Uma boa notícia, afinal

Salve, Pessoal!
Eu vivo reclamando das coisas, de que iniciativas simples e eficazes não são tomadas por mero pouco caso e que “quem sabe, não faz”.
Pois é com o maior prazer que eu venho divulgar uma notícia no sentido exatamente oposto.
No site da “Seara da Ciência” da UFC (o link está aí, na barra lateral), estão disponíveis algumas apresentações em formato “Power Point”, sobre questões de física e matemática em nível simples e de fácil compreensão.
São as Animações do Professor Kiko, o Professor Faberval de Oliveira Campos, um dos “craques” do “Queremos Saber” (link aí na barra lateral, também).
São iniciativas como essa que me levam a pensar que nem tudo está perdido. Ainda existem professores que se esforçam por apresentar questões até bastante sofisticadas em um nível facilmente compreensível. Aquilo que eu disse em minha matéria anterior: mostrar que não existe esse negócio de que “estudar é chato”.
Eu recomendo aos cerca de 500 “visitantes” semanais deste Blog megalomaníaco que cliquem no link acima e vejam como é simples. Basta querer!

Adolescentes e Riscos

A TENDÊNCIA AMPLIADA EM CORRER RISCOS, DURANTE A ADOLESCÊNCIA, PROVAVELMENTE É UM IMPULSO BIOLÓGICO E POSSIVELMENTE INEVITÁVEL, DE ACORDO COM UM ESPECIALISTA DA UNIVERSIDADE TEMPLE

Enquanto o governo gasta bilhões de dólares em programas de educação e prevenção para persuadir adolescentes a não fazer coisas tais como fumar, beber ou se drogar, um psicólogo da Universidade Temple sugere que dois sistemas, dentro do cérebro dos adolescentes, que competem entre si, tornam os adolescentes mais suscetíveis a se engajar em comportamentos de risco e perigosos, e que as intervenções meramente educativas provavelmente não são eficazes.

Laurence Steinberg, da Universidade de Temple, delineia seus argumentos no artigo”Assumindo Riscos na Adolescência: Novas Perspectivas das Ciências Cerebrais e Comportamentais”, na edição de abril da revista, Current Directions in Psychological Science.

Laurence Steinberg, Ph.D.
Laurence Steinberg
Photo by Joseph V. Labolito/Temple University

“Embora provavelmente não seja justo afirmar que nenhum dos programas que desenvolvemos tenha funcionado, a maior parte dos esforços para persuadir as crianças a não usar drogas ou álcool, para praticar sexo seguro, ou para dirigir com mais segurança, não foram eficazes”, diz Steinberg, Diretor da Rede de Pesquisa sobre Desenvolvimento de Adolescentes e Justiça Juvenil da Fundação John D. e Catherine T. MacArthur. “Existe um programa aqui ou acolá que funciona, mas, na maioria dos casos, gastamos bilhões de dólares em iniciativas que não tiveram muito impacto”.

Steiberg diz que, nos últimos dez anos, houve uma grande quantidade de novas pesquisas no desenvolvimento do cérebro dos adolescentes que, acredita ele, lança alguma luz sobre os motivos porque os adolescentes se engajam em comportamentos arriscados ou perigosos, e porque os programas educacionais ou intervenções que foram desenvolvidos, não foram especialmente eficazes.

De acordo com Steinberg, correr riscos na adolescência é o resultado de uma competição entre dois sistemas cerebrais muito diferentes, as redes socioemocional e de controle cognitivo, que sofrem um processo de amadurecimento durante a adolescência, mas com cronogramas muito diferentes. Durante a adolescência, o sistema socioemocional se torna mais assertivo durante a puberdade, enquanto o sistema de controle cognitivo somente ganha força gradualmente e após um longo período.

O sistema socioemocional, que processa informações sociais e emocionais, se torna muito ativo durante a puberdade, permitindo que os adolescentes se empolguem mais facilmente e experimentem emoções mais intensas. e se tornem mais suscetíveis à influência social.

Contrariamente, diz Steinberg, o sistema de controle cognitivo é a parte do cérebro que regula o comportamento e toma as decisões mais drásticas, mas ainda está amadurecendo durante a adolescência e até a metade da segunda década de vida das pessoas, pelo menos.

No artigo, Steinberg diz que a rede socioemocional não fica em um estado de permanente excitação durante a adolescência. Quando a rede socioemocional não está excitada — por exemplo quando os indivíduos não estão emocionalmente excitados ou estão sozinhos — a rede de controle cognitivo fica forte o suficiente para impor um controle regulador sobre comportamentos impulsivos ou arriscados, mesmo no início da adolescência.


Na presença de seus pares, entretanto, ou em situações de alta carga emocional, a rede socioemocional se torna suficientemente ativa para diminuir a eficácia regulatória da rede de controle cognitivo.

“A presença de pares aumenta substancialmente o comportamento de risco entre os adolescentes”, escreve Steinberg em seu artigo. “Em um de nossos estudos em laboratório, por exemplo, a presença de pares mais do que dobrou o número de riscos assumidos por adolescentes em um videogame de direção de veículos. A adolescência não só é mais alegre — é, também, mais cheia de riscos”.

“Existe uma janela de vulnerabilidade nas idades entre a puberdade e do meio para o fim da adolescência, na qual as crianças já começaram a sentir o aumento da influência do sistema socioemocional, mas ainda não têm um sistema de controle cognitivo totalmente amadurecido”, diz ele. “Porque seu sistema de controle cognitivo ainda não está totalmente maduro, ele é mais facilmente corrompido, especialmente quando o sistema socioemocional fica particularmente excitado. E ele se torna excitado pela presença de outras pessoas”.

Steiberg advoga leis e políticas mais rígidas que limitem as oportunidades para julgamentos imaturos que, frequentemente, têm conseqüências danosas. Por exemplo, estratégias tais como aumentar o preço dos cigarros, leis mais rígidas sobre a venda de bebidas alcoólicas, a expansão do acesso pelos adolescentes a serviços de saúde mental e contacepção, ou o aumento da idade para habilitação de motoristas, provavelmente seriam mais eficazes do que campanhas educativas para limitar o uso de cigarros, uso de drogas, gravidez e acidentes automobilísticos.

“Eu não quero que as pessoas pensem que as campanhas educativas não devem continuar”, diz ele. “Eu apenas penso que elas apenas não vão fazer muita diferença na contenção e comportamentos de risco. Algumas coisas levam tempo para se desnvolver e, gostem ou não, o julgamento amadurecido é, provavelmente, uma delas”.

