Boas vibrações das estrelas (calma!… é astronomia, mesmo!)

Via EurekAlet:
American Association for the Advancement of Science

As boas vibrações das estrelas vizinhas

Dados de Satélite lançam novas luzes sobre a superfície do Sol na Science



Imagem do céu no entorno de uma das três estrelas consideradas no artigo, HD49933.
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Alguns dos primeiros dados coletados pelo telescópio espacial CoRoT, lançado em desembro de 2006, trouxeram informações valiosas acerca das vibrações físicas e caracterísitcas das superfícies das estrelas próximas, que são similares às de nosso Sol, dizem os pesquisadores. Esta informação nova ilustra o grande valor das observações realizadas por observatórios espaciais e fornece aos astrônomos novas idéias sobre o interior de nosso Sol, de outras estrelas e sobre a evoclução geral de nossa galáxia.



Illustração de uma oscilação estelar global vibrando todo o interior da estrela e, desta forma, trazendo informações sobre ele. A cor amarela se refere às maiores variações de temperatura devidas às oscilações.
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O relatório mencionado será publicado na edição de 24 de outubro da Science como matéria de capa.  A Science é uma publicação da AAAS, a sociedade científica sem fins lucrativos.

O Dr. Eric Michel do Observatório de Paris-LESIA-CNRS e um grande grupo de colegas de toda a Europa e América do Sul analisaram os dados do satélite CoRoT para estabelecer que todas as três estrelas próximas, todas elas siginificativamente mais quentes que nosso Sol, também têm vibrações, ou oscilações. maiores also e uma textura de superfície, ou granulação, bem mais fina. Com esses dados nunca antes obtidos,  os pesquisadores demonstram que as oscilações das estrelas são cerca de 1,5 vezes mais vigorosas do que as do Sol e sua granulação é cerca de três vezes mais fina. As oscilações observadas, embora muito mais intensas que as do Sol, ainda são cerca de 25% mais fracas do que a maioria dos modelos previam.



Ilustração do satélite CoRoT.
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Esses resultados (que são um novo marco) representam a primeira vez que os pesquisadores foram capazes de medir com precisão a amplitude das oscilações e obter as assinaturas granulares de estrelas do universo, além de nosso próprio Sol.

A descoberta inicial das oscilações de nosso Sol, no final da década de 1970, levou à criação da “sismologia solar”, que, desde então, foi usada para medir o movimento e o transporte do calor dentro do Sol. A sismologia solar levou a um rápido progresso na compreensão da estrutura interna do Sol, mas, com o tempo, os pesquisadores encontraram uma parede. Medições acuradas de oscilações do tipo Solar necessitam da coleta de dados precisos, vindos de longas e ininterruptas seqüências de observações, o que torna o estudo com base na superfície da Terra impraticável.

“Embora a energia vinda do Sol seja mais ou menos constante ao longo de nossas vidas, até variações muito pequenas em sua vazão podem ter importantes efeitos”, explica Brooks Hanson, editora-assistente de ciências fíicas da Revista Science . “Compreender essas variações pequenas é um passo crítico para, por exemplo, predizer tempestades solares e o clima espacial, bem como para a resolução das causas das mudanças no clima da Terra… Essas observações [feitas por Michel e seus colegas], e as que virão no futuro, vão fornecer dados essenciais para aumentar nossa compreensão do interior do Sol e das estrelas em geral”.

As descobertas apresentadas por Michel et al. são baseadas nas curvas de luz obtidas pelo satélite CoRoT por um período de 60 dias e auxiliam a refinar nossa compreensão das estrelas e do Sol. Esses resultados “nos permitem colocar nosso Sol dentro do quadro maior da evolução de nossa galáxia e do universo local”, declara Ian Osborne, editor-senior da Revista Science.

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A Associação Americana para o Progresso da Ciência (American Association for the Advancement of Science = AAAS) é a maior sociedade científica do mundo e publica a revista Science (www.sciencemag.org).A AAAS foi fundada em 1848 e serve a 262 sociedades afiliadas e academias de ciências, alcançando 10 milhões de pessoas. Science tem o maior número de assinantes e eventuais leitores entre todas as publicações de ciências, com revisão-por-pares, em todo o mundo, com um número estimado de leitores na casa de 1 milhão. A AAAS (www.aaas.org) (organização sem fins lucrativos) está aberta a todos e raliza sua missão de “promover o avanço das ciências e servir à sociedade” através de iniciativas na política de ciências; programas internacionais; educação científica; e mais. Para as mais recentes notícias sobre pesquisas científicas, procure o EurekAlert!, www.eurekalert.org, o serviço de notícias científicas número um e um serviço da AAAS.

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