Super Estrelas
25 de abril de 2011
Miles O’Brien, Correspondente da Science Nation
Marsha Walton, Produtora da Science Nation
Empregando supercomputadores para compreender as super estrelas do cosmo
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Cientistas na California descobriram uma nova forma de explosão de estrelas. A descoberta foi feita a partir de uma explosão incomum na galáxia NGC 1821, que fica aproximadamente a 160 milhões de anos luz de distância. A luz da explosão chegou à Terra em 2002 e foi registrada pelo telescópio robótico do Observatório Lick. Crédito: Tony Piro (2005) |
A animação acima é uma das várias imagens conjuradas pelo astrofísico Adam Burrows da Universidade Princeton, empregando super-computadores para simular uma explosão de supernova. Não é a explosão termonuclear comum que alimenta uma estrela saudável. É o tipo de explosão que sela o destino de uma estrela.
“O resto da estrela, sua superfície e a maior parte de sua massa ignoram totalmente seu destino iminente, porém a explosão, que vai durar apenas alguns segundos, vai se propagar pela estrela em um período que vai de horas a todo um dia”, explica Burrows.
Com a ajuda da Fundação Nacional de Ciências (NSF), Burrows usa super-computadores para criar espetaculares imagens em 3-D de supernovas que lhe permitem bisbilhotar no interior dessas super-estrelas logo antes delas explodirem.
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Caroline Moore, uma menina de 14 anos de Warwick, N.Y., deixou sua marca na astronomia ao descobrir a Supernova 2008ha. Ela não somente é a pessoa mais jovem a descobrir uma supernova, como essa supernova em particular foi identificada como um tipo diferente de explosão estelar. Crédito: Robert E. Moore |
“Uma das coisas que descobrimos é que elas não explodem como um anel em expansão. Ela explode formando tentáculos e dedos, de maneira muito turbulenta”, prossegue Burrows. “O material ejetado pelas supernovas começa então a colapsar. Parte dos gases vai formar as estrelas da próxima geração, que repetirão o mesmo ciclo”.
iAs supernovas são também a fonte dos vários elementos pesados existentes na natureza. Na verdade, sem elas não haveria “nós”!
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Os astrônomos anunciaram em 2008 ter encontrado uma nova explicação para um tipo raro de explosão estelar super-luminosa que pode ter produzido um novo tipo de objeto conhecido como estrela de quarks. Uma estrela de quarks é um tipo hipotético de estrela composta de matéria de quarks ultra-densa Crédito: NASA/CXC/M.Weiss |
“Alguns dos elementos pesados fabricados nas supernovas incluem o cálcio de seus ossos, o fluor de sua pasta de dentes e o ferro em seu sangue”, diz Burrows.
É preciso um bocado de energia estelar para fazer esses elementos.”Quando uma supernova explode, libera o equivalente a 1028 (dez octilhões) de megatons de TNT. Um megaton é o equivalente à explosão de uma das maiores bombas de hidrogênio”, enfatiza Burrows.
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Um novo imageamento em infravermelho capturou o centro de nossa galáxia em um detalhamento nunca antes visto — mostrando gases e estrelas rodopiando para dentro do enorme buraco negro que se esconde no centro da Via Láctea. Crédito: Science Nation, National Science Foundation |
As simulações em computador de supernovas são criadas com o emprego de complexos modelos matemáticos e levam meses para serem processados. “Podermos compreender as explosões a partir desses modelos é um marco na astrofísica teórica”, observa Burrows.
Somente as estrelas com uma massa cerca de oito vezes a massa de nosso Sol morrem desta maneira violenta. Burrows diz que nosso Sol é uma estrelinha bem mixuruca, comparada ao que existe por aí.









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