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Traduzido, via EurekAlert, do site da Universidade Temple, nesta página.

Resumindo: o bom doutor Steinberg conclui que os hormônios crescem mais rapidamente do que o discernimento. Pois eu vou me permitir discordar desse eminente cientista, principalmente no tocante às políticas sugeridas.

Eu sugiro, por exemplo, que a mídia e o comércio sejam proibidos de explorar os estímulos ao “sistema socioemocional” dos adolescentes, para induzí-los ao consumo, à rebeldia e à preocupação em “ser diferente dos pais”. Sugiro, também, que todo o sistema de ensino seja inteiramente reformulado, para acabar com a idéia: “estudar é chato; brincar é divertido”. Que os autores de peças teatrais, filmes, novelas e quejandos parem de exaltar, velada ou abertamente, comportamentos anti-sociais, a pretexto de “liberdade de expressão para retratar fielmente as mazelas da sociedade”; e se vocês estão pensando que eu estou advogando a volta da velha “censura”, estão certíssimos: como diz o bom doutor, adolescentes não têm discernimento para entender que o comportamento anti-social do personagem da novela é condenável, não um fato comum.

Mas duvido que isto aconteça… As mesmas autoridades que acham que um garoto de 16 anos tem o direito de eleger representantes no governo, acham que este “menor” não pode ser julgado por um crime bárbaro como um adulto…

Se você flagrar seus filhos “queimando fumo” e enfiar a porrada neles, pode ser preso… Eles são apenas “usuários” e vão receber uma branda “medida sócio-educativa”…

Mas qualquer merda de Juiz de Menores tem poderes ilimitados para usurpar seu pátrio-poder e proibir seus filhos de fazerem algo que você permite…

Chamam a moral “pequeno-burguesa” de “hipócrita”. Que seja… Mas o que se está vendo por aí, não me parece uma grande melhoria quanto à moral “hipócrita” que vigia quando eu era adolescente.

Atualização em 14 de abril de 2007. Notícia do “The Guardian” diz que o programa inglês de combate ao uso de drogas por meio de campanhas educativas “é um fracasso“.

Physics News Update nº 819

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 819, de 11 de abril de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE
A SEGUNDA LEI DO MOVIMENTO DE NEWTON, este pilar da física clássica, a fórmula que diz a força aplicada sobre um objeto é proporcional a sua aceleração, foi agora testada e comprovada válida, até o nível de 5 x 10-14 m/s². Isto representa um melhoramento de mil vezes sobre a verificação anterior, realizado a 21 anos atrás (Physical Review D, volume 34, pag. 3240, 1986). O novo teste foi realizado por físicos na Universidade de Washington, usando um pêndulo de torção giratório, um tipo especial de pêndulo no qual a força restauradora não é a gravidade (como seria em um pêndulo oscilatório), porém vem de uma fibra de torção muito fina. Uma das implicações da Lei de Newton é que a freqüência do pêndulo (sua taxa de tique-taque) deveria ser independente da ampitude de sua rotação (na medida em que a oscilação seja pequena). Procurando por um pequeno afastamento desta esperada independência, os pesquisadores de Washington observaram o pêndulo em amplitudes muito pequenas; na verdade, a rotação observada foi mantida em um nível tão pequeno que a excitação Browniana do pêndulo foi um fator considerado na interpretação dos resultados. Espera-se que a Segunda Lei de Newton seja quebrada nas escalas subatômicas, onde a incerteza quântica frustra qualquer definição de velocidade. Mas, para esta experiência, onde o pêndulo tinha uma massa de 70g e consistia de 1024 átomos, considerações quânticas não eram importantes. De acordo com um dos cientistas envolvidos, Jens Gundlach, esta nova afirmação de que a força é proporcional à aceleração (ao menos para velocidades não-relativísticas), pode influenciar futuras discussões de duas anomalias: (1) anomalias nas curvas de rotação de galáxias — caracterizando a velocidade das estrelas como uma função de seu raio a partir do centro galáctico — sugere, ou que um empuxo extra gravitacional, na forma da presença da ainda não detectada matéria escura, está em ação; ou que alguma outra forma da Segunda Lei de Newton poderia estar funcionando (o que conhecido como Dinâmica de Newton Modificada [Modified Newton Dynamics = MOND]); e (2) o continuado mistério que cerca as inexplicadas acelerações que aparentemente caracterizam a trajetória das espaçonaves Pioneer (ver PNU n° 391, matéria 1). (Gundlach et al., Physical Review Letters, artigo em publicação).
CÉLULAS SOLARES ASSISTIDAS POR PLASMON. Por causa de sua ubiquidade na eletrônica, o Silício é o semicondutor favorito para uso em células solares fotovoltáicas. Ainda assim, é desejável reduzir as quantidades de Si necessárias para dispostivos de largas áreas. Além disso, o Silício é um pobre emissor e absorvente de luz e, por este motivo, a eficiência das células solares tem sido, geralmente, pobre. A eficiência das células com finas películas de Si é mais pobre ainda do que a de células com a espessura de um wafer. Como fazer células baratas (usando películas finas) mas também bastante absorventes, é uma meta importante. Os cientistas na Universidade de New South Wales, na Austrália, conseguiram, agora, aumentar a absorção de luz solar empregando plasmons de superfície. Quando a luz atinge uma superfície metálica, pode iniciar perturbações elétricas na superfície, tanto como excitações localizadas, chamadas de plasmons de superfície, ou como ondas móveis, chamadas polaritons-plasmons de superfície. Os plasmons podem ser considerados um substituto para a luz, exceto em comprimentos de onda mais curtos. Se, além disso, a energia dos plasmons pode ser eficientemente coletada e transferida para uma guia de onda subjacente que faria parte da célula solar, então o rendimento das células pode ser aumentado. Isto é o que fazem os pesquisadores de New South Wales. Eles usam nanopartículas de Prata para excitar plasmons de superfície, que aumentam a captura da luz. Para películas com 1,25 mícrons de espessura, a melhora foi de um fator de 16 para,luz com um comprimento de onda de 1050 nm. Para wafers, a melhora foi de um fator de 7 para um comprimento de onda de 1200 nm. O Silício normalmente absorve luz somente de maneira fraca nesta parte do espectro, de forma que a melhora é significativa. Ao longo de todos os comprimentos de onda, a melhora da fotocorrente para as superfícies de película de 1,25 mícrons e de wafer foi, respectivamente, 33% e 19%. De acordo com Supriya Pillai, otimizar o tamanho das nanopartículas deve trazer melhoramentos adicionais. (Pillai et al., Journal of Applied Physics, artigo em publicação)
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.
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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.

