“Por Dentro da Ciência” do Instituto Americano de Física (01/12/08)

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1 de dezembro de 2008
Por Jim Dawson
Inside Science News Service

Exercicio Mantém Seu Cérebro Jovem, Mesmo que Você Seja Velho

Os adultos mais velhos que se exercitam regularmente têm mais vasos sanguíneos pequenos e mais sangue flui em seus cérebros do que pessoas mais velhas que não se exercitam, foi o que os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, descobriram após comparar imageamentos dos cérebros dos dois grupos. O fluxo sanguíneo supre o cérebro com nutrientes e a perda dos pequenos vasos sanguíneos no cérebro, um processo normal de envelhecimento, leva à morte de algumas células cerebrais “Nossos resultados mostram que o exercício pode reduzir mudanças relacionadas ao envelhecimento na vascularização (os pequenos vasos sanguíneos) no cérebro e o sangue flui, explica Feraz Rahman, que apresentou a pesquisa nesta segunda-feira no Encontro Anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte. “Nossos estudos mostram que exercícios são uma prevenção eficaz contra o declínio cognitivo nos idosos [e que] a vascularização e a irrigação sanguínea podem ser uma das razões”.

Os imagementos foram realizados nos cérebros de 12 adultos saudáveis com idades entre 60 e 76 anos. Seis tinham participado de exercícios aeróbicos por três ou mais horas por semana, nos últimos 10 anos, e seis tinham realizado exercícios de menos de uma hora por semana. Usando imageamento em 3D,  os pesquisadores encontraram menos vasos capilares nos cérebros do grupo sedentário, juntamente com um fluxo sanguíneo mais imprevisível. O grupo ativo tinha mais capilares e uma melhor irrigação sanguínea, o que o autor principal do estudo, J. Keith Smith da Escola de Medicina da UNC, diz demonstrar “a importância de exercícios regulares para um envelhecimento saudável”.

Leveduras Revelam o que Faz Você Envelhecer

Na década passada os pesquisadores descobriram que um tipo particular de gene encontrado em células de levedura, chamado sirtuína, regulava quais genes seriam “ligados ou desligados” em células individuais. O gene da sirtuína também reparava rupturas no DNA, a estrutura em dupla-hélice encontrada em todas as células e que contém as “instruções de montagem” para a vida. Quando a sirtuína ficava atarefada demais em reparar rupturas no DNA, o que normalmente tem um feito cumulativo com o passar do tempo, ela se tornava menos eficiente na tarefa de regular quais genes na célula seriam “ligados” ou “desligados”. Essa perda de eficiência fazia com que as células da levedura envelhecessem.

Uma nova pesquisa, publicada em Cell por David Sinclair da Escola de Medicina Harvard Medical School, em Boston, descobriu que o mesmo processo, envolvendo o mesmo tipo de gene de sirtuína, ocorre  nos mamíferos.  “Esta é a primeira causa fundamental, em potencial, que descobrimos para o envelhecimento”, declarou Sinclair. “Podem muito bem haver outras, porém nossa descoberta de que o envelhecimento em uma célula de levedura é diretamente relevante para o envelhecimento nos mamíferos, é uma surpresa”.

Após estabelecer a ligação entre a levedura e os mamíferos, através do estudo em ratos, os pesquisadores imaginaram o que poderia acontecer se eles injetassem mais da sirtuína em ratos velhos. “Nossa hipótese era que, com mais sirtuína, o reparo do DNA seria mais eficiente e o rato manteria um padrão de juventude na expressão dos genes em idade avançada”, explica Philipp Oberdoerffer, um co-investigador no estudo. E foi exatamente o que aconteceu, relatam os pesquisadores.

Leonard Guarente, um biólogo do Massachusetts Institute of Technology em Cambridge, que não esteve envolvido no estudo, disse que a pesquisa “deve levar a novas abordagens para proteger as células contra as razias do envelhecimento”. Oberdoerffer declarou: “O que vemos aqui, através de uma demonstração de prova-de-princípios, é que elementos do envelhecimento podem ser revertidos”.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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