PressPac da American Chemical Society (17/09/08)

Novas esperanças para a exploração de vastas reservas domésticas de xisto betuminoso
Energy & Fuels



Fósseis encapsulados em xisto betuminoso na Estônia.
Clique aqui para a imagem ampliada.
Crédito: Mark A. Wilson, Wikipedia Commons


Pesquisadores no Canadá e na Turquia relatam a descoberta de um novo processo para explorar vastos recursos de petróleo cru nos Estados Unidos, Canadá e outros países, que se encontram presos em depósitos rochosos chamados de xisto betuminoso. O processo pode aumentar as disponibilidades mundiais de petróleo no futuro e levar à diminuição dos preços da gasolina, diesel e de óleo para aquecimento doméstico, sugerem os pesquisadores. Seu estudo será publicado na edição de 19 de novembro da publicação bimensal da ACS Energy & Fuels.
No estudo, Tayfun Babadagli e seus colegas observam quue o petróleo aprisionado nos depósitos de xisto betuminoso pelo mundo excedem as reservas comprovadas da Arábia Saudita. Existem, por exemplo, um estimado trilhão de barris de petróleo na, assim chamada, Green River Formation que abrange o Colorado, Utah, e Wyoming. Entretanto, as tecnologias existentes para recuperar esse petróleo, chamada de pirólise, é antieconômica porque necessita de altas temperaturas (cerca de 500ºC) e grandes dispêndios de energia, mas produzem pouco petróleo utilizável.
Os cientistas descrevem experiências em escala de laboratório com o acréscimo de pó de ferro (de pequeno custo) ao xisto betuminoso, combinado com aquecimento por bobinas de aquecimento elétricas, aumenta substancialmente a produção de petróleo — em mais de 100% em alguns xistos. “Os resultados experimentais e numéricos mostram que a produção em escala industrial de recuperação de petróleo de xisto betuminoso por aquecimento elétrico pode ser tecnica e economicamente viável”, conclui o relatório. — MTS
Dados do artigo:
“Experimental and Numerical Simulation of Oil Recovery from Oil Shales by Electrical Heating”
Download do texto completo do artigo
CONTATOS:
Tayfun Babadagli, Ph.D.
University of Alberta
Edmonton, Alberta
Canada
Phone: 1-780-492-9626
Fax: 1-780-492-0249
Email: tayfun@ualberta.ca


Adoçante natural sem calorias a um passo do uso nos Estados Unidos.
Journal of Agricultural and Food Chemistry
Pesquisadores na Georgia (EUA) relatam uma avanço no possível uso de um adoçante natural não calórico em refrigerantes e outros produtos alimentícios nos EUA. A Stevia, que é 300 vezes mais edulcorante do que o açúcar, mas não contém calorias, já é usado em alguns países poara adoçar alimento e bebidas para auxiliar no tratamento da obesidade e diabete. Seu estudo será publicado na edição de 8 de outubro do periódico bisemanal da ACS Journal of Agricultural and Food Chemistry.
Indra Prakash, John F. Clos e Grant E. DuBois notam que os adoçantes de stevia, derivados de uma planta Sulamericana, são populares há anos na América Latina e Ásia. Porém vários fatores têm impedido seu uso como adoçante na Europa e Estados Unidos. Estes incluem preocupações com a segurança e indícios de que a exposição à luz solar pode degradar um dos componentes chave da stevia.
Na pesquisa que diminui as preocupações quanto à estabilidade da stevia, os cientistas estudaram contentores de vidro transparente de refrigerantres de cola e lima-limão que continham os dois principais edulcorantes da stevia. Após expor as bebidas ao Sol por uma semana, eles não encontraram qualquer degradação significativa em qualquer dos componentes do adoçante natural. — MTS
Dados do artigo:
“Photostability of Rebaudioside A and Stevioside in Beverages”
Download do texto completo do artigo
CONTATO:
Indra Prakash, Ph.D.
The Coca-Cola Company
Atlanta, Georgia 30313
Phone: 404-676-3007
Fax: 404-598-3007
Email: iprakash@na.ko.com


Um teste rápido e salvador de vidas para identificar a pureza da heroína
Analytical Chemistry



Uma amostra de heroína do tipo “black tar”. Clique aqui para dar  download da imagem com maior resolução.
Crédito:  US Drug Enforcement Agency