Physics News Update nº 818

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 818, de 5 de abril de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE
RESFRIAMENTO A LASER DE OBJETOS DO TAMANHO DE UMA MOEDA, até temperaturas de 1°K agora é possível. Em um conjunto de experiências realizadas no ano passado, uma variação da técnica de resfriamento a laser, usada no congelamento de vapores de gases até temperaturas sub-kelvin, foi usada em amostras macroscópicas (porém ainda muito pequenas) na faixa de nano e micrograma. Agora, uma colaboração de cientistas do Laboratório LIGO no MIT e Caltech e dos Institutos Max Planck em Potsdam e Hannover, usou feixes de laser para arrefecer um espelho do tamanho de uma moedinha, com uma massa de 1 grama, até uma temperatura de 0,8°K. A meta de congelar um objeto comparativamente grande (com mais de 1020 átomos) é investigar as propriedades quânticas de grandes conjuntos de matéria. Um importante caveat aqui é o fato de que em todas essas experiências, a “refrigeração” acontece em uma única dimensão. A temperatura de 1°K se aplica ao movimento dos átomos ao longo da direção do feixe de laser, enquanto o espelho fica livre para se movimentar (embora não muito) em outras direções. Consequentemente, se alguém tocasse a amostra, ela não pareceria criogenicamente fria.
Além do recorde de baixa temeperatura obtido para um objeto grande como 1 grama, outra característica interessante da experiência diz respeito à magnitude da força exercida pelos feixes de laser. Na dimensão escolhida, o feixe fixa o espelho tão firmemente que parece que ele está sendo preso no lugar por uma mola mais rígida do que um diamante com as mesmas dimensões do feixe laser (longo e fino). De acordo com o pesquisador do MIT, Nergis Mavalvala, a amostra é fixada por uma rigidez (como se o feixe de laser fosse sólido) caracterizado por um Módulo de Young (o parâmetro que especifica a rigidez) de 1,2 Tera-Pascals, algo 20% mais duro que o diamante. (Corbitt et al., Physical Review Letters, artigo a ser publicado; página wiki do laboratório aqui)
O TUNELAMENTO DE ELÉTRONS EM ÁTOMOS FOI AGORA OBSERVADO EM TEMPO REAL por uma equipe Germânico-Austro-Holandesa (Ferenc Krausz, Instituto Max Planck de óptica quântica e Ludwig Maximilians, da Universidade de Munich), usando pulsos de luz que duram apenas muitas centenas de attossegundos (bilhonésimos de bilhonésimos de segundo), o que fornece novos vislumbres sobre um importante e ultra-rápido processo na natureza.
Um elétron ligado a um átomo fica na base de um tipo de colina energética. Para escapar do átomo, o elétron ususalmente requer adquirir energia suficiente para passar por cima da colina. Então, por exemplo, bombardear um átomo com pulsos de luz que emita fótons com energia suficiente, pode permitir que o elétron escape. Entretanto, se o átomo for banhado por um chuveiro de fótons de menor energia, ainda há uma chance de que um elétron, se estiver localizado na periferia do átomo, possa escapar, muito embora não tenha a energia suficiente. Isto acontece através do fenômeno de tunelamento quântico, no qual existe uma pequena probabilidade de que o elétron “escave um túnel” através da colina de energia. O processo de tunelamento é responsável pelo funcionamento de certos componentes eletrônicos, tais como microscópios de varredura por tunelamento, Diodos (de túnel) Esaki e lasers de cascata quântica. E, na fissão nuclear, acredita-se que partículas Alfa (dois prótons mais dois nêutrons) escapem do núcleo fissionado através de tunelamento. Porém, o processo de tunelamento acontece tão rapidamente, na escala de attossegundos, que não tinha sido possível observá-lo diretamente. Com a recente capacidade de criar pulsos de luz na escala de attossegundos — liderado por Krausz e outros — agora isto é possível. Na nova experiência, um gás de átomos de Neônio é exposto a dois pulsos de luz. Um é um pulso intenso, contendo fótons vermelhos de baixa energia. O segundo pulso é um pulso de luz ultravioleta com a duração de attossegundos. Este pulso ultravioleta de attossegundos envia fótons tão energéticos que eles podem arrancar um elétron e promover outro para a periferia do átomo, em um estado quântico excitado. Então, o intenso pulso vermelho, consistindo somente de uns poucos ciclos de onda (picos e vales), tem uma chance de libertar o elétron exteriorizado, através do tunelamento induzido por campo de luz. Com efeito, os pesquisadores viram este fenômeno, previsto teoricamente quarenta anos atrás, mas somente verificado experimentalmente agora, pela primeira vez, em um estudo diretamente resolvido em tempo. Cada vez que uma crista de onda do pulso de poucos ciclos vermelho percorria os átomos, os elétrons, a cada vez, aumentavam sua probabilidade de escapar por tunelamento, até que se atinguiu os 100%. Os dados indicam que, nesse sistema em particular, os elétrons escapam por tunelamento em três passos distintos, sincronizados com os três mais intensos picos de onda no centro da onda laser de poucos ciclos. Cada passo demora menos do que 400 attossegundos. (Uiberacker et al, Nature, 5 de abril de 2007; ver também o press release com figuras e mais informações em http://www.mpq.mpg.de)
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Physics News Update nº 817

