebus


O glicoaldeído, o mais simples dos monossacarídeos, pode reagir com a substância propenal, formando a ribose, um dos componentes principais do Ácido Ribonuclêico (RNA), que se acredita ser a molécula central para a origem da vida.

O Professor Keith Mason, Executivo-Chefe do Conselho de Instalações de Ciência de Tecnologia (STFC), declarou: “A descoberta de uma molécula de açúcar orgânico em uma rgião de formação de estrelas no espaço é muito estimulante e fornecerá informações incrivelmente úteis para nossa busca por vida extraterrestre. Pesquisas como esta, combinadas com a vasta gama de outros projetos astronômicos que envolvem astrônomos do Reino Unido, estão continuamente expandindo nosso conhecimento do universo e mantendo o Reino Unido na vanguarda da astronomia”.

Contatos

  • Julia Short
    STFC Press Office
    Tel: +44 (0)1793 442 012
    Mob: +44 (0)777 027 6721
  • Dr Serena Viti
    Dept of Physics and Astronomy
    University College London
    Tel: +44 (0)20 7679 3435

O artigo será também publicado em Astrophysical Journal Letters.
A equipe internacional de cientistas vem de:

  • Universitat de Barcelona-CSIC, Barcelona
  • INAF-Istituto di Radioastronomia  e INAF-Osservatorio Astrofisico di Arcetri in Florence
  • University College London
  • Institute de Radiastronomie Millimétrique, Grenoble

A região de formação de estrelas onde as moléculas de glicoaldeído foram descobertas, é conhecida como G31.41+0.31
Para maiores informações sobre o Institut de RadioAstronomie Millimétrique (IRAM).
Versão online do artigo no Astrophysical Journal.


Copyright: STFC. Traduzido com permissão expressa dos autores.

“Por Dentro da Ciência” do Instituto Americano de Física (24/11/08)

Inside Science News Briefs
24 de novembro de 2008
Por Jim Dawson
Inside Science News Service

Não Siga as Galinhas na Estrada

Dirigir atrás de um caminhão que transporta galinhas de uma granja para um abatedouro pode ser uma péssima idéia, de acordo com os pesquisadores da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins em Baltimore. Em um artigo publicado no Journal of Infection and Public Health, os cientistas encontraram “um aumento no risco de contaminação por bactérias patogênicas, tanto do tipo suscetível como do resistente às drogas, nas superfícies e no ar dentro dos carros que viajavam atrás de caminhões que transportavam broiler chickens[nota do tradutor: eu não conhecia o que era uma broiler chicken, e, pelo que eu entendi na WikiPedia, é uma espécie híbrida, criada para produção em escala industrial, meio parecida com os “Chester” e semelhantes — os biólogos são particularmente bem vindos para trazer maiores esclarecimentos]. Os pesquisadores realizaram o estudo na Península Delmarva, uma área costeira atlântica, partilhada pelos estados de Delaware, Maryland  e Virginia.  Essa região tem uma indústria avícola florescente e uma das maiores densidades de broiler chickens por hectare dos EUA.

As galinhas são transportadas, quase sempre, em caixas abertas sobre a carroceria aberta de caminhões, sem qualquer barreira eficaz para impedir que os patógenos sejam liberadas no ambiente, constataram os pesquisadores. Estudos anteriores já tinham constatados que as caixas abertas ficavam contaminadas com fezes e bactérias. Para o estudo da Johns Hopkins, a pesquisadora biomédica Ana Rule e seus colegas coletaram amostras do ar e das superfícies de carros que viajavam a uma distância de dois a três carros de distância, atrás dos caminhões de galinhas, por uma distância de 17 milhas. Os carros foram conduzidos com os aparelhos de ar condicionado e ventilação desligados e com as janelas abertas. As amostras colhidas dentro dos carros mostraram concentrações maiores de bactérias, inclusive de cepas resistentes a antibióticos, que poderiam ter sido inalados. Também foram encontradas bactérias em uma lata de refrigerante dentro do carro e na maçaneta externa da porta do carro.

“Nosso estudo demonstra que existe um real potencial de exposição, especialmente durante os meses de verão, quando as pessoas dirigem com as janelas abertas”, declarou Rule. “O verão é igualmente uma época de tráfego pesado em Delmarva por causa dos veranistas que vão para os balneários”.

