O “Elo Perdido” dos Buracos Negros
Via EurekAlert:
Durham University
Cientistas encontram o “elo perdido” dos buracos negros
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Os cientistas da Universidade Durham encontraram o “elo perdido“ entre os buracos negros pequenos e os super-massivos.
Pela primeira vez os pesquisadores descobriram que um forte pulso de raios-x está sendo emitido por um buraco negro gigante em uma galáxia a 500 milhões de anos luz da Terra.
O pulso é criado por gás que está sendo sugado pela gravidade do buraco negro no centro da galáxia REJ1034+396.
Pulsos de raios-x são comuns entre os buracos negros menores, porém a pesquisa da Durham foi a primeira a identificar esta atividade em um buraco negro super-massivo. A maior parte das galáxias, inclusive a Via Láctea, provavelmente contém buracos negros super-massivos em seus centros.
Os pesquisadores que publicaram suas descobertas na prestigiosa publicação científica Nature hoje (quinta-feira, 18 de setembro), dizem que sua descoberta vai auxiliar a compreensão sobre como o gás se comporta antes de cair para dentro de um buraco negro, enquanto este último “se alimenta” e cresce.
Os astrônomos vêm estudando buracos negros por décadas e são capazes de “vê-los” devido ao fato de que os gases ficam extremamente quentes e emitem raios-x, antes de serem engolidos totalmente e perdidos para sempre.
Usando o poderoso satélite de raios-x europeu, XMM-Newton, eles descobriram que os raios-x são emitidos na forma de um sinal regular a partir do buraco negro super-massivo. A freqüência do pulso guarda correlação com o tamanho do buraco negro.
O Dr Marek Gierlinski, do Departamento de Física da Universidade Durham, declarou: “Tais sinais são uma característica bem conhecida dos buracos negros menores em nossa galáxia, quando o gás é arrancado de uma estrela vizinha.”
“A coisa realmente interessante é que agora conseguimos estabelecer uma ligação entre esses buracos negros “peso-leve” e aqueles com milhões de vezes a massa de nosso Sol”.
“Os cientistas têm estado à procura deste comportamento nos últimos 20 anos e nossa descoberta nos auxilia a começar a compreender mais sobre a atividade em torno de tais buracos negros, enquanto eles crescem”.
Os cientistas da Durham’s esperam que pesquisas futuras revelem por que alguns buracos negros super-massivos se comportam dessa maneira, enquanto outros, não.
A pesquisa foi financiada pelo Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia, pela Agência Espacial Européia e pelo Ministério da Ciência e Educação Superior da Polônia.
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