“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (28/05/09)

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Por Jim Dawson
Inside Science News Service
28 de maio de 2009

Combatendo o aquecimento global com rochas que absorvem carbono

Por mais de uma década,  os cientistas têm estudado rochas que absorvem na­tu­­ralmente o dióxido de carbono para ver se o processo de absorção pode ser acelerado, em um esforço para combater o aquecimento global. Essas rochas absor­ventes de carbono são formadas nas profundezas do manto terrestre, mas, ocasionalmente, são empurradas para a superfície pela colisão das placas tectônicas do planeta.  Em um recente relatório governamental, cientistas do Ins­tituto da Terra da Universidade Columbia na Cidade de Nova York, tra­balhando com o Serviço Geográfico dos EUA, mapearam mais de 15 km² dessas rochas próximas ou na superfície. Seu mapa mostra que as rochas estão, em sua maior parte, em aglomerados próximos das costas Leste e Oeste, perto de cidades grandes que são fontes de consideráveis emissões de dióxido de carbono. Quando essas rochas são expostas ao dióxido de carbono, elas o absorvem e, no processo, são convertidas nas variedades mais comuns de calcário e greda. O problema com o emprego dessas rochas para a absorção de dióxido de carbono é que o processo natural leva milhares de anos. Os pesquisadores em Columbia e em outros lugares estão tentando acelerar o processo, dissolvendo o dióxido de carbono em água e injetando isso nas rochas. Se processo puder ser desenvolvido de maneira a funcionar eficazmente em larga escala, os cientistas dizem que existem rochas suficientes, próximas da superfície, para absorver 500 anos de emissões de CO2 dos Estados Unidos.

O orçamento do presidente Obama dá destaque a um novo sensor para encontrar materiais radiativos contrabandeados

Um novo sensor que é um cruzamento de câmera digital com termômetro, pode ser usado para impedir terroristas e outros de contrabandear material radiativo para os EUA. O sensor, desenvolvido no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) em Boulder,
Colorado, resolve um problema existente com os atuais detectores de radiação que frequentemente dão leituras confusas para os agentes da alfândega e da polícia. O decaimento radiativo do urânio-235, usado na fabricação de bombas atômicas, é muito semelhante ao emitido pelo rádio-226, um material menos perigoso (mesmo assim, ainda ligeiramente radiativo) presente em diversos produtos industriais, inclusive na areia higiênica para gatos. O novo detector é o primeiro a alcançar um nível de sensibilidade tal que consegue distinguir claramente os raios gama que vêm do urânio-235 dos que vem do rádio-226.

Uma das maiores preocupações dos agentes de segurança dos EUA é que o altamente radiativo urânio-235 seja contrabandeado para dentro do país atra­vés de portos de entrada e usados para fazer uma “bomba suja”. Uma bomba suja é uma bomba convencional combinada com material radiativo, de forma que, quando ela explode, o material radiativo é espalhado por toda uma área do tamanho de vários quarteirões. A capacidade do novo sensor em detectar o urânio-235 foi ressaltada como recomendação para aprovação do projeto na recente proposta orçamentária apresentada ao Congresso pelo Presidente Obama para o próximo exercício fiscal, na categoria de não proliferação nuclear.

Ondas cerebrais sincronizadas ajudam a prestar atenção

Pesquisadores de neurologia já sabiam, há algum tempo, que quando as pessoas focalizam sua atenção em algo, os neurônios em seus cérebros disparam em uníssono. Agora, os pesquisadores no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Boston descobriram o centro no cérebro que focaliza os neurônios, e aprenderam como esse centro coordena as ondas cerebrais para fazer com que diferentes áreas do cérebro trabalhem em conjunto. Os pesquisadores observaram que o cérebro é constantemente bombardeado com mensagens – o ruido do mundo em torno de nós. Mas, quando começamos a prestar atenção a algo, os neurônios no cortez pré-frontal – o centro de planejamento do cérebro – disparam em uníssono e começam a enviar mensagens para os neurônios do cortex visual para que façam o mesmo. A coordenação entre essas duas áreas do cérebro é, então, marcada por ondas cerebrais que oscilam entre essas duas regiões como um diapasão.

Um press-release do MIT sobre o fenômeno o comparou a duas salas com pessoas conversando durante uma festa. Em uma sala, os festeiros param de entabular conversas aleatórias e começam a cantar em coro. As pessoas na outra sala, param de conversar e começam a cantar em resposta. Os cientistas procuraram basicamente por essa sincronia em duas “salas” do cérebro. O trabalho, publicado na atual edição da Science, não só ajuda a explicar como o cérebro se comunica, como também indica pistas de por que o cérebro de pessoas com esquizofrenia, TDAH e outros distúrbios, não consegue se comunicar.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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