Música, Rítmo e o Cérebro

As pessoas em todas as culturas se mexem ao ritmo de músicas e os pesquisadores de vários ramos da ciência estão usando essa aparentemente irresistível resposta à música para estudar como o cérebro humano interage com o ritmo e o tempo. O musicólogo finlandês Petri Toivianen, em um encontro ocorrido neste mês na Sociedade de Acústica da América em Miami, Flórida, descobriu, em um estudo, que o tipo de tempo que uma pessoa ouve, dispara uma resposta fisico-rítmica específica. “Níveis de pulsação diferentes [na música] são associados com diferentes padrões de movimentos”, disse Toivianen em um sumário de seu trabalho. Toivianen trabalha na Universidade de JyVaskyla (é o nome da cidade). “Mais comumente, o movimento dos antebraços tende a ser sincronizado com os movimentos de um tempo, o movimento dos braços com o período de dois tempos e o movimento do tórax com um período de quatro tempos”. Ele também descobriu que os movimentos das pessoas, ao menos daquelas em seu grupo de estudos, “tendia a ser melhor sincronizado com os tempos” quando o andamento da música era de dois tempos por segundo. Se fosse mais rápido ou mais lento, as pessoas tinham mais dificuldades em seguir precisamente o tempo.

A pesquisadora da Florida Atlantic University , Summer Rankin, descobriu que as pessoas que escutam uma música podem prever mudanças no andamento, antes delas acontecerem, mesmo que não sejam familiares com uma determinada música. Uma análise das performances musicais exibiu um tipo particular de regularidade, chamada de estrutura fractal, disse ela em um sumário do estudo. Uma propriedade importante da série temporal de estrutura fractal, tal como uma performance musical, é que as mudanças passadas são extraordinariamente úteis para fazer previsões, mesmo em um futuro distante, declarou ela. De modo que, seja Jimi Hendrix ou a Banda dos Fuzileiros Navais executando o Hino Nacional Americano, os intérpretes “formatam suas performances de acordo com um princípio geral da natureza e as pessoas percebem essa estrutura temporal facilmente e naturalmente prevêem o que vai acontecer no futuro”, explica Summer.

Porque se mover ritmicamente em função de um tempo musical é uma parte ianta do comportamento humano, a perda dessa habilidade por uma pessoa que sofrer do Mal de Parkinson ou outras doenças que prejudicam os movimentos podem ser catastróficas, declarou o pesquisador John Iversen, do Instituto de Neurociências de San Diego, Califórnia.  Iverson, em um artigo apresentado no encontro da Sociedade de Acústica, declarou que, embora os pacientes com Parkinson freqüentemente tenham grande dificuldade em iniciar ou continuar ações mecânicas básicas rítmicas, tais como caminhar, a conexão entre a música e o movimento pode ser usada para ajudar a mitigar desordens motoras. Estudos antigos demonstraram que alguns pacientes de Parkinson podem ser “descongelados” e serem capazes de caminhar quando sincronizam seus movimentos com música. O mecanismo cerebral que permite que isso aconteça não é compreendido, explica Iversen, e sua pesquisa tenta resolver esse mistério. Seu estudo demonstra que, quando as pessoas ouviam quatro notas musicais idênticas, mas eram instruídas a imaginar que o tempo estava na primeira ou na segunda nota, seus cérebros reagiam aos tempos. A pesquisa sugere que “não só o som pode ajustar nossos movimentos, mas, em sentido oposto, há um mecanismo pelo qual os processos motores podem formatar nossa percepção auditiva”.  Diga ao seu cérebro que ele está ouvindo um tempo e ele ouvirá.

Mudanças Climáticas Podem Nos Expor a Poluentes Mais Danosos

Uma revisão de recentes estudos que abordam o impacto das mudanças climáticas na qualidade do ar, indica que as pessoas estão mais sujeitas a sofrer crescentes problemas de saúde porque estarão sujeitas a poluentes mais poderosos.  A revisão, realizada por dois cientistas da publicação Environmental Health Perspectives, diz: “As projeções sugerem que as mudanças climáticas vão aumentar as concentrações de ozônio na troposfera  . . . o que pode aumentar a morbidez e a a mortalidade”. Os autores da revisão, Kristie Ebi, consultora de várias organizações de saúde, e Glenn McGregor, da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, descobriram que a exposição a elevados níveis de ozônio ao nível do mar “está associado com um maior número de internações por pneumonia, obstrução pulmonar crônica, asma, rinite alérgica e outras doenças respiratórias”. Usando estatísticas da Organização Mundial de Saúde, os pesquisadores notaram que, no ano de 2000, no mundo inteiro, ocorreram 800.000 óbitos e 7,9 milhões de “aos perdidos por incapacidades físicas” – uma medida que serve tanto para óbitos prematuros como para os tempos de incapacitação física – por problemas respiratórios, doenças pulmonares e câncer atribuído à poluição  do  ar urbano. A nota otimística no relatório é que a redução da emissão de gases de efeito estufa reduziria a ameaça da poluição por ozônio e “melhorar a saúde da corrente e das futuras populações”.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

