“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (9/2/09)

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9 de fevereiro de 2009
Por Jim Dawson
Inside Science News Service

Telefones Celulares como Computadores para Sala de Aula

Enquanto alguns professores confiscam telefones celulares, se estes tocarem durante a aula, e outros se oponham a permitir o uso das funções e programas de calculadora existentes nos iPhones e outros “smart phones”, em lugar das calculadoras tradicionais, nas aulas de matemática, um projeto no Texas tem uma abordagem diametralmente oposta e fornece aos estudantes telefones celulares carregados com “software” educacional.  Um projeto na Escola Intermediária Trinity Meadows, em Keller, Texas, equipou 53 estudantes do 5º ano com telefones que contém um “software” chamado “Mobile Learning Environment” (“Ambiente de Aprendizado Móvel”) desenvolvido pelo cientista Elliot Soloway da Universidade de Michigan. O “software” basicamente transforma os telefones em computadores que, de acordo com Soloway, permitem fazer quase tudo que um “laptop” pode fazer, por uma fração do preço. Os estudantes podem usar os telefones para traçar fluxogramas, animar ilustrações, navegar por “locais relevantes” da Internet e integrar material a suas lições. Tendo verificado que vários estudantes já portavam celulares sofisticados, Soloway descreveu os telefones celulares como “os novos papel e lápis”.  Matt Cook, o professor do 5° ano que criou o projeto piloto com o emprego de telefones celulares e “software”, declarou que os telefones “serão absolutamente integrados em minhas lições”. Ele prossegue: os estudantes terão um interesse maior pelas lições “porque vamos estar falando a linguagem dos estudantes. Sempre que se pode fazer isso, há uma chance muito maior deles prestarem atenção”.

Criaturas Antigas aos Baldes

A paleontologia é uma ciência que é notável pelo seu tédio, envolvendo caracteristicamente pesquisadores e suas equipes em semanas de sofridas buscas por terrenos que são freqüentemente remotos e hostis, á procura de um fragmento de osso fossilizado que indique a descoberta de uma nova criatura antiga. Aí aparece Steve Sweetman, um paleontologista da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, que, nos quatro últimos anos, descobriu 48 novas espécies da época dos dinossauros.  Sweetman descobriu as novas espécies em valhos depósitos sedimentares fluviais na Ilha de Wight, que é conhecida entre os caçadores de ossos como a “Ilha dos Dinossauros”, por ser uma rica fonte de ossos de dinossauros. Porém, em lugar de percorrer a ilha procurando por fragmentos de ossos indicativos, Sweetman coletou, balde a balde, cerca de três toneladas e meia de lama para análise. Ele levou a lama para um laboratório que ele montou em sua fazenda na ilha e secou e peneirou a lama, até que essa virasse areia. Aí, ele examinou a areia com microscópio e descobriu uma variedade de pequenos ossos e dentes fósseis. “Logo na primeira amostra, eu descobri uma pequena mandíbula de um tritão, já extinto,  e, a partir disso, novas espécies continuaram aparecendo”, declarou ele. Sweetman publicou artigos sobre dois dos mamíferos que ele descobriu na resvista  Palaeontology. A pesquisa-aos-baldes continua.

Vida em Marte, Poluição na Terra

Um dispositivo desenvolvido para detectar possíveis formas de vida em Marte, farejando em busca de certas substâncias químicas, foi modificado pelos cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, para detectar poluentes conhecidos como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (polycyclic aromatic hydrocarbons = PHAs) na Tera. Os PHAs que são encontrados na fumaça dos cigarros, fumaça de madeira, cinzas vulcânicas e outras fontes, são moléculas potencialmente cancerígenas e são consideradas perigosas. Os processos de detecção de PHA na Terra, usados habitualmente na limpeza de locais onde houve contaminação ambiental, é lento e caro. Os cientistas vêm procurando uma maneira mais rápida e barata para detectar e medir os níveis de PHA. Os pesquisadores de Berkeley testaram amostras do Lago Erie, de uma fumarola vulcânica no Golfo da Califórnia e do Deserto de Atacama no Chile. O detector portátil projetado para Marte “ficou ao par com os atuais processos laboratoriais”, declararam os pesquisadores e podem se mostrar úteis no monitoramento ambiental na Terra.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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