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9 de dezembro de 2008

Nova Terapia para Câncer de Mama Oferece Melhores Resultados Cosméticos para Mulheres com Implantes

Por Jason Socrates Bardi
Colaborador do ISNS

Chicago, Illinois, EUA — De acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, o número de mulheres americanas que optaram por cirurgias de aumento do volume dos seios, aumentou sensivelmente nos últimos anos. Suas fileiras engrossaram de 212.500 em 2000, quando a cirurgia de aumento de busto era a quarta operação plástica mais comum, para 347.524 em 2007, quando o aumento de busto passou a ser o tipo de cirurgia plástica mais comum nos Estados Unidos.

Sem que isto esteja relacionado com a cirurgia cosmética, muitas dessas mulheres terão, mais tarde, câncer de mama, explica Robert Kuske, um professor de clínica médica no Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Arizona e oncologista radioterapeuta nos Serviços de Oncologia do Arizona, em Scottsdale. A cirurgia de aumento de busto não aumenta as chances de ocorrência de câncer de mama, mas, como o câncer de mama é uma doença tão comum, dezenas de milhares de mulheres que fazem a cirurgia de busto, terão câncer de mama em algum ponto de suas vidas. O Instituto Nacional do Câncer (EUA) estima que uma em cada oito das mulheres americanas terão um diagnóstico de câncer de mama durante suas vidas.

A existência de implantes pode afetar o “resultado cosmético” da terapia contra o câncer. A terapia tradicional contra o câncer de mama inclui a radioterapia, que pode expor todo o seio (inclusive os implantes) à radiação. Um efeito colateral indesejado que ocorre freqüentemente é a formação de tecido quelóide em volta dos implantes, fazendo com que eles endureçam. Kuske diz que, na verdade, cerca de 55% das mulheres com implantes nos seios vão experimentar o indesejável endurecimento de seus implantes, após passarem pela tradicional irradiação total do seio.

No encontro anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), na semana passada em Chicago, Kuske apresentou os resultados de um estudo clínico que examina uma técnica conhecida como braquiterapia para o tratamento do câncer de mama, de forma a poupar os implantes.

A braquiterapia mata as células cancerosas expondo-as a uma radiação emanada de dentro de um tecido. Basicamente, pequenos cateteres de plástico são inseridos em uma área do seio nas imediações do local do câncer e, então, pequenas “sementes” que contém uma pequena quantidade do isótopo radiativo irídio-192 são inseridos nos cateteres. Esta técnica foi estudada por anos com mulheres sem implantes nos seios, diz Kuske, porém seu estudo é o primeiro a enfocar especificamente sua capacidade de tratar mulheres com implantes nos seios e conseguir melhores resultados cosméticos.

De junho de 2003 a junho de 2008, Kuske e seus colegas realizaram esse tratamento em 70 mulheres, todas elas com implantes nos seios e câncer de mama nos estágios iniciais. Depois que essas mulheres tinham seus cânceres removidos por intermédio de lumpectomia, lhes era administrada a braquiterapia por uma semana para matar as células cancerosas remanescentes.

O estudo demonstrou que a braquiterapia é eficaz no tratamento, enquanto preserva os implantes. Kuske descobriu que o endurecimento dos implantes ficou reduzido a zero.

“Este estudo parece ser bastante promissor, uma vez que a braquiterapia parece melhorar o resultado cosmético para as mulheres que têm implantes”, declarou John C. Roeske, PhD, um professor de radioterapia oncológica e diretor de Física de Radiação no Centro Médico da Universidade Loyola em Chicago, que não esteve envolvido no estudo. “Entretanto, os resultados são muito preliminares e devemos prosseguir com cautela. Em particular, é muito importante examinar criticamente os resultados a longo prazo e o acompanhamento clínico dessas pacientes”.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.


O tradutor se reserva o direito de ficar calado (e só depor em juízo) sobre a pertinência, a relevância e a oportunidade da matéria, bem como das mesmas coisas quanto ao comentário do outro oncologista citado.

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