A Crise: Milionários apertam os cintos… das amantes…

Via Improbable Research:
A crise financeira mundial está causando estragos por todos os lados… Segundo um post de Marc Abrahams no “Improbable”, a firma de pesquisas Prince & Assoc. revelou que mais de 80% dos multimilionários que mantém amantes, pretendem fazer cortes nos orçamentos delas, seja nos presentes, seja nas mesadas… Segundo o Sr. Russ Alan Prince, presidente da firma, “os ricos estão sendo duramente atingidos pela crise e precisam cortar as despesas, o que inclui (os)as amantes”.
Mas a situação dos gigolôs/cortesãs de luxo não é, ainda, desesperadora: apenas 12% dos entrevistados pretendiam cortar de vez os laços extra-conjugais.
O que deve ser um grande alívio para o povo de Darfur…

Bactérias, Movimento Browniano… e a Universidade Brown


Brown University

Como as bactérias nadam? Os físicos da Brown explicam

IMAGEM: físicos da Universidade Brown completaram o estudo mais detalhado de como bactérias como a unicelular  Caulobacter crescentus nada e como seu movimento é influenciado pelo arrasto hidrodiâmico e pelo movimento Browniano.Crédito: Guanglai Li, Brown University
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PROVIDENCE, Rhode Island. [Universidade Brown] — Imagine-se nadando em uma piscina: o que dita a velocidade e a direção com que você nada é o movimento de seus braços e pernas, não a viscosidade da água.

Para organismos minúsculos, a situação é diferente. A direção e a velocidade do micróbios são mais sujeitos às variações físicas do fluido em torno deles.

“Para as bactérias, nadar em água é como para nós seria nadar em mel” explica Jay Tang, professor associado de física na Universidade Brown, “O arrasto hidrodinâmico é dominante”.

Tang e sua equipe na Brown acabaram de completar o estudo mais detalhado dos padrões de natação de uma bactéria em particular, Caulobacter crescentus. Em um artigo publicado on-line nesta semana em Proceedings of the National Academy of Sciences (edição impressa de 25 de novembro), os pesquisadores demonstram como a movimentação desse micróbio é afetado pelo arrasto e pelo fenômeno do Movimento Browniano. As observações parecem ser igualmente válidas para diversas outras bactérias, diz Tang, e lança novas luzes sobre como esses organismos catam resíduos e como eles se aproximam de superfícies e “grudam” nelas.

A Caulobacter é um organismo unicelular com uma espécie de “cauda”, chamada “flagelo”. Quando ela nada, seu corpo celular redondo gira em uma direção, enquanto a cauda gira na direção oposta. Isto cria um torque, o que ajuda a explicar o movimento não-linear da bactéria através de um fluido. O que Tang e sua equipe descobriram, no entanto, é que a Caulobacter também é influenciada  pelo movimento Browniano, que é o movimento em ziguezague que acontece quando partículas imersas são esbarradas pelas moléculas do meio circundante. Isso significa que, com efeito, a Caulobacter está sendo jogada para lá e para cá pelas moléculas de água circundantes, enquanto nada.

IMAGEM: Esta ilustração mostra como as rotações em sentidos opostos da cabeça e da cauda do micróbio unicelular Caulobacter crescentus cria um arrasto que contribui para determinar a direção de seu deslocamento em um fluido. A outra influência é o movimento Browniano.Crédito: Jay Tang, Brown University

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Esse efeito conjunto da interação hidrodinâmico e o movimento Browniano rege os padrões circulares da Caulobacter e vários outros microorganismos, descobriram os cientistas.

“Forças aleatórias são tanto mais importantes quanto menor for o objeto”, argumenta Tang, cuja equipe incluiu Guanglai Li, professor (pesquisador) assistente da Brown, e Lick-Kong Tam, um estudante recentemente graduado na Brown que agora estuda engenharia biomédica na Universidade Yale University. “No tamanho da Caulobacter, as forças aleatórias se tornam dominantes”.

Os pesquisadores também descobriram outra “dica” para o padrão de natação: os círculos descritos pela Caulobacter nadando, ficam mais apertados à medida em que a bactéria chega perto de uma superfície limitante, no caso, uma inclinação no vidro. A equipe descobriu que o círculo mais estreito é o resultado de um maior arrasto exercido sobre o micróbio quando ele nada mais perto da superfície. Quando o micróbio está mais longe da superfície, encontra menos arrasto e o círculo que ele descreve fica mais largo, foi o que o grupo aprendeu.

