Ratatouille…

[ City Rats Loyal to Their ‘Hoods, Scientists Discover ]

Descoberta significativa para o rastreamento de doenças transmitidas por roedores

Row houses separated by an alley.

Os ratos em Baltimore, e provavelmente em outras áreas urbanas, são bairristas.
Crédito e imagem ampliada

27 de maio de 2009

Nessa vida de ratos, uma coisa é certa: não há lugar como nossa casa.

Agora, um estudo publicado nesta semana em  Molecular Ecology descobre que isso é verdade tanto para pessoas, como para ratos.

Embora os ratos urbanos pareçam circular livremente, a maioria forma bairros dis­tin­tos onde passam a maior parte de suas vidas.

Tal com qualquer outra cidade grande, Baltimore, Matyland., tem vários bairros movimentados – cada um com personalidade própria. Porém, os cientistas da Escola de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins afirmam que os humanos não são os únicos habitantes de Baltimore bairristas.

Foto de um rato marrom.

Em Baltimore, os cientistas descobriram que ratos — e as doenças que eles carregam — permanecem perto de casa.
Crédito e imagem ampliada

Os ratos tipicamente permanecem perto de suas moradias, raramente se aventurando a mais de um quarteirão de distância. Entretanto, em face do perigo, alguns roedores podem viajar quase quinze quilômetros para repovoar áreas abandonadas.

Uma compreensão sobre como os ratos nas áreas urbanas se interconectam fornece informações sobre quais popu­lações podem espalhar doenças, segundo Sam Scheiner, diretor de programa na Divisão de Biologia Ambiental da Fun­dação Nacional de Ciências (NSF), que financiou a pes­quisa através do programa de Ecologia de Doenças Infec­ciosas (em conjunto com os Institutos Nacionais de Saúde).

O porto de Baltimore já foi um grande terminal de grãos, o que pode explicar por onde os ratos marrons (Rattus norvegicus) foram introduzidos na cidade. Os ratos mar­rons, também conhecidos como rato castanho e ratazana, podem chegar a pesar um quilo e transmitem várias doen­ças para as pessoas.

A despeito dos custosos esforços para erradicação deles, o número de ratos em Baltimore não mudou nos últimos 50 anos, afirma o cientista Greg Glass da Johns Hopkins, co-autor do artigo na Molecular Ecology junto com outros pes­qui­­sadores da Johns Hopkins e da Escola de Medicina da Universidade Yale.

Pegadas de rato.

Ratos marrons e outros deixam rastros de sua passagem.
Crédito e imagem ampliada

Para entender por que, os pesquisadores capturaram perto de 300 ratos de 11 áreas residenciais de Baltimore e realizaram estudos genéticos para saberem se os ratos eram aparentados. Os cientistas descobriram que os ratos de Baltimore Leste eram separados de suas contrapartes, não aparentadas, do lado Oeste por um largo curso de água, conhecido como Jones Falls.

Dentro desses hemisférios, as famílias de ratos formam comunidades menores que ocupam áreas de cerca de 11 quarteirões. Cada comunidade se subdivide em bairros que abrangem pouco mais do que um beco médio. Para um rato da cidade, esse beco é o lar doce lar.

As descobertas indicam que, embora os ratos raramente emigrem, os esforços de erradicação restritos a certos bairros podem sair pela culatra, encorajando os roedores a repovoar outras áreas e espalhar ainda mais as doenças. A melhor solução pode ser um esforço em uma escala muito maior, direcionado a famílias inteiras.


Discussão - 1 comentário

  1. glenn disse:

    a população de ratos mais bem estudada deve ser esta de baltimore, com diversos estudos de D.E.Davis. diferentemente daqui, onde praticamente não temos estímulo para se estudar ecologia urbana.
    só pra ilustrar, durante a graduação ouvi um professor dizer que o meio urbano não era um ecossistema... que absurdo.
    fico feliz em saber um pouco mais desses fantásticos seres que co-habitam as cidades conosco.

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