Physics News Update nº 857
O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 857, de 28 de fevereiro de 2008 por Phillip F. Schewe e Jason S. Bardi.
PHYSICS NEWS UPDATE
FRACTAIS ATRAVÉS DO TEMPO.
Um novo estudo teórico observa não só como coisas fractais se parecem quando são ampliadas no espaço (elas apresentam invariância de escala: parecem exatamente iguais em escalas de tamanho cada vez menores), mas também como se as amplia no tempo — ou seja, quando se observa as mesmas em intervalos de tempo cada vez menores.
Fractais são aquelas formas geométricas que são tão tortuosamente intrincadas que assumem uma dimensionalidade extra. Por exemplo, uma curva, nominalmente unidimensional, pode, com suficientes volutas, começar a ser caracterizada em uma dimensão em algum lugar entre 1 e 2. Em outras palavras, a curva começa a apresentar as características de uma superfície. Da mesma forma, uma superfície bidimensional pode ser tão dobrada que adquire um “volume”.
Esta geometria fractal é especialmente interessante quando se considera os minerais e certos seres vivos (tais como tumores) onde interfaces altamente não-Euclideanas são importantes. Em um novo artigo, Carlos Escudero do Instituto de Matemática e Física Fundamental de Madri, realiza cálculos da ampliação dinâmica (como uma superfície se modifica no espaço e através do tempo em diversas escalas diferentes) de estruturas em crescimento, tais como os filmes de semicondutores usados na indústria de microchips, onde, mesmo nas condições mais cuidadosamente controladas, podem acontecer geometrias não-Euclideanas.
Ele descobriu que o comportamento, momento a momento, das superfícies são fortemente afetadas pela geometria fractal. Em breve, Escudero estará testando suas teorias com colegas em várias áreas de pesquisas práticas, inclusive o crescimento de tecidos tumoríferos em plantas e o crescimento dos filmes semicondutores. (Physical Review Letters, artigo em publicação; na página http://www.aip.org/png/2008/297.htm foi colocada uma figura de um tumor de planta fornecida pelo Laboratório de Sistemas Complexos da Universidade Técnica de Madri. )
MAIS ANOMALIAS NAS VELOCIDADES DE NAVES ESPACIAIS.
Uma nova observação das trajetórias de várias naves espaciais, à medida em que elas passam pela Terra, tem encontrado em cada caso um pequeno excesso de velocidade. Para as naves que seguem uma trajetória mais simétrica com respeito ao Equador, o efeito é mínimo. Para naves que seguem uma trajetória mais assimétrica, o efeito é maior.
No caso da nave NEAR (<http://near.jhuapl.edu/>), por exemplo, a anomalia na velocidade chega a 13 mm/seg. Embora isso seja apenas um milionésimo da velocidade total, a precisão da medição da velocidade, realizada mediante a pesquisa do efeito Doppler nas ondas de rádio refletidas pela nave, é de 0,1 mm/seg, e isto sugere que a anomalia representa um efeito real e um que precisa de uma explicação.
A uns dez anos atrás, outra anomalia foi identificada na nave Pioneer 10 (ver PNU nº 391, matéria nº 1) e uma certa controvérsia sobre o assunto se estabeleceu, desde então.
Um dos pesquisadores que participou daquelas primeiras medições, faz parte do novo estudo, conduzido pelos cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). John D. Anderson diz que os cientistas do JPL estão, agora, trabalhando em conjunto com colegas alemães para procurar possíveis anomalias na recente passagem da espaçonave Rosetta. (Anderson et al., Physical Review Letters, artigo em publicação, designado como “sugestão do editor” )
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.
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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.
PHYSICS NEWS UPDATE
FRACTAIS ATRAVÉS DO TEMPO.
Um novo estudo teórico observa não só como coisas fractais se parecem quando são ampliadas no espaço (elas apresentam invariância de escala: parecem exatamente iguais em escalas de tamanho cada vez menores), mas também como se as amplia no tempo — ou seja, quando se observa as mesmas em intervalos de tempo cada vez menores.
Fractais são aquelas formas geométricas que são tão tortuosamente intrincadas que assumem uma dimensionalidade extra. Por exemplo, uma curva, nominalmente unidimensional, pode, com suficientes volutas, começar a ser caracterizada em uma dimensão em algum lugar entre 1 e 2. Em outras palavras, a curva começa a apresentar as características de uma superfície. Da mesma forma, uma superfície bidimensional pode ser tão dobrada que adquire um “volume”.
Esta geometria fractal é especialmente interessante quando se considera os minerais e certos seres vivos (tais como tumores) onde interfaces altamente não-Euclideanas são importantes. Em um novo artigo, Carlos Escudero do Instituto de Matemática e Física Fundamental de Madri, realiza cálculos da ampliação dinâmica (como uma superfície se modifica no espaço e através do tempo em diversas escalas diferentes) de estruturas em crescimento, tais como os filmes de semicondutores usados na indústria de microchips, onde, mesmo nas condições mais cuidadosamente controladas, podem acontecer geometrias não-Euclideanas.
Ele descobriu que o comportamento, momento a momento, das superfícies são fortemente afetadas pela geometria fractal. Em breve, Escudero estará testando suas teorias com colegas em várias áreas de pesquisas práticas, inclusive o crescimento de tecidos tumoríferos em plantas e o crescimento dos filmes semicondutores. (Physical Review Letters, artigo em publicação; na página http://www.aip.org/png/2008/297.htm foi colocada uma figura de um tumor de planta fornecida pelo Laboratório de Sistemas Complexos da Universidade Técnica de Madri. )
MAIS ANOMALIAS NAS VELOCIDADES DE NAVES ESPACIAIS.
Uma nova observação das trajetórias de várias naves espaciais, à medida em que elas passam pela Terra, tem encontrado em cada caso um pequeno excesso de velocidade. Para as naves que seguem uma trajetória mais simétrica com respeito ao Equador, o efeito é mínimo. Para naves que seguem uma trajetória mais assimétrica, o efeito é maior.
No caso da nave NEAR (<http://near.jhuapl.edu/>), por exemplo, a anomalia na velocidade chega a 13 mm/seg. Embora isso seja apenas um milionésimo da velocidade total, a precisão da medição da velocidade, realizada mediante a pesquisa do efeito Doppler nas ondas de rádio refletidas pela nave, é de 0,1 mm/seg, e isto sugere que a anomalia representa um efeito real e um que precisa de uma explicação.
A uns dez anos atrás, outra anomalia foi identificada na nave Pioneer 10 (ver PNU nº 391, matéria nº 1) e uma certa controvérsia sobre o assunto se estabeleceu, desde então.
Um dos pesquisadores que participou daquelas primeiras medições, faz parte do novo estudo, conduzido pelos cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). John D. Anderson diz que os cientistas do JPL estão, agora, trabalhando em conjunto com colegas alemães para procurar possíveis anomalias na recente passagem da espaçonave Rosetta. (Anderson et al., Physical Review Letters, artigo em publicação, designado como “sugestão do editor” )
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PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.
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Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.
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