Este efeito de ziguezague ajuda a explicar por que “na maioria das vezes as células não estão tão próximas da superfície como seria de prever”, diz Tang. “O motivo é o movimento Browniano que as joga de um lado para outro”.

Essa descoberta é importante, porque ajuda a explicar as áreas de alimentação para organismos unicelulares. Talvez mais importante ainda, pode ajudar os cientistas a entender como as bactérias finalmente chegam a uma superfície e aderem a ela. As aplicações vão de uma melhor compreensão do fluxo e da adesão de plaquetas na corrente sangüínea, a uma melhor compreensão sobre como os contaminantes são capturados à medida em que percolam o solo.

“Como se depreende, a natação é um mecanismo importante para o processo de adesão”, conclui Tang.

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“Por Dentro da Ciência” do Instituto Americano de Física (20/11/08)

Inside Science News Service
20 de novembro de 2008

Mentes Criativas da Ciência e do Cinema Trocam Idéias em Hollywood

Nova inciativa da Academia Nacional de Ciências reúne os principais diretores de filmes com os principais cientistas

Por Emilie Lorditch
Colaboradora do ISNS

Hollywood, Califórnia (20/11/2008) – Quando os mundos da ciência e de Hollywood colidem, os resultados freqüentemente realçam as diferenças entre os dois reinos, em lugar de celebrar suas semelhanças.  A Academia Nacional de Ciências está tentando mudar isso com uma nova iniciativa chamada “Intercâmbio entre Ciências e Entretenimento”.

“Este é o primeiro esforço formal da Academia para entrar em contato com Hollywood”, disse Ralph Cicerone, presidente da Academia Nacional de Ciências. “Nós estamos muito entusiasmados em lançar esta iniciativa”.

Na Creative Artists Agency em Los Angeles, na quarta-feira, diretores de filmes e roteiristas foram inspirados e entretidos enquanto ouviam alguns dos principais cientistas e engenheiros do país falarem acerca de suas pesquisas.

“É como apresentar seus dois melhores amigos que jamais haviam se encontrado antes”, declara Jerry Zucker, diretor dos filmes “Apertem os Cintos: o Piloto Sumiu!” e “Ghost”.  “Os Cientistas e Hollywood são realmente duas faces da mesma moeda”.

A meta da inciatica é por em contato a indústria do entretenimento com cientistas e engenheiros para que trabalhem juntos em tudo, de filmes, passando por televisão e chegando até aos video games . O apresentador da abertura do Intercâmbio foi Seth MacFarlane, criador e produtor da série de desenhos animados “Uma Família da Pesada”. Ele encorajou os participantes a se entusiasmarem com a ciência.

“Eu cresci assistindo “Viagem às Estrelas” e me lembro que costumávamos nos entusiasmar muito com a NASA e o que eles faziam, mas não se ouve mais falar deles e as pessoas parecem ter perdido o interesse. Nós precisamos fazer com que as pessoas voltem a se entusiasmar com a ciência, porque existem várias coisas interessantes acontecendo”.

Os diretores, produtores e roteiristas de Hollywood tiveram uma oportunidade de aprender acerca dos tópicos mais “quentes” da ciência e da engenharia com os alguns dos principais experts de vários campos de pesquisa. Steve Chu, físico e diretor do Lawrence Berkley National Lab, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1997, descreveu o futuro das mudanças climáticas, mostrando efeitos do aquecimento global que vão se fazer sentir ainda em nossas vidas. Doenças raras e infecciosas foram descritas por Bonnie Bassler, uma bióloga molecular da Universidade Princeton que levou sua carreira estudando bactérias que brilham no escuro.

O astrofísico Neil deGrasse Tyson, diretor do Planetário Hayden do Museu Americano de História Natural, discorreu sobre nosso lugar no universo, enquanto que o futuro da medicina personalizada e genômica foi discutido por J. Craig Venter, um biólogo que liderou o esforço para seqüenciar o genoma humano.

O assunto Inteligência Artificial e robótica avançada foi explorado por Rodney Brooks, um roboticista e engenheiro-chefe da Heartland Robotics, enquanto alguns dos mistérios do cérebro eram revelados pelo neurologista V.S. Ramachandran, diretor do Centro para Cérebro e Cognição da Universidade da Califórnia em San Diego.

Embora a ciência subjacente a algumas palestras fosse complicada, as sessões evitaram o clima de palestras acadêmicas, por causa do ambiente descontraído que permitia aos profissionais da indústria do cinema fazer perguntas e conversar informalmente diretamente com os cientistas.