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 817, de 29 de março de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE
SAL LENTO. O emprego de resfriamento por laser torna relativamente fácil resfriar átomos a temperaturas da ordem de microkelvin. Este processo não é útil para moléculas, as quais possuem uma grande variedade de movimentos vibratórios e rotacionais. Por meios indiretos, entretanto, amostras estacionárias de vapores moleculares têm sido arrefecidas a temperaturas de mK, por meio do resfriamento das moléculas em Hélio líquido, ou pela desaceleração de moléculas polares, ou a temperaturas de microkelvin soldando pares de átomos previamente resfriados. Uma outra técnica de resfriamento emprega uma fonte de feixe giratório, cuja velocidade cancela a velocidade das moléculas que emergem da fonte. Veocidades moleculares baixas como 60 m/s foram obtidas. Agora, dois físicos da Universitat Bielefeld (Alemanha) conseguiram produzir um feixe de moléculas de Brometo de Potássio (essencialmente um tipo de sal) com uma velocidade molecular média de 42 m/s; estima-se que cerca de 7% do feixe viaje até mais lentamente do que 14 m/s (abaixo de 1,4°K). Nessa velocidade, algmas das moleculas podem ser capturadas em uma armadilha. As moléculas frias de KBr são feitas mediante o envio de um feixe de átomos de K de encontro a um contra-propagante feixe de moléculas de HBr, onda as velocidades de ambos os feixes têm que ser ajustados corretamente. Dentro da zona de intersecção, as moléculas de KBr se formam por reação química. Lá, a densidade das moléculas armadilháveis é de cerca de dois milhões de moléculas por centímetro cúbico, mas os pesquisadores acreditam que esse número pode ser multiplicado por mil. Além de KBr, feixes de moléculas de outros sais pesados podem ser produzidos (tais como CsI) bem como feixes de radicais (moléculas reativas com elétrons desemparelhados), tais como CaBr e BaI. De acordo com Hansjuergen Loesch, moléculas lentas são um pré-requisito para realizar a química fria, que simularia as condições em frias atmosferas planetárias ou nas frias nuvens interestelares. Se a química for suficientemente fria, novos efeitos quânticos podem emergir. (Liu and Loesch, Physical Review Letters, 9 de março de 2007)
A SEMPRE MUTANTE FACE DO PLUTÔNIO. Uma nova teoria explica algums das estranhas propriedades do Plutônio, o metal radiativo, mais conhecido por sua propensão para entrar em reação em cadeia de fissão nuclear, o que o torna um potente combustível para armas nucleares e usinas de energia. O Plutônio é um dos metais mais incomuns – não é magnético e não conduz bem a eletricidade. O material também muda de tamanho dramaticamente, mesmo com as mais leves mudanças em suas temperatura e pressão. O conjunto de propriedades incomuns do átomo torna-o distinto até de seus vizinhos mais próximos na Tabela Periódica, tais como o Amerício. O que torna o Plutônio tão singular? Na nova teoria, desenvolvida pelos teóricos de matéria condensada na Universidade Rutgers em Nova Jersey, os oito elétrons mais externos (ou “elétrons de valência”) podem circular por diferentes orbitais (regiôes em torno do átomo). No orbital 5f do Plutônio, aquele com maior influência em suas propriedades atômicas, o número de elétrons nele contidos é, mais frequentemente, cinco (aproximadamente 80% do tempo), mas também podem ser seis (aproximadamente 20% do tempo), ou quatro (menos de 1% do tempo), de acordo com a teoria. Esses elétrons entram e saem do orbital 5f muito rapidamente – na ordem de femtossegundos, ou seja, um quadrilhonésimo de segundo, dizem os pesquisadores. O Plutônio é um exemplo de um material fortemente correlacionado, no qual os elétrons de valência interagem entre si grandemente e não podem ser tratados como agentes independentes. Levando essas interações em conta, os pesquisadores combinaram duas abordagens teóricas para materiais sólidos, chamadas aproximação da densidade local e teoria dinâmica de campo médio, para obter sua sofisticada análise. Como sua análise demonstra, o orbital 5f dita várias das propriedades chave do Plutônio, tais como sua falta de condutividade e magnetismo. Com sua teoria, os pesquisadores também explicaram as propriedades magnéticas e elétricas do Amerício e do Cúrio. Eles esperam que sua abordagem também venha a elucidar as propriedades das Terras Raras na Tabela Periódica. (Shim et al., Nature, 28 de março de 2007.)
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Physics News Update nº 816

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 816, de 23 de março de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE
MAGNETORESISTÊNCIA QUANTIZADA. A conversão de um pequenino fluxo magnético em uma modificação na resistência de um circuito externo, um processo conhecido como magnetoresistência, é o coração da indústria de 60 bilhões de dólares de fabricação de discos rígidos para computadores. Dados digitais, armazenados no disco sob a forma de minúsculas polarizações (que representam um “1” ou um “0”) na superfície do disco em pequenos domínios de somente 50 por 200 nm de dimensões, são lidos por um sensor que passa por cima dessa superfície a meros 10 nm. A primeira observação sem abiguidades de uma versão digital do efeito de magnetoresistência – a mudança na resistência registrada pelo sensor em passos distintos, na medida em que a orientação da magnetização com relação ao sensor é modificada – foi agora relatada por físicos da Universidade de Nebraska (EUA) e do Institut de Physique et de Chimie des Materiaux de Strasbourg (França). A quantização da condutância no lado do sensor foi obtida fazendo-se com que a corrente fluísse através de uma constrição que se reduz até o tamanho de um único átomo (ver figura aqui ), uma passagem que impõe condições quânticas. De acordo com o cientista de Nebraska, Andrei Sokolov, um ponto de contato do tamanho de um átomo torna o processo de leitura e gravação ainda mais compacto em extensão física, o que permitiria o armazenamento de uma quantidade de dados muito maior. (Sokolov et al., Nature Nanotechnology, março de 2007; http://www.nature.com/nnano/index.html)
LINKS DE DADOS TRANSMITINDO E RECEBENDO EM TAXAS INUSITADAS. A IBM desenvolveu um novo transceptor, um dispositivo integrado que pode receber e transmitir quantidades recordes de dados em alta velocidade de forma óptica. A parte transmissora do dispostivo consiste de 16 lasers emissores por superfície de cavidade vertical (vertical cavity surface emitting lasers = VCSELs), lasers que emitem luz a partir da face de um chip semicondutor, em lugar da extremidade fendida do chip. Cada laser é capaz de modular um feixe de laser contínuo em uma taxa superior a 10 bilhões de vezes por segundo (um recorde para dispositivos individuais em um transceptor), perfazendo uma taxa total de envio de dados de 160 Gigabits por segundo (Gb/s). A parte receptora de 16 canais do dispositivo funciona na mesma velocidade, recebendo simultaneamente a uma taxa de 160 Gb/s. Os canais ópticos que transportam os dados podem ser tanto de fibras como de guias de onda ópticas, impressas em uma placa de circuito. Não somente a taxa de transferência de dados mono-canal é inusitada, com também a dissipação de potência (15.6 mW/Gb/s) e a densidade (9.4 Gb/mm²) são igualmente inusitados e dignos de todos os méritos. A IBM está desenvolvendo esse transceptor como parte de um programa (partrocinado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada da Defesa [
Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA)] de comunicação chip-para-chip projetado para acelerar a comunicação entre supercomputadores. Clint Schow da IBM anunciará os detalhes desse trabalho na Conferência sobre Fibras Ópticas (Optical Fiber Conference = OFC) na próxima semana em Anaheim, California. (http://www.ofcnfoec.org/; Paper OThG4, “160-Gb/s, 16-Channel Full-Duplex, Single-Chip CMOS Optical Transceiver”)
UMA MAIOR QUANTIDADE DE OZÔNIO FOI DESTRUÍDA por uma explosão solar em 1859 do que em qualquer evento semelhante, desde então registrado, tais como a grande explosão de 1989. Não existiam satélites para medir essa ocorrência, mas os novos indícios se apresentam na forma de amostras de gelo da Groenlândia. Essas amostras refletem a chegada de prótons solares, que, por sua vez, modulam a quantidade de nitratos que aparecem nas amostras de gelo. O Ozônio nas camadas superiores da atmosfera nos protegem da radiação ultravioleta do Sol. A contribuição das substâncias químicas fabricadas pelos homens para a destruição desse Ozônio precioso e a ampliação do “Buraco do Ozônio” tem sido, naturalmente, um tópico de grande preocupação. O novo estudo foi realizado por três cientistas, um na Universidade Washburn, um no Centro Goddard da NASA e um na Universidade do Kansas. O núcleo de gelo de onde foi extraída a amostra, permitiu aos cientistas estabelecer que a explosão solar foi 6,5 vezes mais energética do que a explosão de 1989 e 3,5 vezes mais destruidora de Ozônio. (Thomas, Jackman, Mellott, Geophysical Research Letters, março de 2007)
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Aquecimento Global


