“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (27/10/08)

Inside Science News Briefs
27 de outubro de 2008
Por Chris Gorski e Jim Dawson
Inside Science News Service
“Laptops” Vibrantes

Dois pesquisadores da Califórnia, tirando vantagem dos chips com acelerômetro dos novos modelos de computadores “laptop”, estão montando um link público atavés da Internet que usa esses chips para criar um amplo sistema de detecção de terremotos. Quando um terremoto balançar, por exemplo, o Sul da Califórnia, os “laptops” ligados através de um software especial à Quake-Catcher Network (“Rede Pega-Terremotos”) automaticamente vão reportar o tremor. Se os cientistas, de repente, receberem relatórios de muitos “laptops”, vão saber que provavelmente está acontecendo um terremoto. A rede é gerenciada por Elizabeth Cochran na Universidade da Califórnia, Riverside, e por Jesse Lawrence na Universidade Stanford.

Embora os detectores científicos de terremotos sejam muito mais sensíveis do que um “laptop” comum, são também muito mais caros, custando entre US$10.000 até US$100.000.  E os detectores de verdade podem captar sinais sutis de terremotos distantes que ficam além da sensibilidade dos “laptops”. Porém, explica Lawrence, “com vários sensores mais baratos, em lugar de adivinhar onde os tremores mais fortes foram sentidos pela interpolação dos dados dos sensores, nós deveremos ser capazes de saber onde os tremores fortes estão sendo imediatamente sentidos, porque teremos sensores [na forma de computadores  “laptop”] no local”.

Qualquer um com um computador do tipo “laptop” ou “desktop” que contenha um chip sensor de movimento pode se juntar à Quake-Catcher Network pelo site http://qcn.stanford.edu.  O software necessário para transformar seus “laptop” em um detector de terremotos está disponível no site e é o mesmo software usado pela organização SETI [Search for Extra Terrestrial Intelligence] que permite que as pessoas usem seus computadores domésticos para ajudar a encontrar inteligência alienígena. A rede de terremotos tem filtros que podem distinguir entre um terremoto real e “mão pesada” na digitação.

Aquecimento global antigo produziu uma “Estrela da Morte Magnética” no Oceano Atlântico Pré-Histórico

Geo-biólogos que estudavam material extraído por uma broca de sondagem em Ancora, Nova Jersey, descobriram um aglomerado de cristais magnéticos com a forma de pontas de lança, formados por processos biológicos, que eles batizaram de “Estrela da Morte Magnética”. Esses cristais de óxido de ferro estavam agrupados em um formato esférico que parece ser diferente de qualquer organismo conhecido no registro fóssil.

“Imagine nossa surpresa em descobrir não só uma floração fóssil de bactérias que produziam magnetos de óxido de ferro dentro de suas células, mas também um conjunto inteiramente novo de organismos que construíam cristais magnéticos de tamanho gigantesco”, disse o estudante pós-doutorando do California Institute of Technology, Timothy Raub, que coletou as amostras de um núcleo extraído para a prospecção de petróleo que estava em um armazém da Universidade Rutgers em Nova Jersey.

As bactérias usam o material magnético em suas células para se orientarem com o campo magnético da Terra. Os pesquisadores, das Universidades McGill e Princeton, bem como do Caltech, declararam não saber se esse tipo de organismo está extinto atualmente, ou se simplesmente nunca tinha sido encontrado antes.

Os cristais magnéticos apareceram na rocha em tamanhos incomumente grandes, até oito vezes maiores do que os maiores cristais bacterianos de óxido de ferro até então encontrados. Na publicação na Proceedings of the National Academy of Sciences, os autores declaram que a parte intermediária da costa atlântica dos EUA deve ter sido um ambiente rico em ferro a 55 milhões de anos atrás, muito diferente do que é hoje. De acordo com o co-autor Robert Kopp, “Esses fósseis podem estar contando uma história acerca de uma modificação radical do ambiente: Imagine um rio como o Amazonas correndo, ao menos ocasionalmente, onde hoje está o Potomac”.

Hipnotizadores Induzem Experiências de Sinestesia e fazem a Letra “A” Sumir

Pesquisadores de Israel, Inglaterra e Espanha colaboraram em um projeto que demonstrou que pessoas com cérebros comuns são capazes de passar por experiências sinestésicas, o que significa que, estimulando um dos sentidos, se pode causar o uso involuntário de outro. Exemplos desse fenômeno incluem pessoas verem consistentemente um certo algarismo com um determinada cor, ou quando ouvir um certo som dispara a sensação de um determinado sabor. As descobertas, publicadas em Psychological Science, contradizem a crença, até então prevalescente, de que a sinestesia só acontecia com pessoas que tinham conexões sinápticas extra em seus cérebros.

Usando uma técnica chamada sugestão pós-hipnótica, os pesquisadores demonstraram que é possível induzir pessoas a terem experiências sinestésicas. Um dos testes feitos para confirmar que os participantes estavam realmente tendo experiências de sinestesia envolveu pessoas que tinham recebido a sugestão pós-hipnótica para ver o algarismo “7” na cor vermelha, se elas podiam ver o algarismo impresso em preto sobre um fundo vermelho. Se os participantes não fossem capazes de ver o algarismo, os pesquisadores concluiriam que a sinestesia induzida por hipnose era real. A pesquisa demonstrou que “conversas em paralelo”  entre as células cerebrais podem causar experiências de sinestesia e não conexões extra no cérebro. O  co-autor Cohen Kadosh declarou que “isso nos leva um passo adiante na compreensão das causas da sinestesia e das interações transcerebrais anormais”.

Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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