Zucker resumiu o evento, usando a famosa fala de Humphrey Bogart em “Casablanca”:“Isto é o início de uma bela amizade”.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.


Opinião pessoal do tradutor: é… a coisa está feia!… Antigamente, Holywood ia procurar os Asimov da vida para “consultor científico” de filmes como “Viagem Fantástica”. Agora é a Academia de Ciências que vai atrás de Holywood para ensinar um pouco de “ciência de verdade” para os diretores e roteiristas. Patético!… 😥

Depois, quando eu digo que a ciência está tão “esotérica” que Joe, the Plumber não consegue mais diferenciar entre ciência, pseudo-ciência e mera picaretagem, ainda tem gente que protesta…

Physics News Update nº 877

PHYSICS NEWS UPDATE
O Boletim de Notícias de Pesquisas do Instituto Americano de Física
Número 877 de 21 de novembro de 2008
O ESTUDO DA SOCIEDADE AMERICANA DE FÍSICA SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
(Esta matéria é uma repetição, letra por letra, do Boletim “Por dentro da ciência”, já traduzido e publicado neste Blog, escrito por Phillip F. Schewe, em 12/11/2008. Fica registrado, somente para não interromper a série.)

“Por Dentro da Ciência” do Instituto Americano de Física (18/11/08)

Inside Science News Service
18 de novembro de 2008

O Líder do Grupo

Um novo estudo mostra porque, algumas vezes, é melhor seguir à frente
Por Phillip Schewe
Colaborador do ISNS

Lance Armstrong, o ciclista que venceu o Tour de France seis vezes, freqüentemente chegou em primeiro lugar porque ficou por muito tempo em segundo. Ou seja, ele pedalava regularmente logo atrás de um companheiro de equipe cujo trabalho era vencer a resistência da corrente de ar contrária, tornando mais fácil para Armstrong economizar sua energia para um sprint final. Os stock cars também freqüentemente manobram para se colocar no “vácuo” à frente, reduzindo, assim, o arrasto aerodinâmico. Entretanto, um novo estudo sugere que essa estratégia de ficar atrás do líder pode ser um tiro pela culatra.

Bicicletas e carros são corpos rígidos que projetam uma “sombra” aerodinâmica definida. Mas se o objeto à frente for um corpo tremulante, tal como um peixe coleante, uma bandeira ondulante, ou um pássaro batendo suas asas, aí o fluxo cheio de perturbações estabelecido pelo movimento trêmulo pode aumentar, em lugar de diminuir, o arrasto aerodinamico para quem vem atrás. Não somente o seguidor experimenta um arrasto maior — forçando-o a gastar mais energia para se manter na “cola” — como o líder experimenta um arrasto menor.

Essa hipótese é difícil de testar em animais vivos, tais como pássaros ou peixes, de forma que dois cientistas realizaram uma experiência com pequenas bandeiras tremulantes.  Leif Ristroph da Universidade Cornell e Jun Zhang da Universidade de Nova York usaram duas bandeirolas. Em lugar de um fluxo de ar, eles usaram um filme de sabão fluente que permitia a obtenção de imagens nítidas dos complexos padrões que se estabeleciam quando o fluido passava pelas bandeirolas.

O resultado foi surpreendente. Não só o arrasto sobre a bandeirola seguidora ficava pior com o fluido convoluto, como também o arrasto medido na bandeirola líder ficava reduzido em até 50%, menor do que o arrasto que experimentaria se estivesse só. Isso se deve ao fato da perturbação estabelecida pela bandeirola seguidora diminuir o arrasto experimentado pela líder.

O Dr. Zhang diz que ainda é  muito cedo para confirmar que para certos animais — tais como pássaros migratórios ou cardumes de peixes — ser o líder do bando é melhor porque isso reduz o gasto de energia necessária para vencer o arrasto. Até agora, a experiência só foi realizada com duas e com seis bandeirolas, e Zhang e seus colegas gostariam de estudar suas idéias com animais de verdade. Ele acredita que seus resultados possam ter aplicações industriais, onde reduzir o consumo de energia é quase sempre vantajoso.

O trabalho de Zhang foi publicado em uma edição recente de Physical Review Letters.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.


Nota do Tradutor:

Eu já tinha “posto na agulha” uma tradução do press-release publicado no EurekAlert sobre essa experiência, só que o ISNS me passou a perna. Quem quiser, pode consultar: “Following the leader can be a drag, according to student’s research on flapping flags” (que eu mencionei em um comentário aqui mesmo no Lablogs).

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