O que mais tem me deixado perplexo quanto à questão do Aquecimento Global é o amadorismo com que o assunto tem sido tratado. Talvez as previsões mais alarmistas sejam apenas isso: alarmismo. Mas minha formação de militar me ensinou que devemos sempre raciocinar com base na previsão de que a pior hipótese se concretize e que as providências devem ser tomadas para encarar as conseqüências mais graves.
O fato indiscutível é que a Terra está passando por um período de elevação das temperaturas médias e, seja qual for o motivo pelo qual isto acontece, a probabilidade da ocorrência de um Efeito Estufa e uma conseqüente Era Glacial são cada vez mais iminentes.
Como um bando de galinhas tontas, cujo galinheiro foi invadido por uma raposa, as pessoas, as organizações e os governos estão muito mais preocupados em lançar as culpas sobre quem deixou a raposa entrar, do que em por a raposa para fora.
O fato – como o Daniel frisou muito bem em seu artigo – é que ninguém utilizou, ainda, as ferramentas já existentes para a criação de modelos que envolvem sistemas estocásticos. Então, o fato que eu julgo mais alarmante, não é se a principal causa é um processo natural, se são as emissões de CO2 dos países do “primeiro mundo”, ou os peidos das vacas. É que ninguém sabe, com uma razoável certeza, o que e quando vai acontecer!
Está cada vez mais difícil fazer pé com cabeça do noticiário sobre o assunto. Vejamos, por exemplo, um período pinçado de uma notícia do New York Times sobre o assunto.

«Os Estados Unidos, onde a agricultura representa apenas 4 por cento da economia, pode suportar com muito mais facilidade uma mudança climática hostil do que um país como o Malawi, onde 90 por cento da população vive em áreas rurais e cerca de 40 por cento da economia é baseada em agricultura dependente de chuvas.»
Não é sensacional?… O problema todo reside na dependência do país em uma agricultura rudimentar… É bem o caso de perguntar ao idiota que perpetrou este artigo de onde os EUA pretendem obter alimentos, caso as mudanças climáticas continuem acelerando? De onde vai chegar o dinheiro que movimenta Wall Street? A que países congelados ou desertificados os EUA pretendem continuar vendendo o software que movimenta a NASDAC?
No artigo (bem antigo) “Sabe qual é o problema com os imbecís?” (11 de outubro de 2005), eu comento sobre uma notícia do mesmo New York Times onde um babaca expunha as vantagens do derretimento da Calota Polar Norte. Essa miopia gananciosa é, em minha opinião, o maior dos óbices a uma mobilização dos recursos de modelagem cibernética das quais o Daniel fala. E se os modelos realmente demonstrarem que a situação é muito pior do que se pensa e que os EUA vão ter que abdicar de seus carrões devoradores de gasolina?… E se os modelos mostrarem que a China vai ter que meter o pé no freio nessa onda de “desenvolvimento”?…
No Malawi, as pessoas vão passar de uma condição de extrema pobreza para pobreza total… Bom… As coisas não andam muito melhor na Somália… Mas, na hora em que o nível dos Oceanos subir (e o fato é que ninguém sabe o quanto vai subir e com que rapidez), os efeitos do Katrina em Nova Orleans vão se multiplicar exponencialmente. Se Bangladesh sumir do mapa, vai ser uma tragédia, mas a maldita “economia globalizada” vai sofrer pouco. Na hora em que os Portos de Haia, Singapura, e todos os dos EUA ficarem debaixo d’água, a coisa vai ser bem diferente…
Está mais do que na hora de parar de fingir que o problema não existe, e fazer um estudo sério, sem histerias “conservacionistas”, nem desdém “conservador”. E parar de procurar “culpados” (enforcá-los em praça pública não resolve coisa alguma) e procurar soluções para salvar o que for possível.
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Physics News Update nº 815

