Existe um “limite superior” para Buracos Negros?

Pescado no EurekAlert:
Yale University

Astrônomo de Yale descobre um limite superior de massa para Buracos Negros

Parece haver um limite superior para o quão grandes os maiores Buracos Negros do universo podem chegar a ser, de acordo com uma nova pesquisa realizada por um astrofísico da Universidade Yale.

Antigamente considerados como objetos raros e exóticos, sabe-se agora que os Buracos Negros exitem por todo o universo, sendo os maiores e com maior massa aqueles encontrados no centro das maiores galáxias. A massa desses buracos negros “ultra-massivos” já foi demonstrada ser de até um bilhão de vezes a massa de nosso Sol. Agora, Priyamvada Natarajan, um professor associado de de astronomia e física na Universidade Yale e membro do Radcliffe Institute for Advanced Study, demonstrou que mesmo o maior desses monstros gravitacionais não pode continuar crescendo para sempre. Ao contrário, eles próprios parecem limitar seu crescimento quando atingem cerca de 10 bilhões de massas solares.

Esses buracos negros ultra-massivos, encontrados nos centros de galáxias elípticas gigantes em enormes aglomerados de galáxias, são os maiores do universo conhecido. Mesmo o grande buraco negro no centro de nossa Via Láctea é milhares de vezes menos massivo do que esses behemoths. Porém esses buracos negros gigantescos, que acumulam massa sugando a matéria de gases, poeira e estrelas próximas, parecem ser incapazes de crescer além desse limite, não importa onde ou quando eles aparecem no universo. “Não acontece somente hoje”, declarou Natarajan. “Eles param de crescer em todas as épocas no universo”.

O estudo, a ser publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), representa a primeira vez que se deduz uma massa limite para buracos negros. Natarajan usou dados ópticos e de raios-x existentes sobre esses buracos negros ultra-massivos para demonstrar que, para que essas várias observações sejam consistentes, os buracos negros devem “entrar de regime” em algum ponto de sua evolução.

Uma possível explicação oferecida por Natarajan é que os buracos negros eventualmente chegam a um ponto onde irradiam tanta energia quanto são capazes de absorver de sua circunvizinhança, e, assim, acabam interferindo com o próprio fluxo de gás que os alimenta, o que pode interromper a formação de estrelas no entorno. As novas descobertas têm implicações para o futuro estudo da formação de galáxias, uma vez que as maiores galáxias no universo parecem co-evoluir com os buracos negros em seus centros.

“Existem indícios crescentes de que os buracos negros têm um papel chave no processo de formação das galáxias”, diz Natarajan. “Porém agora parece que eles se assemelham às prima-donnas dessa ópera espacial”.

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Os autores do artigo são Priyamvada Natarajan (Yale University e Radcliffe Institute for Advanced Study) e Ezequiel Treister (European Southern Observatory, Chile e University of Hawaii).

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Comentário farsesco do tradutor:

E ainda há gente que desdenha do Intelligent Design… Não só é “intelligent” como respeita os ditames da moda… Talvez tenhamos que mudar o nome dos “buracos negros” para algo mais feminino… só que não me ocorre nenhuma coisa que não seja extremamente grosseira…

Discussão - 3 comentários

  1. Henrique disse:

    Será que o buraco negro do LHC não pode se contentar só com a França?

  2. João Carlos disse:

    Ou, quem sabe, só com o Sarkozi?... 😀

  3. Miguel disse:

    eu sou louco por buracos negros !!

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