Ah!… Eu já sabia!…

Há! Há! Há!… Plutão não é mais planeta! Plutão não é mais planeta! (Ouça-se isto dito naquela cantilena de criança gozando a cara de alguém)
Eu não tenho nada contra Plutão, Sedna, Xena ou qualquer outro objeto no Sistema Solar. Eu estou gozando a cara dos Astrólogos.
Como místico incorrigível que sou, eu cheguei a estudar Astrologia, fazer Cartas Natais, etc. Pode parcer incrível, mas encontrei muitas “coincidências” que me levam a crer que os astrólogos podem até estar certos, pelos motivos errados.
Mas uma coisa jamais me desceu pela goela. Quando descobriram Plutão, os astrólogos resolveram – para não parecerem “anti-científicos” – incluir Plutão nos seus cálculos, contrariando toda uma tradição milenar. Eu não conseguia engolir isto porque, ou eles estavam passando um atestado de que os astrólogos antigos faziam previsões erradas (e, portanto, a astrologia era tão “ciência” como qualquer outro método de adivinhação e não devia ser levada a sério), ou estariam adimitindo que uma porcaria de pedrisco, lá nos confins do sistema solar podia ter a mesma influência sobre as pessoas do que os “astros” mais próximos; então, por que não considerar Ceres, Titan, os asteróides razantes e outros “corpos celestiais” mais próximos, maiores e com influência mais direta sobre a gravidade e o magnetismo terrestre?). Eu já achava duvidosa a suposta influência de Urano e Netuno, quanto mais a de Plutão.
Agora, eu quero ver como os astrólogos vão se sair dessa!…
Em tempo: quando eu disse que os astrólogos poderiam estar certos pelos motivos errados, o que eu quiz dizer é que as datas e horas de nascimento de uma pessoa podem ter influência sobre sua personalidade. E as “coincidências” que eu encontrei, em diversas experiências, me levaram à convicção de que alguma coisa pode ser aproveitada da astrologia (como, de resto, da quiromancia). Algo assim como a Física e a Química atuais terem se originado da “Filosofia Natural” e da “Alquimia” que, em muitas coisas, estavam certas, pelos motivos errados.
Eu acho profundamente estúpido descartar um ramo do conhecimento humano, simplesmente rotulando de “misticismo”. Sir Fred Hoyle quebrou suas lanças contra o “Big-Bang”, exatamente por achá-lo uma hipotese “criacionista”, notadamente pela contribuição do Padre Lemaître à teoria.
É mais honesto (e “científico”) dizer que não existem indícios que comprovem ou “desprovem” um determinado “fato” (que, na maioria das vezes, nem “fato” é…), do que ridicularizar os crentes sonhadores.
Isaac Asimov disse que os cientistas não se sentem na obrigação de explicar tudo; os místicos é que têm “resposta” para tudo.
Eu que sou – ao mesmo tempo – místico para consumo próprio e cético, quando se trata de ciência, adoro ver quando um radical “quebra a cara” (e cientistas “quebram a cara”, também… isso só é vergonha se for provado que os dados da pesquisa foram forjados ou manipulados em favor de sua teoria). Da mesma forma, adoro ver os pseudo-cientistas em apuros quando, logo após terem feito uma “adaptação” de um “fato” de suas pseudo-ciências para parecerem “científicos”, a ciência muda de rumo e eles ficam com mais uma “explicação” furada nas mãos…

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