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 815, de 16 de março de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE
A FÍSICA E O PROGRESSO. Por que fazer ciência? Para aprender mais acerca do universo e melhorar as condições materiais e intelectuais das pessoas. O recentemente encerrado encorntro da Sociedade Americana de Física (APS), em março, foi um grande palco para a exposição de novas idéias fundamentais em física e, também, para mostrar como essas idéias podem ser conduzidas a produzir benefícios comerciais práticos. Aqui vão três exemplos:
1. Metamateriais. A arquitetura desses materiais usinados em nanoescala, feitos de pequeninos componentes na forma de anéis, faixas e hastes, serve para aumentar a interação magnética entre a luz e a matéria. Isso leva o material a ter um índice negativo de refração e, conseqüentemente, várias novas propriedades ópticas. Uma meta prática da pesquisa de óptica de índice negativo é a “superlente” (“superlensing”), um processo no qual um fino painel plano de metamaterial seria capaz de obter uma imagem de um objeto com uma resolução espacial melhor do que o comprimento de onda da luz incidente. Desde que os metamateriais foram obtidos em laboratório pela primeira vez para luz na faixa das microondas, os físicos têm procurado o comportamento de índice negativo para comprimentos de onda cada vez mais curtos. Para conseguir uma condição de índice negativo, a permissividade elétrica do material (uma medida da resposta do material a um campo elétrico aplicado) tem que ser negativa e, em alguns casos, sua permeabilidade magnética (uma medida da resposta do material a um campo magnético aplicado). [Para maiores informações sobre esses parâmetros e os primeiros relatos sobre metamateriais ver http://www.aip.org/pnu/2000/split/pnu476-1.htm]. No encontro da semana passada da APS Vladmir Shalaev (Universidade Purdue) relatou um material de índice negativo que funciona no comprimento de onda de 770 nm (no final do espectro de luz visivel), o comprimento de onda mais curto jamais observado para um material singelamente-negativo (permissividade negativa) e que o mesmo material (mas com uma diferente polarização da luz) funciona em um comprimento de onda de 815 nm, o comprimento de onda mais curto jamais observado para um material duplamente-negativo (permissividade e permeabilidade ambas negativas). Ver o artigo de Shalaev em Nature Photonics, janeiro de 2007.
2. Grafeno, essencialmente folhas de Carbono com um átomo de espessura, apresentados, no ano passado, por apenas uns poucos grupos; agora são dúzias. As razões para isto são as propriedades mecânicas e elétricas adaptáveis do Grafeno e o comportamento extremamente pouco usual de elétrons que se movem em um ambiente de Grafeno: pode-se aumentar a energia do elétron, mas não se pode aumentar sua velocidade. É como se os elétrons estivessem agindo como ondas luminosas de baixa velocidade. Pablo Jarillo-Herrero (Universidade de Columbia) relatou os mais recentes desenvolvimentos nessa área que avança rapidamente; a resistividade do material muda de acordo com a espessura das faixas, o que significa que as propriedades semicondutoras do Grafeno podem ser modeladas para se ajustarem a cada aplicação. Ele igualmente apresentou um sumário dos recentes progressos neste campo, inclusive a observação de transistores supercondutivos de Grafeno (Delft), folhas de Grafeno levitantes, um Efeito Hall a temperatura ambiente e transistores de elétron-singelo de Grafeno, funcionando a temperatura ambiente (Manchester).
3. Diodos emissores de luz (Light-Emitting Diode = LED). Saindo dos dois novos tópicos – metamateriais e Grafeno – para um campo mais amadurecido – a produção de luz pela combinação de buracos e elétrons dentro de uma junção semicondutora – verificamos que consideráveis passos adiante ainda são possíveis. George Craford (Lumileds/Philips) descreveu um novo LED de luz branca que estabelece um novo recorde, com uma corrente de entrada de 350 mA. O dispositivo de um milímetro quadrado produziu luz a uma taxa de 115 lumens por Watt, representando a primeira vez que um dispostivo excedeu a marca de de 100 Lm/W. Os LEDs, por causa de sua eficiência energética e capacidade de concentração, já são usados frequentemente em luzes de tráfego, luzes de freios e iluminação de edifícios. Craford predisse que alguns LEDs deverão ser usados em flashes para telefones celulares, em luzes diurnas para automóveis e (mais tarde, neste ano) em faróis de automóveis.
TRANSMISSÃO SEM-FIO DE CÓDIGO QUÂNTICO, cobrindo uma distância de 144 km entre duas das Ilhas Canárias, foi demonstrada por uma equipe de pesquisadores na Europa. No encontro de março da APS, Anton Zeilingeer da Universidade de Viena descreveu como ele e seus colegas transmitiram fótons singelos de um observatório astronômico na Ilha de La Palma para outro em Tenerife. Os estados de polarização dos fótons transmitidos (representando “0” e “1”) formaram a base de uma “chave quântica”, uma corrente de informação que poderia ser usada para decifrar uma mensagem criptografada mais longa. Os pesquisadores usaram fótons singelos porque eles são mais seguros do que grupos de fótons, dos quais um bisbiloteiro poderia “pescar” informações sobre a chave. Para detectar ainda melhor os eventuais bisbilhoteiros, os pesquisdores entrelaçaram as partículas de luz emitidas com fótons mantidos na estação transmissora. Eles usaram estações astronômicas porque seus telescópios são sensíveis o suficiente para detectar fótons individuais. A taxa de transmissão de dados foi baia, somente 178 fótons em 75 segundos, mas os fótons são capazes de viajar por distâncias mais longas no espaço livre (potencialmente milhares de km ou mais) do que o podem fazer em cabos de fibra óptica (100 km) antes de se tornarem indetectáveis. Em uma experiência a ser coordenada pela Agência Espacial Européia (ESA, que opera o telescópio de Tenerife e que participou da experiência nas Ilhas Canárias), a Estação Espacial Internacional pode transmitir uma chave entrelaçada para duas estações em Terra, separadas por distâncias dez ou mais vezes mais separadas. (Para um preprint, ver Ursin et al., quant-ph/0607182)
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.
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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.