Cientistas na Espanha relatam um avanço em um novo método para estabelecer a pureza de heroína que pode salvar vidas, permitindo aos investigadores identificar rapidamente as formas menos puras e mais tóxicas da droga que é vendida nas ruas. Diferentemente dos testes convencionais, esse não destrói a amostra original da droga, de acordo com o relatório, a ser publicado na edição de 1 de outubro do quinzenal da ACS Analytical Chemistry.
No novo estudo, Salvador Garrigues e seus colegas apontam o fato de que a pureza da heroína pode variar largamente, já que os traficantes freqüentemente a misturam com giz, farinha ou outras coisas para “batizar” a droga. Como os usuários de heroína não sabem a exata pureza da droga, correm um risco maior de overdose e até de morte. Os testes convencionais para estabelecer a pureza da heroína nas ruas envolvem a preparação de amostras que destroem parte da droga e levam tempo demais, dizem os cientistas.
Eles estudaram 31 amostras do narcótico vindas da Espanha que continham de 6 a 34%  de heroína. Os cientistas testaram as amostras usando um novo método de análise, chamado de Espectroscopia de Refletância Difusa de Infravermelho Próximo (Diffuse Reflectance Near-Infrared Spectroscopy = DR-NIR). Isso envolve enviar um feixe de luz infravermelha sobre uma amostra para estabelecer sua composição quí9mica, com base no comprimento de onda da luz emitida. Esse método rapida e precisamente estabelece o conteúdo químico das amostras, sem qualquer necessidade de preparação anterior da amostra, dizem os cientistas. ­ — MTS
“Nondestructive Direct Determination of Heroin in Seized Illicit Street Drugs by Diffuse Reflectance near-Infrared Spectroscopy”
Download do texto completo do artigo original
CONTATO:
Salvador Garrigues, Ph.D.
Universitat de Valencia
Valencia, Spain
Phone: 34-96-354-3158
Email: Salvador.garrigues@uv.es


Encontradas proteínas chave na procura por um anticoncepcional masculino
Journal of Proteome Research
Em um avanço na direção de um longamente esperado novo contraceptivo para homens, pesquisadores na  China  identificaram proteínas chave nos homens que suprimem a produção de esperma e podem se tornar os novos alvos para uma futura pílula anticoncepcional para homens. Seu estudo vais ser publicado na edição de 3 de outubro da publicação mensal da ACS Journal of Proteome Research.
Jiahao Sha e seus colegas indicam que os cientistas não entendem um efeito do hormônio masculino,  testosterona — como injeções do hormônio suprimem a produção de esperma. A partir de um estudo anterior que mostra uma suypressão quase total do esperma com injeção de testosterona combinada com um hormônio sintético chamado levonorgestrel (LNG), os pesquisadores procuraram novos enfoques sobre como os hormônios afetam as células produtoras de esperma nos testículos.
Em um novo estudo feito em homens, eles descobriram que a testosterona combinada com LNG mudava a produção corpórea de 31 proteínas, em comparação com as somente 13, em homens a quem era dado somente testosterona. Os cientistas identificaram proteínas que podem servir como alvo para novos contraceptivos masculinos, bem como servir como medicação para o tratamento da infertilidade. — JS
“Proteomic Analysis of Testis Biopsies in Men Treated with Injectable Testosterone Undecanoate Alone or in Combination with Oral Levonorgestrel as Potential Male Contraceptive”
Download do texto completo do artigo
CONTATO:
Jiahao Sha, Ph.D.
Nanjing Medical University
Jiangsu Province, People’s Republic of China, 210029
Phone: 86-25-86862908
Fax: 86-25-86862908
Email: shajh@njmu.edu.cn


Na direção de drogas mais eficazes e vacinas contra o HIV
Chemical & Engineering News
Pesquisadores relatam progressos na direção de uma nova onda de drogas e vacinas que poderiam aumentar significativamente a saúde e a duração da vida de milhões de pessoas infectadas ou sob risco de infecção por HIV, o virus que causa AIDS, de acordo com uma artigo publicado na edição de 22 de setembro do semanário da ACS Chemical & Engineering News. As descobertas oferecem esperanças para os estimados 33 milhões de pessoas em todo o mundo que são, atualmente, infectadas com o virus.
Na história de capa da  C&EN,  a correspondente senior Ann Thayer observa que, quando o HIV foi identificado há quase 25 anos, a espectativa de vida da pessoa infectada era somente de cerca de um ano. Hoje em dia, com mais de 20 das chamadas drogas antiretrovirais, agora disponíveis para tratar a doença, uma pessoa infectada pode esperar viver por muitos anos, ao menos nos países desenvolvidos. Com novos conhecimentos sobre como o virus trabalha no organismo, as companhias farmacêuticas agora estão tentando desenvolver drogas ainda mais eficazes que sejam mais seguras e mais fáceis de usar.
Embora ainda não haja uma cura para a doença, Thayer observa em um outro artigo na C&EN, os pesquisadores estão trabalhando duro para desenvolver uma vacina eficaz contra o HIV, considerada o melhor meio de impedir a infecção. Porém ainda há muito o que se aprender acerca do próprio virus e sobre a resposta do corpo humano, como demonstraram alguns fracassos nos recentes testes clínicos, de acordo com o artigo. “O fracasso é a norma no desenvolvimento de produtos, particularmente para algo difícil como o HIV”, observa um pesquisador.
“New Antiretrovirals Change HIV Treatment”
Texto completo do artigo aqui
CONTATO:
Michael Bernstein
ACS News Service
Phone: 202-872-6042
Fax: 202-872-4370
Email: m_bernstein@acs.org
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O PressPac da American Chemical Society é traduzido com expressa permissão da Sociedade Americana de Química e, em alguns casos, fornece o link para os originais em inglês.
Como eu digo nas traduções do Physics News Update, correções são bem vindas.

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