Physics News Update nº 814

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 814, de 9 de março de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE
“O WOODSTOCK DA FÍSICA”, a famosa sessão do encontro de março de 1987 da American Physical Society recebeu seu apelido por causa do fervor, semelhante ao do famoso concerto de rock, inspirado pela convergência de dúzias de relatórios, todos sobre supercondutores de Óxido de Cobre. O 20º aniversário desse evento singular foi celebrado no encontro desta semana em Denver.
Por que tanto barulho por causa das propriedades elétricas de um material cerâmico não usual? Porque, antes de 1987, a temperatura mais alta na qual se havia observado supercondutividade, estava no entorno de 23° K. E, de repente, todo um novo conjunto de ligas de compostos não-metálicos, porém cristais cuja estrutura os colocava dentro de uma classe de minerais conhecida como perovskitas — com temperaturas de transição para supercondução acima de 35° K e, eventualmente, acima de 100° K — gerou uma explosão de interesse entre os físicos. Por causa dos possíveis benefícios tecnológicos fornecidos pela supercondutividade em alta temperatura (high-temperature superconductivity = HTSC) — coisas tais como armazenagem de grandes energias e trens de levitação magnética — o público ficou, também, intrigado.
A comemoração, nesta semana, do momento “Woodstock” (os meses de trabalho febril que levaram ao encontro de 1987) deu uma excelente lição de história sobre como a ciência aventurosa é conduzida. Georg Bednorz (IBM-Zurich), que junto com Alex Mueller, fez a descoberta inicial da HTSC, recontou uma história de frustração e exultação, inclusive o trabalho durante anos a fio sem encontrar indícios claros de supercondutividade; ter que usar equipamentos emprestados depois do expediente; superar o ceticismo dos colegas da IBM e outros, que duvidavam seriamente que cupratos pudessem suportar supercorrentes, muito menos em temperaturas inusitadas; e, finalmente, chegar ao resultado definitivo: supercondutividade a 35° K em um composto de La-Ba-Cu-O.
Em outubro de 1986, Bednorz e Mueller prepararam um artigo que confirmava sua descoberta inicial, sob a forma da observação do “rastro” deixado pela expulsão do magnetismo (o Efeito Meissner) do material, durante a transição para supercondutividade. Apresentar esta publicação, entretanto, necessitava da aprovação do Chefe do Departamento de Física da IBM, Heinrich Roher que, naquela mesma semana, tinha sido co-laureado com o prêmio Nobel, por sua invenção do microscópio de varredura por tunelamento (scanning tunneling microscope = STM). Temeroso de que não fosse capaz de atrair a atenção do preocupado Roher, Bernodz conseguiu a necessária assinatura, enfiando o formulário de aprovação nas mãos de Roher, como se ele (Bednorz) desejasse apenas um autógrafo em celebração. Um único ano depois, Bernodz e Mueller embolsaram seu próprio prêmio Nobel.
A descoberta da IBM foi rapidamente sucedida por trabalhos no Japão e na Universidade de Houston, onde Paul Chu, testando um composto de YBaCuO, foi o primeiro a levar a supercondutividade além da temperatura do Nitrogênio líquido, 77° K. Rapidamente começou uma “corrida do ouro”, com dúzias de laboratórios de matéria condensada, por todo o mundo, largando tudo o que estavam fazendo para irradiar, aquecer, congelar, espremer e magnetizar o novo material. Eles entortaram a lista de ingredientes, na esperança de descobrir uma amostra que fosse supercondutora a temperaturas ainda mais altas, ou com uma maior capacidade de transportar correntes. No encontro desta semana, Chu disse que ele e seus colegas passaram meses em um regime de três horas de sono por noite. Diversos outros conferencistas da sessão de 2007 falaram da excitação desses poucos meses em 1987 quando – de acordo com pesquisadores como Marvin Cohen (UC Berkley) e Douglas Scalapino (UC Santa Barbara) – a obtenção de supercondutividade a temperatura ambiente não parecia inconcebível.
O evento “Woodstock”, com 50 palestrantes exibindo seus recém-obtidos resultados em uma sala apinhada no Hotel Hilton de Nova York, até as 3:15 da madrugada, foi uma apoteose. Nos anos seguintes, o progresso da HTSC continuou em diversas frentes, mas as expectativas gradualmente se tornaram mais pragmáticas. O composto de YBaCuO de Paul Chu, sob condições de alta pressão, ainda guarda o recorde de temperatura de transição em 164º K.
Produzir amostras em laboratório foi fácil, em comparação a fabricar fios de transmissão de energia em longos carretéis, em parte por causa da natureza friável dos compostos cerâmicos e em parte por causa da tendência para a formação de vórtices magnéticos, que drenam a supercondutividade, no material. Paul Grant, que em 1987 era um cientista da IBM-Almaden, apontou o fato de que as aplicações da HTSC não se materializaram grandemente. Nenhuma companhia está lucrando com a venda de produtos de HTSC. Funcionando na base do “voce consegue o que precisa” – disse Grant – dispositivos supercondutores que funcionam em temperaturas de Nitrogênio líquido, não são tão melhores assim que tirem o lugar de dispositivos que funcionam em temperaturas de Hélio líquido.
Não obstante, o ânimo da sessão de 2007 (“Woodstock20”) foi entusiástico. Bernodz disse que o trabalho de 1986/87 mostrou que ainda pode acontecer um grande salto em um campo de pesquisas maduro, cujas origens datam de 70 anos atrás. Bernodz sente que ainda pode ocorrer uma nova onda de inovações. Paul Chu se aventurou a predizer que, dento de dez anos, produtos HTSC terão um impacto na indústria de energia. Paul Grant se referiu ao estudo da supercondutividade como “a cosmologia da física de matéria condensada”, querendo dizer que, mesmo após décadas de escurtínio, ainda restava muito a se aprender acerca desses materiais nos quais efeitos quânticos, manifestados em distâncias macroscópicas, conspiram para fazer sumir a resistência elétrica, um fenômeno que, em algum nível básico, pode estar também relacionado com o comportamento dos prótons dentro do núcleo atômico e os núcleos de distantes estrelas de nêutrons. (Fotografias e um press release original do encontro de 1987 estão disponíveis em nossa página www.aip.org/png ).
PROTEÍNAS ANTI-CONGELANTES HIPERATIVAS, naturalmente secretadas por um inseto conhecido como “spruce budworm”, impede que o mesmo se congele até a morte, durante os invernos nas florestas norte-americanas. Ido Braslavsky e seus colegas na Universidade de Ohio apresentaram estudos sobre estas potentes, porém atóxicas proteínas no encontro desta semana da APS. Encontrada em várias outras espécies, tais como as moscas-da-neve, as proteínas hiperativas se ligam ao gelo, modificam sua forma cristalina e impedem que o gelo cresca mais, reduzindo eficazmente o ponto de congelamento do gelo para o organismo que as excreta. Essas substâncias atóxicas foram mais recentemente renomeadas “proteínas estruturantes do gelo” (“ice structuring proteins” = ISPs), para distinguí-las dos produtos tóxicos anticongelantes para automóveis. Extrair ISPs de fontes biológicas tem muitas aplicações potenciais, tais como preservar orgãos e sangue, proteção contra geadas na agricultura e até prevenção contra o congelamento das extremidades do corpo (“frostbite”). Estas proteínas naturais são correntemente usadas em alguns sorvetes “light” para melhorar sua textura, mas essas ISPs, obtidas de peixes, são muito menos potentes.
Como as versões hiperativas inibem o crescimento do gelo é um tópico de interesse para o grupo de Braslavsky e seus colaboradores, tais como Peter Davies da Queen’s University. Os pesquisadores afixaram moléculas fluorescentes, obtidas de águas-vivas, à proteína. Através de um microscópio , eles observaram como as ISPs fluorescentes inibiam o crescimento dos cristais de gelo. Eles observaram que as ISPs impedem que os cristais de gelo se expandam na sua forma normal de disco. Em lugar disto, elas inibem o crescimento em determinadas direções e fazem com que os cristais cresçam em formatos alterados. Enquanto que a ISP de peixes faz com que os cristais cresçam em um formato “bi-piramidal” que lembra duas pirâmides com as bases unidas, a ISP do spruce budworm bloqueia o crescimento na direção preferencial dos ápices das pirâmides. Usando o microscópio de fluorescência, eles observaram as proteínas afixadas ao gelo, bloqueando seu crescimento naquela direção.
(Documento do Encontro J35.8, em nesta página ; para maiores informações ver esta página )
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Physics News Update nº 813

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 813, de 27 de fevereiro de 2007 por Phillip F. Schewe, Ben Stein e Davide Castelvecchi. PHYSICS NEWS UPDATE
QUEBRA ESPONTÂNEA DE SIMETRIA NOS GENES FEMININOS. Uma agregação espontânea de proteínas determina, aleatoriamente, qual dos dois cromossomos X em uma célula feminina permanecerá ativo e qual ficará desabilitado – é o que diz um novo modelo físico. Em todos os mamíferos placentários, as fêmeas das espécies têm duas versões de cromossomo X, enquanto os machos têm apenas um X, mais um cromossomo Y. Para evitar uma super-expressão dos genes dos cromossomos X, as células femininas têm que, virtualmente, “trancafiar” um de seus X. Os cromossomos X são capazes de se encapsular em uma pasta de RNA — produzida por um de seus genes, chamado XIST — que inibe a expressão de todos os seus genes. Porém, até recentemente, não se sabia como as células de uma fêmea sabiam que tinham dois X, como elas escolhiam qual delas trancafiar, ou como mantinham exatamente uma ativa. Experiênicas com ratos — cujo resultado, presumivelmente, se aplica a outros mamíferos — mostraram que, durante as fases iniciais do desnvolvimento, cada célula embrionária tem uma chance de 50-50 de trancafiar um X ou outro. Foi proposto recentemente que um X permanece ativo quando certas proteínas se agregam em um trecho específico do cromossomo, trancafiando seu “gene suicida” XIST. Mas permanecia não esclarecido por que proteínas que flutuam no núcleo, se agragariam em torno de um dos cromossomos, mas não do outro — um exemplo do que os físicos chamam de “quebra espontânea de simetria”.
Agora, um artigo a ser publicado na Physical Review Letters descreve um modelo de mecânica-estatística para a agregação das proteínas que explicaria este fenômeno. O modelo se baseia em uma descoberta chave, publicada no ano passado, especificamente que os dois cromossomos X das fêmeas se alinham lado a lado, bem na hora em que um deles deve ser silenciado. Para um valor crítico das enegias de ligação da proteína, mostram os autores, existe uma alta probabilidade de que um exato agregado se forme nas proximidades dos dois cromossomos. O agregado vai, rapidamente, se ligar a um dos X, trancafiando seu gene XIST e impedindo, assim, que o cromossomo se “suicide”. O modelo explica, também, como as células podem “contar” seus X. Nos machos, o complexo de proteínas só tem um cromossomo para se ligar, de forma que isso salvará do único X de se suicidar. Em cromossomos não associados ao sexo, um mecanismo similar também pode determinar quais das duas versões de certos genes será expressada e qual será silenciada.
(Nicodemi e Prisco, artigo a ser publicado na Physical Review Letters; Mario Nicodemi da Universidade “Frederico II” em Nápoles, Itália. Ver também: Na Xu et al., Science, 24 de fevereiro de 2006; Bacher et al., Nature Cell Biology, março de 2006; e Donohoe et al., Molecular Cell, 12 de janeiro de 2007.)
TEORIA DAS CORDAS EXPLICA A SUPRESSÃO DE JATO NO RHIC. A Teoria das Cordas argumenta que toda a matéria é composta de fios semelhantes a cordas em um hiperespaço com 10 dimensões, arranjadas de diversas formas. Esta Teoria obteve aclamação de muitos que apreciam a matemática elegante da teoria e têm a ambição de unificar a mecânica quântica e a relatividade geral, e o ceticismo de outros que citam a falta de provas empíricas da teoria. Dizem estes que a Teoria das Cordas não faz qualquer previsão verificável.
Mas isto não é exatamente verídico. Na verdade, a teoria ainda não foi experimentalmente comprovada no reino da gravidade quântica, mas já entrou em jogo no reino das colisões de íons em altas energias, do tipo das conduzidas no Colisor de Íons Pesados Relativístico (Relativistic Heavy Ion Collider = RHIC) em Brookhaven.
A poucos anos atrás, os experimentalistas de cordas tentaram estabelecer uma relação entre o universo a 10 dimensões e o universo de 4 dimensões (as 3 espaciais mais a de tempo) no qual observamos as interações entre partículas cheias de quarks, tais como prótons (para um background ver Physics Today, maio de 2005). Esta dualidade entre a Teoria das Cordas e a Força Nuclear Forte, Cromodinâmica Quântica (Quantum ChromoDinamics = QCD), foi recentemente usada para interpretar alguns intrigantes resultados antigos do RHIC, especificamente a supressão de jatos energéticos de quarks que deveriam emergir da bola de fogo que se forma quando dois núcleos pesados (tais como os de Ouro) colidem de frente. A idéia era que, talvez, o plasma de quarks e gluons (quarks libertados de seus costumeiros agrupamentos em prótons e mésons), não fosse um gás de partículas fracamente interativas (como se pensou originalmente), mas um gás de partículas fortemente interativas, tão fortemente que quaisquer quarks energéticos que pudessem escapar da bola de fogo (que iniciariam uma avalanche secndária, ou jato, ou quarks), seriam rapidamente dissolvidos e despidos de sua energia em seu caminho através do ambiente tumultuoso do plasma de quarks e gluons (Quark-Gluon Plasma = QGP).
Dois novos artigos, de autoria de Hong Liu e Krishna Rajagopal (do MIT) e Urs Wiedmann (do CERN), abordam este problema. O primeiro artigo calcula um parâmetro específico para a supressão de quarks (especificamente, quanto dos quarks, cada um dos quais afixado a uma Corda que se inclina “para baixo” em uma quinta dimensão, são empurrados, à medida em que atravessam o Plasma de Quarks-Gluons), que concorda, com grande aproximação, com o valor experimentalmente observado.
Rajagopal diz que, no segundo artigo, os mesmos autores fazem uma previsão específica testável, empregando a Teoria das Cordas, que se aplica não só nos jatos ausentes de quarks energéticos leves (quarks “up”, “down” e “strange”), mas também às temperaturas de fusão ou dissociação de estados interligados de quarks pesados (pares “charm”-“anticharm”, ou “bottom”-“antibottom”) que se movem através do Plasma de Quarks-Gluons com uma velocidade suficientemente alta, tal como serão produzidos em experimentos futuros no RHIC e no LHC (Large Haron Collider = Colisor de Grandes Hadrons), em construção no CERN. (Physical Review Letters: primeiro artigo na edição de 3 de novembro de 2006; segundo artigo a ser publicado)
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